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História Metamorfose - Verdade


Escrita por: BananaArt

Capítulo 7 - Verdade


Fanfic / Fanfiction Metamorfose - Verdade

- Realmente, eu quase viro hetero quando vi sua namorada. É a primeira vez que senti meu coração bater por uma garota. - Mika dizia colocando a mão no peito de forma dramática, contudo, Eliot sabia que o rapaz não estava mentindo e se sentia irritado com isso.

- Nem pense nisso. - Mesmo que acreditasse que ele não faria nada, ainda estava enciumado.

Os dois andavam na direção do local que havia marcado com Gabriela, Mika estava apenas lhe acompanhando, pois iria buscar o restante da sua bagagem na casa dos pais, queria se desvencilhar daquela casa o quanto antes. Antes de chegarem no ponto de encontro Mika se despediu do amigo e lhe desejou sorte, indo em outra direção.

A imagem que Eliot viu quando Gabriel apareceu na sua frente, correndo apressado fez seu coração tremer, não havia nada de masculino no outro para haver qualquer desconfiança, era perfeita, seus grandes olhos brilhantes. Vestia uma calça jeans, com uma sapatilha, além de uma camisa de alça branca, um casaco de lã rosa claro, alguns adereços, estava realmente bonita, só se perguntava porque normalmente a garota se vestia de forma mais desleixada, contudo se pudesse vê - lá dessa forma exclusivamente, não reclamaria, se aproximou sorrindo. 

- Desculpe, desculpe o atraso. - Gabriel dizia ofegante, teve outra discussão com suas irmãs, porém apenas as ignorou e veio correndo ao encontro do seu namorado... Aquilo soava tão emocionante que mau conseguia respirar de euforia.

- Tudo bem, vamos? - Ele pegou na mão dela com carinho, seguinte em frente na direção do parque de diversões. Teriam que pegar o metro e seguir até lá.

Foi o encontro mais divertido da sua vida. Gabriel sabia que estava iludindo o outro e por isso no final daquele dia aguentaria qualquer consequência, mas contaria a ele, o sonho iria terminar, por isso viveria cada momento como se fosse o último.

Primeiro foram na montanha russa, o menor não gostava de adrenalina excessiva, contudo segurou firme no braço do seu namorado e só pode gritar na enorme descida, foi emocionante, no entanto, quando saíram do brinquedo estava com as pernas bombas. Eliot lhe comprou algodão doce e um ursinho de pelúcia marrom, era tão fofo, iria guardar junto com a girafa.

O próximo ponto foi a casa mau assombrada.

- Acho melhor não. - Gabriel nunca gostou de locais escuros e principalmente com algo aparecendo do nada com o objetivo de lhe assustar.

- Vai ser legal, eu te protejo. - Eliot parecia tão confiante que Gabriel não teve como contestar, por isso acabou entrando mesmo com o medo antecipado.

Era totalmente escuro o local, apenas o caminho no chão tinha algum néon, se aproximou ainda mais de Eliot e o segurou firme, a qualquer momento poderia aparecer algo dos lados, todavia, não prévia que viesse de cima, ficando na sua frente uma criatura disforme, gritou e se grudou no maior, sentia o coração palpitar tão forte, o rosto enrubeceu, saiu de perto dele de repente.

- Ah... Desculpe. - Gabriel estava constrangido, mas Eliot parecia feliz com a aproximação, por isso puxou a menina pelo ombro e a deixou bem perto, grudada em si. Novamente monstros e criaturas. Chegou determinando momento que Gabriel se afastou do outro porque algo gelado tocou no seu ombro e quase caiu no chão. Eliot a segurou pela cintura, Gabriel segurava sua camisa com força tremendo assustado.

O maior encostou seus lábios no da menina tentando acalma - lá, o que fez com que ficasse mais nervosa. Era tudo escuridão, por isso a colocou contra a parede, dificilmente alguém os veria. Eliot começava a ser inconsequente, deslizando a mão que estava na cintura, até mais em baixo, indo até o bumbum do menor que estremeceu.

- E-eliot, não... - Gabriel sussurrou sem forças, as mãos começarem a adentrar sua calça por baixo da roupa, notando a calcinha, tinha pretensão de ir mais fundo, porém o menor empurrou o outro com força e saiu correndo.

Eliot colocou as mãos na cabeça pensando na besteira que havia feito, aquele não era o local apropriado para avançar no relacionamento, entretanto vê - lá tão indefesa daquela forma, segurando em si com tanto afinco, despertou o libido que tentou esconder desde que a viu vestindo sua camisa na sua casa. Saiu de lá a procurando, não demorou a acha - lá sentada em um dos bancos, seus lábios carnudos tremiam de leve.

- Gabi, me desculpe. - O rapaz soava sincero, nem tinha pensando nas consequências.

- Tudo bem. - Gabriel dizia nervoso, além de ter sido tocado, temeu com todas as forças que ele descobrisse seu gênero antes de falar, não queria revelar dessa forma. Quando Eliot estendeu a mão, por reflexo se encolheu e o rapaz recuou.

- Sou um desastre. - O rapaz suspirava triste. 
- Estou bem agora, na verdade estou com fome. Podemos lanchar? - Gabriel usava seu tom doce e segurou na mão do Eliot que se surpreendeu um pouco, ficando mais aliviado. 
- Claro.

Comeram sanduíches e suco, no final foram na enorme roda gigante, onde poderiam ver todas as luzes do parque e da cidade, parecia o momento perfeito para que Gabriel contasse, mas só estragaria tudo, o nervosismo havia se apoderado de qualquer decisão, mas agora, tinha decidido em definitivo, contaria naquele dia, não esperaria mais nenhum.

- Eu preciso te contar uma coisa Eliot. - Gabriel dizia quando já estavam caminhando na direção de casa, poderia parar, mas o rapaz segurou em sua mão incentivando que continuasse andando.

- Eu já sei, sobre suas irmãs, não é? Eu vou oficializar tudo Gabi, irei falar com elas agora. Então não se preocupe. - O rapaz falou de forma altiva. Gabriel começou a empalidecer, suas irmãs? Ele pediria formalmente sua mão a elas?

- Eu acho melhor não. - Gabriel começou, mas o rapaz não lhe dava ouvidos continuando o caminho.

- Não se preocupe, enfrento qualquer coisa por você. - O maior parecia mesmo disposto a enfrentar suas irmãs, mas Gabriel pensava se estaria mesmo disposto a tudo. Esperava que sim. 

Quando chegaram em casa, suas irmãs estavam sentadas no sofá, Eliot pedia um fraco, com licença e vinha se aproximando. As duas deram seu olhar cúmplice como sempre, se levantando.

- Obrigada por trazer nosso irmãozinho em segurança. - Teresa dizia maliciosa, segurando o ombro de Gabriel de leve, apertando - o. O menino começava a ficar muito nervoso, o que elas estavam pensando? Não poderiam fazer algo extremo, não é?

- Irmãozinho? - Eliot indagou, sem entender, confuso.

Susana se aproximou de Gabriel, Teresa o segurava firme para o menino não se debater, na verdade era exatamente isso que ele fazia quando percebeu o que estavam fazendo e com o olhar de súplica pediu a Susana que não fizesse isso. "por favor não, por favor não..."sussurrava.

- Ele não te contou Eliot? Pensei que estivessem namorando. Que menino mais mentiroso. - Susana continuava com um fino sorriso cruel nos lábios. Eliot ainda sem compreender, pensou em falar alguma coisa. Todavia Susana se aproximou do menor e abriu zíper da calça, abaixando - a, deixando a calcinha rosa com lacinho aparecendo. As duas sorriram quando viram a dedicação do irmão naquele encontro.

- O que pensam que estão fazendo? - Eliot corava bruscamente, contudo, viu algo que não estava certo, pensou em desviar o olhar até notar o volume que havia ali, não era normal.

- Eu queria te contar... - Lágrimas começavam a cair do rosto do pequeno que não tinha forças para resistir. Susana acabou de abaixar a calcinha deixando a mostra o pequeno membro do irmão, a região ainda não tinha pelos, na visão das duas era bem fofo.

- O... - Eliot arregalou os olhos constatando os pensamentos que começaram a se formar, era um garoto, Gabriel durante todas aquelas semanas era um garoto. Levou a mão a boca e limpou, se sentia traído, com raiva, aquela brincadeira havia mexido com seus sentimentos, não sentiu nenhuma compaixão quando viu o menino vermelho, envergonhado e em prantos. Na verdade tinha... - nojo...

As palavras tinham atingido Gabriel como um soco no estômago, nem notou quando Eliot saiu dali. Susana calmamente foi fechar a porta da casa, olhando o pequeno irmão.

- Viu? Ele não te aceitou e nunca vai aceitar. Se ele te amasse te desejaria como você é. - Susana falava se ajoelhando na frente do seu pequeno irmãozinho arrasado. - Apenas nos vamos te proteger.

- Isso mesmo Gabriel, nunca saia de perto de nós. - Teresa dizia puxando o irmão para um abraço.

O menino não tinha condições de retrucar, na verdade elas tinham razão, apertou com força a irmã, colocando a cabeça contra o peito dela e chorou, chorou muito, a culpa era sua, deveria ter dito a verdade dês do começo, nunca teria se sentindo tão apaixonado e não teria se decepcionado tanto, aquela dor no peito parecia que não sumiria nunca. Soluçava de tanto chorar. Seu sonho havia caído como espelho que refletia uma imagem falsa e se quebrou, espalhando a mentira por todos os lados, destruindo qualquer ilusão de que aquilo poderia dar certo, o rosto do Eliot recoberto de desprezo e raiva. As palavras nojo, nojo, nojo ecoaram na sua cabeça, lhe lembrando do que era, sentia tanta raiva de si mesmo por ser assim, sentia tanta tristeza, se afundou em lástima enquanto as irmãs o acalentavam, talvez as únicas que lhe entendessem fosse elas... Sua mente estava tão frágil que não conseguia resistir de pensar que poderia ficar na redoma para sempre, sem sentir tanta dor.



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