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História Alomorfia - Os Dois Lados Da Moeda


Escrita por: thaliiahelena

Capítulo 3 - Os Dois Lados Da Moeda


Klaus estava estático encarando o chão.

Sua família ao seu redor o olhando com preocupação e nervosismo.

Ele não conseguia olhar na face de sua filha que estava agachada ao seu lado com a mão em seu ombro perguntando se ele estava bem. Mia sempre foi à pessoa mais doce da família Thompson. Também não conseguia olhar para seu genro ao qual ele nunca foi muito com a cara, sabia que Dick era uma pessoa boa, mas como todo pai presente ele nunca vai gostar de ter de dividir o coração de sua princesa com outra pessoa, no entanto agora foi ele quem deu motivos para Dick nunca mais querer olhar na cara dele.

Spencer, seu neto, era o único que ele de fato poderia olhar nos olhos, afinal ele havia provocado tudo isso para inicio de conversa, mas o rapaz já havia pagado por seus erros. Dias antes quando Klaus descobriu que ele estava envolvido na morte de Giovanni o garoto tomou a maior surra da vida dele dada pelo avô. Klaus deixou a cara do neto irreconhecível de tão inchada e cortada, Spencer teve até que ficar dois dias no hospital, mas depois disso foi perdoado por todos na família, pelo menos até agora.

E ele nem sabia o que sentir quando viu os sapatos de Nathan na frente de seus olhos, sentiu uma enorme vontade de chorar. O que ele estava pensando? Ele privou o neto de ter qualquer chance de uma vida normal e se o garoto lhe odiasse teria todos os motivos para isso. Não podia chorar, tinha que ser forte por Nathan, tinha que protegê-lo enquanto poderia.

-‘Vida por vida’ – puxou o ar com dificuldade – Esse foi o acordo.

Eles olharam para o patriarca, confusos. Como assim ‘vida por vida’ ele se oferecerá no lugar de Spencer?

-Como assim papai? – Mia perguntou

-É o único acordo benevolente em uma situação como essa – suas pernas tremiam – Eu estava tão desesperado, então ofereci a mim mesmo como moeda de troca.

-E ele aceitou? – foi à vez de Dick perguntar

Klaus deu um longo suspiro e passou a mão pelo cabelo balançando a cabeça em negação

-O que Callegari ia querer com um velho como eu? Para ele eu não sirvo. Nem vivo e nem morto.

-Então...

-Ele quer o Nathan

A reação de todos os presentes foi de choque, depois cada um teve sua própria reação. Mia tapou a boca com as mão e começou a chorar desesperada. Dick a abraçou, mas estava tão abalado como ela, chorava mais contido. Spencer arregalou os olhos e caiu sentado quando se deu conta do peso de seus atos e Nathan... Nathan estava paralisado.

-Por quê? – Mia sussurrou sofrida – Por que com a minha família?

-Está vendo o que fez?! – Dick gritou furioso com o filho mais velho

-Deixe-o – Klaus mandou – O garoto foi obrigado por gente muito maior que ele a fazer o que fez. Já teve o que merecia por se envolver com essa gente.

-Nathan, eu... – tentou dizer Spencer, mas Nathan tremia apavorado.

Klaus se levantou e pôs ambas as mãos no ombro do garoto.

-Agora escute meu neto – olhou no fundo dos olhos dele – Sei que você não tem culpa, mas sei que ama a sua família e que sabe que essa foi a melhor forma de protegê-la, pelo menos por mais dois anos.

O garoto assentiu, mas não conseguia mais sentir seu corpo, assim que seu estado de choque começou a passar as lagrimas foram descendo de suas orbitas.

-Callegari quer que você seja um deles, mas eu não vou deixar.

-Mas vovô se eu não for... - Nathan soluçou – Se eu não for ele vão querer me matar

-Não chore – Klaus apertou seus ombros – Um Thompson não desiste sem lutar.

-Mas vovô...

-Nada de ‘mas’ – Klaus o soltou – Eu vou treinar você para fugir dessas pessoas.

-Ficou maluco?! – rosnou Dick – Você não vai treinar meu filho.

-Se quer que ele sobreviva esse é o único jeito – Klaus rebateu – Não seja marica, seu filho sabe bem se cuidar sozinho.

Mia abraçou o marido compartilhando da sua dor.

-É a única chance dele – sussurrou em segredo – Temos que apoiar.

-Vocês acham que o Alexander vai deixar barato? - Spencer interrompeu - Não tem jeito, ele vai encontra-lo.

-Nós daremos um jeito - Klaus disse de forma rude.

~//~

Os Thompson foram viver na casa de campo, pois se se afastassem da cidade poderiam executar melhor o treinamento de Nathan.

Passaram a viagem discutindo ideias para proteger Nathan de Alexander. Foi quando Spencer observou bem o irmão e começou a rir.

-O que foi querido? - perguntou a mãe dos dois.

-Eu só estava pensando que ele ia ficar muito bem de mulher - Spencer deu mais uma gargalhada - Com esse rostinho delicado ninguém ia notar a diferença.

Klaus sorriu com um brilho no olhar.

-Brilhante - disse à Spencer - É exatamente isso.

Apôs processar as palavras de seu avô Spencer quase morreu de tanto rir, enquanto Nathan arregalou os olhos de forma que ele mesmo nem sabia que era possível.

-O que?! - gritou quando finalmente conseguiu pronunciar algo.

-Basta! - Klaus gritou de volta - Jurei que te protegeria a qualquer custo e é isso que eu vou fazer - olhou para Mia - Vai ensina-lo a ser uma menina.

-Mãe! Pai! - Nathan disse nervoso, mas seu desespero cresceu quando viu que nenhum deles parecia se opor a ideia - Vocês ficaram loucos?

-Querido...- Sua mãe tentou acariciar seu rosto.

-Não! - bateu na mão dela - Eu quero me tacar deste carro.

Klaus segurou o rosto de Nathan com brutalidade.

-É isso ou morrer mocinho - falou seco - Você escolhe.

Nathan passou a viagem toda calado, se esforçando para não chorar, quando chegaram à casa do campo Nathan correu para seu quarto e bateu a porta com força.

-Dê um tempo pra ele - disse Mia para seu pai - Ele vai acabar entendendo.

-Eu não posso culpa-lo -suspirou - Eu o privei de tudo, e agora isso.

-Ele vai entender - Mia abraçou o pai.

~//~

Duas semanas depois.

Nathan passou essas duas semanas treinando.

Aprendeu como se segura e como recarrega todas as armas que seu avô tinha, e não eram poucas. Na segunda semana começaram a treinar mira, mas ainda não estava suficiente bom, ele achava que nunca estaria. Porém o pior pesadelo era o que passava com a sua mãe.

"Quem disse que é fácil ser mulher?" - pensou.

Passaram essas duas semanas aprendendo a cada dia como se portar como uma 'dama'. Como se vestir, como falar, como andar. E isso nem era o pior, tivera que achar formas de esconder seu pênis, o que não foi muito difícil graças a algumas ideias de travestis no You Tube, e passar pela crueldade da depilação completa.

Seu avô havia lhe dito que não fariam nada que ele pudesse ganhar massa muscular para não quebrar o disfarce de mulher. Então apenas treinariam defesa pessoal e combate a distância com armas de fogo ou armas brancas.

Só que isso tudo isso não dá nem pro começo, pois sua mãe achou que tinha que matricula-lo em uma escola como se ele fosse uma menina. E é por isso senhoras e senhores que neste momento Nathan está trancado no banheiro fugindo de sua mãe.

-Nathan, não é o fim do mundo - Mia falou com calma - Este uniforme ficou tão bonito em você.

-Uma ova que ficou - rebateu.

-Nathan, você precisa começar a treinar - agora sua voz era mais firme - Estamos todos querendo o seu bem filho.

-Mãe, vai todo mundo rir de mim! - abriu a porta do banheiro.

Nathan estava usando uma peruca da cor de seu próprio cabelo com uma tiara jogando ele para trás, ele havia furado as orelhas e usava brincos pequenos, uma maquiagem leve e o uniforme com saia do colégio da região. Mia sorriu orgulhosa da coragem do filho e de seu trabalho.

-Os deixe comigo - sorriu, mas agora com maldade no olhar.

Mia desceu primeiro para a entrada onde os homens da família esperavam para ver os resultados.

-É o seguinte, e eu estou falando principalmente com você Spencer - olhou com ameaça para o rapaz - Se algum de vocês der risada eu corto a língua de vocês fora que não vão poder rir nunca mais - deu o mesmo sorriso de ainda a pouco - E se acham que estou brincando - cravou a faca que escondia atrás do corpo na mesa de madeira - Tentem a sorte.

Todos eles engoliram em seco e prometeram não rir.

-Eu apresento a vocês Nathalie Thompson, o nome que decidimos usar por enquanto - ela olhou para o alto da escada.

Os adultos ficaram muito impressionados, mas Spencer deve que se segurar para não rir. Não o julguem, não é todo dia que você vê seu irmão mais novo vestido de mulher.

-Está linda - disse Dick

-Pai... Não se atreva - Nathan disse com a sua voz normal.

-Nathan! - sua mãe brigou

-Quer dizer... - alterou um pouco a voz - Pai, não se atreva!

Não era difícil fazer uma voz feminina, sua voz mesmo não era muito grossa então não precisava alterar muito.

-Não está? - Mia falou orgulhosa - Sempre quis ter uma filha

-Mãe!

-Desculpe, desculpe - Mia deu risada - Escapou.

-Até tu brutos? Não esperava isso de você.

~//~

Chegou à sala de aula já se apresentando (a pedido da professora). Fez uma analise rápida da turma enquanto estava na frente, não parecia muito diferente de todas as turmas que já havia frequentado.

Mais tarde no intervalo uma menina sentou ao seu lado. Ela tinha cabelo preto e olhos azuis, uma beleza escondida por baixo de tanta desorganização que era a sua roupa e seu cabelo. Parecia que ela vivia correndo.

-Oi, Nathalie não é? - perguntou sorridente - Me chamo Annie.

-Prazer - devolveu sorridente.

-Seja muito bem - vinda.

-Obrigada - falou recordando das palavras de sua mãe.

"Uma menina educada sempre agradece"

"Obrigado"

"Não Nathan" - repreendeu ela - "ObrigadO é para meninos, meninas usam o obrigadA"

"Obrigada" - corrigiu

-Você é da capital, não é? - falou mordendo a maça que estava em sua mão - Como é lá? - perguntou de boca cheia.

-Você nunca foi a capital? - se surpreendeu

-Não, eu e minha vó íamos no ano passado, mas ela ficou doente.

-E seus pais?

Viu que Annie ficou meio inquieta, percebeu que tinha tocado em um ponto doloroso, não precisava perguntar para imaginar o que havia acontecido, resolveu que não ia perguntar mais nada do tipo, antes de pedir desculpas foi interrompida por três meninas, duas delas tinham mexas postiças no cabelo, uma delas tinha em tons de rosa no cabelo loiro e a outra em tons de roxo no cabelo castanho, a única que não tinha também tinha o cabelo castanho.

-Iai novata? Chama isso de cabelo - a de mexa rosa falou

Nathan franziu o cenho, elas estavam mesmo falando consigo?

-Parece um ninho de ratos - falou a com mexa roxa falou

-E essa tiara que coisa horrorosa - falou a sem mexa.

-Desculpa, é comigo? - Perguntou confuso usando a voz para 'Nathalie'

-Claro que é - falou a de mexa rosa.

-É que eu só não acreditei que meninas que usam mechas que vem com a boneca Barbie tem a ousadia de vir aqui falar do meu cabelo - deu uma risada - E ainda por cima vir falar da minha tiara, o que é isso? Está revoltada porque sua mãe não comprou a boneca pra você? Eu não tenho nada com isso querida.

Ele não leva desaforo para casa, nem como Nathan e nem vai levar como Nathalie.

-Não liga para ela Vick, ela só fala isso porque ela é brega - disse a de mexa roxa.

-Ficou ofendida Vick? Então façam o favor de não mexer com quem você não conhece.

Elas saíram revoltadas.  Annie começou a rir com gosto.

-Nossa! Não sabia que fazia o tipo barraqueira!

-Barraqueira não - sorriu para ela - Eu apenas me defendo.

-Mas não ligue para elas - ela disse tão doce quanto sua mãe - Elas são só metidas.

-Tá brincando? Na lista dos meus problemas elas são uns nada.

~//~

Chegou de tarde em casa e teve a recepção calorosa de seu irmão

-Como foi o primeiro dia, princesinha? - Spencer alfinetou

-Se fuder, já foi hoje Spencer? - Nathan rebateu

-Olha a boca - sua mãe repreendeu - Uma menina educada não fala palavrão.

-Teu cu - respondeu para mãe se arrependendo no mesmo momento - Desculpa mãe - falou rapidamente - Mas eu também não sou menina, né?

-Nem como menino você pode me responder assim moleque - lhe puxou pela orelha enquanto ouvia-o dizer "ai" repetidas vezes - Vai já pros fundos que seu avô tá te esperando - empurrou-lhe

-Ai! Ai! Tá bom, já entendi.

-E eu acho bom pensar bem antes de me responder assim de novo - ameaçou furiosa - Ou o que seu avô fez com seu irmão vai parecer piada perto do que eu vou fazer com você.

-Sim senhora - ele correu para os fundos.

Viu seu avô concentrado em munir as armas

“Ótimo” - pensou - “ Mais dessa porcaria"

Aproximou-se devagar analisando cada passo de seu avô para repetir igual quando ele pedisse, mas seu pé pisou em um graveto anunciando que ele estava ali. Seu avô lhe olhou de soslaio dando um sorriso lateral.

-Já chegou? - se virou para ele - Como foi o dia na escola?

-Ah vô, melhor deixar quieto - deu um longo suspiro - Para eu não te responder como fiz com a mamãe.

-Você respondeu sua mãe? -Klaus quase riu, quase - Desde quando você tem esses pensamentos suicidas?

-Começou quando me obrigaram a me vestir de mulher - tirou a peruca que já estava começando a coçar - Mas diz vô, o que vamos fazer hoje?

O velho sorriu as rugas de expressão claras em seu rosto. Estava orgulhoso de seu neto, não era todo mundo que aguentava essa barra com tanta firmeza assim.

-Vamos treinar mira - entregou uma arma ao neto - Com todas essas armas.

-Está bem - posicionou a arma como havia aprendido

-Acerte a mira na árvore, concentração é tudo - falou para o garoto.

Ele fez como pedido, mas errou. Sem baixar a cabeça estalou a língua e preparou de novo para atirar.

-É questão de prática - disse Klaus ao menino - Trate a arma com segurança. Isso em suas mãos é a coisa mais letal para o homem.

~//~

-A coisa mais letal para o homem são as mulheres - Annie disse - Pelo menos é o que minha avó sempre diz.

-Mesmo? E o que mais ela diz? - perguntou com curiosidade.

Era engraçado ouvir meninas falando sobre meninos, mas mais engraçado ainda era ouvir receita de vó para conquistar um homem.

-Ela diz que se descobrirmos o que um homem deseja sempre será fácil conquista-lo - tomou um gole do suco - Ah e que podemos conquistar através do estômago também.

-E o que eles desejam?

-Sei lá - deu de ombros rindo - Eu não sei como a cabeça louca dos meninos funciona.

"Louca? Que absurdo!" – pensou.

-Eu só sei que cada um se conquista de uma forma - suspirou - Se eu soubesse já teria tentado com Ed.

Annie gostava de um garoto denominado como Ed. O tal do Ed é um nerd tímido e que sempre fala sobre séries e hq's, enquanto Annie adorava os designers e as artes das coisas apenas. Ela era uma coisa denominada como 'otaku' que era como se denominava os fãs de animes (desenho japonês). No entanto parou há alguns anos por falta de tempo.

-Francamente Annie, por que você não chega e diz que gosta dele? - não entendia por que esconder os sentimentos assim - O máximo que pode acontece é ele dizer não.

-Você nunca se apaixonou Nathalie? - ela deu um sorriso triste - Um não para alguém apaixonado é a pior coisa que pode acontecer.

~//~

-Não fique com medo - Klaus gritou - A pior coisa que pode acontecer é você levar um soco.

Nathan desviou outro golpe já arfando.

O patriarca havia pedido para que o neto mais velho ensinasse ao mais novo golpes de algumas artes marciais. Mas Nathan não tinha a menor habilidade com lutas. No fim só levava rasteira do irmão.

-Horrível – Klaus grunhiu – É assim que você pretende fugir do Callegari?

-Não senhor – baixou a cabeça

O patriarca foi até ele de maneira agressiva, puxou sua cabeça pela nuca o forçando a lhe encarar.

-Olhe para mim quando eu falar com você – rosnou – Você acha que Callegari vai ter pena de você? Acha mesmo que ele não vai te matar na primeira oportunidade?! – Nathan gemeu de dor – Você é burro?

-Não senhor – respondeu de imediato.

Klaus soltou com brutalidade a cabeça do neto, este massageou a nuca, aliviado.

-Abre seu olho moleque – alertou – Esse é seu futuro agora.

~//~

-O que você vai querer ser no futuro? – Annie perguntou

Ficou incomodado com a pergunta. Não podia pensar no futuro simplesmente pelo fato de não haver futuro para ele, ou melhor, existia um. O único que tinha era o que não queria ter.

-Não sei – falou demonstrando constrangimento.

-Tudo bem – Annie sorriu gentil – Muitas pessoas ainda não decidiram o que querem ser.

-Você já sabe?

-Eu pensava em ser Cartunista, ou algo assim.

-Muito bom.

-O que é muito longe do que eu queria ser quando pequena – deu risada de si mesma – Eu queria ser astrônoma.

-E por que não quis mais?

-Não sou de exatas – deu de ombros – E você o que queria ser.

Nathan parou para pensar na pergunta. Lembrou-se de que quando era pequeno ganhava todo ano de seu irmão em datas festivais carrinhos de brinquedo, foi ai que se lembrou do que queria ser:

-Piloto de corrida – disse rindo das besteiras que eram seus pensamentos infantis

-Credo! Isso é coisa de menino – ela fez careta.

Apesar de existirem mulheres pilotos sabia bem o que a amiga quis dizer.

-Tem razão – concordou sem ter mais nada para acrescentar

 


Notas Finais


Oie, bom dentro dos meus dois dias de postagem u.u eu estou sendo pontual uma vez na vida, aplausos para mim. Espero que tenha ficado legal, me contem o que acharam :D beijão.


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