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História Alomorfia - Me Chamo Sarah


Escrita por: thaliiahelena

Capítulo 7 - Me Chamo Sarah


Estacionou o mais próximo possível do bar. Afinal não correria o risco de ser pego durante uma corrida, ainda mais usando salto.

Quando chegou ao bar Nathan cumprimentou seus colegas de trabalho com um sorriso no rosto e de forma rotineira prosseguiu nas suas atividades do dia na espera de algum sinal de vida da gangue do ‘cachorro louco’. Foi só no final da tarde que a dita cuja apareceu

Estavam todos com uma expressão de cansaço e pareciam irritados com algo, ou muito mais provável, alguém.

O líder do grupo fez como de costume quando chegava ao bar, se aproximou de Nathan, perto o suficiente para soprar aquela mistura asquerosa de álcool com fumaça de tabaco, lhe abraçando e lhe dando um selo de cumprimento. Nathan resistia a vontade de empurrá-lo e sorria de forma doce para o ‘namorado’.

-Olá meu bem – cumprimentou – Como está?

O homem sentou-se ao bar e automaticamente foi posto a sua frente um copo de uísque com gelo, ele tomou um longo gole antes de responder a perguntar.

-Uma merda – grunhiu revoltado.

Nathan se virou para pegar as cervejas no freezer e sorriu de canto sem que ninguém pudesse vê-lo. Pegou as garrafas e serviu ao resto dos rapazes voltando para pegar os copos.

-Tão ruim assim? - falou enquanto continuava a servir.

-Pois é – socou o balcão irritado – Tentamos seguir o rastro do tal Nathan, mas não encontramos nada.

-Não fique assim querido – se aproximou e massageou os ombros alheios com uma certa brutalidade – Tenho certeza de que vai encontrá-lo.

‘Idiota’ - riu em pensamento

-O pior Sarah – começou Gabe, um dos membros da gangue – É que Sandro está maluco com isso – suspirou – Parece que Callegari quer muito, muito mesmo, encontrar esse tal Nathan.

-Bom, é fácil dar uma de chefão e exigir dos outros – estalou os dedos – Queria ver ele arriscar a pele atrás desse tal de Nathan. Se nem vocês conseguiram achá-lo só pode significar que esse cara é foda – foi difícil, mas Nathan conseguiu manter a expressão seria no rosto.

-De qualquer forma Sandro ficará na cidade até encontrar qualquer vestígio do Nathan por aqui – explicou Maxweel – Jantaremos com ele de noite.

-Tudo bem – confirmou com leve inclinar de cabeça.

Apôs o expediente Nathan voltou para casa e vestiu algo mais noturno. Um vestido preto de saia solta que para um palmo acima dos joelhos, a parte de cima mais justa marcando sua cintura e as mangas feitas de renda, em seu pescoço um colar para desviar a falta de colo e pequenos brincos combinando na orelha, na maquiagem destacou os olhos e suavizou a boca, o salto preto baixo para facilitar em qualquer caminhada. Continuou a usar a cinta de armas e passou tudo que estava em uma bolsa para outra que combinava melhor para um visual.

Parou Pangaré na calçada em frente a casa de Maxweel e guardou as chaves em uma parte separada da bolsa. Foi recebido por seu ‘namorado’ que como de costume reclamou que ‘ela’ estava arrumada demais.

“É para que todos vejam o seu bom gosto querido” - foi tudo o que respondeu.

Adentrou a casa com Maxweel lhe puxando com aperto na cintura que mais parecia uma corrente amarrada em si, e instantes depois bateu seus olhos na figura que até então só conhecia por fotos.

-Uau – ele se aproximou – “Que es essa chica hermosa?”

-Me llamo Sarah – se apresentou em espanhol apenas para deixar claro que ele sabia falar também, mesmo que o homem só tivesse dito que ‘ela é bonita’.

Enquanto se apresentava Nathan avaliou-o, a foto que recebeu parecia bem atualizada, pois ele não havia mudado nada. Lembrou-se das palavras de seu avô e traçou um plano para aquela noite, mesmo que o mesmo não lhe agradasse em nada.

-Ah – sorriu com certa malícia – Me llamo Sandro – pegou a mão de Nathan e a beijou delicadamente – É um prazer conhecer mulher tão bela.

-Imagino que já esteja acostumado – Nathan deu uma piscadela marota.

Antes que Sandro ousasse responder Maxweel interrompeu com uma tosse falsa.

-Ela está comigo – disse em tom de aviso.

-Mensagem captada – Sandro respondeu, mas não desfez o sorriso.

O homem se distanciou e Maxweel deu um aperto forte no braço de Nathan.

-Tava flertando com ele? - perguntou de forma bruta.

Nathan tentou puxar o braço e quando não conseguiu dirigiu um olhar furioso na direção do ‘cachorro louco’, olhar esse que ele nunca tinha visto ‘da bela Sarah’, olhar esse que o irritou.

-Ficou louco?! Não estava flertando com ninguém – rebateu – E você está me machucando.

-Eu acho bom você saber que seu homem sou eu – segurou com força o queixo de Nathan – Eu não vou ser chamado de corno por causa de uma puta.

-Como é? - Nathan chutou as bolas do homem que caiu de imediato no chão – Olha só ‘meu amorzinho’, eu não sei que tipo de mulher você pensa que eu sou – observou de cima o vendo se contorcer de dor pondo as mãos sobre as bolas.

Todos olharam para os dois e alguns dos capangas se aproximaram para agarrar Nathan que recuou alguns passos.

Todos ouviram o rosnado que Maxweel soltou ainda no chão.

-Você vai pagar por isso, filha de uma puta – se levantou e sacou sua arma.

No mesmo instante Sandro chegou por trás dele e pousou o canil de sua arma na nuca de Maxweel de cima para baixo e a destravou deixando o dedo sobre o gatilho.

-Fica calminho ‘cachorro louco’ - falou de forma calma – Não queremos que alguém tão bonita morra só porque quis se defender de um ogro feio que nem você, não é mesmo?

‘Cachorro louco’ baixou a arma e Nathan correu para ficar ao lado de Sandro. O homem sorriu satisfeito e baixou a arma, puxou Nathan e fez como Maxweel o envolvendo pela cintura.

-Ei pera ai – rosnou puxando Nathan pelo braço – Não ache que vai ficar assim – apontou a arma para Sandro – Tá pensando que só porque é da equipe do meu chefe eu vou deixar um filho da puta como você sair vivo daqui depois disso, não mesmo.

Sandro ergueu as mãos em rendição e Maxweel destravou a arma e pôs o dedo no gatilho, no mesmo segundo em que disparou Nathan chutou seu braço para cima e a bala atingiu o teto criando um buraco nele.

Aproveitou a brecha de Maxweel e pegou pelo braço e imobilizando ele, com a outra mão arrancou a arma da mão dele e a apontou para a lateral esquerda da cabeça dele.

-Deixa eu só dizer uma coisa antes de estourar seus miolas – Nathan sorriu de uma forma sádica – Absolutamente ninguém me chama de puta.

Apertou o gatilho vendo a bala passar da esquerda para direita levando junto consigo muito sangue e alguns miolos do cérebro, provavelmente muito pequeno, de Maxweel que respigou na parede.

Todos os olhos estavam pousados em Nathan, alguns já com as armas preparadas para atirar, mas antes que qualquer um tivesse essa ideia Sandro começou a gargalhar.

-Eu sempre quis fazer isso – bateu palmas, admirado – Chica, tu acabas de realizar mi sueño.

-Por favor, não me mate – Nathan falou com falso medo na voz – Ele ia me matar – respirou fundo – Ele…

-Calma – Sandro falou – Não é como se fossemos melhores que você – declarou – O chato é que agora estou sozinho com um trabalho muito importante para resolver.

-Nathan Thompson – se pronunciou agora com mais firmeza – Maxweel me disse que estava atrás dele.

-O conhece? - Sandro ergueu uma sobrancelha.

‘Beleza, ora do plano B’ - pensou.

-Sou caçadora de recompensas – revelou – Estava na cidade quando ouvi coisas sobre o fugitivo da família Thompson, um tal de Spencer, o cara que matou Giovanni Callegari – rolou o calibre de balas da arma em sua mão e travou em uma – Moleque estúpido – estalou o pescoço – Então meses depois ouvi falar desse tal Nathan, um guri qualquer sem nada a oferecer não achei grande coisa – deu de ombros – Mas para minha surpresa, agora mais de dois anos depois a família Callegari não encontra um simples moleque de dezesseis anos? Achei muito curioso e comecei minha própria investigação – sorriu – O moleque viveu por aqui por um mês, mas ele se mandou. Não conseguiu muita coisa, suponho – se dirigiu ao sofá se sentando com as pernas cruzadas – Então foi para o Canadá.

-Como conseguiu essas informações.

-Rastreando as câmeras do aeroporto eu consegui algumas imagens de Nathan desembarcando no país. Depois foi fácil, subornei a corporação de transporte no aeroporto que me deu o endereço do motel ao qual ele se hospedou, o vigiei por um tempo e acabei descobrindo que ele foi viver com um universitário chamado Victor Robinson. Se quiser te dou o endereço para você investigar.

Nathan não era estúpido, havia pago alguém muito bem para se passar por Victor e dar as informações básicas de ‘Nathan’ para Sandro, e o atrasasse um pouco.

-E para que fez tudo isso? O que queria com isso?

-Créditos? Diga a Callegari que Sarah Collins gostaria muito de uma boa recompensa por ter ajudado a encontrar o precioso Nathan Thompson.

-Isso podemos resolver agora.

Sandro adentrou um dos quartos e saiu carregando uma maleta, a abriu na frente de Nathan mostrando uma alta quantia em dinheiro.

-Aqui tem meio milhão – informou Sandro – Entregaria a Maxweel – olhou para o corpo do falecido estirado no chão – Mas como bem sabe agora ele já não me serve de nada.

Nathan sorriu e retirou um papel de dentro da bolsa.

-O endereço de Victor – explicou – Boa sorte para encontrar Nathan, vai precisar.

Se levantou e pegando a maleta e caminhou até a porta.

-Espero não ter de te ajudar novamente.

Nathan saiu e caminhou até Pangaré, jogou o dinheiro por baixo do fundo falso no porta-malas e jogou a maleta na calçada, não podia arriscar ter qualquer rastreador consigo.

Entrou e respirou fundo se acalmando aos poucos, depois começou a gargalhar da cara dos idiotas que acreditaram em tudo o que ele disse.

-Pangaré, eu sou um gênio – bateu no volante do carro – E agora garoto, eu e você vamos para o México como planejamos, e lá seguiremos nossos caminhos – inspirou profundamente o cheiro costumeiro de ferrugem misturado com o perfume que havia comprado para o automóvel – Mas até lá, vamos nos divertir – falou enfim colocando em sua rádio predileta.  


Notas Finais


Não ficou muito grande, mas foi de coração. Me digam o que acharam! Eu preciso saber huehue beijão gente e até semana que vem.


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