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História Alomorfia - Ligação


Escrita por: thaliiahelena

Capítulo 8 - Ligação


 

"Olhar o fogo aumenta a irá dentro de nós"

Por

Alguém em algum lugar

Nesses últimos anos Nathan perdeu muita coisa.

Primeiro perdeu sua liberdade, de poder escolher ser o que quisesse ser, de correr riscos e deixar que o tempo curasse qualquer coisa ou de amar loucamente, agora? Não, ele não podia se dar a esse luxo.

Logo depois perdeu sua dignidade e teve de baixar a cabeça e ser forçada a ser 'ela' ao invés de ser 'ele' como sempre foi.

E suas piores perdas... Nathan perdeu a todos que ama, pois devia seguir um caminho totalmente oposto do que seguiria se tivesse a chance. Que adolescente não sonha em crescer, se formar, casar com amor de sua vida e viver feliz perto dos que ama? Para Nathan isso já é um sonho impossível.

E sobre as chamas que queimavam Pangaré até deixa-lo irreconhecível jurou que Alexander Callegari pagaria por tudo o que ele fizera consigo e toda sua família.

Quando se despediu devidamente de seu amigo, que causou os únicos momentos felizes no país horroroso que é os Estados Unidos da América, ele foi para a cidade do México.

Graças à inteligência de seu avô ele tinha algo que funcionava como um GPS. Eram papeis com nomes de pessoas relacionadas á Callegari e seus países de origem. Graças a esses papeis Nathan sabia que deveria ir atrás de "Maria Vilanueva" que seria a avó de Alexander por parte de mãe.

Passou uma semana investigando e achou um registro onde dizia que a dona Maria trabalha em um hotel no literal do país. Se Nathan tivesse sorte ela ainda estaria trabalhando lá.

Viajou durante a noite para lá e se hospedou no Paradisus Hotel em Cancun. Um lugar caro, mas extremamente chique. Havia se trocado no banheiro da Rodoviária.

Uma nova identidade foi formada e agora ele era ' Pilar Bitencourt' uma moça loira que usa roupas finas e elegantes, saltos quinze e sempre impecável no quesito beleza. Já sua personalidade se difere de Sarah quase por completo já que Pilar era arrogante, fria e a primeira vista metida. E na verdade era perfeito já que ele se passava por uma rica metida e ele mesmo só queria encontrar a dona Maria.

~//~

Inglaterra

Eles todos estavam jantando.

Desde que Callegari declarou que a família Thompson e viver com ele, Mia se sentia presa em um cativeiro, pois é exatamente assim que ela estava. Só que o cativeiro em questão era uma mansão muito bonita. Então Mia todo dia procurava coisas para se distrair, mexia no jardim, ajudava na cozinha, ajudava a limpar a casa... Era quase uma cinderela rica que procurava distrair a cabeça para não pensar na dor de ambos os filhos e no falecido pai, se fosse para falar com sinceridade até diria que ela estava quase na insanidade de falar com ratos.

Dick tentava ser firme por ela, sempre ajudava ela nas tarefas que gostaria de realizar, mas sua terapia eram os livros da biblioteca. Ria sempre quando Mia comentava que se ela era Cinderela ele era a princesa Bela. Amava a esposa simplesmente por mesmo em momentos como esse ela tentava ser otimista.

Já Spencer quase vivia colado a Chris que era quem cuidava de seus ferimentos rotineiros. Mesmo a garota avisando que o melhor era obedecer Callegari ele não conseguia. O maldito deveria pagar afinal que mundo injusto é esse onde os bonzinhos se lascam e os monstros levam a melhor? Obviamente que com esse pensamento ele não estava se referindo a si mesmo, por ele a pena de morte para si ainda era pouco, mas Nathan? Não, Nathan era um menino bom que nunca se envolveu com coisas erradas, não merecia nada disso. E cada vez que Alexander lhe espancava lembrava-se de como implicava com o irmão por ele ser o 'queridinho da mamãe'. Antes fosse esse o menor dos seus problemas.

Havia um fluxo constante de pessoas na casa, tais como: Gente da família Callegari. Chefes de grandes empresas. Comerciantes. Advogados e etc.

Jantavam os membros presentes na casa, isto é, Chris, Luca, Jade, que estava lá apenas para esperar alguma noticia sobre Nathan, e é claro o restante da família Thompson. Mia nunca foi com a cara de Jade, se conheciam há algum tempo, pois seu pai era próximo a Giovanni e foram apresentadas na época em que os dois, Jade e Giovanni, estavam juntos. Ela sempre achou a mulher parecida com uma cascavel pronta para dar o bote.

O celular de Callegari tocou. Ele bateu com brusquidão o garfo no prato e irritado pegou o celular no bolso do casaco.

-Estou jantando – usou um tom frio – Como você sabe? – esperou – Nunca ouvi falar – Olhou para Chris – Procure sobre alguém chamado’ Sarah Collins’, que o Sandro diz ser uma caçadora de recompensas – ele suspirou cansado para as respostas que recebeu – Você é idiota? Ou só se faz?- deu uma risada nasalar- Bom se é verdade isso Chris vai me confirmar, e para o seu bem eu espero que seja – por fim desligou.

Chris apenas confirmou com a cabeça, tomou um longo gole de seu vinho e se levantou pedindo licença.

-O que aconteceu? – Jade perguntou.

-Vamos conversar em particular – se levantou sendo acompanhado por Jade e Luca – É melhor.

Antes de sair do cômodo Callegari mandou á um de seus empregados que vigiasse os Thompson’s e por fim saiu na direção do seu escritório. Logo que todos entraram fechou a porta e se sentou na sua cadeira.

-Sandro falou sobre uma mulher chamada Sarah Collins que lhe deu provas de que Nathan está no Canadá.

-Canadá? Não faz sentido – disse Jade – Não temos muitos negócios importantes por lá.

-Ao que tudo indica Sandro foi feito de trouxa – revirou os olhos – No mínimo a mulher foi paga para despista-lo e foi muito bem paga por isso, com o dinheiro que Sandro deu para ela.

Uns dez minutos e um debate depois Chris apareceu com as informações sobre Sarah.

-Bom, eu não encontrei nada muito importante, alias não encontrei quase nada – ela falou – Somente papéis de uma compra de um carro. Já foi algo que eu pude rastrear e bem ela se mandou para o México, no entanto depois da fronteira foi impossível continuar rastreando.

-Hn, não acham suspeito isso? – Jade comentou – Acham que essa mulher está trabalhando para Nathan.

-Se está ou não, eu não sei – pontuou Alexander – Mas que ela sabe de Nathan ela sabe – concluiu – Jade, vai você para o México e busque por essa mulher.

-E com o que? Eu nem sei o rosto da dita cuja, e não seja tola – deu de ombros – Nesta altura ela já trocou de identidade.

Alexander parou para pensar.

-Vou mandar Sandro lhe acompanhar, mas somente você tratará diretamente comigo – explicou – E eu quero que os Thompson’s pensem que estamos quase pegando Nathan – exigiu – Não quero que saibam que a mulher é falsa.

Neste momento uma das empregadas da casa passava pelo corredor e acabou por ouvir a informação.

~//~

-Que absurdo está dizendo Matilde! – uma das senhoras á mesa falou – Merlia é uma menina educada, não faz esse tipo de coisa.

A tal Matilde deu uma risada debochada.

-Eu vi Esperança! – lhe disse – Vi com esses olhos que um dia a terra há de comer! – exclamou – Sua filha estava dando em cima do garçom.

-Até parece – a mulher bufou – Ela nunca daria conversa para um ser tão abaixo dos padrões.

-Pois parece que sim.

-Mais ainda é melhor do que aquela sua afilhada que namora com outras mulheres – abriu o leque para se abanar – Isso sim é um ultraje – olhou para Nathan – Não acha Pilar?

-É comigo? – Nathan ergueu o olhar da tela do Ipad.

Nathan pouco se interessava por aquelas mulheres, mas ao que parece às pessoas de alta classe costumam conversar entre si, porém para infelicidade dessas mulheres Nathan não costuma socializar com pessoas tão fúteis.  

-Sim querida, o que pensa sobre isso?

-Francamente, eu não poderia estar menos interessada – respondeu – Para mim o trabalho de garçom é muito digno sim, eu já trabalhei como garçonete em meu passado, nem todos tem a chance de viver uma vida de conforto desde o berço – deu um sorriso sínico – E se a pergunta foi pela pauta dos gays, saibam vocês que sou muito a favor dos gays e ao invés de me importa com outros costumo me preocupar com minha própria vida.

-Pensem que você fosse uma pessoa de classe – Esmeralda falou rude.

-Sabe é que eu sempre fui muito abaixo dos padrões – sorriu falso – Agora irei me retirar, com sua licença.

A garçonete que ouvirá tudo saiu correndo atrás de Nathan.

-Muito obrigada por nos defender – ela agradeceu em nome dos funcionários.

-Imagina! Vocês não são culpados pela mente primitiva dessas pessoas – balançou a cabeça – Sinceramente eu nem estaria aqui, mas eu não conheço lugares mais simples na cidade.

-Eu sei de alguns, mas não acho que a senhora iria gostar.

-Pode me chamar de Pilar – sorriu-lhe doce – E não tenho toda essa ganância que você pensa, mas de qualquer forma eu gostaria de me encontrar com uma funcionaria antes de ir a qualquer outro lugar – explicou – Fiquei sabendo por um amigo de um amigo que avô de Alexander Callegari trabalha aqui.

A garçonete coçou a nuca nervosa.

-Dona Maria? O que quer com ela?

-Sabe dela? Gostaria muito de conhece-la, Alex me falou bastante dela, sempre tive vontade de conhece-la.

-Tem alguns anos que dona Maria foi atacada por uns marginais que eram inimigos de Callegari.

-O que?! Mas como? Não fiquei sabendo de nada – falou surpreso.

-Acabou que dona Maria ficou cega e se aposentou, ela vive no interior com toda a família que está cuidando dela.

-Poxa vida, Alex não me contou nada.

-Posso leva-la lá dona Pilar, se for mesmo importante para você falar com ela – informou – Mas peço que não a incomode.

-Claro que não.

~//~

-É isso dona Mia – contou a empregada.

-Quer dizer que eles ainda não sabem onde Nathan está.

-Não senhora – confirmou com a cabeça – Mas só contei para a senhora, pois sei a dor que está passando. Eu também tenho um filho e jamais gostaria de passar uma situação dessas, ainda mais tão no escuro quanto à senhora está. Peço que não conte para o resto de sua família, para que eles não deixem escapar.

-Fique tranquila quanto a isso, prometo que ninguém vai saber de nada.


Notas Finais


Desculpem a demora, mas essas semanas tivemos montagem de cenários e as gravações de um filme que eu escrevi <3 então fiquei bastante ocupada, mas já estou de volta e se eu consegui posto outro amanhã, mas se não acontecer. Bem vou tentar voltar mais cedo dessa vez huehue beijos.


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