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História Meu amado inimigo - 1- Feliz Aniversário


Escrita por: RosaliaDeLeon

Notas do Autor


Depois de séculos resolvi escrever. \o/

Capítulo 1 - 1- Feliz Aniversário


Fanfic / Fanfiction Meu amado inimigo - 1- Feliz Aniversário

            Passaram-se dois meses desde que Hades havia sido derrotado e os cavaleiros de ouro salvaram Asgard do temível Loki. As mortes de tantos deuses nos últimos anos foram um alerta para os demais deuses gregos que se reuniram para pôr em prática um tratado de paz. Por hora, todos os deuses estavam terminantemente proibidos de interferirem nos assuntos mortais individualmente. Agora todos debatiam sobre o destino, com a liderança de Zeus. Os que haviam sido derrotados foram trazidos de volta pela força das demais divindades.

            Para recompensarem os heróis que morreram nas batalhas sangrenta, eles foram trazidos de volta a vida como se fossem guardiões, certificando-se de que a humanidade seguiria sem interferência de algum deus transgressor. Caso houvesse tal interferência, eles poderiam agir, se o conclave divino decidisse assim.

            Os cavaleiros de ouro, alguns de prata e os cinco bronzes estavam em um hotel da Fundação Kido com outros grandes cavaleiros de deuses do conclave. Naquele momento, eles estavam ali para aprender a trabalhar juntos quando necessário e por suas diferenças de lado. O hotel havia sido reservado especialmente para eles, que passariam 14 dias no congresso debatendo sobre os males atuais dos mortais e confraternizando.

            No primeiro dia, os guerreiros alados de Zeus dialogaram sobre a tecnologia e o futuro da humanidade. Em especial sobre as áreas que precisariam de acompanhamento maior, como, por exemplo, a área nuclear e de energias.

            Ao contrário do que muitos ali esperavam, o dia foi muito proveitoso e algumas pessoas ganharam destaques por suas opiniões. Entre eles Camus, com sua especulação detalhada sobre o futuro, Shaka abordando a ética e impactos no ser humano, Sorento alertando o perigo dos resíduos na natureza e Minos, que se mostrou um grande intermediador.

            Naquela noite eles estavam livres e alguns aproveitaram para conhecer a ilha grega onde estavam. Em um dos quartos do hotel dois cavaleiros discutiam.

            -... e por isso não quero mais ficar com você.

            Milo sentenciou. Camus olhava para o chão tentando pensar em algo que pudesse fazer Milo repensar sua decisão.

            -Você me traiu duas vezes, Camus! Não aguento olhar para sua cara mais.

            -Não foram duas vezes. E já te expliquei o motivo de ter ajudado Surt. Era uma dívida de honra! Pelos deuses, Milo. Eu matei a irmã dele indiretamente! A pequenina estava em seus braços quando os encontrei.

            -Honra!? Se voltar contra sua deusa é ter honra?

            -Eu não me voltei contra Atena! -Camus apertou os punhos. - Não estávamos lá em missão. Foi a vontade de Odin que nos trouxe até lá.

            Milo deu uma de suas risadas mais sarcásticas enquanto balançava negativamente com a cabeça.

            -Então isso não o impediu de se virar contra seus amigos. Se fosse a deusa que tivesse nos enviado lá, você ainda sim apoiaria Surt? Me responde, Camus!

            O aquariano precisava pensar. Não era do seu hábito dizer as coisas para agradar os outros e essa pergunta exigia uma reflexão com um tempo maior que o escorpião estava disposto a dar.

            -Você não presta mesmo. Que cavaleiro de merda é você?

            -Não fale assim comigo! Está sendo injusto.

         -Injusto? -Milo passou as mãos pelos longos cabelos dourados e fitou o francês com ódio. -Estou farto de você! De sua indecisão e sua cara de pau. Esquece que um dia tivemos alguma coisa, Camus. Não quero nada de você!

            -Milo, não tome atitude precipitada, não hoje. -Suplicou Camus.

            -Foda-se que é seu aniversário! Deveria ser proibido comemorar o aniversário de pessoas tão egoístas como você.

            -Milo. Você é meu melhor amigo. -Falou num fio de voz, segurando as lágrimas.

            -E que péssimo melhor amigo você foi. Cai fora do meu quarto.

            -Mas...

            -AGORA! Antes que a Shina venha.

            -Você e a Shina? Mas como? Desde quando? Estamos há 4 dias de volta!

            -Não é mais da sua conta. Suma daqui, imediatamente.

            Camus respirou profundamente, tentando não desmoronar com o olhar de desprezo que recebia do outro, e em silêncio foi embora, deixando Milo para trás.

            Não sabia para onde ir. Seus companheiros tinham chamado ele para comemorar a nova vida e seu aniversário, mas ele não sentia no direito de festejar com aqueles que ele virou as costas em Asgard. Por mais que a maioria não parecia se importar com o que houve, a pessoa que ele mais queria que entendesse não o perdoava.

            Quando se deu conta, estava no bar do hotel onde alguns outros cavaleiros e amazonas confraternizavam. A mesa maior eram dos cavaleiros de Hefésto, que riam sobre uma história de uma arma amaldiçoada japonesa. Outra mesa estavam as amazonas de Artemis que conversavam com alguns cavaleiros de Apollo e duas ninfas. E assim as outras mesas estavam ocupadas, preenchidas por outros guerreiros. Foi até o balcão e pediu um vinho. Entre um gole e outro, o aquariano divagava.

            "Shina e Milo. Desde quando estavam juntos? Será que quando ele morreu os dois se aproximaram?"

            Fez sinal para o garçom que veio encher seu cálice.

            -Deixe a garrafa.

            O homem assentiu e deixou a garrafa no lado de Camus.

            -Noite difícil?

            Camus olhou para o homem que estava sentado no seu lado e se surpreendeu quando viu que era Radamanthys. Ele olhava a televisão que passava rugby enquanto bebia uísque. Parecia um pouco irritado.

            O francês soltou um longo suspiro, que confirmou a suspeita do inglês.

            -Lembro de você no inferno. Eram os seis guerreiros de Atena. Como era o nome dos outros?

            -Saga, Shura, Afrodite, Mascara da Morte e Shion.

            -Shion, o Grande Mestre de vocês?

            -Esse mesmo.

            -E você é o ..?

            O francês olhou para os olhos âmbar e percebeu que ele agora olhava para si, como se tentassem recordar dessa informação. Voltou a olhar para o cálice, sentindo estranho por conversar com alguém que nem a 3 meses era seu inimigo.

            -Camus.

            -De aquário?

            -Sim.

            Radamanthys sorriu para si mesmo. Era o mesmo signo de Valentine. O motivo de sua dor de cabeça.

            -Espere, se é aquariano deve fazer aniversário por esses dias. Quando é?

            Camus ficou irritado e respondeu a contra gosto.

            -Hoje.

            O juiz notou a irritação no outro e voltou a beber uísque.

            -Perdão, não sabia que ainda se ressentia tanto com os espectros de Hades. Vou beber em outro lugar.

            O inglês fez menção de se levantar, quando Camus falou:

            -Não guardo ressentimento algum por vocês. -O espectro voltou a sentar. -Não quis parecer mal educado. Apenas estou tendo um mal dia. 

            -Ora ora. Então somos dois. -Sorriu de maneira sedutora. O francês não pode deixar de notar a elegância do inglês. Seus cabelos loiros curtos muito bem cuidados, suas roupas elegantes davam um aspecto aristocrático, sem falar na sua postura e maneira de falar.

            Por outro lado, Radamanthys tinha gostado dos argumentos de Camus no dia da palestra. Achou aquele momento uma oportunidade de ouvir mais o que o inteligente cavaleiro tinha a mais para dizer. O que não esperava era encontrar dois pares de olhos castanhos tão intensos que pareciam vermelhos, contrastando com a frieza que via em seu rosto.

 Não tinha o visto tão de perto antes, e mesmo assim o achara belo. Agora, mais de perto e tendo a oportunidade de ver o jeito do cavaleiro de aquário, não tinha mais dúvidas. Ele era um homem de beleza exótica que agradava o juiz.

            -Meu ex-amante está me importunando para voltarmos, mas eu estou farto dele. No inferno tínhamos uma grande proximidade devido ao nosso cargo e falta de opções, mas com essa nova vida não quero perder meu tempo com alguém que não me interessa. Ele sempre quis algo mais sério, mas sempre deixei claro que não gostava desse tipo de relação.

            Camus riu baixinho quando se deu conta que sua história era parecida com a do ex-amante do juiz.

            -O que foi? -Sorriu o juiz que gostou do som da risada do francês.

          -Agora a pouco era eu quem estava pedindo para voltar com o meu namora... ex-namorado. Mas, assim como você, ele também não quer mais nada. Isso é realmente patético.

            -Vocês namoraram por quanto tempo?

            O inglês se acomodou melhor na cadeira, se virando para Camus, atendo ao rosto dele. Havia encontrado um assunto que tirava a expressão tranquila de seu rosto. Camus, incentivado pelo vinho, continuou falando. Não tinha o hábito de se abrir com as pessoas, mas que se dane! Era seu aniversário e estava muito deprimido.

            -Desde a adolescência. Quase 7 anos.

            -Então ele foi seu primeiro amor?

            -Sim. -O rosto de Camus ficou subitamente angustiado.

            -O que foi?

            -Ele me disse que está saindo com uma mulher hoje.

            -Quando foi que terminaram?

            -Hoje mesmo.

            -Então, ele esperou arrumar outra para dar o pé na tua bunda?

            Camus olhou surpreso para o outro que o encarava intensamente. Tomou o resto do cálice e encheu com mais vinho.

            -Ele disse que eu o traí e acho que é verdade.

            -Não me parece do tipo de pessoa que trairia.

            -Eu o traí quando lutei ao lado de vocês e quando, para honrar uma dívida de honra, lutei contra ele.

            -Essas são as traições que ele está considerando para terminar com você. -Radamanthys começou a rir alto, chamando a atenção dos que estavam ali.

            -Minha vida particular está te entretendo? -Perguntou com rispidez.

            -Não. -O juiz se controlou. -É só que o argumento dele é muito infantil. Esperava mais do cavaleiro de escorpião. Era dele que você fala, não é? Reparei que vocês se olhavam no debate.

            Camus mudou sua expressão para zangado. Levantou-se e resolveu voltar para seu quarto, deixando Radamanthys com um sorriso no rosto.

            O francês, que não havia comido nada no dia, sentiu o efeito do álcool mais de pressa e se escorou na porta do elevador. Seus olhos marejados de lágrimas estavam fechados, pensando na situação patética que havia se exposto. Ouviu passos atrás dele.

            -Não quis te ofender.

            -Mas ofendeu.

            O elevador parou e eles entraram.

            -A razão de eu ter dito aquilo era porque nos dois casos você cometeu aqueles atos por seguir os seus princípios.

            Camus que tinha a testa escorada em uma das paredes do elevador virou-se para o juiz.

            -O primeiro caso foi pela sua deusa e no segundo caso para honrar a sua dívida. É sem dúvida um cavaleiro de moral elevada, Camus. Você não merece uma punição e sim admiração.

            Radamanthys não sabia como aquelas palavras saiam daquela maneira. Talvez não devesse começar a beber desde cedo. Era muito provável que o álcool também estivesse subindo sua cabeça. Mas não nunca se arrependia do que falava. 

            -Obrigado.

            Sentiu seu rosto ficar mais quente e seu coração um estranho alivio. Se até um desconhecido conseguia entende-lo, porque Milo não tentava se pôr no lugar dele? De repente,Camus sentiu seu estômago revirar e um súbito mal-estar. Teria caído no chão se Radamanthys não tivesse o segurado.

            O juiz percebeu que chegara no seu andar. Olhou para o aquariano e acabou ajudando-o a ir até o seu quarto. Abriu a porta com rapidez e em alguns segundos estava no banheiro, segurando os cabelos longos e vermelhos do outro que expelia o líquido rubro que havia tomado.

            “Francamente, jamais esperava que viveria para ajudar um cavaleiro de Atena, ainda mais numa situação dessas. ” Pensou o juiz, não disfarçando um sorriso irônico.

            -Está melhor?

            -Hmm... -Camus se escorava no vaso sanitário, ainda sentindo seu estômago revirar.

            -Chegou a comer algo antes?

            Ele negou com a cabeça, lembrando que não havia comido o dia todo.

“Como sou tolo!” Pensou consigo o francês.

Já não bastasse ter sido revivido sem seu consentimento, levar um fora do homem que amava. Estava ali, fragilizado diante de um antigo inimigo.

            -Acho melhor eu ir and...-O cavaleiro de Atena não completou a frase, voltando a vomitar.

            Radamanthys começou a mexer nos cabelos do ruivo, fazendo um coque firme para que eles não o atrapalhassem. Camus ficou assustado com o ato do outro e surpreso por ver que ficaram bem presos.

            -Alguns de meus amantes tiveram cabelos longos como os seus. Claro que não tão macios e instigantes.

            O francês sentiu seu rosto corar mais ainda, já que o álcool fazia parte do trabalho. O inglês fez uma leve carícia em sua nuca e se levantou.

            -Irei pedir algo para você comer.

            -Não precisa se incomodar.

            -Acho que é um pouco tarde para você decidir isso, não?

            Riu divertido da cara constrangida de Camus. Seguiu para o quarto solicitando uma refeição leve. Ao terminar, sentou-se numa poltrona, descansando um pouco daquele dia.

            Refletiu no motivo de ter um santo de Atena vomitando no seu banheiro naquele momento.

            “Talvez seja pura curiosidade. Quero ver como vai acabar a noite do aniversariante. Essa época de paz é tão entediante. ”

            Depois de alguns minutos o silêncio no banheiro começou a incomodá-lo. Quando ia ver o que houve com o aquariano ouviu batidas na porta. Era a comida. Pediu para que deixassem a bandeja na mesa do quarto. 

Ele fechou a porta foi até o banheiro e para a sua surpresa o francês estava desmaiado no chão.

            -Parece que virei mesmo babá de bêbado.

         Radamanthys estava achando cômica a situação do outro cavaleiro, principalmente porque envolvia a sua pessoa. Pensou se não deveria ligar para algum outro cavaleiro, porém, se Camus estava sozinho naquele bar era porque não queria a companhia dos outros.

            Pensando nisso, o juiz deu um suspiro e começou a encher a banheira. Aproveitou para tirar os sapatos e a blusa do ruivo, notando que ele tinha sardas nos ombros também. Seus músculos definidos e seu corpo proporcional era um bálsamo para os olhos do juiz. O loiro retirou as calças do aquariano, notando suas coxas torneadas e rígidas. Pegou-se desejando saborear a pele alva e os lábios rubros do aquariano.

             "Era só o que me faltava. Ficar com tesão de bêbado."

            Ergueu Camus e o deitou na banheira se repreendendo pelos pensamentos. Não era de seu feitio abusar de ninguém e com certeza não seria agora que o faria.

            -Tsc. Que trabalho que você me dá.

            O francês logo abriu os olhos ao sentir seu corpo em contato com a água gelada. Olhou para o inglês confuso, se recordando aos poucos onde estava.

            -Radamanthys!

            -Você realmente sabe como celebrar seu aniversário. Não saber beber deve ser coisa de francês.

            -O que aconteceu? -Perguntou ao notar que estava só de cueca. Sua cabeça estava apoiada na mão do juiz que o encarava divertido.

            -Encontrei-o deitado no chão.

            Ele ajudou o ruivo a sentar na banheira e foi até o quarto, voltando com um copo de suco de laranja.

            -Beba, vai fazer você se sentir melhor.

            Ainda um pouco zonzo, o francês bebeu o suco, obediente.

            -Estou um desastre. -Disse para si mesmo.

            -Sim, você está. Um belo desastre.

         Os dois se encaravam em silêncio. Camus intrigado com a gentileza e galanteios do outro e Radamanthys querendo imaginar qual outro trabalho Camus lhe daria... E se seria muito estranho possuí-lo naquela banheira nessas circunstancias.

            -Quer que eu chame algum amigo seu para busca-lo?-Perguntou, tentando afastar tais pensamentos.

         Camus pensou em quem poderia chamar, mas a última coisa que queria era que alguém soubesse do motivo de seu sofrimento. Naquele momento só queria dormir e esquecer desse dia.

            -Não.

            O inglês estendeu a toalha para Camus que se levantou e tratou de se secar.

            -Uma dica, quando resolver dar uma de bêbado em público, não use cueca branca.

            O aquariano olhou para baixo, notando certa transparência, ficando completamente vermelho. Virou-se de costas para Radamanthys que se controlava para não rir.

            Ao olhar para a bunda do francês mordeu os lábios, imaginando as coisas que poderia fazer com ela.

            Analisou demoradamente o corpo do aquariano chegando à seguinte conclusão: Milo era muito burro.

            -Tem uma escova de dente extra ai embaixo, vou lhe emprestar algumas peças de roupa.

            -Qual o problema das minhas?

            -Nenhuma se você não tivesse vomitado nelas.

            O juiz saiu deixando um cavaleiro ainda mais constrangido para trás. Não sabia se Radamanthys estava interessado em si ou se era apenas o seu jeito natural de ser.

            “Por que eu iria querer saber? Não quero que ninguém dê em cima de mim! Muito menos um juiz do inferno. “

            Suspirou pensando em Milo.

Radamanthys estava escolhendo uma blusa, já que Camus era menor que ele, quando ouviu batidas na porta. No mesmo instante o francês havia chegado, com uma toalha tampando sua região pélvica.

            -Já verei as roupas. Pode ficar à vontade.

            Camus acabou sentando-se na cama do juiz, sentindo seu corpo cansado. O inglês foi até a porta ver quem era e Valentine estava ali.

            -O que quer, Valentine?

            -Precisamos conversar, Radamanthys.

            -Não há mais nada para conversarmos. Já disse que não quero mais você.

            O ruivo fez menção de entrar, mas foi impedido pelo juiz. Sua cara era a de mais pura raiva.

            -Deixe-me entrar para conversarmos melhor!

            -No meu quarto você não pisa nunca mais. 

            -Eu aceito qualquer tipo de relação que você queira. Desculpe por tentar pressioná-lo com namoro e outras ideias sobre o futuro. Podemos ser amantes como sempre fomos.

            Tocou no peito do loiro que o fitou inexpressível.

            -Não será possível, pois não me interesso mais pelo seu corpo, nem por sua mente e muito menos por seus sentimentos.

            Os olhos de Valentine encheram-se de lágrimas.

            -Rada...

            -Boa noite.

            O juiz fechou a porta na cara do ruivo. Valentine ficou parado alguns instantes, assimilando aquela situação antes de ir embora.

            -Algumas pessoas não sabem a hora de desistir. -Disse, voltando para conversar com Camus, mas esse estava deitado em sua cama, adormecido.

            -Isso é algum tipo de teste com minha força de vontade?

            Os cabelos ruivos, agora soltos e esparramados pelo colchão davam uma aparência divina ao santo de Atena. Seu rosto nobre e adormecido parecia uma escultura feito pelo próprio Apollo. Os lábios entreabertos e finos deixavam um ressonar tranquilo passar.

            Decidiu que não acordaria o aniversariante bêbado. Arrumou-se para dormir, deitando ao lado de Camus.

       O francês, sentindo alguém no seu lado, instintivamente o abraçou, acomodando-se no peito do inglês que não pareceu se incomodar. Pode sentir o cheiro amadeirado e do vinho. 

Puxou-o mais para si, permitindo-se sentir a maciez da pele do aquariano, acariciando suas costas até dormir.

                        



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