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História Meu amado inimigo - 3 - Rancor


Escrita por: RosaliaDeLeon

Notas do Autor


Desculpem a demora.

Correria com trabalho e provas. Mas vocês são lindxs e me perdoam, neh? ^-^´

Farei uma revisão amanhã, então perdão desde já pelos erros de português.

;*

Capítulo 3 - 3 - Rancor


Fanfic / Fanfiction Meu amado inimigo - 3 - Rancor

 

                Milo estava tomando café da manhã em seu quarto. Enquanto se concentrava em comer seu omelete, Shina o analisava.

                -Dá para você parar de fazer isso? –Disse o escorpiano irritado.

                -De fazer o que?

                -Isso! Ficar tentando descobrir o que estou pensando. Se algo te incomoda, fale logo!

                -Você sabe o que eu vou perguntar.

                Shina tomou um gole de café, esperando Milo responder sua pergunta muda.

                Oras. É claro que ela tinha motivos para ficar analisando Milo!

                Duas noites atrás ele veio dizendo que queria sair com ela, dando a entender que não tinha mais nada com Camus, depois escutou rumores de que eles nunca chegaram a terminar. Pelo menos, não desde que Camus havia sido ressuscitado. E toda vez que esse assunto aparecia, Milo ficava irritado, desconversando em seguida.

                -Já disse que falei com ele ontem.

                -E como ele reagiu?

                -E isso lá te importa? –Respondeu colérico. –Já não tenho mais nada com aquele traidor. Podemos aproveitar esse tempo para nos divertirmos como no passado e você quer saber do meu ex-namorado?

                -Só para te lembrar, no passado você sempre fazia isso quando pedia um tempo para ele. –Recordou a amazona. –Passava noites fazendo festas enquanto o pobrezinho ficava isolado em sua casa.

                -Se tá com pena dele, porque não dorme com ele também?

                Um tapa sonoro se fez presente no quarto do hotel.

                -Olha como você fala comigo, Milo! Me respeita! Sou sua amiga de longa data, mas se me faltar com respeito novamente eu nunca irei mais lhe dirigir a palavra, você me ouviu?

                Pela expressão facial de Shina, Milo sabia que ela jamais voltava atrás com o que dizia.

                -Desculpe-me. Não queria lhe ofender, mas quando se trata daquela pessoa eu me irrito. Não quero falar dele. Compreenda, Shina. Não estou preparado ainda, assim como você não quer falar sobre Seiya.

                Shina ainda mantinha a cara de poucos amigos, mas suavizou ao ver o olhar amargurado do amigo.

                -Vou falar apenas uma última coisa. Não acha que deveria ouvi-lo de coração aberto, pelo menos uma última vez? Pelos deuses, Milo. Você era louco por ele! Por mais patife que você fosse em algumas situações, você amadureceu muito com Camus e ele com certeza cresceu muito ao seu lado também. Não acha que ele merece uma chance de ser ouvido?

                -Não quero vê-lo pintado de ouro na minha frente. Existem poucas coisas na vida que são imperdoáveis, e o que Camus fez para mim não tem perdão.

                -Então você está mesmo abrindo mão dele. É isso mesmo que você quer, Milo? Que ele desista de você e talvez corra o risco de encontrar outra pessoa?

                Milo ficou em silêncio. Nunca imaginou Camus com outra pessoa, talvez porque o aquariano sempre fora reservado e era difícil de deixar alguém entrar na sua vida, ou pelo fato de não acreditar que Camus pudesse amar outra pessoa que não fosse o próprio escorpião.

                E essa seria sua vingança.

                Poderia sofrer por amor, mas ele conseguiria alivio em outros corpos. Mas Camus não. Ele ficaria sozinho para sempre.

                Não foi ele quem escolheu Surt ao invés do amor que Milo lhe ofereceu?

                Agora teria que arcar com as suas escolhas.

                Os dois se arrumaram para descer. O dia de palestras com os Marinas estava prestes a começar. Infelizmente ele compartilhava o mesmo andar que o aquariano, mas não iria incomodar Athena com isso. Afinal, eram só duas semanas.

                Saindo pelo corredor, os dois escorpiões encontraram Hyoga parado na frente da porta de Camus e o dono do quarto estava segurando algumas roupas passadas. Mas um bilhete em suas mãos prendia toda a atenção do aquariano mais velho, que estava mais vermelho que o habitual.

                Milo sabia que pela expressão, Camus estava constrangido ou zangado.

                Tentou passar por eles sem dar muita importância, mas seu olhar aguçado não pode deixar de notar algo intrigante.

                Camus usava roupas que ele nunca vira antes. E o mais estranho é que pareciam ser grandes para ele.

                Inconscientemente ele parou de andar para encarar Camus que parecia não tê-lo notado ainda, ao contrário de Hyoga. Esse lhe dirigia um olhar nada amigável.

                -Vou esperar o próximo elevador, mestre. Esse agora vai cheio.

                -Hum?

                Camus então notou Milo ali parado.

Como era possível ele estar mais bonito a cada dia? O cavaleiro de aquário se perguntava.

O olhar que o outro lhe lançava era uma mistura de surpresa com irritação.

O ruivo então notou Shina ao seu lado e seu estômago ficou revoltado novamente. Então eles realmente estavam tendo um caso.

-Bom dia, Camus.

-Bom dia, Shina. –Respondeu polidamente. –Hyoga, vou me retirar agora. Se quiser esperar em meu quarto fique a vontade.

-Parece que não demorou muito para arranjar outro. –Disse Milo.

-Como é? –Respondeu sem entender.

-E ainda tem a coragem de sair pelos corredores usando as roupas do seu mais novo macho. Você não tem nenhuma vergonha na cara? Ontem veio no meu quarto dizer que me amava e depois se atirou nos braços de outro?

-Milo, pare! –Pediu Shina.

-Meu mestre não lhe deve satisfação alguma, cavaleiro de escorpião. Se tem algum respeito próprio, nos poupe dessa cena lamentável de vítima e vá seguir seu caminho.

-Como é que é? Como ousa falar assim comigo, seu pivete! Não se meta onde não é chamado.

Milo foi andando mais perto de Hyoga, quando Camus se colocou na frente dele. Nunca tinha visto um olhar tão zangado de Camus dirigido para si.

-Você que está se metendo onde não é chamado, Escorpião. Estava conversando com meu pupilo e você se achou no direito de se intrometer com um assunto que não lhe diz respeito mais. Agora, se encostar um dedo no Hyoga, esse dedo jamais irá descongelar.

-Agora você quer bancar o macho? Até parece que você é assim na cama. Será que seu novo homem é mais sensível que você? Ou você continua sendo...

Ao contrário do que pensaram, Camus não revidou. Ele cumprimentou novamente Shina de maneira elegante, puxou Hyoga para dentro do seu quarto e fechou a porta, trancando-a em seguida.

Milo ficou encarando a porta, irado por muitos motivos, mas foi o barulho do elevador que o fez recobrar a consciência de onde estava.

Shina havia o abandonado no corredor. Provavelmente estava zangada por ter presenciado isso. O loiro suspirou, tentando segurar a vontade de arrebentar a porta de Camus e fazê-lo dizer de quem eram aquelas roupas. Mas desceu, controlando o seus ciúmes.

No quarto, Camus havia deixado Hyoga assistindo TV até ter certeza de que Milo tinha ido embora e foi se trocar.

Bem que Hyoga tentou se interessar pelo programa matinal que passava, pensar em Ikki e que ele estaria o esperando para se agarrarem antes de irem para mais uma “palestra chata pra caralho”, como o irmão de Shun havia nomeado as palestras. Mas o bilhete estava ali.

Camus ficou tão abalado com Milo que provavelmente esqueceu de guarda-lo melhor, querendo provavelmente ficar um pouco só para se recompor.

Mas a curiosidade do aquariano foi maior. Ao ler o bilhete ficou boquiaberto como Camus antes tinha ficado.

-Não acredito! –Sussurrou.

 

“Esteja na frente do hotel às 19hrs.

Nada de ficar bêbado antes. Quero você acordado essa noite.

 

Radamanthys.”



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