História Meu amado stalker - Só um dia

O dia começou normal, eu levantei, fiz minha higiene matinal, troquei de roupa, tomei meu café e fui ao encontro de Kim Namjoon. O encontrei na cafeteria tomando um café, ele tem um ar mais adulto, seus cabelos loiros o deixa lindo. O que? Se acha que eu não vou reparar no ser loiro lindo/deus grego sentado em uma das mesas tomando café? Só se eu for cego ou louco, como eu não sou nem um dos dois (ta', o louco só um pouco), logicamente eu vou reparar. 

Segui até ele, acabo tendo a atenção do mesmo, ele se levanta dando espaço para eu sentar na outra cadeira, e assim eu faço, pedimos um bolo, eu de morango ele de chocolate, e logo os pedidos chegaram. 

-então, Jin... - ele fala dando uma pausa, como se esperasse por algo. - desculpe, eu não sei o que fala com você. - ele sorri fraco. 

-bem, meu nome é Kim Seokjin, tenho dezanove anos, moro com meus pais, gosto de bolo de morango como percebeu, e meus amigos me chamam de omma. - iniciei tentando amenizar a tenção dele, confesso que até eu fiquei um pouco nervoso, não o conheço para saber o que falar com ele. 

-então agora é minha vez? - ele me olha com um sorriso muito fofo, percebo que tem covinhas, elas o deixam mais lindo que já é. 

-sim. - sorrio de volta e como outro pedaço de meu bolo, que por sinal está uma delicia. 

-meu nome é Kim Namjoon, tenho dezoito anos, não moro mais com meus pais por motivos... - ele da uma pausa, acho melhor não tocar nesse assunto. - estou morando na casa do Yoongi no momento até ter um local pra mim, gosto de chocolate, rap, cantar, ler, escrever musicas, e sou horrível na cozinha. - ambos rimos da ultima parte. 

-como você não sabe cozinhar? - o olho ainda sorrindo, vejo que ele também não consegue para. 

-você deve ser um mestre então? - ele me olha sarcástico e com um sorriso filha da puta de lindo. Esse garoto quer me matar do kokoro. 

-não sou um mestre, mas sou muito bom sim, se você quer saber. - cruzo os braços e ergo um pouco a cabeça em um sinal de vitoria. 

-olha, deixa eu procurar sua humildade no meu bolso, não vai demorar muito, só espera um pouco. - ele olha os bolsos e eu lhe dou um tapa no braço, e começamos a rir feito dois loucos que somos. - ai não me bate. 

-você mereceu. 

-eu merecia outra coisa. - ele me olha com malicia e eu acabo corando. - já disseram que você fica lindo corado? 

-uma pessoa já falou. - me recomponho depois de um tempo. 

-quem falo? - ele fala indiferente. 

-um stalker. - ele me olha confuso. - assim, de uns tempos pra cá eu recebo mensagens de um cara que eu nunca ouvi a voz e nem vi o rosto, ele diz ser meu admirador secreto, mas eu digo que é um stalker mesmo. Mas até que ele não é má pessoa, as vezes ele é meio safado, mas nada fora do normal, pelo menos do dele. - ele solta um risinho meio sem graça, não entendo o motivo, mas não dou muita importância. 

-bem, se um dia ele te machucar você me avisa. 

-porque? 

-eu bato nele, assim ele aprende a não machucar uma linda princesa. - ele sorri ao me ver inflar minhas bochechas de raiva. 

-até você? Eu tenho tanto assim uma cara de princesa? - cruzo os braços e me afundo um pouco na cadeira, se não fosse eu ao fazer aquilo, eu diria que era uma criança birrenta. 

-pela birra parece sim, mas se não fosse isso eu diria que é uma rainha. - ele sorri outra vez. Acho que hoje acordei com um cartas nas costas dizendo "promoção: zoem com a cara de Seokjin. Só hoje", só pode. 

Ficamos ali conversando por longos minutos, rimos, eu bati nele algumas vezes, ele me lançava seus lindos sorriso de covinhas. Mas tudo parou no momento que um homem parou ao nosso lado na mesa, de começo eu não entendi nada, mas ao ver a expressão de raiva e medo em Namjoon eu pude ter uma ideia de que aquele homem não era coisa boa. 

Ele nos olhava com nojo e odio, eu não sabia o porque dele me olhar de tal forma, vejo o loiro a minha frente levantar e me puxar, ele deixa o dinheiro sobre a mesa e me arrasta pra longe do homem, mas o mesmo nos segue, começo a ficar com medo, Namjoon para e olha o homem dos pés a cabeça. 

-o que você quer? - Namjoon fala um pouco alto, eu me encolho atrás dele, não sei bem o motivo, mas me sinto seguro perto dele. 

-é com ele que você está tendo um caso? - ele fala calmo, se isso era pra deixar as coisas mais tranquilas, não está funcionado. 

-isso não interessa a você. - o homem parece ficar com mais raiva a cada segundo. 

-eu sou seu pai, claro que isso me interessa. - eu fico surpreso com a fala do homem, claro que eles se parecem um pouco, mas não se passou pela minha cabeça que ele fosse pai de Namjoon. 

-você não é meu pai, não moro m ais com você. Você me renegou. - Namjoon segura em minha mão e me leva pra longe do homem, mas antes ele fala mais uma coisa. 

-você sabe que não pode fugir pra sempre, não é? Quando nos encontrarmos outra vez, será a ultima, eu prometo. - aquilo me deu medo, e Namjoon parece ter a mesma sensação, ele aperta minha mão e seguimos até a minha casa. 

-Namjoon, o que ouve? - eu tinha que saber o motivo deles não se darem bem, sei que não tenho nada a ver com isso, mas sinto que preciso saber. 

-olha, aquele homem é meu pai, eu sai da casa dele a pouco tempo, minha família é homofóbica, e quando descobriram que eu era gay eu sai. Meus pais não aceitaram isso muito bem. Meu pai não é uma pessoa normal que você deva mexer ou conhecer. - estou começando a ficar com medo com o rumo dessa conversa. 

-onde quer chegar? - solto minha mão da sua e paro de andar. 

-olha, Jin, eu vou falar isso só pra você. - estou ficando com mais medo. - eu não vou mais ficar perto de nenhum de vocês... 

-porque você está falando isso? - eu o interrompo. - do que você tem medo? 

-meu pai, ele é assassino de aluguel, minha mãe é advogada, e mesmo que ele seja preso por matar uma pessoa que não seja de seu trabalho, minha mãe o protege. Quando souberam da minha sexualidade ele passou a me seguir e eu sempre tomei cuidado com isso, só hoje eu dei um vacilada. - uma lagrima escapa de meus olhos, não posso imaginar o que ele deve sofre pra proteger seus amigos de seus pais. 

-Namjoon. - lhe dou um abraço apertado. - eu não sabia. 

-tudo bem. Mas eu terei que ir. - ele separa o abraço. 

-como assim? 

-vou ter que ir embora, Jin. Não posso ficar aqui por muito tempo, se ele me quer, é melhor eu estar bem longe de vocês, assim ele não os machuca. - ele acaricia minha bochecha com o polegar. 

-Namjoon. 

-tenho mais uma coisa pra te contar. - antes dele falar eu o beijo, não sei por que, nem como arrumei força pra tal coisa, mas fiz. Foi um beijo calmo e cheio de sentimentos. Nesse momento uma música me veio a cabeça. 

Se eu tivesse só um dia 

Eu queria dormir em paz, intoxicado com a sua doce essência.... 

Quero te conhecer melhor. Um explorador 

Se aventurando dentro de sua grande floresta misteriosa... 

Só um dia, se eu pudesse ficar com você 

Só um dia, se eu pudesse segurar suas mãos 

Só um dia, se eu pudesse ficar com você 

Só um dia... (só um dia...)…. 

Eu não sei bem o motivo, mas essa música me lembra ele, me lembra esse momento, me lembra o agora, e eu não sei bem o motivo também, mas eu quero estar perto dele pra sempre, sei que pra sempre é muito tempo, mas eu quero. 

Se ele for embora me sentirei incompleto. Sei que o conheci a pouco tempo (a dois dias pra ser mais exato), mas sinto que o conheço a muito tempo. 

-Jin. - ele me chama depois que a faltar de ar se faz presente entre nosso beijo. - eu tenho outra coisa pra te falar. 

-o que? 

-eu sou o seu louco stalker. - ficamos em silencio por alguns segundos. - você está com raiva de mim? 

-não estou com raiva, só um pouco surpreso. De certa forma se passou pela minha cabeça isso, mas não dei muita importância. - o abrasei outra vez. Não me importava se ele era ou não o stalker, claro que tenho perguntas sobre isso, mas deixarei pra depois, no momento o que e importa agora é não deixara-lo ir.