História Meu amado stalker - Meu amado stalker

- alo?

- você não levou a serio o que eu te falei, agora, ele vai receber o seu castigo.

- onde ele está?

Horas antes...

Eu estava caminhando até a casa do Yoongi, teria que ir embora ou meus amigos e as pessoas próximas deles estaria sendo afetados.

Abro a porta e me deparo com o um Yoongi de expressão de raiva, uma coisa bem difícil de acontecer, já que ele vive a maior parte do tempo dormindo.

- por que está indo embora? – acho que ele já sabe. Mas não posso por sua vida em risco, conheço meu pai.

- é pro bem de vocês. – falo passando por ele e indo em direção ao meu quarto.

- e esse bem inclui a dor do Jin? – eu paro instantaneamente com a fala do loiro.

- essa dor passa. Será pior se eu ficar. – continuo a andar.

- você não o conhece bem. Se você for embora e o deixar ele vai ficar muito mal, isso já aconteceu uma vez, demorou quase oito meses pra ele se recuperar da dor que sentiu. – eu não quero deixá-lo assim, eu não quero deixar sua vida pior que já foi.

- meu pai. Você sabe o que ele é. Não esqueceu o que ele fez com o Taekwoon, não é? – ele abaixa sua cabeça com um semblante triste. Acho que ele nunca o esqueceu.

Jung Taekwoon era seu nome, ele era um amigo nosso, e que o Yoongi amava. Eles se relacionaram por um tempo, até meu pai descobri. O pai do Yoongi não sabia como reagir à sexualidade dele, então pediu a ajuda de meu pai, péssima idéia. Meu pai o perguntou se o pai do Min queria que ele desse um jeito nisso, e o mesmo aceitou, outro erro.

Meu pai, aquele monstro, ele matou o Taekwoon da pior forma possível, e na minha frente. O Yoongi ficou muito mal com a morte dele, e seu pai muito arrependido, de sertã forma ele não sabia o que meu pai faria.

Yoongi sabia que ele não tinha idéia do que meu pai faria e o perdoou. Mas eu nunca o perdoarei, meu pai é a pior pessoa da terra.

- se você sabia o que poderia acontecer com ele, por que começou a falar com ele por mensagens? – ele tem razão.

- como sabe das mensagens?

- Hoseok me contou. – aquele cavalo desgraçado tinha que abrir a maldita boca.

De repente me celular toca, e ao ver o nome na tela minha expressão muda drasticamente.

- alo? – atendo com a raiva expressada em minha voz.

- você não levou a serio o que eu te falei, agora, ele vai receber o seu castigo. – não, ele não podia estar com o Jin, como ele fez isso?

- onde ele está? – começo a ficar desesperado e Suga percebe.

- venha pra casa e o verá. – desligo rapidamente e depois de explicar tudo a Yoongi e corro até minha antiga casa, que não fica muito longe dali.

Entro em casa e a primeira coisa que vejo é o Jin, minha princesa, amarrado e com algumas rochas em seu corpo e com a boca um pouco cortada, ele estava sem camisa e aquilo me enfureceu, se alguém tocou nele eu mato sem dó nem piedade.

Meu pai aparece na sala com um sorriso sínico no rosto, e isso fez meu sangue ferver mais ainda. Eu queria pular em cima dele e o matar sufocado, mas não poderia, pois é a vida daminha princesa que está em risco, mas do que já esta.

- não se preocupe, eu não toquei nele. – ele está mentindo, isso ele me ensinou bem, como saber quando as pessoas mentem.

- quem toucou nele? – o sorriso do curinga não é nada perto do dele agora.

- sua mãe. – eu não podia acreditar que até minha mãe estava fazendo isso. Eu sei que ela também não gosta de homossexuais, mas nunca se envolveu nisso.

Ele chega perto de Jin e agarra seus cabelos, fazendo o mesmo gemer de dor. Por que eu me apaixonei por ele? Por que fui me envolver com ele? Eu poderia ter deixado tudo quieto, mas não, eu tinha que me envolver e o machucar.

Se eu tivesse o mundo

Que eu queria ter,

Trocaria tudo

Por você...

Só você...

- o deixe ir pai, eu faço o que você quiser, mas deixa-o ir. – algumas lágrimas caem de meu rosto.

- proposta interessante. – ele olha para Jin e sola seus cabelos, mas antes lhe da mais um tapa na cabeça de leve. – mas que grassa teria em fazer isso?

Fudeu, fudeu, fudeu, ele vai matá-lo.

- pai, por favor. – as lágrimas continuam caindo. Eu vou perder o homem que amo por um erro meu.

- Namjoon. – Jin se pronuncia finalmente. – sabe, eu não me arrependo de nada. – ele sorri, aquele sorriso maravilhoso dele, foi o que me fez se apaixonar por ele. - Como eu poderia imaginar que toda sua loucura iria me fazer sentir algo a mais por você? Como eu poderia imaginar que por uma única mensagem, tudo a minha volta mudaria? Eu queria que você me respondesse isso, meu querido stalker. – ele sorri mais uma vez. Ele fala tudo como se fosse a ultima vez que o veria, e de fato pode ser.

Os meus dias são

Tristes e sem cor...

Sem o seu calor,

Tudo é dor e solidão...

- acho que por que eu sinto o mesmo que você. – dou um sorriso terno para o garoto que eu amo que se encontra a minha frente.

- tudo isso meda muito nojo. – meu pai se aproxima dele com uma faca na mão.

- fica longe dele, seu merda. – eu grito com toda força.

- me respeite seu viadinho de merda. – sua expressão agora é de puro ódio. Não tem como sairmos vivos agora. Eu sabia.

- ta tudo bem Nammie, a culpa não é sua, eu te amo, muito. – como ele pode sorri ainda com tudo isso? Como ele pode ficar tão calmo com tudo?

- eu te amo muito também, Jin. – eu não posso ver isso, mas preciso, tenho que mostrar a ele que minhas palavras são verdadeiras, mesmo que seja por poucos segundos.

Fecho os meus olhos

E vejo você

Sempre o sol do meu céu,

Sorrindo pra mim...

Com toda a sua luz...

- seria lindo se vocês fosse um casal normal, e não essas aberrações. – minha mãe me segura por trás, ela pode ser uma mulher, mas tem uma força incrível.

- me larga mãe. – me debato.

- não posso filho, isso é pro seu bem.

- como?

Ele chega mais perto e posiciona a faca no pescoço de Jin.

- NÃO, PARA AGORA, VAI SE ARREPENDER SE FIZER ISSO. – grito desesperado. Mas é inútil.

Ele passa a faca no pescoço do de cabelos castanhos, vejo o sangue escorrer entre a faca e o corpo dele, e o vejo cair no chão, sem vida, com os olhos escuros e sem brilho.

- NÃO. – dou um grito estridente. Minha mãe me solta e assim que ela faz, eu lhe dou um tapa e corro até o corpo de Jin. – Jin, fala comigo amor, princesa, não me deixa aqui sozinho.

Como eu vou viver sem ele, eu nem tive tempo de falar tudo que sinto. Meu pai se aproxima de mim, e eu não vou deixar isso barato, não os deixarei vivos.

- foi pro seu bem filho. – retiro meu celular do bolso e o levo até meu ouvido.

- já está tudo pronto?

- sim. Agora só é acender o fogo.

- então acenda, e deixe queimar até não sobrar nada.

- mas e você?

- sem o Jin eu não quero viver. Você é um ótimo irmão cara.

- você não vai mudar de idéia, não é?

- não mesmo.

- adeus irmão.

- com que está falando. – ele me olha um pouco preocupado.

- pra que saber, se não vai viver pra ver? – meu sorriso sai mais psicopata que o nomal. Ele sabe que eu não estou brincando.

Nos meus sonhos, vou sempre ter você.

Seu sorriso é o que me faz viver.

Toda a casa começa a pegar fogo, meu pai se desespera junto com minha mãe. Eles correm de um lado para o outro a procura da saída, mas todas as saídas estão trancadas, Suga fez isso assim que entrei...

Flashback on...

- assim que eu entrar você fecha tudo.

- você acha que seu pai vai deixá-lo ir?

- não sei, mas pro bem dele, espero que deixe.

Flashback off...

Tudo já está caindo e uma das vigas cai em cima de minha mãe, meu pai só observa assustado, é a primeira vez que o vejo assim. As chamas se alastram por todo o lugar, vejo meu pai queimar e gritar por isso, e eu só fico sorrido de sua dor com Jin morto em meus braços.

Seu sorriso estará em meus pensamentos eternamente.

Vou guardar aqui dentro de mim

O seu sorriso lindo até o fim.

Eu te amo muito, e espero te encontrar na outra vida, se ela existir. Não me arrependo de ter te mandado aquelas mensagens, pelo contrario, foi a melhor coisa que me aconteceu.

Sinto as chamas em mim, dói muito, mas não é nada comparada a dor de te perder. Estou queimando, a dor é absurda, mas só o fato de que te encontrarei outra vez me deixa melhor, e a dor se torna imperceptível. Mas te encontrarei.

Vou continuar sendo seu amada stalker.