História Meu amigo diário... - Ciúme?!

Quase madrugada, 6 de setembro.

Meus olhos quase não estão se mantendo abertos. Estacionamos na garagem espaçosa, que cabe uns 5 carros, e descemos as coisas. Pelo menos, precisamos de uns 5 dias por aqui, para tirar todo o estresse acumulado. É show, ensaio, gravação, reality e outros turbilhões de coisas que sobrecarregam uma pessoa ao máximo. Só aguenta quem realmente ama o que faz, e tem orgulho.

Pego a senha de entrada e carrego Suhyun até o nosso quarto, onde há três cômodos separados: quarto e sala no mesmo espaço, banheiro e uma cozinha simples. Coloco devagar o corpo dela sobre os lençóis arrumados da cama, cobrindo-a com a colcha. Ela reage um pouco, acomodando-se por si mesma. Fico observando seu rosto por um tempo, seu lábios estão avermelhados por causa do clima meio frio.

— Você me olhando assim me deixa com um pouco de vergonha, amor. — ela diz rindo, então percebo que ela estava me encarando o tempo todo. Sinto as minhas bochechas como se estivessem queimando, devo estar muito vermelho agora. Ela levanta um pouco e me dá um selinho. — Você não vem dormir?

— Daqui a pouco, amor. Vou arrumar as coisas. — digo, com um sorriso bobo. — Durma, não vou fazer barulho, prometo.

— Tudo bem. Então, boa noite. — ela sorri, e eu a beijo.

Deixo apenas a luz fraca acesa, e vou buscar nossos alimentos. Sinto como se fôssemos morar aqui por um tempo, é tão emocionante! Vou saber como é uma vida caseira com minha sunshine.

Me esbarro com Jimin, e olhando ligeiramente para o seu pescoço, já percebo as marcas.

— Realmente, ela gosta de marcar território, huh? — falo, sorrindo com malícia.

Ele arfa, e morde o lábio inferior.

— Espero que essa mansão tenha uma acústica antirruídos. — nem preciso olhar pra cara dele para saber ao que se referia.

Pego duas caixas, e as levo para nosso quarto. Organizo algumas coisas, nas prateleiras, geladeira, armário, depois vou para o banheiro. Tomo uma ducha de água quente, e enquanto o líquido quente percorria o meu corpo, suspiro por ser tão relaxante. Visto apenas uma bermuda, e saio com a toalha no ombro. Me deparo com Suhyun lendo um livro.

— Ainda não dormiu, sunshine? — é, faz um tempo que eu comecei a chama-la assim.

Ela ri, então fica me observando. Noto o rubor em suas bochechas. Rio de leve, então deito ao seu lado, e abraço sua cabeça contra o meu peito. Ela se ajeita, então fica acariciando meu abdômen.

— Você ‘tá quentinho. — ela diz, rindo soprado.

— Boa noite, sunshine. — falo, beijando seus cabelos.

— Boa noite.

Diário de Suhyun. Ainda noite de 6 de setembro.

Fico lendo um livro, esperando Kook sair do banho. Estou meio nervosa sobre dormir com ele na mesma cama. Sei lá o que pode acontecer, não quero que seja algo forçado, nem muito desajeitado. Apenas que seja... natural...?

Argh! Por que eu estou pensando nisso mesmo?

Não é como se não fosse inevitável. Uma hora vai ter que rolar... e eu ‘tô é vendo que vai ser nesses dias!

A porta do banheiro se abre, me fazendo sair desses pensamentos. É, eu nem estava lendo o livro. Só olhando de soslaio para aquele monte de letras. Me deparo com Jung Kook sem camisa, com sua toalha azul no ombro e os fios dos cabelos molhados. Ele está com uma bermuda leve. Sinto uma vergonha tomar conta de mim, por ter uma visão tão ampla e beneficiada de cada detalhe do seu abdômen semi definido.

Ele comenta que eu ainda não dormi, me chamando pelo apelido, e eu solto um riso meio fraco e apressado. Ele ri um pouco também, então se deita e aproxima minha cabeça de seu peito quente, acho que por causa da água do chuveiro, e eu logo me acomodo e começo a fazer carícias. Ele me dá boa noite e beija o topo da minha cabeça.

O prazer da sua companhia é inexplicável. O cheiro natural adocicado que exala do seu corpo automaticamente me relaxa, me fazendo vez ou outra subir mais um pouco e dar uma fungada em seu pescoço, fazendo-o rir, e me provocando fazendo a mesma coisa. Quero fazer isso pelo o resto da minha vida. Ficar ao lado dele, amando e sendo amada. É uma sensação tão boa que é até difícil de explicar.

Mal posso esperar para amanhã...

7 de setembro.

Abro os olhos e me deparo com uma imagem fofa do meu Kookie dormindo. Seus lábios bem avermelhados e os traços do seu rosto são incomparavelmente bonitos e atraentes. Sem querer me gabar, mas me sinto sortuda! Hahaha.

Levanto bem devagar para não acordá-lo, e vou fazer minha higiene no banheiro. Já que vamos na praia, me depilo silenciosamente (ou talvez ele tenha ouvido uns gemidos de dor), e depois vou acordá-lo para arrumar as coisas. No nosso primeiro dia aqui, o café da manhã é por conta do manager, e ele não vai deixar que fiquemos parados em casa.

 Sento ao lado de seu corpo adormecido na cama, então começo a tocar os seus cabelos e deposito um beijo na bochecha. Observo ele abrir os olhos lentamente e estampar um sorrisinho nos lábios.

— Bom dia, sunshine. — ele fala com sua voz rouca, sentando na cama e se espreguiçando. 

— Bom dia, Kookie. — falo rindo, e ele me dá um abraço de urso, depois beijando minha testa. — Levante, huh? Temos que ir tomar o café da manhã no hall principal. — informo, dando-lhe um selinho.

— Ya, não posso ficar só aqui com você não? — ele faz um biquinho, parecendo um cachorro abandonado.

— Mais tarde... — digo, afagando pescoço.

Ele me puxa levemente, selando nossos lábios, e iniciamos um beijo calmo, que foi se intensificando, deixando o clima muito quente. Peço passagem para a língua, que logo é cedida, Jung Kook aproxima mais nossos corpos, até eu ficar sobre o seu colo; fico passeando a mão sobre a sua barriga, não perdoando nenhum espacinho esquecido. Quando o ar nos fez falta, começo a beijar todos os cantos do seu pescoço, enquanto ele deixava leves chupadas nos meus.

— Não marque muito, huh? Quero que isso fique só entre nós. — eu sorrio enquanto sussurro em seu ouvido, vendo seus pelos eriçarem.

Já nem estou mais lembrando do café, ele coloca a mão por baixo da minha camisa, e sinto meu coração se acelerar mais quando sinto o seu volume roçar na minha intimidade. Assim, ele tirou minha blusa levemente, me deixando com o meu sutiã rosa. Logo quando começo a desabotoar o botão da sua bermuda, alguém bate na porta.

— Café da manhã! Se vocês não vierem logo, não vai sobrar! — tinha que ser o J-Hope.

Como já tinha estragado todo o clima, nos separamos, e acho impossível eu ficar mais vermelha, igualmente a ele. Visto a minha blusa de volta e ele vai ao banheiro trocar a roupa. Fico esperando na varanda, contemplando o lindo dia de sol. Quando ele fica pronto, seguimos para o hall.

Já está todo mundo lá, a mesa lotada de comidas e guloseimas que me deixou com mais fome ainda. De um lado, da direita para esquerda estão: Jimin na ponta, Sophia, J-Hope, NamJoon, a esposa do manager na ponta e o mesmo na cabeceira. Do outro, na mesma direção está: Jin na ponta, Choa, Tae Hyung, e os dois espaços restantes, onde nos sentamos.

Jimin e Sophia estão com a maior cara de cansados, e está nítido no rosto deles o que fizeram a noite toda. Choa fez questão de marcar um pouco o pescoço de Jin, que parece que teve o mesmo pensamento também, e dá para ver alguns arranhões no ombro do mesmo, que está com uma regata.

Whoa! Mal chegamos e todo mundo já se comeu noite passada!

— Ok, galera! Hoje as refeições são por minha conta. Uma notícia boa para vocês: só vamos voltar ao trabalho na semana que vem! — o manager anuncia, e começamos a comemorar. — Iremos para a praia, depois dar uma volta pela cidade, certo? Quero que tirem fotos! As ARMYs precisam saber sobre como vocês estão!

— E tentem evitar as marcas! — manda a esposa do manager, que também é a noona que cuida deles, sorrindo de canto, deixando os safadinhos envergonhados.

Começamos a comer, e logo após fomos vestir as roupas de banho e partir para a praia.

~x~

Amarro meu cabelo em rabo de cavalo alto no banheiro, pois é a hora de irmos para a piscina, e não quero estraga-lo mais. 

— Ya, Suhyun-ah — chama Sophia, enquanto se olha no espelho maior na parede. Só há eu, ela e Choa aqui. — Conta pra gente como foi a sua noite!

Elas pareceram duas criancinhas, como seu eu fosse contar algum conto de fadas.

— Foi tão mágico. Mas não rolou nada do que vocês estão pensando! — falo, desviando um pouco o olhar, e tentando focar no meu cabelo.

— Ah, vai dizer que não rolou nenhuma pegação que esquentasse mais o ar? — indaga Choa, sorrindo, o que só me deixa com mais vergonha.

— Ah, hoje de manhã... Mas... — eu estou gaguejando mais que o normal.

— Suhyun-ssi, você é virgem? — questiona Sophia de olhos arregalados, fazendo-me engasgar com a própria saliva.

— Sou sim! — retruco com dificuldade, então saio andando em passos descompassados.

Eu acho normal ainda ser virgem, sabe. Todo mundo tem o seu tempo, o meu, do qual por uma hora eu achei que seria hoje de manhã, pode ser mais tarde, ou no último dia aqui, sei lá.

Quando chego no local onde há uma piscina redonda enorme, com uns desenhos no azulejo, vejo que chegou mais pessoas.

— Pessoal, esse é o girlgroup F(x) e o boygroup, SHINee, ambos da SMTOWN. — o manager de ambos apresenta-lhes.

Enquanto todos os grupos se juntam numa rodinha, para a apresentação, eu ajudo a ahjumma Hari (esposa do manager Shin Dong), a preparar a mesa, para servir o almoço.

Escuto a apresentação deles, e as meninas são: Amber, que tem o cabelo bem curto, que aparentemente é idêntica a um garoto, porém é um tanto fofa; Krystal, talvez a mais bonita ali, possui um cabelo ruivo e os traços do rosto marcantes; Luna, que é bem animada, e falante, de cabelos loiros e bem lisos; Sulli, de franjinha, também com cabelo liso, é bem fofa, todavia a mais quieta da roda toda (a que mais parece comigo ali); e por fim, Victoria, de um carisma excêntrico e sorriso que acentua a sua beleza.

Admito, estou um pouco enciumada por terem colocado Kook para sentar logo do lado da Sulli. Mesmo eles se conhecendo agora, não tenho um bom pressentimento, afinal, eles começaram a conversar. Claro que eu tenho total confiança no meu namorado, e ser traída de novo não dá, né?!

Aish, calma Suhyun! Sem infantilidade! Por favor!

Enfim, os garotos: Taemin, o mais bonito e fofo dali, sorridente e bem extrovertido, de cabelos clarinhos e lisos; Onew, bem animado também, de cabelo um pouco maior e liso partido no meio; Key, demonstra seu estilo logo de cara, só é bem mais calado que os outros; Minho, bem bonito também, cabelos pretos e uma cara mais fechada; por último, Jonghyun, que é bem desleixado consigo mesmo, e o cabelo bagunçado, aparentando um sem-teto.

Nos sentamos na extensa mesa, as meninas de um lado, e meninos do outro. Começamos a degustar da especialidade da ahjumma Hari: comida mexicana! Fiquei sabendo que ela é de lá, e veio para Coreia depois que conheceu o oppa Shin Dong numa viagem dele pra lá. Sinceramente eu curti demais essa história deles.

— Hyejeong, me passa os burritos. — pede Choa, com a boca cheia de nachos.

— Engula a comida antes de falar! — repreende ela, franzindo o cenho e fazendo um bico fofo.

Eu como silenciosamente, olhando as pessoas conversarem e comerem. Fico observando os pratos lotados de tacos, nachos, quesadilhas e burritos, com mais umas coisas aqui que eu não sei o nome.

— Suhyun-ah, aconteceu alguma coisa, huh? — Choa me cutuca, e vejo o seu olhar fuzilar o pobre Kook, que comia também sem dar um piu.

— Aish, o que eu faço, Choa-ssi? — falo manhosa, com um tom de desespero na voz. — Estou me mordendo de ciúmes!

Ela solta uma risada que chama atenção de todos, e eu não sei onde me enfiar...

Talvez na garganta dela pra ver se fica mais discreta! Aish!

— Me conta a piada também! — pede Jimin, com a boca toda suja de guacamole.

Eu começo a rir da sua situação, então ele mela um nacho no molho do burrito e suja toda a minha boca. Enquanto eu rio e tento fugir da sua arma gosmenta, vejo Jung Kook encarando aquilo tudo com a maior cara de bunda. Até que vejo ele começar a conversar de novo com aquela tal de Sulli! O jeito que eles se olham me dá nojo!

É sério que ele está tentando me fazer ciúme também? Agora de propósito?

— Eu vou levantar primeiro. — digo ríspida, e saio em direção às escadas.

Meu passo está descompassado, e me encontro ofegante, sem conseguir controlar minha própria respiração. Assim que coloco a senha e abro a porta do quarto, minhas pernas perdem as forças e eu caio com tudo no chão. Ah meu Deus, por que eu estou assim? Será que é o medo de ser traída de novo? Argh, eu consigo sentir toda a comida que eu comi voltando todo o seu percurso na minha garganta.

— Amor, você está bem?! — ouço a voz rouca de Jung Kook e as suas mãos tateando os meus braços.

— ‘T-Tô sim. — falo, e o abraço bem forte. — Me promete uma coisa, Kookie?

— Hum.

— Promete nunca me deixar por outra pessoa, sabe...

Vejo o seu olhar confuso, mas tenho certeza que ele entendeu perfeitamente o recado. Ele me abraça mais uma vez, e distribui beijos por todo o meu pescoço.

— É claro que eu nunca vou fazer isso. — ele sussurra, arrepiando todos os meus pelos. E quando eu digo todos, é todos mesmo!

Ele me levanta sem dificuldade do chão, ainda me beijando, e depois percebo que ele fecha a porta com o pé. Me deitando na cama, fica por cima de mim. Passeio minha mão por toda curva do seu rosto.

Minha mente grita: agora vai! E vai mesmo! Nada pode nos atrapalhar nesse momento, já que todos estão se divertindo na piscina.

Ele começa a tatear minha barriga, me fazendo sorrir maliciosamente no meio do beijo.

E na hora que jogamos nossas roupas de lado, com nossos ruídos abafados no quarto, os gemidos se espalhando pelo ambiente, eu vejo o quanto Jeon Jung Kook é perfeito para mim. Até mesmo o jeito que ele corresponde aos meus toques é fascinante. Cada curva do seu corpo, que se encaixam perfeitamente nas minhas, a forma como o seu olhar parecia ver o reflexo do universo nos meus. Exatamente o mesmo ritmo, sentindo as mesmas coisas.

É, com certeza há amor em completamente tudo. Não é só mais uma experiência, uma forma de diversão, é o nosso amor sendo provado. Nossa confiança e intimidade posta em jogo. Sentir seus gemidos afagando os meus ouvidos é como ouvir a melhor melodia do mundo. O prazer simplesmente se desmancha por cima de nós em forma de suor.

Seu corpo procura pelo meu, como se não pudéssemos ficar afastados, e nos encaixa novamente me abraçando por trás. Com as respirações ainda ofegantes, encaro a parede azul e penso como nunca me senti tão amada quanto nessa noite.