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História Meu Amor (I)mortal - O Passeio


Escrita por: Rose-chi

Notas do Autor


Bem, voltei! Trazendo mais um cap!! Estou contente em ver que está gostando da fic! Sério! Obrigada desde já por acompanhá-la!

Capítulo 5 - O Passeio


As coisas, que só Viviane notava, que ocorriam foram ficando mais e mais estranhas. Como se já não bastasse a queda do holofote, a rachadura no chão ficou cada vez maior, porém, não haveria riscos de formar um buraco muito profundo, por conta da estrutura abaixo do palco, que impedia isso de acontecer. Só que, para evitar outros acidentes, adiaram a peça, dando mais duas semanas de ensaio. E mesmo assim, abririam as portas para o turismo.

A bailarina começou a perceber que estava sendo observada constantemente por aquela sombra que vira dias atrás, quando entrou na sala de ballet e olhou para o espelho... Notou que não poderia ser só ilusão. A cada espelho que Viviane se via, estava lá, a mesma sombra, densa, e escura, com dois pontos como se fossem um par de olhos dourados, a observando, e sempre estava atrás dela. Tentava falar várias vezes com Emilly, mas ela não acreditava. Além disso, ficou constantemente com a sensação de ser vigiada, não só durante o dia, mas no seu sono, como se a protegesse para que nada de mal, ou de bom — afinal, não sabia as intenções que essa sombra queria —, acontecesse à ela. E acabara de cair a ficha de que alguém, definitivamente a sombra, a cobrira na noite em que pensara desligar o ar condicionado. Isso a deixava um pouco assustada, e curiosa em saber quem era o dono daquela sombra; caso esse suspense não acabasse, ela iria até o centro da terra para encontrar o tal remetente dos bilhetes e da rosa. Essa determinação parecia satisfazer o vulto que estava vendo Viviane quase todos os momentos do seu dia.

Edward viu o desempenho de Viviane diminuir, em cada aula. E em um dos ensaios, depois de todos saírem, ele a chamou, e Emilly resolveu ficar também.

— Não, Em, está tudo bem. Pode ir...

— Está maluca? Não! Você não aguentará o que ele vai dizer. — Emilly sussurra — Ele às vezes faz isso. E pode ser algo para te desencorajar.

— Ah. Que exagero. Mas como já sei que não tem jeito de te convencer. — Viviane deu de ombros e foi em direção ao professor, no meio da sala, acompanhada de Emilly. Ela engoliu seco antes de falar com uma voz baixa e um pouco mais fina. — Sim? Queria me ver, certo?

— É claro que sim. Por que chamaria você, se não quisesse, não é? — Apesar de soar frio, ele não parecia tão rígido como de costume. — Veja bem, eu tenho que admitir que você é bastante esforçada para ser apenas uma corista, sei como pode ser tenso no começo... – Edward andou para os lados, aleatoriamente, olhando brevemente para ela, que notou a presença da sombra, que ao invés de estar ao seu lado, estava fitando o olhar no professor, esperando o menor movimento brusco, ou alguma única palavra que a desmotivasse a ficar nem mais um dia no lugar. Falando nisso, a voz de Edward foram sumindo, e Viviane passou a fitar a sombra. Parecia ninguém notar, ou se importar com sua presença. — Viviane!

A bailarina pareceu não escutar o seu nome, até ver que o reflexo do professor cobriu o do vulto, que sumiu. Somente a cotovelada, de leve, que Emilly deu na amiga para “acordá-la”.

— O-o quê?! — Viviane piscou várias vezes para lembrar do que fazia ali.

— Você ouviu o que eu disse? — Agora Edward cruzou os braços, e sua voz ainda tinha resquícios de grito nela.

— É claro que ouvi. Era só que eu...

— E o que foi que acabei de dizer? A última frase.

Todo o corpo de Viviane travou! Há anos que essa pergunta a persegue, no primeiro ano do seu ensino médio, principalmente. E o que diria? A verdade?! “Ah, professor, eu só vi uma sombra estranha e diferente olhando para você. Então não consegui ouvir o que disse.” Definitivamente, mentir seria a saída. Se ela contasse essa história de “sombra” e “vulto” na frente de Emilly...

— Acredito que foi sobre como... Eu estava... Sobre meu desempenho nas aulas!?

— Sim... Mais ou menos. Eu disse para você, que você parece assustada. E perguntei se alguém aqui anda praticando bulling com você, não anda?

— Não, não, não. Pelo contrário! Todos estão me tratando com muito respeito por aqui. Por quê acha isso?

— Já disse. Você parece como se estivesse traumatizada, ou...

— Eu garanto a você que estou bem! — Viviane agradeceu mentalmente por seu bom senso a impedir de gritar com ele. Ela, quase sempre, não falava de si própria; somente para a família e amigos mais próximos; Emilly já poderia considerar um deles. — Só... Acho que deixei minha vida pessoal interferir um pouco na minha profissional.

— Entendo. Bem, é melhor se concentrar em organizar e separar sua vida pessoal da profissional, antes que isso atrapalhe mais. É uma das bailarinas do coro que com certeza passará para o outro nível, rapidamente. Dentro de uns seis a nove meses. Recomendo se preparar.

Depois do conselho, Viviane agradeceu e logo em seguida saiu dali, junto de Emilly.

— E no fim, acho que você só escutou as “broncas”. — Brincou Viviane, pois não ouviu a amiga falar durante o sermão.

— Nossa... Você estava mesmo em outra galáxia. Eu falei umas três vezes, interrompendo meu irmão. Minha teoria é de que você dormiu em pé. E... De olhos abertos.

— Como assim? Eu estou bem acordada desde hoje cedo.

— Bem, não pareceu muito. Quer dizer, considerando o fato de você não ter ouvido nada do que o Edward falou. Mas, garota, você logo logo ganha um Oscar de “melhor atriz”! — Viviane ficou até sem jeito, depois do comentário que Emilly fez a ela. — Você o deixou até sem jeito por uns segundos.

— Ah, não! Não comece com isso outra vez! — Viviane olha, de canto para a amiga, e torce o rosto. A expressão dela faz Emilly acabar com sua atuação e rir, mas não acaba com a provocação.

— Está bem. Está bem... — Emilly continua a rir. — Mas até que dá pra imaginar, não? Admite...

— Menos, Em, por favor. Não adianta criar falsas esperanças. — Viviane ficou ruborizada. A Emilly sabia como provocá-la. — Tem mais chances de sapos somarem frações, do que isso acontecer.

Aos poucos as amigas se descontraem um pouco mais do assunto, e ambas seguem ao refeitório, onde continuaram a jogar conversa fora; e o assunto do Edward fora esquecido — Viviane agradeceu mentalmente por isso.

Assim que terminaram o almoço, as meninas resolveram sair um pouco da Ópera. Depois de minutos trocando de roupa, Viviane saiu acompanhada de Emilly, e mais um amigo, Matt, que quisera vir, e ele conhecia bons lugares para visitar, fora o Museu Do Louvre, que, para chegar lá, só precisava seguir em frente por 1,3 kilômetros. Mas tinham várias lojas próximas ao Garnier, que Viviane andou direto para a mais próxima. Para a sorte da brasileira, ela levou consigo um dinheiro para comprar algumas coisas por lá, e uma delas foi os deliciosos macarons; ela tanto ouvira falar, mas era cada um tão delicioso quanto outro. Óbvio, não perdeu seu tempo só naquela loja — se bem que, se dependesse dela, ficaria lá até fechar. Os três partiram de loja em loja. Viviane aproveitou e mandou vários vídeos, fotos e áudios para a irmã, além de várias mensagens de texto e voz. Eram tantas, que imaginava que Vitória passaria dias para ler, ouvir e ver todas elas.

— Tudo bem, juro que essa é a última foto. — Viviane falou para os amigos. E, revirando os olhos, concordaram em mais uma das tantas selfies que a garota tirara. Os três se juntaram mais uma vez e sorriam. O cenário onde tiraram a foto foi próximo a uma avenida, que do outro lado tinha três lojas, que exibiam seus mais belos vestidos, coleções e conjuntos nos manequins, onde o céu estava em belos tons azuis e nuvens alaranjadas. O dia foi ótimo. Principalmente com a presença de Matt, que reclamava das tantas lojas as meninas entravam, e isso sempre fez as meninas gargalharem. — Ficou ótimo!

— Mais uma foto para a Vitória, não é? — Emilly cruzou os braços e levantou uma sobrancelha.

— Não tenha dúvida.

— Viviane, você tem certeza de que seu celular vai aguentar tanta foto e vídeo? O seu armazenamento deve estar em poucos bits, agora.

— Tenho muitos mega para gastar, até que o espaço comece a encher, Matt. E ainda por cima, apareceria o aviso se eu usasse muito do espaço.

Matt deu de ombros, e o trio seguiu rumo ao Palais Garnier. Eles passaram praticamente a tarde inteira na cidade, explorando-a mais. Viviane já pensava que a cidade de Paris era bonita, mas já viajara muito com os pais, e, além do nordeste e o sul brasileiro, aquela era era a cidade que mais havia cultura e beleza. Nunca ficara tão empolgada em sair para as ruas, como hoje. Além disso, esquecera completamente da sombra que a observava, e, aparentemente, a assombrava. Ficou mais calma do que depois de uma aula de meditação.

E à noite, depois de Vitória ter visto as 48 mensagens não lidas da irmã, esta continuou a contar sobre sua ida à cidade, quase não deixando a outra comentar, acrescentar, ou perguntar algo. E até o amanhecer do dia seguinte, esqueceu do misterioso ser nas sombras do seu quarto, que parecia notar o afastamento da bailarina, e então, sumiu. Quando retornou, ainda na madrugada, deixou para Viviane mais um bilhete, no qual dizia, apenas:

“Não esqueça de mim.

E.D”


Notas Finais


Já dei aí umas dicas do que fazer quando chegar em Paris, não foi, não? Hahahaha! E antes que pergunte, não. Eu não fui pra lá (ainda). Não tive a chance nem de viajar. Mas, quem sabe, assim que der...
Enfim, e o vulto vigiando a Vivi? Ih! E aquele aviso, hein? O bicho vai pegar!! E o que espera no próximo cap? Que ele seja mais longo? Com mais falas dos personagens? Diz aí!!
Beijos pra você!!!


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