Acordei no meio da madrugada, havia tido um pesadelo, não me sentia confortável dormindo junto a um menino que mal conhecia, maldita excursão escolar! Andei até o dormitório onde Rafael estava. Com certeza ele estaria acordado, ele não é um menino de dormi cedo.
Rafael era meu amigo desde que entrei na minha escola, ele tem 17 anos e é um ano mais velho que eu, mas ele reprovou um ano o que me permitiu cair na mesma classe que ele. Ele é meu melhorar amigo, porém ele é muito mais popular que eu, o que me faz ficar com um pouco de ciúmes, mas já me acostumei, ele tem os amigos dele e eu os meus.
Segui no corredor que estava escuro, apenas dava para escutar as corujas do lado de fora do motel meia boca que a escola arranjara para que passássemos a noite por problemas técnicos no ónibus. A noite estava clara, era Lua Cheia havia várias estrelas no céu, fazia muito frio.
Passei em frente do quarto do Mike, que estava dormindo junto com o Pac, pelo menos tiveram sorte de estar juntos. Pelo que ouvi, eles não estavam dormindo, estava saindo muito barulho do quarto, então resolvi apenas passar em frente, como se nada estivesse ocorrendo.
Quando cheguei em frente do quarto de Rafael bati na porta e logo entrei, me arrependi logo depois, pois a cena era de cair o queixo, Rafael estava nu em cima de um garota;
— F-felps? — Rafael disse saindo em cima da menina que logo se enrolou com o cobertor, ótimo agora via apenas ele nu.
Eu estava paralisado, não sabia o que fazer então apenas fechei a porta e fiquei parado em frene da mesma do lado de fora do quarto. Respirei fundo e me sentei no chão do corredor, esperando com que Rafa pudesse me atender em uma melhor situação.
[...]
Depois de um tempo esperando Rafael abre a porta e se despede da menina, que passa seu número de telefone para ele. Eu me levanto e vou em direção dele;
— Uma bela moça... Qual é o nome dela? — Disse chegando perto dele
— Flavia... — Ele disse encarando o papel, mas logo dobrou e colocou no bolso de sua jaqueta — Sayuri... Ela gosta que a chamem de Sasa — Ele disse começando a andar junto comigo — Então o que você faz acordado em uma hora dessas?
— Pensando em você... — Disse com tom de ironia — Mas sei que não devo ser correspondido... — Rafael riu com aquela sua risada escandalosa, logo ouvimos um grito vindo do quarto do Mike e do Pac.
— Pelo visto eu não era o único que estava me divertindo... — Nós dois rimos e voltamos a andar — Aonde você quer ir?
— Olha eu vi a professora Linkle guardar uma garrafa de Uísque em sua bolsa, e como eu sou um amigo muito legal já peguei as chaves do quarto dela... — Logo vi Rafael soltar um sorriso satisfeito.
Descemos as escadas para o quarto da professora que é no primeiro andar, e é muito maior que os quartos dos alunos. Rafael chegou ao quarto da professora e colocou seus ouvidos na porta, aguardei ansioso para saber o que ele ouvira.
— Ela está roncando, vai ser fácil. — Ele disse pegando a chave da minha mão e abrindo a porta bem devagar, realmente o quarto dela era muito maior que o nosso, quando entramos demos em uma pequena sala dividindo um cômodo com a cozinha, e dava para ver a professora deitada no sofá roncando muito alto, sua bolsa estava no chão encostado no sofá. Rafael então entrou no quarto e remexeu a bolsa dela em quanto eu ficava de olho no corredor para ver se ninguém estava por perto, logo Rafael saiu do quarto com uma pequena garrafa de Uísque e com o as chaves que estavam na bolsa dela.
— Isso é para nós... E isso — Ele disse chacoalhando as chaves do quarto dela — é para ela aprender a não me reprovar — Nós rimos e trancamos o quarto dela e ficamos com as duas chaves (a reserva e a dela).
Eu e Rafael saímos do motel que estávamos e sentamos em um banco que havia do lado do prédio, ele abriu a garrafa e deu o primeiro gole.
— Então aquela menina... A Sasa... É sua namorada? — Perguntei um pouco tímido pegando a garrafa da mão dele e tomando um pouco também e a devolvendo.
— Não porra... Nós apenas transamos... — Ele disse em um tom de deboche, fiquei aliviado com a resposta, acho que teria um surto e ciúmes de visse Rafael namorando — Sabe Felps... — Ele disse tomando mais um gole — Você precisa achar uma namorada... Quanto tempo faz que você não transa? — Ele disse já um pouco bêbado
— Rafa eu nunca... — Disse um pouco tímido — Rafa eu sou virgem — Disse pegando a garrafa da mão dele e bebendo mais que um gole
— Essa eu não esperava — Ele disse um pouco surpreso
Na verdade sempre gostei de Rafael. Nunca consegui namorar com uma menina por mais de dois meses, sempre terminávamos quando elas começavam a demonstrar sinais que queriam transar comigo, apenas queria provar pra os outros que eu gostava de mulheres, mas na verdade não... Sempre gostei de meninos, para ser mais exato, de Rafael. Nunca demostrei isso, sei que não seria correspondido e a dor que isso me gerava era enorme, passava ás vezes dias chorando por causa disso.
— Não está na cara não? —Perguntei sentindo-me um pouco zonzo
— O que?
— Rafael eu sou gay e eu sou completamente apaixonado por você. — Disse olhando fixamente para os olhos deles, que estavam olhando distraídos para o céu.
— Então também temos um problema, porque eu também estou loucamente apaixonado por você — Rafael disse olhando bem nos fundos dos meus olhos me fazendo tremer da cabeça aos pés. Rafael segurou a garrafa de uísque e me deu na boca como se eu fosse o bebê dele. Logo depois disse jogamos as chaves e a garrafa de uísque no mato que se mantinha na região do motel e entramos.
Subimos as escadas em silêncio, ás vezes nós nos entreolhávamos e dávamos um sorriso depois voltávamos a olhar o chão e caminhar. Quando chegamos no quarto de Rafael o deixei na porta.
— Então é isso... — Disse um pouco sem graça o vendo abrir seu quarto — Até de manhã... —Disse saindo de fininho.
— Felipe volte aqui! — Rafael disse me chamando, sem pensar duas vezes me virei e corri até o quarto dele — Você só me fode — foi quando nós demos nosso primeiro beijo, pedi permissão para minha língua passar na boca de Rafael, só que só ele é que podia dominar o beijo, logo posicionei minhas mãos em sua cintura, já ele colocara suas mãos em minha nuca e em meu pescoço, depois de um tempo tivemos que nos afastar para respirar, foi quando Rafael disse a melhor frase que eu já ouvira ele dizer — Que se foda a Flavia, ou qualquer outra mulher, o que eu quero é você.
Depois disso Rafael fechou a porta que ainda se estava aberta e logo me jogou em sua cama e subiu em mim, sentir aquele peso mais aquele beijo intenso e atrevido me deixava cada vez mais excitado com a situação. O loiro parou de me beijar e começou a distribuir calorosos chupões em meu pescoço deixando um rastro de manchas roxas, isso me fazia gemer de prazer que estimulavam o loiro a continuar, em quanto Rafael beijava meu pescoço comecei a tirar minha blusa, e em seguida ele começou a fazer uma trilha de beijos ate minha calça que já apresentava um grande volume, sem mesmo esperar o loiro tirou minhas calças me deixando apenas de cueca, Rafael olhou pra mim em quanto lambia meu membro por cima da cueca me fazendo respirar ofegante, ele parecia também se excitar cada vez mais na medida em que eu gemia, depois de um tempo me fazendo gemer, o loiro retirou minha cueca e distribuiu beijos ao longo do meu membro que já se encontrava ereto. Se ele parasse por ali juro á vocês que seria o homem mais feliz do mundo, mas não, ele continuou e abocanhou meu membro fazendo movimentos vai e vem com a cabeça em quanto eu o ajudava com minhas mãos, me fazendo gemer com mais intensidade e fazendo minha respiração ficar mais e mais pesada.
Der repente Rafael parou e começou a falar;
— Você ainda é virgem não é? —Ele perguntou, como eu ainda estava muito ofegante para falar, respondi “sim” com a cabeça —Vamos acabar com isso — Ele disse de uma forma excitando me virando de bruços e dando um tapa em minha bunda.
O loiro então começou a tirar sua blusa e retirou sua calça com sua cueca junto, seu membro já estava ereto então sem mesmo um pingo de dó, ele penetrou seu membro em mim me fazendo gemer muito alto. Depois de já ter penetrado seu pau inteiro, Rafael começa a fazer lentas estocadas que doíam muito, mas logo depois isso se transformou em prazer absoluto, Rafael era intenso e duro em seus movimentos o que fazia o prazer se intensificar;
—M-mais r-rápido! —Disse sentido o loiro obedecer pela primeira vez minhas ordens
Logo Rafael atingira minha próstata fazendo em dar um grito muito abafado e fazendo-o sorrir como se estivesse no caminho certo, então o loiro começou a me masturbar e quando ele atingiu minha próstata pela segunda vez acabei gozando em meu peitoral.
Exaustos deitamos um ao lado do outro, mas resolvi dar um presente para o loiro que eu tanto amava, comecei a distribuir uma trilha de beijos até seu pau que ainda estava ereto, comecei a chupa-lo e ouvir Rafael gemer e logo o mesmo me ajudou nos movimentos vai e vem me fazendo engasgar, não se preocupando nem um pouco ele continuou, gozando assim dento de minha boca.
Finalmente deitamos um do lado do outro e nos beijamos fechando aquela noite que iria marcar minha vida para sempre.
[...]
Havíamos dormido de conchinha e logo fomos acordados pelo Teddy e Luba entrando em nosso quarto;
— AI MEU D.E.U.S! ATÉ QUE ENFIM CELLBIT E FELPS SE COMERAM! — Disse Luba fazendo o maior escândalo ao entrar no quarto, acordei rapidamente e cobri meu corpo e o corpo de Rafael.
— O que vocês estão fazendo aqui? —Perguntei indignado
— A professora Linkle está presa do próprio quarto! E mandaram nós avisarmos vocês que a previsão de saída é daqui à 1 hora... —Teddy disse um pouco constrangido puxando Luba para fora do quarto — Levem o tempo que precisarem! Até mais tarde!
Resolvi acordar e me trocar. Odeio quando o chamam de Cellbit, não faz sentido, prefiro o chamar de Rafael ou Rafa, até ele prefere. Depois de me vestir cobri Rafael e escrevi um bilhetinho para ele no papel que a Flavia havia colocado seu número
“Olá Rafa,
Espero que você acorde logo, qualquer coisa estarei em meu quarto me arrumando, a previsão de saída é de uma hora, acho que vai atrasar, porque a professora Linkle está trancada dentro de seu quarto, nós mandamos bem, ontem foi incrível... Obrigado Rafa.
Beijos Felipe”
Coloquei o bilhetinho em cima da cômoda e sai em silêncio do quarto. Fui caminhando até meu quarto, e ás vezes, deixava escapar um sorriso por lembrar-me da noite anterior, cada toque intenso, cada beijo... Chegando em meu quarto abri e vi meu colega de quarto pegar suas malas;
— Por que você não dormiu... O que é isso em seu pescoço? — Ele perguntou curioso, foi quando fui em frente do espelho e vi as marcas de chupões que Rafael havia deixado, “Você só me fode também Rafael”
— Fui segurar minha mala no ombro, mas deu errado, preciso tomar banho. Tchau! — Disse dando uma resposta rápida pegando minha mala e indo para o banheiro.
—EU JÁ VOU INDO PARA O ÔNIBUS, O QUARTO VAI FICAR LIVRE — Ele gritou me deixando sozinho encostei-me à porta e bufei alto, me despi e entrei no chuveiro.
O banho me trouxe mais flashblacks da noite anterior e logo fui interrompido por Rafael que entrou no banheiro, tirou suas roupas e entrou no chuveiro. O loiro me deu um beijo demorado.
— Felps, foi apenas uma noite o.k.? Eu não posso me dar esse luxo de sujar minha reputação! Espero que você tenha gostado porque foi a última vez. — Rafael disse saindo do banho se enxugando, colocando sua roupa e saindo do banheiro.
Eu fiquei parado durante uns cinco minutos olhando para a porta para ver se qualquer hora ele iria voltar e me dizer que era tudo mentira e que na verdade ele me amava e queria casar comigo e ter filhos, mas não foi apenas mais um tempo perdido.
Lembro-me que naquela semana de excursão Rafael não olhava nem falava mais comigo, parece que ele me apagou do mundo, ele começou a namorar a Sayuri, entrei em depressão, mas ele não ligou, tive que ir a várias psicólogas para esquecê-lo, mas finalmente eu consegui. Esperei estar melhor para expor essa parte que vocês não sabiam sobre mim. Espero que um dia eu possa perdoa-lo, mas até hoje ele não olha na minha cara, acho que ele não quer ser perdoado.
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