História Meu anjo - Inferno

O relógio despertou, se eu escutei, estou viva infelizmente. Levantei e fui para o banho, a água quente  que caia sobre os cortes fazia com que doesse, mas para mim já era rotina sentir aquela dorzinha. Coloquei minha roupa, nao gosto do uniforme da escola. Era uma camisa branca e vermelha com uma saia da mesma cor.

- vem comer, fiz bolinhos. - disse minha mãe

- omma to sem fome. Até mais tarde.

Sai de casa e fui andando devagar, hoje seria a mesma coisa, pessoas ne julgando, me dizendo que sou um lixo e que a morte seria um ótimo caminho.  Andava de cabeça baixa então não vi com quem eu havia me esbarrado.

- meu deus, me desculpe. - disse um moço

- não foi nada. - agachei para pega meu livro, mas ele foi mais rápido e o pegou - obrigado. Também peço desculpas, e estava distraída.

- pensando na vida?

- sim. Preciso ir. - comecei a andar

- ei, espere ai. - ele veio correndo. - posso te levar para tomar um café comigo. É o meu pedido de desculpas.

- mas você só derrubou meu livro.

Ele riu

- você é muito bonita. Por favor, aceite me pedido. Eu te deixo na escola, não se preocupe. - ele  me puxou e começamos a andar - como se chama?

-  JinSong e você?

- Jay.

Paramos na lanchonete que fica na mesma esquina da escola. Havia alguns da minha sala.

- nossa o que ele viu em você? - disse Jun young parando na minha frente. - você é tão ridícula, ele só quer te levar pra cama.

- como ousa falar assim dela? - Jay foi pra cima dele. - não fale assim dela ouviu?

- fuca na sua cara. Essa aí não sabe nem fazer  um boquete.

Jay o socou

- eu vou acabar com você. Ela não é como as garotas que provavelmente você já fudeu.

Sai da lanchonete e fiquei no portão da escola. Após alguns minutos vejo Jun young saindo com a boca sangrando. Ele veio ate mim e sussurrou no meu ouvido.

- vadia, espero que morra, vai me paga por isso vagabunda.


- mas eu não tenho nada com isso.

- se você estivesse morta não teria acontecido isso. Ninguém liga pra você.

- sai de perto dela. - Jay estava atrás dele. - ou quer apanha aqui mesmo ?


Jun young não respondeu e entrou na escola.

- ele mexe com você sempre?  É só ele que faz isso?

- não, todo mundo faz isso. Por que fez aquilo?

- não gostei do que ouvi. Você é linda, não merece ser tratada desse jeito. Me da seu celular.

Peguei e entreguei a ele

- me ligue tá. Eu venho te buscar.

- por que faz isso?

- depois do que eu ouvi, eu vou cuidar de você.

- mas...

- não tem mas. Agora, entre ou vai se atrasar.

- eu não quero entrar. É um inferno.

- eu entro com você.

- não pode fazer isso.

- posso, sabe o por que? Meu pai é o fundador dessa escola. Posso entra e sai quando eu quiser. Vamos.

Entramos e pelo os corredores, todos olhavam e sussurravam algo. Alguns os conhecia. Ele entrou junto comigo na sala e sentou ao meu lado.

- ei você é filho do dono da escola certo? - disse Mina, ela me detesta e muito

- sim, por que? - Jay falou serio.

- nada.

Até os professores o reconheceram.

- voltei a estudar. - disse ele ao professor de história.

Durante a aula, os mesmos de sempre. Senti uma bolinha de papel na minha cabeça. Respirei fundo.

- quem foi que jogou? - Jay parou a aula com essas palavras

Não houve resposta. Peguei o papel que tava caído no chão e li.

" morra. Não se importamos com você"

Mina e Jun young.

Rasguei o papel e me levantei para jogar no lixo.

- você deveria comer o papel, aliás lixo é no lixo. - falo Mina

Todos na sala riram. Não falei nada, joguei o papel e me sentei.

- Eles fazem isso todos os dias?

- sim.

- por que não diz alguma coisa?

- não gosto de encrencas.

Bateu o sinal para o intervalo. Não me levantei.

- não vem? - Jay perguntou

- to sem fome. Pode ir, eu te espero.

Ele saiu, e é quando eu fico sozinha que eu não me controlo, peguei a lâmina que estava na bolsa, puxei a manga da blusa pra cima e fui cortando. O sangue saia junto com as lágrimas. Tudo para mim era um inferno, minha casa, aturar minga mãe bêbada dizendo o quanto sou inútil e me dizendo para sumir de sua vida. A escola, onde todos dizem que devo seguir um padrão de beleza, ser magra, ser como as outras. Será que é difícil me aceitarem? Nem eu me aceito mais.