Quando bati na porta do apartamento Silvestre prontamente me atendeu, ele me olhou sorridente e pediu que eu entrasse.
- Dona Cecília, seu Gustavo chegou faz pouco tempo.
- Só Cecília por favor. – pedi sorridente. – a Dulce está em casa?. – perguntei.
- A pequena chegou a pouco tempo também, mas foi dar uma volta com a dona Estefânia. – ele disse sorridente.
- Estou morrendo de saudades dela, posso subir e falar com o Gustavo?.
- Claro, fica a vontade.
Ele saiu até a cozinha e eu subi até o quarto de Gustavo, ele estava sentado na cama mexendo em seu celular, pelo cheiro havia acabado de tomar banho, fecho a porta atrás de mim e falo.
- Oi. – falei fazendo ele olhar pra mim.
- Oi meu amor, eu ia te ligar agora mesmo. – falou me dando um selinho.
- Eu vim falar com você.
- Algum problema?. – ele perguntou preocupado.
- Eu fiquei sabendo que você contratou a Verônica de novo. – seus olhos verdes me encaram e eu continuo. – quando você ia me contar?.
- Hoje, agora, eu estava te ligando justamente pra isso. – ele diz sério. – qual o problema Cecília?.
Suspiro fundo e me sento em sua cama, ele faz o mesmo e senta ao meu lado.
- O problema é que ela não quer só o emprego, e você sabe muito bem disso. – afirmou.
- Você trabalha com o doutor André e eu não falo nada.
- O que isso tem a ver?. – pergunto.
- Você sabe que o doutor André tem interesse em você Cecília, e eu não gosto nenhum pouco disso. – ele diz firme.
- A diferença é que eu nunca tive nada com ele, já você...
- Eu deixei bem claro pra Verônica que eu estou com você, vamos ser apenas colegas de trabalho e nada mais.
- O difícil é ela entender né. – digo irônica.
- Você percebeu que essa discussão é muito infantil?. – ele perguntou me encarando. – eu já disse que você não precisa ter ciúmes de ninguém, será que é tão difícil pra você confiar em mim Cecília?. – sua voz saiu mais grossa que o normal, ele estava nervoso.
- Eu confio em você. – afirmo. – mas eu me sinto insegura, a Verônica é uma mulher linda, inteligente e bem mais experiente, eu só sou uma ex noviça. – falo abaixando a cabeça.
- Por Deus Cecília, você prestou atenção no que está dizendo? Você é linda, inteligente e eu te amo, isso não tem nada a ver com experiência ou algo do tipo, é amor, eu amo você e não a Verônica, coloca isso na sua cabeça. – solto um sorriso suave e algumas lágrimas caem.
- Me desculpa. – falo com a voz embargada.
- Meu amor, vem cá. – Gustavo se aproxima de mim e me abraça, enterro meu rosto em seu peito e deixo as lágrimas rolarem mais fortes, eu me sentia uma boba agindo assim. – chega de chorar. – encaro seus olhos verdes e ele limpa calmamente minhas lágrimas.
- Você deve tá me achando uma boba insegura. – digo.
- Eu tô te achando linda, mesmo com esses olhinhos vermelhos. – sorrio pra ele. – eu te amo.
- Eu também te amo. – digo e o puxo pra um beijo, Gustavo cola nossos lábios calmamente e pede passagem com a língua, passo minhas mãos pelo seu pescoço e ele acaricia meus cabelos que estão soltos, nosso beijo se intensifica e ele me deita na cama devagar, sinto meu coração acelerar e uma onda de calor invadir meu corpo, isso tudo fica mais forte quando ele desce sua mão e acaricia minha barriga por dentro da blusa de frio que eu uso, ele desce seus beijos pelo meu pescoço me causando arrepios e eu solto um leve gemido, ele então para de me beijar e me encara, seus olhos demonstram o quanto ele me quer e eu sorrio ao constatar isso.
- Eu fiz alguma coisa?. – pergunto ainda ofegante.
- Não meu amor. – ele diz. – mas não vamos fazer isso hoje ok?
- Porque?. – me sento na cama, estou envergonhada.
- Porque eu não vou fazer amor com você só porque está insegura, eu preciso que você queira. – ele diz.
- Mas eu quero. – digo rápido.
- Eu sei que quer. – ele sorri e se aproxima. – mas não assim meu amor, vamos deixar acontecer, tenho certeza que vai ser muito especial. – agora sou eu quem me aproximo e selo nossos lábios, Gustavo sorri e me abraça.
- Obrigada. – sussurro em seu ouvido.
Nosso momento é interrompido pela chegada de uma loirinha que grita sorridente.
- Ceci, papi.
- Meu amor, vem cá. – abro os braços e recebo um abraço e um beijo cheio de amor.
- Eu também quero. – Gustavo diz sorrindo.
- Tem pra todo mundo. – ela diz e em seguida faz o mesmo com meu namorado.
Ficamos ali por um tempo, brincando e sorrindo, Dulce Maria disse o quanto estava feliz e que seu passeio no shopping com a tia perucas foi maravilhoso, ela comeu um lanche enorme e ainda por cima ganhou outra boneca nova, ficamos ouvindo as histórias de nossa pequena e sorrindo feito dois bobos. Após algum tempo dei um banho em Dulce Maria e a coloquei pra dormir, contei uma daquelas histórias que eu contava enquanto estava no colégio e ela logo dormiu, dei um beijo em seu rosto e sai do quarto, voltei até o de Gustavo e avisei que tinha que ir embora.
- Meu amor tenho que ir. – digo.
- Ah não, fica. – ele pede.
- Não posso, eu sai sem avisar e por mais que a Fátima saiba que estou aqui, ainda tenho que voltar pra casa. – digo sorrindo.
- Ok, ok, mas amanhã eu quero você o dia inteiro. – ele diz vindo até mim.
- Eu posso pensar nisso. – digo divertida e ele sorri.
Gustavo pega as chaves do carro e nós descemos, me despedi de Estefânia que estava lendo uma de suas revistas e nós saímos, chegamos a minha casa em alguns minutos.
- Chegamos, tenho que ir. – digo tirando o cinto.
- Não sem antes me dar um beijo. – ele diz me puxando pra si, damos um beijo calmo e apaixonado.
- Pronto, agora tenho que ir. – digo me separando dele.
- Passo aqui amanhã a tarde. – ele diz.
- Talvez amanhã eu esteja te esperando. – pisco pra ele e saio do carro, Gustavo me olha e sorri divertido.
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