História Meu anjo ( Malec ) - Meu Anjo! ( Malec )

Todos os dias eu sigo seus passos e velo seu sono. Faço isso há décadas. Eu sou seu anjo da guarda. Desde o seu primeiro suspiro e até mesmo antes dele, eu sempre estive ao seu lado. Meu trabalho? Meu único trabalho é cuidar de você.

Te guio nessa aventura que é a vida. Vi-te nascer, vi-te crescer e se tornar o homem que você se tornou. O homem maravilho que vez um anjo se apaixonar. O homem maravilho que me fez se apaixonar. Sim! Estou apaixonado por você.

- Você não pode fazer isso. Não pode desistir de tudo por ele.

Isabelle nunca entenderia meus motivos, nenhum anjo entenderia. Somos criados para amar somente a Deus e aqui esta eu, deixando de lado meu criador e indo atrás de uma das suas criaturas.

- E se ao chegar lá ele não sentir o mesmo? - Tentou argumentar sem obter sucesso. Sua decisão já havia sido tomada e nenhum argumento o faria mudar de ideia. Iria cair. Iria desistir de tudo por Magnus Bane.

- Só prometa que irá cuidar de mim daqui de cima? – Pedi dando-lhe um leve beijo na testa.

Esse foi um adeus. Segundos depois o anjo Alexander se viu caindo. Conforme seu corpo ia descendo em queda livre, via suas asas sendo lentamente queimadas. Iria sentia saudades de suas asas, dos seus irmãos e principalmente de seu pai. Mas esse era o destino que havia escolhido. Escolheu ir atrás do seu amor e nunca iria se arrepender dessa decisão.

...

Droga. Esbravejou Magnus não acreditando que havia perdido sua mochila. Como uma pessoa fica tão distraída ao ponto de deixar uma coisa tão grande como uma mochila no acento do ônibus. Lá estava não somente sua carteira com os documentos como também a sua monografia. Esse era o ultimo prazo e com certeza eles não iriam acreditar em sua historia. Afinal de contas, que idiota esqueceria a mochila no ônibus.

Uma parte dele gostaria de voltar para casa, mas a outra lhe dizia para enfrentar o problema de frente. Iria até a faculdade e iria dizer a verdade. Eles podem não acreditar, mas ele estaria fazendo o que é certo. Respirou fundo e caminhou até onde os professores estavam reunidos.

- Boa tarde! Meu nome é Magnus Bane e...

Sua frase foi interrompida por um dos membros da bancada. Era um homem com um belo sorriso e de grandes olhos azuis. Olhos esses que pareciam ter o dom de ler sua mente.

- E você perdeu sua mochila? – Concluiu a frase do mais jovem.

Ele realmente lê mentes, pensou Magnus antes de vê-lo saindo de trás da mesa com sua mochila em uma das mãos.

- Obrigada. – Disse pegando o objeto e começando sua apresentação. Esse era o ultimo passo. Hoje seria o dia que realizaria seu grande sonho. Depois de cinco anos de estudos finalmente teria seu diploma de psicologia nas mãos.

A apresentação correu como o esperado. Seu trabalho foi muito elogiado pelos professes que estavam naquela sala. Somente um deles havia ficado calado. O mesmo que havia salvado sua vida ao lhe entregar sua mochila. Será que ele não havia gostado do trabalho?

Depois de terminar sua apresentação, Magnus decidiu esperar do lado de fora da sala para poder falar com o professo Alexander. Afinal de contas precisava lhe agradecer. Se não fosse por ele estaria tudo perdido.

- Posso falar com o senhor? – Pediu Magnus aparecendo ao lado do professor Alexander.

- Pode me chamar de você. Afinal de contas não sou muito mais velho do que você. – Respondeu abrindo um sorriso largo.

- Eu posso falar com você? – Pediu parecendo mais ansioso do que deveria.

- Claro. Podemos tomar um café se você quiser.

- Um café seria ótimo.

Caminharam por aproximadamente cinco minutos em silencio. Alec queria ir devagar. Estava com medo de dizer alguma coisa de errado e acabar assustando seu amado. Magnus por sua vez estava com medo dos próprios sentimentos. Seu coração estava a mil desde que viu aqueles grandes olhos azuis. Foi paixão a primeira vista. Era estranho... Como uma pessoa que nunca havia amado ninguém se apaixona por uma pessoa que acabou de conhecer. Nem Freud iria conseguir explicar essa confusão

- O que você achou da minha monografia. – Perguntei tentando puxar uma conversa.

- Eu adorei.

- Serio? Pensei que você não tivesse gostado.

- Porque você pensaria uma coisa dessas?

- Você não disse nada lá dentro.

- Estava esperando pra lhe dizer tomando um café.

- Como você sabia que iria te convidar?

- Foi um pressentimento.

- Você consegue ler minha mente?

Alec riu com a pergunta. Era tão bom conversar com ele, senti-lo tão perto de si.

- Sim. – Respondi dando uma sonora gargalhada.

- E no que estou pensando agora?

- Esta pesando em me convidar para jantar.

Ao ver o sorriso de Magnus, Alec teve certeza de que por ele cairia mil vezes se fosse preciso.

Aquele era o primeiro capítulo de uma historia de amor que havia sido escrita a milhares de anos no livro da vida pelo próprio Deus.