História Meu Assassino - Capitulo III

 Capitulo III

         Logo a porta se abriu novamente, assustando levemente a ruiva que arrumava suas coisas. O rapaz entrou e fechou a porta, nos braços trazia refrigerante e cachorro quente.

       - Você não disse nada. A única coisas que deu pra pegar foi isso. – anunciou colocando os alimentos sobre a escrivaninha. – Tudo bem pra você?

       - Sim. – respondeu ainda sentada no que seria sua cama.

      - Bom... não sei você, mas eu estou morrendo de fome. – disse sorrindo. A menina apenas assentiu com a cabeça, se levantou e caminhou até ele pegando o seu lanche.

       - Obrigada. – falou tímida. O ouviu rir.

       - Vamos passar um bom tempo juntos. Fique tranquila. Pode ter certeza, eu não mordo. – protestou tentando a encarar. – Olhe pra mim. – sua voz saiu baixo, enquanto sua mão direita levantava o pequeno queixo da jovem. Estava vermelha. Ele riu. Tentava de toda forma desviar seus olhares até que se encontraram. Agora ele podia ver bem. Seu olhos eram verdes. Lindos por sinal. Cativantes. Vou a si ao sentir que ela havia prendido a respiração. Sorriu. – Seus olhos são bonitos. – concluiu a soltando.

       - O-obrigada. 

       Comeram quietos, cada um sentado em sua cama.

       - Vou tomar banho. – disse ele assim que terminou seu lanche. Ela já estava também terminando, então a esperou e jogou junto seus lixos, pegou suas roupas e foi para o banheiro.

        A ruiva voltou ao que fazia, havia poucas coisas suas ali, teria que ir terminar de busca-las no carro como Ketri havia dito. Respirou fundo. Tinham estacionado tão longe, agora teria que andar sozinha até lá pegar as coisas e depois voltar e ..... o quarto foi inundado pelo toque de um celular. A ruiva estranhou, olhou para os lados, o barulho vinha de uma das malas do outro lado do quarto. Seria errado atender o celular dele, ainda mais que nem se conheciam direito. O toque cessou e começou novamente. Talvez fosse alguém importante, ou um assunto urgente. Caminhou até a porta do banheiro, podia ouvir ainda o chuveiro ligado.

      - Seu celular está tocando. – disse baixo dando leves batidas na porta de madeira. Ele não respondeu. – Seu celular está tocando. – disse mais alto.

      - Hãm? Logo ele para. – disse

      - Mas, está insistindo. – falou começando a ouvir toque novamente.

      - Hmm, então atenda, por favor, e diga que ligo depois.

      - Tudo bem. – respondeu. Caminhou até uma das bolsas dele, em um dos bolsos pode ver a luz branca do celular, o pegou, o numero não estava registrado, deslizou o dedo indicador sobre a tela o levando ao ouvido.

      - Ah! Que bom que você atendeu. Estou ligando faz tempo. – começou rápido a voz do outro lado. – Não estou reclamando. Na verdade queria saber se você vai fazer a minha encome..

      - Ligo depois. – soltou o rapaz depois de tirar o celular da ruiva estática. – Tudo bem? – perguntou. A menina continuava parada. Foi quando percebeu que não havia colocado a blusa. Riu. Poderia ser pior. – Me desculpe. – disse voltando ao banheiro, assim que colocou a camisa saiu. Os cabelos negros bagunçados pingavam sobre a blusa recém colocada. – Tudo bem? O que ele disse? – perguntou ao seu lado.

      - Ah, nada de mais. Ele ... disse que queria saber se você iria fazer alguma coisa pra ele. – respondeu desviando o olhar.

      - Aaah sim. – sorriu. – Tudo bem. Mas antes. Onde está seu carro?

      - Hãm?

      - Seu carro sabe, pra eu te ajudar a trazer suas coisas. Claro, se você quiser minha ajuda. – explicou. A jovem apenas assentiu. – Ótimo então vamos?

        Caminharam em silêncio até o carro, por sorte encontraram a dona do carro pegando também suas coisas. Já passavam das 15:00 horas quando voltaram. Além da ruiva ajudou também a morena.

      - Esta bem quente hoje, né? – começou ofegante a morena.

      - Normalmente é mais quente aqui está época. – falou o moreno desanimando as outras duas.

       - Serio? – exclamou. – Aaah, assim eu não vou aguentar.

      - Se quiserem podemos sair. – sugeriu recebendo um grande sorriso da morena.

       - Mas a gente pode sair? – perguntou a ruiva.

       - Claro. Ainda mais hoje, que novatos chegaram. Posso levar você em uma sorveteria que conheço. – respondeu animando as duas.

       - Então eu acho que tudo bem, não é?

       - E você ainda duvidava Nubi? Vai ser ótimo. – festejou a outra.

        Logo chegaram ao quarto da morena, deixaram as coisas devidas por lá e seguiram para o outro quarto. Enquanto caminhavam o jovem explicava a elas sobre a faculdade e se disponibilizava a guia-las dentro do campus, que a proposito era imenso.

        Assim que chegaram colocaram os objetos e roupas no quarto e saíram novamente.

        -Se não se importam podem vir no meu carro. – sugeriu o moreno. – Ele está estacionado logo ali. Assim não precisaremos ir tão longe.

        - Por mim tudo bem. – respondeu a morena vendo a ruiva apenas assentir.

     Andaram um pouco mais até o estacionamento, caminhando pelas filas imensas de carro, algum novos e outros nem tanto. O moreno tirou as chaves do bolso do short jeans, destravando o carro logo a frente. O cobalt branco piscou e a morna gritou.

     - Uau, que carrão. – exclamou chegando mais perto dele

     - Obrigado. Entrem. – disse ele abrindo a porta do motorista e vendo a morena entrar no banco do passageiro, mas a ruiva ainda estava parada atrás do carro. – Entre. – disse abrindo a porta atrás da sua para a ruiva.

      - Nossa ele é muito mais lindo por dentro. – falava a morena assim que viu o rapaz sentar ao seu lado.

      - É mesmo. – confirmou a outro atrás.

      - Obrigado. Vamos?

      - Sim. – disseram as duas juntas, colocaram o sinto de segurança.

      O rapaz ligou o carro e partiram. As janelas abertas causavam alvoroço na cabeleira de todos. Após alguns quilômetros o rapaz estacionou o carro em frente a uma imensa sorveteria. Desceram logo entrando no estabelecimento. Os olhos das garotas brilhavam. Depois de escolherem o que queriam se sentaram em uma mesa na calçada da sorveteria.

     - Nossa esse sorvete é uma delicia. – exclamou a morena.

     - É a melhor sorveteria da cidade. – disse levando a colher de sorvete a boca.

      - É bom mesmo. – pronunciou a ruiva também.

      -´´ É incrível o quanto ela é delicada.`` - pensava o moreno observando cada movimento da ruiva. Se não se enganava, tinha a impressão de já a conhecer de algum lugar. Seus movimentos leves e tímidos o encantavam, enquanto a morena tentava chamar sua atenção. Tinha tido sorte e ao mesmo tempo não de estarem no mesmo quarto. Uma boa brisa passou por eles, movimentando os fios ruivos.

    ´´ - Tudo bem com você ? – perguntou se aproximando.

        - S-sim. – tentou responder em meio as lagrimas.

        - Ei, não chore não. Você fica melhor quando sorri. – disse a encarando. Seu rosto estava vermelho e a bisa brincou com seus cabelos enquanto se olhavam. ``

         Não podia ser. Ou poderia ? Era ela ali de novo ? Depois de tantos anos ? Mas espera. Ela não se lembrava dele ? Mas que pouco caso. Ela sorria. Linda.

        - Espera. Você não tinha algo para fazer? – começou a ruiva o encarando.

        - E-eu? – gaguejou distraído.

        - Sim. O telefonema que atendi. – respondeu o vendo se lembrar.

        - Ah! Sim. Aquilo? É para de noite. Pode ficar despreocupada. – disse sorrindo.

        - Telefonema? Então você já está atendendo os telefonemas dele? Mas que avanço. – falou surpresa a morena, vendo os outros dois arregalarem os olhos.

         - Não é nada do que você está pensando Ketri . – começou a ruiva ruborizada.

          - A não é? Então porque está envergonhada? – disse desconfiada.

         - Na verdade eu estava no banho quando o celular tocou. Pedi para que ela atendesse se continuasse a tocar. – explicou o moreno recebendo os olhos atentos da desconfiada morena.

         - Sei. – soltou os olhando de canto.

         - Venho trabalhando em uma pizzaria de entregador a um bom tempo. – continuou.

        - Serio? Em que pizzaria você trabalha? Talvez a noite a gente peça algo. – disse entusiasmada.

        - Trabalho na Seuppry. Poderia entregar para vocês o cartão da pizzaria, mas não estou com eles agora. Se quiserem podem procurar na lista telefônica. – respondeu sorrindo.

        - A eu vou procurar sim. Não é mesmo Nubi? – respondeu cotovelando a ruiva.

        Assim que terminaram de tomar seus sorvetes voltaram aos dormitórios, a tarde já se ia e o começo da noite já dava seus primeiros indícios.

        - Eu já vou indo trabalhar, oky? – disse o moreno já a porta. Vestia calça jeans, blusa vinho, nos braços carregava uma mochila e uma blusa de frio preta.

         - Mas já? – a ruiva respondeu se sentando na cama.

         - Sim, meu expediente começa daqui a pouco. – disse abrindo a porta. Já anoitecia. – Não me espere para dormir. – soltou sorrindo antes de fechar a porta.

Continua ......