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História Meu bebê secreto - Capítulo 11


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 11 - Capítulo 11


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 11



A Mansão Linhares era do tamanho de seis campos de futebol com alas separadas, assim como com três chalés isolados nos arredores de seus duzentos acres. Mas Renata quisera encontrar um apartamento só para eles na cidade, dizendo que talvez pudessem se mudar para uma casa quando as crianças chegassem. Jerónimo  imaginou agora se não deveria ter aceitado aquela idéia. Na época, ficar na mansão tinha sido fácil, conveniente. 

Acreditara que esse seria o jeito mais rápido de fazer Renata se unir com sua família e começar a se sentir uma verdadeira Linhares. Agora, todavia... Começava a pensar que tomara muitas decisões erradas enquanto eles estavam juntos. Depois de bater nas costas do bebê por uns cinco minutos para fazê-lo arrotar, ele supunha Renata andou até o berço e começou a inclinar-se, presumivelmente para acomodar Dann para o resto de sua soneca. 

- Espere - disse ele, estendendo uma das mãos e dando um passo à frente. - Posso segurá-lo?

Ela olhou para a criança adormecida em seus braços, a fisionomia indecisa.

- Se isso não for acordá-lo - acrescentou ele.

Levantando a cabeça, Renata encontrou-lhe o seu olhar. Não era medo de acordar o bebê que lhe causava hesitação, Jerónimo percebeu era medo de tê-lo perto do filho deles, de compartilhar uma criança que tinha sido só sua até agora. Sem mencionar um segredo que ela não tivera intenção de compartilhar, mas que fora inesperadamente revelado, de qualquer forma. Finalmente, com um suspiro, Renata pareceu tomar uma decisão.

- É claro - respondeu ela, as palavras soando muito mais cordatas do que ela se sentia, ele tinha certeza. 

Cuidadosamente, transferiu o bebê de seus braços para os
dele. A última criança que Jerónimo segurara daquele tamanho devia ter sido sua sobrinha, que agora estava com três anos. Porém, por mais adoráveis que os filhos de seu irmão
fossem, por mais que ele os amasse nada se comparava à sensação de aninhar seu próprio filho contra o peito.

Ele era tão pequenino, tão lindo, e dormia tão pacificamente. Jerónimo estudou cada feição minúscula, desde os cabelinhos castanho-claros até a pele sedosa e os pequenos dedos que se abriam e fechavam sobre o queixinho. Tentou imaginar a aparência de Dann no dia de seu nascimento... Seu primeiro dia em casa chegando do hospital... Como Renata tinha ficado com uma grande barriga e iluminada pela gravidez. 

Tentou e fracassou, porque não estivera lá. Uma onda de irritação o fez unir as sobrancelhas, e ele soube que não poderia ir embora de Summerville sem seu filho, sem passar mais tempo com ele e ouvir cada
detalhe dos meses que perdera da vida de seu bebê. Voltando sua atenção para Renata, murmurou:

- Parece que temos um problema aqui. Eu fui deixado de fora, e agora preciso recuperar o que perdi. Então, eu lhe darei duas escolhas.

Antes que ela pudesse interromper, ele continuou: 

- Você arruma suas malas e as malas de Dann e voltamos os três para Pittsburgh, ou você pode me dar uma desculpa para ficar aqui. Mas de qualquer forma, eu ficarei com meu filho.

Renata queria tirar Dann dos braços dele e sair correndo. Encontrar um lugar para se esconder com seu bebê, até que ele perdesse o interesse e voltasse para o lugar de onde viera.
Mas conhecia seu ex-marido, e sabia que ele preferiria parar de respirar a
abandonar seu filho. Para qualquer lugar que ela fosse, ele a encontraria. Então, era melhor poupar tempo e trabalho, e enfrentar a situação.

 Uma situação que ela mesma havia criado. Também estivera disposta a lhe contar sobre a gravidez assim que descobrira. Apenas porque as coisas não tinham saído como o planejado não significava que ela desprezaria seus valores morais agora. 

Mas também não significava que estava pronta para arrumar as malas e segui-lo para Pittsburgh como um cãozinho perdido. Possuía uma vida em Summerville. Família, amigos, um negócio para administrar, por outro lado, o pensamento dele ficando em Summerville fazia seu coração palpitar de medo. Como ela poderia tê-lo sob o mesmo teto... Na padaria, e talvez até
mesmo morando com eles na casa de tia Helen?

- Não posso voltar para Pittsburgh - declarou ela, fingindo que a visão de Jerónimo segurando o filho deles naqueles braços grandes e fortes não mexia com ela.

- Certo. - A expressão dele era resoluta. - Então, suponho que irei me mudar para cá.

Oh, não, aquilo era pior ainda. O peito de Renata se apertou com pânico.

- Você não pode ficar aqui para sempre - argumentou ela. - E quanto a sua companhia? Sua família? 

- Não será para sempre - respondeu ele.

Parecendo mais relutante do que ela já o vira, Jerónimo devolveu-lhe Dann, cuidando para não acordá-lo. Então tirou um celular do bolso do paletó. 

- Mas se você acha que qualquer coisa... Como a companhia ou minha família... É mais importante do que estar aqui com meu filho agora, está louca. Tenho condições de me afastar por algumas semanas, apenas preciso me certificar de que todos saibam
onde estou, e posso manter as coisas funcionando tranquilamente em minha ausência.





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