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História Meu bebê secreto - Capítulo 16


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 16 - Capítulo 16


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 16

Ele olhou ao redor, e Renata imaginou se ele estava comparando o lugar com sua residência palaciana, possivelmente achando que aquele não era um lugar para seu filho ser criado. Mas quando Jerónimo virou-se, sua expressão não continha censura apenas curiosidade. 

- Onde está Dann? 

- Na cozinha - respondeu Helen, fechando a porta e indo naquela direção. - Eu estava dando o jantar dele. 

Jerónimo olhou para Renata, antes que eles seguissem Helen para os fundos da casa. 

-  Pensei que você ainda o alimentasse nos seios. 

 Ela enrubesceu.

- Eu o alimento, mas não exclusivamente. Ele também toma suco, come cereal e uma seleção de papinhas de bebê. 

- Ótimo - murmurou ele, observando tia Helen rodear a mesa da cozinha e sentar-se. - Quanto mais tempo a criança mamar no peito, melhor. Isso aumenta a imunidade, dá segurança ao bebê e ajuda no elo mãe/filho. 

- E como você sabe disso? - perguntou Renata, genuinamente surpresa. 

Dann estava preso a um cadeirão, o rosto e o babador melecados de papinha de bebê, enquanto chutava os pezinhos e batia as mãos contra as laterais de plástico do cadeirão. Sem esperar convite, Jerónimo sentou-se do lado oposto de Helen, inclinando-se para bagunçar os cabelos do filho.O bebê riu, e ele sorriu em retorno. 

- Contrário à crença popular - respondeu ele, não olhando na direção de Renata  - eu não me tornei diretor-geral de Corporação Linhares apenas por nepotismo. Por acaso, sou rico em expedientes quando preciso ser. 

- Deixe-me adivinhar... Você pegou seu notebook e acessou a internet.- argumetou ela.  

- Eu não contarei — replicou ele, sorrindo-lhe. Então, para tia Helen, falou: - Posso? - indicando a seleção de potinhos com comida de bebê na frente dela. 

A mulher idosa lhe lançou um olhar que dizia claramente que não achava que elefosse capaz, mas respondeu: 

- Fique à vontade. 

Jerónimo pegou a colher de plástico em miniatura e começou a alimentar Dann bem devagar, esperando pacientemente que o bebê engolisse antes de oferecer a próxima colherada. 

Renata ficou de pé, observando... E desejando. Desejando que não tivesse concordado em jantar com Jerónimo naquela noite. Que não o tivesse convidado para entrar. Desejando que esta cena não fosse tão doméstica, tão parecida com o que poderia ter sido. 

Jerónimo parecia totalmente à vontade alimentando o filho, mesmo vestido num terno impecável. Ele era também estranhamente bom naquilo, o que ela não esperava de um homem que não tinha passado muito tempo com bebês antes. 

Quando Dann deixou claro que não queria mais, Jerónimo pôs os potes e a colher de lado e esfregou uma mão na outra. 

- Eu gostaria de pegá-lo por um minuto - disse ele, olhando entre seu teno caro e seu filho, que tinha papinha de bebê desde os cabelos até os dedos dos pés. - mas... 

- Definitivamente não - Renata concordou, pegando um pano úmido para limpar o pior do excesso de comida da boca e queixo de Dann. - Vamos deixar tia Helen limpá- lo, e talvez você possa segurá-lo quando nós voltarmos se ele ainda estiver acordado.

Jerónimo não pareceu muito satisfeito com a idéia, mas assentiu mesmo assim. 

- Vamos - incentivou-a quando ele se levantou e tia Helen rodeou a mesa para tirar Dann do cadeirão. 

Ainda parecendo relutante em partir, Jerónimo a seguiu para a porta da frente. Do lado de fora, conduziu-a para seu carro, e ajudou-a a entrar. 

- O que você faz quando ele está assim todo sujo? - pergunto ele quando se sentou atrás do volante. 

- O que você quer dizer? 

- Como você não pega seu próprio filho? 

Renata piscou. Havia uma ponta de culpa por trás daquelas palavras? Culpa de um homem que ela não pensou que entendesse esse conceito? Que a deixara ir embora sem uma luta, sem uma explicação decente? 

- Jerónimo - Meneando a cabeça, ela abaixou o queixo para tentar esconder o sorriso divertido nos lábios. - Eu sei que isso tudo é novo para você, que descobrir sobre Dann foi um choque, mas você não tem nada pelo que se culpar. Ele é um bebê. Contanto que tenha suas necessidades atendidas, não se importa com quem o está alimentando, quem o está abraçando ou trocando sua fralda. 

- Isso não é verdade - disse ele. Bebês sabem a diferença entre seus pais e uma babá, entre a mãe e o pai. 

- Certo - concordou ela. - Mas muitas vezes eu não o pego depois que ele comeu, porque não quero que Dann suje as minhas roupas com comida. 

Sem pensar no que estava fazendo, ela estendeu a mão e deu-lhe um tapinha na perna. 

- Se você vai ficar um tempo na cidade, compre algumas calças jeans e camisetas, e espere que elas fiquem sujas com frequência: Mas não se preocupe sobre esta noite. Eu não o segurei esta manhã também porque estava arrumada para a reunião com você. Essa é uma das grandes vantagens em ter tia Helen por perto. Não posso fazer tudo sozinha, e ela me ajuda muito. 

Prendendo-lhe o olhar, Jerónimo  entrelaçou os dedos nos dela, segurando-lhe a mão com firmeza, mesmo quando ela tentou puxá-la. 

- Deveria ser eu ajudando-a com Dann, não sua tia. Mas nós conversaremos sobre isso durante o jantar. Entre outras coisas. 

Apesar da ameaça da “grande conversa”, o jantar foi bastante agradável. Ele a levou para o restaurante do hotel, que era um dos melhores da cidade, e tentou manipulá-la com vinho e o prato de caranguejo crab cake. É claro, uma vez que estava amamentando, ela teve de recusar o vinho, mas o caranguejo estava delicioso. Principalmente porque ele a deixou comer em paz.



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