História Meu bebê secreto - Capítulo 21

- Linda - sussurrou ele, deslizando as mãos por suas pernas, subindo para os joelhos, então para as coxas, fazendo-a tremer. 

Renata umedeceu os lábios. 

- Mães sempre dizem para seus filhos usarem roupas de baixo decentes - comentou-a com voz rouca. - Agora, eu sei por quê. 

Jerónimo riu. Uma risada baixa e sexy que a excitou ainda mais. 

- Essas são mais do que decentes - disse ele, segurando-lhe o bumbum dela  pressionando um beijo em sua barriga, logo abaixo do umbigo. 

- Mas você gosta de lingerie, certo? Melhor do que peças brancas de algodão? Trilhando uma linha de beijos para o centro do torso dela, ele ergueu o corpo lentamente. 

- Melhor que algodão branco - concordou ele. E quando chegou à boca de Renata, acrescentou: - Mas eu realmente não me importo, uma vez que você não irá usá-las por muito mais tempo. 

Levando as mãos para as costas dela, Jerónimo abriu o sutiã num único movimento hábil. Ela cruzou os braços para impedir que a peça íntima caísse completamente. 

- Agora remova as duas peças. 

A ordem sussurrada com voz rouca arrepiou cada centímetro da pele exposta de Renata. E, uma vez que ela estava quase nua, isso era uma quantidade considerável.Apesar de seu desejo, todavia, ela subitamente se sentiu sem graça e exposta.Tinha chegado tão longe, mesmo sabendo que aquele era um erro colossal. 

Não era sábio ficar sozinha no mesmo cômodo com ele, totalmente vestida, muito menos fazer o que eles estavam fazendo. Mas estar com ele de novo lhe trazia tantas memórias incríveis, e percepções sensoriais que ela pensou que nunca mais  experimentaria. Erguera uma parede em seu cérebro, a fim de separar o certo do errado. 

E outra entre seu cérebro e seu coração para impedir que eles brincassem de cabo de guerra, enquanto ela estava apreciando os beijos e toques de Jerónimo. Agora, lá estava ela, seminua, seu ex-marido lhe dizendo que ficasse completamente nua, e seus nervos à flor da pele. Por um breve momento, ela considerou vestir-se e fugir. 

Mas aquela parede espessa ainda estava firmemente no lugar, deixando desejo suficiente para ofuscar futuros arrependimentos. O que precisava, percebeu, era de uma situação de maior igualdade entre os dois. Com braços ainda cruzados sobre os seios para segurar o sutiã no lugar, Renatadeu um passo atrás. 

- Ainda não - disse ela com mais confiança do que sentia. 

Ele arqueou uma sobrancelha. 

- Você está vestido demais - apontou ela. - Então, primeiro você. 

A sobrancelha direita se ergueu para encontrar a primeira. Levantando os braços na altura da cintura, Jerónimo abriu um punho da camisa, depois o outro. Com um movimento rotativo dos ombros, livrou-se da camisa, deixando-a cair atrás de si.

Renata engoliu em seco. Fazê-lo se despir parecera uma boa idéia, mas agora que aquele peito magnífico estava nu, ela não tinha tanta certeza. A mera visão daqueles músculos fazia sua boca secar e seu coração bombear. Sem lhe dar tempo para se preparar para mais, Jerónimo abaixou o zíper da calça. Removendo os sapatos, deixou a calça cair e saiu de dentro da mesma, dando um passo para mais perto dela. 

- Melhor? - perguntou ele, os cantos da boca curvados num sorriso predatório. 

Definitivamente, não. Se possível, estava pior. Porque agora, além de se sentir ansiosa e exposta, Renata também se sentia rendida. Como podia ter se esquecido da aparência de seu ex- marido nu? Ou quase nu,
pelo menos? Quando eles eram casados, a beleza de Jerónimo a divertira. 

O fato de que cabeças se viravam para olhá-lo, e que ele suscitava tanta atenção feminina, não a incomodara nem um pouco, porque ela sabia que no final do dia, ele era todo seu. Outras mulheres podiam olhar, mas ela era a única que podia tocar. Todavia, eles estavam divorciados há mais de um ano. 

Quantas outras mulheres o tinham tocado nesse tempo? Como se percebendo a direção de seus pensamentos, ele ergueu uma mão para lhe acariciar o rosto. 

- Com medo? - perguntou ele baixinho.

Ela balançou a cabeça em negação, mas, por dentro, sentia-se abalada.Renata o deixara, tinha sido ela quem quisera o divórcio, entretanto, não queria pensar em Jerónimo com outras mulheres. Tal pensamento á deixava; trêmula.

Fechando o espaço entre os dois, ele gentilmente afastou-lhe os braços dos seios, mas usou o próprio peito para segurar o sutiã no lugar. Deslizou as mãos pelo interior dos braços dela, então entrelaçou os dedos de ambos. Exatamente como costumava fazer, o jeito que a fazia se sentir tão, adorada. Contra seus lábios, Jerónimo sussurrou: 

- Deixe-me aquecê-la. - Então, beijou-a e começou a impulsioná-la em direção à cama.

A parte traseira das coxas de Renata tocara o colchão, e ela inclinou-se para trás, e Jerónimo a seguiu, tão suavemente que quase parecia uma coreografia. O movimento finalmente deslocou o sutiã, que ele pegou e jogou de lado.
O peito largo pressionou seus seios, e ela gemeu, envolvendo os braços ao redor dos ombros dele, enquanto Jerónimo a beijava com paixão.

Levando as mãos para seus quadris, ele começou a remover-lhe a calcinha, e Renata ergueu o corpo para ajudá-lo. Eles estavam ambos abençoadamente nus, os corpos unidos. Inseguranças ameaçaram subir à superfície outra vez, lembrando-a que fazia meses desde que eles haviam estado juntos que ela passara por uma gravidez e um parto desde então que sofrerá de depressão no primeiro trimestre, por causa do rompimento de seu casamento e da perspectiva de ser mãe solteira... Consequentemente, passara muito tempo na cama, vendo tevê, consumindo cookies e sorvetes.