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História Meu bebê secreto - Capítulo 24


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 24 - Capítulo 24


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 24

Por um momento, ele pensou que Renata  estava falando sobre o divórcio deles. Que não poderia acontecer novamente, e que se não fosse pela atitude dele, nem teria
acontecido, em primeiro lugar.
Então percebeu que ela se referia ao sexo, àquela indiscrição não planejada, mas definitivamente satisfatória.

-  Jerónimo - repetiu Renata quando ele não respondeu. Virando-se de leve, ela inclinou a cabeça para fitá-lo pelo canto do olho. - Isso não pode acontecer de novo. 

Rolando para o lado, ele apoiou-se sobre um cotovelo, deixando o silêncio preencher o quarto enquanto a estudava. Após alguns momentos, murmurou:

- O que quer que eu diga Renata? Que lamento porque fizemos amor? Que eu não espero que tenhamos a chance de fazer isso novamente... Com frequência e grande entusiasmo? Desculpe, mas não direi nenhuma dessas coisas.

- O que há com você? - perguntou ela, levantando-se da cama e levando o lençol consigo, deixando-o nu no processo.

Renata virou-se, e, agarrada ao lençol branco, puxou a colcha dos pés da cama e jogou sobre ele, cobrindo-lhe inclusive a cabeça.ele riu, abaixando a colcha a tempo de vê-la enrolando o lençol no corpo nu como uma toga. 

- Nós estamos divorciados, Jerónimo  - apontou ela, como se ele não estivesse dolorosamente ciente daquilo. Ela andou pelo quarto, reunindo suas roupas descartadas.

- Pessoas divorciadas não devem dormir juntas. 

- Talvez não, mas nós dois sabemos que isso acontece o tempo todo.

- Bem, não deveria - argumentou ela, esforçando-se para segurar o lençol enquanto vestia as roupas de baixo. - Além disso, você me detesta. 

Um silêncio se seguiu enquanto a atmosfera se tomava tensa.

- Quem disse?

Ao som da pergunta falada suavemente, Renata parou e levantou a cabeça para encontrar o olhar dele. A metade inferior do lençol, a qual ela prendera ao redor das coxas enquanto lutava com a calcinha, caiu, arrastando no chão.

- Não me detesta? - questionou ela, também suavemente. - Quero dizer, eu sei que você me detesta. Ou pelo menos, deveria. Não lhe contei que estava grávida. Não lhe contei sobre Dann. Danniely


As sobrancelhas dele se uniram numa carranca diante do lembrete. Estivera tentando arduamente esquecer essa parte da razão de estar na cidade. Ou melhor, estivera disposto a suspender sua raiva e sentimentos de traição por tempo suficiente para apreciar o corpo adorável dela e as sensações de tê-la em seus braços depois de tanto tempo.

Olhou para a forma seminua dela. Claro, todos os motivos pelos quais ele deveria detestá-la ainda estavam lá. E, sem dúvida, eles tinham muitos assuntos para resolver. Mas por alguma razão, naquele momento, ele não conseguiu sentir raiva.

 - Aqui vai um conselho - murmurou ele. - Quando alguém esqueceu temporariamente que tem uma razão para estar furioso com você, é provavelmente melhor não lembrar esta pessoa. 

- Mas você deveria estar furioso comigo - insistiu ela, prendendo-lhe o olhar por um longo momento, antes de virar-se de costas e continuar a se vestir.

Jerónimo observou enquanto ela lutava com o sutiã, então deixou o lençol cair quando prendeu o fecho da lingerie atrás das costas. Interessante, pensou, lutando contra a vontade de puxá-la de volta para cama. Ela queria que ele estivesse zangado com ela.

Por um lado, ele sabia que ela não compartilhara sua cama num esforço de seduzi- lo para fazê-lo esquecer que ela tentara manter o filho longe dele. Por outro, ela
fora esperta em fazer quase qualquer coisa para evitar desentendimento entre os dois, para evitar uma possível batalha pela custódia, ou que ele simplesmente pegasse Dann e levasse para sua casa, deixando-lhe poucas opções para recuperar o filho. 

A única explicação que podia haver para ela querer lembrá-lo que ele deveria detestá-la era que ela precisava de alguma coisa entre os dois. Uma parede, uma barreira. Se ele a detestasse, podia não querer estar com ela novamente. Se ele a detestasse, talvez se cansasse de ficar lá e voltasse para Pittsburgh... De preferência sem Dann. 

Oh, eles fariam algum tipo de acordo de custódia. Nisso, ele insistiria. E tinha certeza que Renata concordaria. Deixá-lo ver Dann em bases regulares, ou até mesmo deixá-lo levar o bebê para Pittsburgh para uma visita ocasional, seria a melhor
das duas escolhas para ela agora.

Mas Jerónimo aprendera que quando alguém desistia de uma coisa muito facilmente, no geral, era porque estava tentando conseguir ou reter alguma coisa ainda mais importante.
Ele supunha que ela estava tentando reter distância.

Ela não perdera tempo em se mudar para Summerville assim que o processo de divórcio acabara, e pelo que ele podia ver, ela estava bastante feliz morando com a tia e fazendo sua marca na pequena cidade através de Doce Cabana.

Se não fosse pela interferência do destino, que o levara lá, ele nunca saberia para onde ela se mudara ou que tinha um filho. Filho dele. Oh, sim, ela quisera distância na época, e queria distância agora. E se o irritasse, então ele não aguentaria ficar lá por muito tempo, certo? 

O que apenas o fez querer ainda mais ficar. Marc era do contra, às vezes, um fato do qual ela tinha ciência. Devia ter sabido que se ele percebesse seu plano, faria exatamente o contrário do que ela queria, apenas para atormentá-la.

É claro, havia uma boa chance de que Renata nem sequer percebesse que tinha um plano. Que estivesse agindo por instinto, seus pensamentos e ações mais  seu subconscientes do que qualquer outra coisa.




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