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História Meu bebê secreto - Capítulo 25


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 25 - Capítulo 25


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 25

Mas aquilo ainda o intrigava, tomando sua estadia em Summerville cada vez mais estimulante. Afastando as cobertas, Jerónimo moveu-se para beira da cama e sentou-se.

- Bem, lamento desapontá-la, mas eu não a detesto.

Ele levantou-se e andou em direção a ela. Enquanto Renata lutara para proteger sua modéstia e ficar coberta, Jerónimo não se importava nem um pouco com a própria
nudez. Ao vê-lo se aproximando, ela deu um passo atrás, mas ele não a estava seguindo. Abaixando-se, ele pegou sua calça e cueca do chão.

- Não estou feliz sobre o que você fez - esclareceu ele, vestindo-se com lentidão deliberada. - E não posso dizer que não guardo um pouco de ressentimento por isso.

Ou que não haverá momentos quando tal ressentimento falará mais alto do que qualquer outra coisa.
Ele pegou sua camisa amassada e vestiu-a, mas não se incomodou em abotoá-la, deixando o peito exposto.

- Mas já cobrimos esse terreno. Esconder Dann de mim... Ou a gravidez... Foi errado. Esse é um tempo que não posso recuperar. Uma experiência que não posso recuperar. Todavia, agora que sei que tenho um filho, as coisas irão mudar. Eu me envolverei na vida dele... Consequentemente, na sua vida também. 

Renata estava parada a poucos metros de distância, agarrando o vestido vermelho contra os seios, a fim de cobrir a parte frontal do corpo. Aquilo era tolo e inútil, mas ele achou o senso de modéstia dela estranhamente adorável.

- É melhor você aceitar isso - disse ele. - Quanto antes, melhor.

Ela apenas permaneceu parada ali, fitando-o. Os olhos verdes brilhavam, mas se era um brilho de medo, raiva ou mera confusão, ele não podia dizer. Aproveitando que ela estava abalada, Jerónimo jogou mais lenha na fogueira, de modo que o fogo entre eles continuasse crepitando. 

- Aqui vai algo que talvez você deva levar em consideração - murmurou ele, cruzando os braços sobre o peito.

Renata não respondeu. Mas inclinou a cabeça e engoliu em seco visivelmente enquanto esperava que ele continuasse. 


- Nós não usamos um preservativo, o que significa que você pode estar grávida de nosso segundo filho.
   

Oh, Deus. As palavras de Jerónimo foram como um golpe no peito de Renata, roubando-lhe o ar dos pulmões e fazendo-a literalmente tropeçar. 

O que estivera pensando? Já era ruim o bastante ter caído na cama de seu ex- marido com tanta rapidez, mas ela esquecera completamente sobre proteção de qualquer tipo.
Nunca lhe ocorrera em insistir que ele usasse um preservativo, e uma vez que ela ainda estava amamentando, e não tinha nenhuma perspectiva romântica no horizonte, não houvera necessidade para tomar pílulas anticoncepcionais.

Ela tentou fazer contas de cabeça, lembrar quando havia sido seu último ciclo menstrual e quando seria o próximo, mas o pânico dificultou seus pensamentos. E quanto ao fato de estar amamentando no peito? Não era mais difícil engravidar enquanto estivesse amamentando? Deus faça com que isso seja verdade, porque ela não podia nem pensar na idéia de estar grávida novamente, e de seu ex-marido. Aquilo era quase terrível demais para contemplar.

- Eu não estou grávida - declarou ela com firmeza.

Jerónimo arqueou uma sobrancelha sardônica.

- Como você pode ter tanta certeza?

- Eu simplesmente sei - insistiu ela, colocando o vestido com movimentos frenéticos. 

O qual ficou aberto até a altura de seu traseiro, porque ela não conseguia
subir o zíper. Andaria para casa com o vestido solto, se necessário, mas se recusava a pedir a ajuda dele.

- E o que você estava pensando? - questionou ela, começando a calçar as sandálias. - Como pôde fazer isso... Deixar-me fazer isso... Sem tomar precauções? - ela lhe lançou um olhar zangado e acusador. - Eu nunca pensei que você fosse tão  irresponsável.

 Jerónimo deu de ombros, parecendo despreocupado. 

- O que posso dizer? Eu fui levado por sua beleza e paixão, e pela alegria de estar com você de novo depois de tão longa ausência.

Parando no ato de calçar a outra sandália, ela inclinou a cabeça e bufou, de maneira pouco elegante.

- Por favor — zombou ela.

- É tão difícil acreditar nisso? - perguntou ele com uma máscara que não revelava suas verdadeiras emoções.

Ele estava aborrecido porque eles não tinham usado proteção? Feliz? Zangado? Excitado? Confuso? Nauseado? Porque ela estava nauseada. E aborrecida, zangada e confusa. Não havia felicidade ou excitação em lugar algum de seu ser.
Se acontecesse de ela estar grávida oh, Deus, por favor, não permita que isso aconteça é claro que amaria o bebê. Incondicionalmente. Mas a diferença entre amar uma criança existente e amar a noção de estar carregando uma imaginária, especialmente sob tais circunstâncias, era como a diferença entre preto e branco, quente e frio.



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