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História Meu bebê secreto - Capítulo 28


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 28 - Capítulo 28


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 28

 

- Mas... Se Matias ainda não falou com Sr. Parson, como você sabe que ele irá concordar em nos deixar... Em me deixar... Alugar esse espaço? 

Os olhos azuis dele brilharam com segurança. 

- Renata -disse ele lentamente, como se estivesse conversando com uma criança. - Isso já está resolvido. A casa está para alugar, pedi que Matias a alugasse. O que mais você precisa saber? 

Ela estava finalmente entendendo. 

- Deixe-me adivinhar. “Dinheiro não é objeção” - ela imitou uma voz masculina baixa, supostamente a dele. - Você disse a Matias o que queria... Sem limites do quanto estava disposto a gastar... E nós estamos deixando Matias fazer qualquer coisa que for necessária para conseguir o que você quer. 

Liberando-lhe o cotovelo, ele pôs as mãos nos quadris, dando um suspiro frustrado. 

- O que há de errado com isso? 

Renata desejou que não se importasse por ele estar usando riqueza e prestígio para ajudá-la em seus negócios, e ajudar a padaria se tornar um sucesso ainda maior. Houvera uma época em que esse tipo de poder e confiança a teria impressionado. Agora, todavia, somente á deixava nervosa. 

- Não quero ficar em débito com você, Jerónimo - murmurou ela, honestamente. - Não quero lhe dever nada, ou saber que Doce Cabana só expandiu e se tornou um sucesso porque você chegou à cidade e salvou o dia com a fortuna da família Linhares. 

- Por que importa de onde vem o capital, Renata ? O importante é que você está conseguindo seu espaço adicional e iniciando vendas por catálogo. 

Meneando a cabeça, ela cruzou os braços abaixo dos seios e deu um passo atrás. 

- Você não entende. Isso importa, porque se você fica dando cheques por aqui e sendo arrogante comigo e com todos na cidade, então a padaria já não é mais o meu negócio próprio, e sim mais uma aquisição insignificante para a multimilionária Corporação Linhares. 

Jerónimo cruzou os braços, copiando a postura defensiva dela. 

- Não venha com essa. Você pediu para Matias Lopes procurar um investidor com quem você pudesse trabalhar. De preferência, um investidor silencioso, que estivesse  disposto a pôr bastante dinheiro na padaria, mas não palpitar sobre a administração do negócio ou sobre como você gastaria o dinheiro. Pela maior parte, isso é exatamente o que estou fazendo. Então, seu problema não é o fato de eu ficar “dando cheques por aí”, mas o fato de os cheques serem meus. 

- É claro que este é o meu problema - retrucou-a. - Já percorremos essa estrada antes Jerónimo. O dinheiro, a influência, esperando que todos e tudo lhe obedeçam simplesmente porque seu sobrenome é Linhares.

 Descruzando os braços, ela cobriu o rosto com as mãos por um minuto, tentando controlar seus nervos. Quando as abaixou, seu tom de voz era mais calmo. 

- Não me entenda errado, gostei disso por um tempo. Apreciei o estilo de vida que você me deu quando éramos casados. As festas, as roupas, nunca tendo de me preocupar em pagar contas.

Oh, sim, depois de uma vida de trabalho árduo para sobreviver, casar-se com um homem rico tinha sido um alívio bem-vindo. 

- Mas você não tem idéia de como era ser sua esposa e viver sob aquele teto sem ser uma verdadeira Linhares.

Os olhos azuis de Jerónimo se estreitaram numa expressão genuinamente confusa. 

- Do que está falando? É claro que você era uma verdadeira Linhares. Era minha esposa.

- Não era assim que eu me sentia - admitiu ela. 

 Lembrando-se de todas as vezes que a mãe dele fizera questão de apontar que ela era uma Linhares somente pelo casamento, fazendo-a se sentir sem o direito de atravessar a soleira da Mansão Linhares sem um espanador de pó nas mãos. 

- Sinto muito. - ele estendeu os braços como se fosse tocá-la, então pareceu pensar melhor, e abaixou as mãos. - Eu nunca pretendi fazer você se sentir uma intrusa.

Culpa a assolou diante da expressão magoada no rosto dele. Ela abriu a boca para dizer que ele não fora tão ofensivo quanto à mãe, mas uma batida no vidro assustou ambos.
O mesmo trabalhador de antes, aparentemente o homem no comando do resto da equipe, fez uma careta impaciente e bateu em seu relógio. 

Tempo, como diziam, era dinheiro, e ele obviamente não estava contente parado na calçada. É claro que Renata sabia que Jerónimo os estava pagando bem, e provavelmente por hora, eles estivessem trabalhando ou não.Jerónimo ergueu uma mão, sinalizando para que ele esperasse mais um segundo, antes de voltar-se para ela.

- Precisarei dessa chave antes que esses homens decidam usar uma marreta para entrar aqui.

Renata umedeceu os lábios, relutante em ceder. Ela e Jerónimo tinham chegado perto de uma conversa adulta, honesta. Ela quase reunira coragem para lhe contar a verdade sobre o motivo pelo qual o deixara em primeiro lugar. Tentara tantas vezes no passado informá-lo de como era tratada, o quanto se sentia excomungada dentro de onde supostamente era sua casa, mas nunca tivera coragem o bastante para
falar.

Uma parte sua acreditara que, se ele a amasse o bastante, se a entendesse como um marido deveria entender a esposa, então saberia o que ela estava tentando dizer todas as vezes que ela dava indiretas sobre sua infelicidade crescente. Agora, percebia que não podia esperar que as pessoas lessem mentes.

Se ao menos ela tivesse lhe contado o que estava acontecendo na época, talvez a situação fosse diferente hoje. Mas a chance de esclarecer o passado nessa manhã havia desaparecido com a interrupção fora de hora do marceneiro. Engolindo em seco, ela inclinou a cabeça. 

- Vou buscar a chave - disse ela, virando-se e voltando para a padaria.



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