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História Meu bebê secreto - Capítulo 29


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 29 - Capítulo 29


- Eu juro essa barulheira é o bastante para me fazer pular para dentro do forno.

Renata ergueu a cabeça dos círculos perfeitos de massa, que estava atualmente cobrindo com recheio de passas, para ver tia Helen colocar uma assadeira de baklava num dos fornos industriais, e fechar a porta com um estrondo que apenas pontuava os sons altos de estacas vindos do outro lado das paredes da padaria. 

Não era fácil aguentar o barulho dos trabalhadores. Renata pedira dezenas de desculpas para os clientes, além de criar placas que diziam: Por favor, perdoem nossa
poeira e desculpem pelo barulho excessivo. Felizmente, a poeira não entrava na parte da frente da padaria, mas ter a equipe de homens na porta ao lado não facilitava para que os clientes apreciassem uma xícara
de chá e pães doces com tranquilidade.

- Eles terminarão logo - ela falou para sua tia, repetindo a frase que o chefe dos marceneiros lhe falara na última semana. 

Renata tinha familiaridade suficiente com esse tipo de coisa para saber que “logo” era um termo muito relativo, mas considerando o fato que eles estavam realmente fazendo incrível progresso, talvez o trabalho acabasse em uma ou duas semanas.

- E você precisa admitir que, tem sido gentileza de Jerónimo fazer tudo isso por nós.

Tia Helen bufou.

- Não se engane querida. Ele não está fazendo isso para ser gentil, mas por si mesmo, e para mantê-la na palma da mão, você sabe disso.

Renata não respondeu, principalmente porque sua tia estava certa. Sem dúvida, ele não estaria na cidade até agora se não houvesse algo ali para ele. Ele queria estar perto de Dann, e passava quase todas as noites na casa de Helen com eles. 

Eles jantavam juntos. Ele ajudava a alimentar Dann, dava-lhe banhos
e o colocava para dormir. Tinha aprendido a trocar fralda, e, incrivelmente, fazia isso agora com a mesma frequência que ela. Eles brincavam em cobertores no chão,
faziam caminhadas, iam ao parque, mesmo que Dann fosse muito pequeno para apreciar tais coisas.

Tudo parecia tão normal, e Renata tinha de admitir... Gostoso. Mas como tia Helen apontara, ela não podia esquecer que ele não dava ponto sem nó. Ele queria o filho, o que era compreensível, e parecia inocente o bastante para o observador externo. 

Mas ela sabia que a situação inteira estava apoiada em motivos maiores. Ou pelo menos no potencial de motivos maiores. No momento, ele usava a reforma e a expansão da padaria como uma desculpa para ficar perto do filho, e para ter alguma coisa para ocupar seu tempo enquanto Dann tirava sonecas frequentes. 

Mas o que aconteceria depois?
O que aconteceria uma vez que ele decidisse que conseguira conhecer Dann tão bem quanto possível ali em Summerville, e quisesse levá-lo para Pittsburgh para que o filho assumisse seu lugar de direito na árvore familiar dos Linhares? O que aconteceria quando a novidade de ajudar a criar o negócio de venda por catálogo para Doce Cabana passasse, e a vida de cidade pequena começasse a entediá-
lo? E por que ela se incomodava em fazer tais perguntas tolas quando já sabia as respostas?

Nas últimas semanas, Jerónimo lembrava mais o homem por quem ela se apaixonara e com quem se casara do que nunca. Estava sendo gentil e generoso doce e engraçado. Segurava portas para ela, oferecia ajuda para tirar a mesa após as refeições e
acomodava o filho deles para as sonecas. E tocava-a. Apenas um leve roçar de dedos de vez em quando... 

Em seu braço, sobre o dorso de sua mão, ao longo de seu rosto quando punha uma mecha de cabelos
atrás da orelha dela. Renata tentava não ler muito nos gestos familiares, mas isso não impedia seu coração de disparar com os toques. 

Tia Helen tinha reclamado mais de uma vez que a casa ou a padaria estavam muito frias, mas ligar o ar condicionado era a única maneira de Renata combater as temperaturas altas que a presença e atenção constantes de Jerónimocriavam em seu corpo. Falando no demônio... ele abriu as portas vaivém da cozinha, e ela quase derrubou a colher que estava usando para pôr o recheio de passas, na travessa. 

- Quando você tiver um minuto - disse eleb- deve ir lá ver o que acha. A equipe quase acabou o trabalho, e eles querem saber se há mais alguma coisa que você quer antes de irem embora.

- Oh. - Aquilo fez ela levantar a cabeça.

Ela havia ido à casa ao lado algumas vezes durante a construção, mas não quisera atrapalhar. Além disso, Jerónimo estivera tão no comando da reforma que sua presença não tinha sido necessária.
Mas agora que as renovações estavam quase completas, ela estava de súbito excitada para ver o resultado. Para começar a se imaginar lá, encaixotando recém-assadas, supervisionando empregados extras que eles teriam de contratar, se a idéia de vendas por catálogo alcançasse tanto sucesso quanto ela esperava.



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