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História Meu bebê secreto - Capítulo 30


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 30 - Capítulo 30


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 30


Dando uma olhada em tia Helen, Renata pôs a colher de volta na travessa de recheio e começou a limpar a mão num pano de prato que estava por perto. 

- Você se importa? - ela perguntou para a tia. 

- É claro que não. Vá querida - disse tia Helen, aproximando-se para assumir a tarefa de rechear os cookies. - Eu acabo esses, e depois que você voltar, talvez eu também vá dar uma olhada no espaço. 

Renata sorriu e beliscou o rosto da tia carinhosamente, então tirou o avental e seguiu Jerónimo. O ocasional barulho de lixa e martelo encontrou seus ouvidos antes que eles chegassem à porta que conectava as duas lojas, mas ela já até se acostumara com os ruídos, e nenhum dos clientes regulares pareciam se incomodar mais com eles. 

Jerónimo abriu a porta e puxou a folha grossa de plástico que tinha sido usada como uma proteção extra contra serragem e tinta. Segurando o plástico de lado, deixou-a entrar na frente. Um suspiro de admiração escapou dos lábios dela quando ela endireitou a coluna e olhou ao redor. A sala estava maravilhosa. Mais do que podia ter imaginado. Prateleiras e balcões de vários tamanhos e alturas alinhavam as paredes, criando mais espaço do que ela podia ter pedido. 

Piso e teto haviam sido refeitos, e tudo tinha sido pintado para combinar com Doce Cabana, de modo que ficasse óbvio que o lugar era uma extensão da padaria. 

- Oh! - exclamou ela, levando seus dedos aos lábios. 

- Você aprova? - perguntou ele, o tom de voz divertido. 

Por suas mãos trêmulas e olhos marejados, Renata sabia que estava comunicando seu prazer, mas conseguiu um sussurro ofegante: 

- Está maravilhoso. 

Girando, ela absorveu tudo novamente, então de novo, cada vez mais deslumbrada. Não parou para pensar em como aquilo tinha sido feito ou quanto custara. Tudo que sabia era que aquele espaço era seu agora; sua chance de expandir e fazer crescer sua padaria adorada. Com um gritinho de alegria, jogou os braços ao redor do pescoço de Jerónimo, e apertou-o com força. Quase imediatamente, ele circulou-lhe a cintura, retomando o abraço. 

- Obrigada - sussurrou ela no ouvido dele. – Está perfeito. 

Quando ela afastou-se, havia uma expressão estranha no rosto dele, mas antes que ela pudesse questioná-lo, o chefe da equipe de trabalhadores apareceu junto a seu ombro esquerdo. 

- Imagino que ela tenha gostado na nova área de trabalho - disse ele com um sorriso, dirigindo-se a Jerónimo.

Considerando que seus braços ainda estavam unidos ao redor do pescoço de seu ex-marido, não era difícil tirar essa conclusão. Sentindo-se subitamente encabulada, ela pigarreou e deu um passo atrás, colocando uma distância mais respeitável entre os dois. 

- Ela parece ter gostado muito — replicou Jerónimo.

- Isso é mais do que eu poderia ter sonhado - ela falou para os dois homens. - Mesmo depois de ter visto a planta e as especificações no desenho. - ela meneou a cabeça, enfiando as mãos nos bolsos de sua calça branca de algodão. - Nunca
imaginei que o lugar ficaria tão lindo.

- Quem bom que você gostou. Se houver mais alguma coisa que precisa, ou se quiser fazer qualquer mudança, avise-me. Estaremos aqui até por volta das 16h, fazendo os últimos acabamentos.

Ela não poderia imaginar nada que quisesse mudar, mas enquanto os dois homens falavam de negócios, Renata andou ao redor do espaço drasticamente alterado. Admirando, tocando, mentalmente preenchendo as prateleiras e trabalhando atrás dos balcões. Adorou os detalhes de cores que combinavam com a padaria e
marcavam o lugar como seu. Seu!
Bem, seu e de tia Helen. 

E de Jerónimo ou do banco, uma vez que certamente haveria um preço alto a pagar para alguém em algum ponto. Todavia, mesmo que ela tivesse resistido a estar atada ao seu ex-marido dessa forma, não podia negar que ele lhe dera algo que ninguém mais lhe daria e com tanta
rapidez. Ela nunca teria conseguido reformar o espaço em tão pouco tempo com outro investidor ou com um empréstimo do banco. Passos soou no piso de madeira, e Renata virou-se para ver Jerónimo se aproximando novamente.

- Eles limparão tudo e irão embora há algumas horas. E o equipamento dos computadores será entregue amanhã, então você pode começar a se instalar se quiser.

Renata uniue as mãos, mal resistindo à vontade de esfregar uma na outra. Estava tão empolgada que era difícil se conter. Eles precisariam de uma web site... E de alguém que o criasse e o mantivesse, uma vez que ela não sabia quase nada sobre esse tipo de coisa.Também precisariam de
embalagens, e abrir uma conta com uma transportadora confiável, entre outras coisas. Deus havia tanto a fazer. Talvez mais do que ela considerara. 

Pânico começou a comprimir seu peito, e de repente era difícil respirar. Oh, ela não podia fazer aquilo. Era uma só pessoa, pelo amor de Deus, e mesmo se contasse com a ajuda de tia Helen, seriam apenas duas pessoas, uma das quais atingira a idade de aposentadoria vinte anos atrás.

- Eu sei que você tem muita coisa para fazer. - Disse ele, interrompendo seus pensamentos e permitindo que ela respirasse um pouco melhor - mas antes que se ocupe demais com tudo isso, há algo que venho querendo discutir com você.



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