1. Spirit Fanfics >
  2. Meu bebê secreto >
  3. Capítulo 31

História Meu bebê secreto - Capítulo 31


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 31 - Capítulo 31


 Renata respirou fundo e forçou-se a relaxar. Um dia de cada vez, um passo de cada vez. Tinha chegado até lá, podia ir o resto do caminho... Mesmo se levasse meses para realizar o que um herdeiro Linhares rico e poderoso podia realizar praticamente da noite para o dia.

- Tudo bem. 

- Preciso voltar para casa, a fim de lidar com alguns assuntos da companhia. 

- Oh. - Os olhos verdes se arregalaram em surpresa.

Ela havia se acostumado tanto com a presença dele que a idéia de ele
partindo á pegou desprevenida. Irônico, considerando o quanto quisera que ele voltasse para Pittsburgh logo que ele chegara. Agora, todavia, era difícil imaginar a
padaria, ou seu dia a dia, sem Jerónimo. Reprimindo os pensamentos reveladores, ela assentiu em aceitação.

- Claro, sem problemas. Entendo que você tem trabalho importante na cidade grande, e certamente já fez mais que o bastante enquanto esteve aqui.

Um sorriso se abriu no rosto dele, e a pulsação dela acelerou. Aquele não era um sorriso feliz, mas um que dizia: “Eu sei de alguma coisa que você não sabe.”

- O que? - perguntou ela, dando pequenos passos para trás, em cautela.

- Você acha que vou simplesmente me levantar e ir embora, não é?

Ela achava. Ou, talvez, estivesse desejando que assim fosse.

- Está tudo bem, eu entendo - disse ela novamente. Gesticulando um braço para englobar as redondezas, acrescentou - Isso tudo é incrível, um começo maravilhoso. Tia Helen e eu podemos certamente assumir o comando a partir daqui.

O sorriso dele se ampliou, revelando dentes brancos, e uma sensação de medo a inundou.

- Tenho certeza que tia Helen terá grande prazer em iniciar o novo trabalho. Mas isso terá de esperar até que nós voltemos.

Renata piscou, repassando aquelas palavras em sua cabeça. A sensação de medo começou a se dissipar, o que era bom  exceto que parecia estar se transformando numa espécie de entorpecimento que não permitia o funcionamento adequado de seu cérebro. 

Ela pigarreou.

- Nós?

Jerónimo inclinou a cabeça.

- Quero que você e Dann retornem a Pittsburgh comigo, de modo de eu possa apresentar minha família ao meu filho. 

- Não. 

Virando-se, Renata saiu andando, deixando ele com aquela resposta fria e seca. Certo, então ele não tinha esperado que ela pulasse de alegria diante da perspectiva de voltar com ele, mas acreditara que ela pelo menos seria razoável sobre aquilo.

Com um suspiro de resignação, ele a seguiu para a porta e passou para o lado da padaria. Ela já estava fora de vista, provavelmente na cozinha, o que significava que tinha quase corrido para lá. Ele levantou uma das mãos para empurrar a porta vaivém, apenas para tê-la empurrada de volta na sua direção, à madeira quase batendo no seu rosto. Os olhos
verdes de tia Helen se arregalaram quando ela o viu, mas a mulher mais velha não disse uma palavra, apenas ergueu o queixo e foi para o balcão da frente.

Nenhum sentimento positivo ali; pensou ele entrando na cozinha e encontrando Renata exatamente onde esperara... De pé diante de uma das grandes ilhas centrais, aparentemente ocupada com mais preparação de alimentos.

- Renata- começou ele.

- Não. - Ela falou a palavra, então a pontuou com uma batida do rolo de massa sobre o balcão. - Não Jeronimo. Não - repetiu com igual fervor, virando-se para ele, os dedos de uma mão apertada ao redor do rolo para massas. - Não voltarei com você para lá. Não entrarei naquele museu que você chama de lar e não lidarei com sua mãe, que irá me olhar com aquela arrogância aristocrática que sempre me olhou. E quão mais condescendente acha que ela será quando você lhe contar que eu tive uma criança fora do casamento? O fato de Dann ser seu não terá relevância. Ela irá me criticar por não ter lhe contado no minuto que descobri sobre a gravidez. Irá me acusar de ter prosseguido com o divórcio apesar de saber que estava carregando seu bebê, privando-o de tempo com seu filho e privando-a de tempo com o neto. Privando o mundo de saber sobre a existência de outro maravilhoso descendente Linhares. 

Uma vez que ele a acusara praticamente das mesmas coisas ao descobrir sobre a existência de Dann, Jerónimo não sabia bem como responder. Especialmente sabendo
como sua mãe podia ser arrogante, às vezes. Renata suspirou, então falou num tom de voz mais calmo:

- Ou isso, ou sua mãe negará Dann completamente, declarando que ele não é um Linhares, porque ela sempre me acusou de ser uma farsante, de qualquer forma. Talvez
ela decida não declará-lo como herdeiro Linhares, porque nós não estávamos casados na ocasião do nascimento de Dann.- Renata meneou a cabeça. - Não passarei por aquilo novamente, Jerónimo, e com certeza, eu não permitirei que meu filho passe.

Enrijecendo o maxilar, ele respondeu:





Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...