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História Meu bebê secreto - Capítulo 40


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 40 - Capítulo 40



- Sra. Linhares - a garota murmurou assim que avistou Renata. Levantando-se, ela uniu as mãos nervosamente atrás das costas. 

- É Monterrubio, na verdade - replicou Renata automaticamente. Movendo-se para o cobertor, ajoelhou-se ao lado de Dann e pegou-o, aninhando-o contra o peito. Ele riu, agarrando os cabelos da mãe. Ela riu em retorno, beijando-lhe as bochechas gorduchas. 

- Obrigada por ficar com ele novamente - disse ela, endireitando o corpo antes de sentar-se num dos sofás próximos. 

- Foi um prazer, senhora. O Sr. Linhares disse eu podia dar a Dann mamadeira e cereais de bebê, então ele está alimentado. Trocado, também. 

Renata assentiu, sorrindo para a jovem mulher. Sua primeira inclinação tinha sido dispensar a empregada e cuidar sozinha de Dann. Estava acostumada a cuidar de suas próprias coisas... Especialmente de seu filho. Mas a moça parecia tão ansiosa para agradar, e Renata sabia, por experiência própria, quão exigente Eleanor podia ser. Ela era dura o bastante com os filhos e suas esposas, mas com criados, era tirânica. Levantando-se, Renata beijou a testa do filho e colocou-o de volta sobre o cobertor. 

- Você pode ficar com ele por mais um tempo? — perguntou ela. - Eu gostaria de tomar um café da manhã. 

A jovem empregada pareceu tanto contente quanto aliviada. Rapidamente voltou para o cobertor, assumindo seu posto ao lado de Dann. 

- É claro, senhora. Demore quanto quiser. 

- Obrigada. 

Por melhor que conhecesse a Mansão Linhares, Renata não se sentia confortável dentro de seus portões e paredes. A casa era muito grande e sem vida para seu gosto, lembrando-a de algum mausoléu frio e cavernoso. Às vezes, podia jurar que seus passos e vozes ecoavam, como se ela estivesse dentro de uma catacumba gigante. Apesar de saber que poderia ir para o salão de jantar, e um criado estaria lá para servi-la, foi para a cozinha nos fundos da casa. O staff da cozinha estava limpando os restos da refeição matinal da família e começando a preparar o almoço. 

- Sra. Linhares - exclamou um deles quando a viu. 

Renata sorriu dessa vez não se incomodando em corrigir o uso de seu nome de casada. 

- Olá, Glenna. É bom vê-la novamente. 

O sorriso da mulher mais velha era caloroso e genuíno. 

- Bom vê-la também, senhora. 

- Quantas vezes eu lhe disse para me chamar de Renata? - Ela ralhou com uma piscadela amigável. 

A mulher assentiu, mas era difícil livrar-se de velhos hábitos.

- Eu perdi a hora do café da manhã. Você acha que pode me arranjar uma torrada e um suco? — pediu ela. 

Sabia que não deveria se servir sozinha. Fizera isso uma vez, e descobrira que o staff da cozinha podia ser mais que um pouco territorial. 

- É claro, senhora.

Glenna moveu-se para arrumar uma bandeja enquanto Renata se sentava num banco alto no centro da ilha. Podia ter ido esperar na sala de jantar, mas o cômodo era tão grande e vazio enquanto a cozinha era mais aconchegante e fervilhava com energia. Ela também gostaria de evitar Eleanor, e a cozinha era um lugar mais seguro para isso.

Depois de comer duas torradas e ovos mexidos, porque Glenna insistira que a proteína era importante, Renata voltou para a biblioteca. Marguerite ainda estava lá, e Dann ainda ria e brincava. Juntando-se a eles no cobertor, ela passou os próximos vinte ou trinta minutos entretendo Dann e conversando com Marguerite, que era uma universitária, tentando ganhar dinheiro extra durante as férias para ajudar pagar a faculdade. Ela podia se identificar com aquilo, uma vez que estivera fazendo exatamente o
mesmo quando conhecera seu ex.

- Bem, e esta não é uma cena doce?

O tom de voz reprovador de Eleanor interrompeu a sentença de Marguerite, e enviou um rubor de culpa ao rosto da jovem criada. Ela imediatamente se levantou.

- Você pode ir - Eleanor a dispensou sem preâmbulos.

- Sim, senhora - respondeu Marguerite, e saiu apressadamente da sala.

Renata  também se sentiu desconfortável com a aparição de sua ex-sogra, mas recusou-se a demonstrar isso. Certamente não ia se levantar, como uma súdita leal
diante de sua rainha reinante. Permanecendo onde estava, continuou brincando com o filho.

- Você não precisava assustá-la, Eleanor - disse ela, dando uma olhada em sua ex- sogra. - Ela é uma boa garota. Nós estávamos tendo uma conversa interessante.

Se possível, a expressão de Eleanor se tornou ainda mais desaprovadora.

- Eu lhe disse antes que é inadequado fazer amizade com empregados. 

Renata riu daquilo, um som inesperado que fez Eleanor franzir o cenho.

- Lamento, mas não concordo com suas regras antiquadas, especialmente quando eu costumava ser uma empregada, lembra?

- Oh, eu lembro - replicou Eleanor friamente.

É claro que ela lembrava. Aquela não era a reclamação principal sobre Renata acabar casada com Jerónimo? Como um herdeiro Linhares podia descer tão baixo ao ponto de unir-se a uma garçonete comum, sem nome?

- Realmente acha que isso vai dar certo? – continuou Eleanor. - Que você pode esconder a criança de meu filho por quase um ano, então simplesmente piscar os olhos e voltar para a vida de luxo, enganando Jerónimo mais uma vez?



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