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História Meu bebê secreto - Capítulo 41


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 41 - Capítulo 41


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 41

 Mantendo uma mão na barriguinha de Dann e acariciando-o gentilmente, Renata encontrou os olhos gelados de sua ex-sogra.

- Ao contrário do que sua mente obcecada acredita, eu não gosto do estilo de vida da Mansão Linhares. Vocês podem ter tudo que o dinheiro é capaz de comprar, mas esta casa definitivamente não é um lar. Não há calor aqui, e há muito pouco amor.

Ela parou para erguer Dann contra seu peito, antes de se levantar. Virando-se, encarou Eleanor de cabeça erguida.

- E não estou tentando enganar Jerónimo. Nunca tentei. Eu só quis amá-lo e ser feliz. Mas você não deixou isso acontecer, não é verdade? 

Acomodando Dann melhor em seus  braços, Renata o segurou com firmeza e continuou, falando tudo que quisera falar por anos. 

 - Deus permita que Jerónimo se apaixone por uma mulher com sangue vermelho nas veias, em vez de com sangue azul. Deus permita que ele seja feliz e tome suas próprias decisões, e liberte se de seu controle opressivo.

As palavras saíram sem controle, mas apesar de um pequeno medo permanecer formando um nó na boca de seu estômago, ela também se sentiu aliviada... E mais forte do que teria imaginado. Por que não encontrara a coragem de enfrentar Eleanor antes? Talvez tivesse salvado seu casamento. Evitado todos aqueles meses de sofrimento. Eleanor, é claro, não recebeu muito bem o primeiro ato de independência de Renata. As faces dela se tornaram rubras, e os olhos se estreitaram perigosamente.

- Como você ousa?

Mas a raiva dela não intimidava Renata. Não mais.

- Eu deveria ter ousado muito tempo atrás. Eu deveria tê-la enfrentado e me recusado a deixá-la me intimidar, somente porque você é rica de berço e está acostumada a olhar para as pessoas com superioridade. E eu deveria ter contato a Jerónimo como você me tratou desde o começo, em vez de tentar manter a paz e evitar manchar a opinião dele á seu respeito.

Ela meneou a cabeça então, triste, porém determinada.

 - Eu era jovem e tola na época, mas amadureci muito no último ano. E tenho um filho agora... Um que não pretendo permitir que você intimide, ou deixá-lo testemunhar você me intimidando. Sinto muito,. Eleanor, mas, se quiser estar na vida de seu neto, você terá de começar a me tratar com um pouco de respeito.

Pela expressão irada no rosto de sua ex-sogra, Renata pôde ver que aquilo estava muito longe de acontecer.

- Saia! - Eleanor falou a palavra como um dragão cuspindo fogo. 

Fúria a fazia tremer dos pés a cabeça, e se ela tivesse algum problema de saúde, Renata teria
pensado que a mãe de Jerónimo estava prestes a ter um infarto.

 - Saia da minha casa -  repetiu ela, apontando um dedo adornado por diamante na direção da porta.

Não que Renata precisasse ouvir aquilo duas vezes.

- Com prazer - disse ela, abaixando-se para pegar o cobertor e os brinquedos de Dann com uma mão.

Com os ombros eretos e a cabeça erguida, Renata passou por Eleanor e subiu para a suíte do ex, a fim de arrumar suas malas. 

Jerónimo parou o Mercedes na frente da casa e desligou o motor. Normalmente, dirigiria até a garagem, mas ficaria poucos minutos ali. Tinha esquecido alguns arquivos sobre a mesa em sua suíte, e esperava ter tempo de pegá-los, voltar para o escritório, lidar com sua longa lista de afazeres e voltar para casa a tempo de jantar.

Geralmente, abriria mão de jantar com a família, e permaneceria no escritório até terminar seu trabalho. Mas, por alguma razão, sua avidez por excesso de trabalho parecia estar desaparecendo. Queria ficar no escritório o mínimo possível. Queria
estar em casa, com Renata e com o filho. Sorriu somente ao pensar neles, e consultou seu relógio, calculando quanto tempo poderia passar com os dois antes de retornar ao centro da cidade. 

Havia um táxi parado à sua frente, e Jerónimo ergueu uma mão para o motorista quando rodeou seu Mercedes, perguntando o que o táxi estaria fazendo lá. Talvez sua mãe tivesse visitas, embora fosse estranho que alguma conhecida dela não tivesse veículos com chofer. Subindo os degraus da frente, Jerónimo abriu a porta e deparou-se com a pilha de
bagagem e itens de bebê no chão do foyer.

- O que está acontecendo aqui? - murmurou mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa.

Ouvindo um barulho no topo da escada, ergueu a cabeça para ver Renata descendo com Dann nos braços, duas criadas de sua mãe seguindo-a, com mais pertences de seu filho e de sua ex-esposa.

- Obrigada por toda a ajuda de vocês - Renata estava dizendo.

- O que está acontecendo- perguntou ele, mais alto dessa vez.

Renata levantou a cabeça ao som de sua voz.

- Jerónimo - exclamou ela. — Eu não o esperava de volta tão cedo.

- Obviamente.

Ela parou à base da escada. As duas empregadas abaixaram suas cabeças e murmuraram alguma coisa sobre levar a bagagem para o táxi do lado de fora, então desapareceram rapidamente.

- Fugindo de novo? - acusou ele, não escondendo o desapontamento da voz.

Ela estava indo embora novamente, era tudo que podia pensar. Ele lhe pedira que passasse poucos dias com sua família, no máximo uma semana, e ela não conseguira ficar nem dois dias.

Eles haviam feito amor diversas vezes na noite anterior, depois dormindo um nos braços do outro. Ele pensara estupidamente que havia uma chance de fazer o relacionamento deles dar certo.

Mas enquanto estivera se apaixonando por ela outra vez, e pensando sobre reconciliação, ela estivera planejando uma fuga na hora certa. Exatamente como antes.


Notas Finais


Estamos chegando ao fim da história....


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