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História Meu bebê secreto - Capítulo 6


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 6 - Capítulo 6


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 6

Renata suspirou o ar exalado mexendo os fios de sua franja fina, parecendo aceitar que não ia se livrar dele tão cedo. 

- Onde está Matias? - perguntou ela, olhando ao redor à procura de seu
conselheiro financeiro.

- Eu o mandei de volta ao escritório - respondeu Jerónimo. - Uma vez que ele já conhece sua padaria, não achei necessário que ficasse para o tour. Prometi passar lá
ou telefonar-lhe depois que acabarmos aqui.

Renata franziu a testa de leve, e não encontrou seu olhar diretamente.

- Qual é o problema? - provocou ele. - Com medo de ficar sozinha comigo, Rê? 

As sobrancelhas dela se uniram mais, numa expressão zangada.

- É claro que não. - Ela cruzou os braços sobre o peito, o que só fez o tecido da blusa se aderir ainda mais aos seios generosos. - Mas não se anime, porque nós não ficaremos sozinhos. Nunca. 

Por mais que tentasse, Jerónimo não conseguiu reprimir um sorriso divertido. Tinha se esquecido do temperamento esquentado de sua esposa, do qual sentira falta. E se dependesse dele, eles ficariam sozinhos em algum momento num futuro bem próximo, mas não disse isso, de modo queRenata não explodisse na frente dos clientes.

- Então, por onde você quer começar? - perguntou ela, aparentemente resignada
com sua presença, e com sua insistência em conhecer a padaria para uma possível oportunidade de investimento.

- Por onde você quiser.

Considerando o tamanho da padaria, não levou muito tempo para que Jerónimo visse tudo na parte da frente, mas ela falou sobre quantos clientes eles podiam servir dentro da loja e quantos serviços de entrega realizavam em bases diárias. E quando ele perguntou sobre os itens expostos em prateleiras atrás de vidros, Renata descreveu cada um deles. 

Apesar do desconforto por estar em sua presença, ele nunca a vira tão
apaixonada. Enquanto eram casados, ela era apaixonada por ele, certamente. As faíscas que
criavam juntos faziam fogos de artifício parecer fracos em comparação. Mas fora da cama, ela era muito mais desanimada, passando seu tempo no clube
de campo com a mãe dele, ou trabalhando em diversas comunidades beneficentes...
Também com a mãe dele.

Quando eles haviam se conhecido, Renata estava na faculdade, ainda indecisa sobre uma carreira, e ele admitia ter sido a grande motivação para que ela não se formasse com o resto da turma. 

Jerónimo a quisera demais, estivera muito ansioso para pôr um anel no dedo de Renata e torná-la sua... De corpo e alma. Mas sempre esperara que ela voltasse para a escola, e teria lhe dado total apoio para qualquer coisa que ela escolhesse fazer na vida. De alguma maneira, todavia, Renata se acomodara em ser apenas sua esposa. 

Uma mulher Linhares cujo objetivo principal era parecer bonita no seu braço, acrescentar reverência e prestígio ao nome da família e ajudar a angariar fundos para causas nobres. Ele perguntou-se agora, contudo, se era isso que ela quisera. Ou se desejara ser mais do que simplesmente a Sra.Linhares. 

Porque, apesar de Renata orgulhar-se de seus trabalhos beneficentes quando eles estavam casados, ela nunca falara sobre aquilo com tanto entusiasmo e brilho nos olhos como falava da padaria. Jerónimo também se perguntou quão bem conhecera sua própria esposa, considerando que com a exceção de algumas refeições à luz de velas que ela lhe preparara na época que eles namoravam, ele nunca soubera que ela gostava de cozinhar. 

Mas, após provar algumas das criações de Renata, decidiu que se um negócio bem sucedido dependesse somente de sua produção, ela poderia estar sentada numa mina de ouro. Dando a última mordida de um muffm de banana com nozes, ele lambeu os dedos, querendo saborear cada farelo. 

- Delicioso - exclamouele. — Por que você nunca assou essas coisas enquanto estávamos casados?

Renata enrijeceu imediatamente e deu um passo atrás, o pequeno prazer que surgira no rosto desaparecendo.

- Não acho que sua mãe teria apreciado que eu bagunçasse a cozinha impecável, cozinhando - replicou ela. - Aquela podia ser a propriedade da família Linhares, mas ela a administrava como uma monarca.

Era verdade. Eleanor Linhares era rígida em suas maneiras. Criada no luxo e acostumada com servos ao redor, prontos para atender cada vontade sua, não teria gostado de ver sua nora fazendo algo tão mundano como preparando uma refeição ou
sobremesas, por mais talentosa que ela pudesse ser na cozinha.

- Você devia ter feito isso, de qualquer forma - disse ele.

Por um minuto, Renata não respondeu. Então murmurou:

- Talvez eu devesse - antes de virar-se e conduzi-lo para longe do balcão e das vitrines de doces.

Ela passou por portas vaivém pintadas de amarelo com o logotipo de Doce Cabana na frente, e liderou o caminho para a cozinha. Com o calor vindo dos fornos industriais
alinhados numa parede, o cheiro de assados era mais forte ali, dando-lhe a esperança que Renata o deixasse provar mais alguns itens como parte de seu tour. Enquanto explicava como ela e a tia dividia as tarefas de assar e atender no balcão, Renata se movia ao redor, checando o timer. Pondo uma luva grossa numa das mãos, começou a remover assadeiras com cookies e tortas, colocando-as sobre uma larga ilha de metal no centro da cozinha. 

- Muitas das receitas são da coleção pessoal de tia Helen - contou ela, usando uma espátula para transferir cookies da assadeira para uma grade de esfriar. — Ela sempre adorou assar, mas nunca tinha considerado abrir a própria loja. Eu não podia acreditar que tia Helen não estava ganhando seu sustento com seus talentos, uma vez que tudo que ela faz tem gosto paradisíaco. Eu também sou boa na cozinha - acrescentou Renata com um sorriso - e depois de um tempo, nós duas decidimos tentar alguma coisa juntas.


Notas Finais


Bjos 😘😘😘😘😘


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