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História Meu bebê secreto - Capítulo 8


Escrita por: LisMorelos

Capítulo 8 - Capítulo 8


Fanfic / Fanfiction Meu bebê secreto - Capítulo 8


Na metade do caminho para cima, ouviu música dos anos quarenta... As favoritas de sua tia... E o som do choro de Dann. Subindo os últimos degraus de dois em dois, Renata encontrou sua tia andando pela sala, embalando Dann nos braços e tentando acalmá-lo Dann. 

- Pobrezinho - murmurou Renata, estendendo os braços para seu bebê.

- Oh, graças a Deus. - Helen suspirou aliviada, entregando-lhe Dann. - Eu estava prestes a lhe dar uma mamadeira, mas sei que você prefere alimentá-lo no peito.

- Está tudo bem - disse Renata, indo para o sofá bege ao longo de uma das paredes, desabotoando a blusa no caminho. - Muito obrigada.

- Como foi tudo?Jerónimo já foi embora? - perguntou sua tia. 

- Sim, ele já foi.

Quando sua voz soou mais baixa do que o pretendido, ela percebeu que era porque não estava inteiramente satisfeita com o fato. Podia ter pensado que Jerónimo estava fora de sua vida para sempre, e ficado desesperada para mantê-lo à distância, uma vez que ele aparecera em Summerville inesperadamente, mas percebia agora que revê-lo não tinha sido desagradável.

Uma olhada para aqueles olhos azul e seu corpo havia se tornado macio e flexível. Passar um curto período de tempo com Jerónimo, enquanto ela lhe mostrara a padaria tinha sido... Não horrível. Se não fosse pelo segredo que escondia no andar de cima, poderia até ter lhe oferecido uma xícara de café e o convidado para ficar mais tempo.

O que era realmente uma má idéia, de modo que era melhor que ele tivesse ido embora. Dann estava pressionado contra seu peito, contente agora que sua barriguinha
estava cheia, quando ela ouviu passos subindo a escada. Não houve tempo para esconder o bebê, nem tempo para chamar tia Helen e pedir-lhe que interferisse. Num minuto, ela estava olhando ao redor, procurando um cobertor para cobrir seu peito
exposto, e no momento seguinte estava congelada no lugar, olhando alarmada para seu ex-marido atônito, porém furioso. 

Jerónimo honestamente não sabia se estava perplexo ou furioso. Talvez sentisse uma mistura das duas emoções. Não era difícil descobrir o que estava acontecendo.

Primeiro; Renata mentira para ele. O espaço acima da padaria não era usado como depósito ou como um lugar para sua tia idosa dormir quando estava cansada. Na verdade, era um apartamento todo mobiliado, completo com mesa, cadeiras, um sofá, uma televisão... Um berço num canto e um tapete amarelo de patinhos, coberto com brinquedos infantis no meio do chão. 

Segundo, Renata tinha um filho. Não estava cuidando do bebê de uma amiga; não tinha adotado uma criança depois da separação deles apenas pela excitação disso ou para exercer sua independência. Mesmo se ela não estivesse alimentando o bebê no seio quando ele entrara na sala, o brilho protetor nos olhos verdes lhe dissera tudo que ele precisava saber da conexão dela com a criança. 

Terceiro e último, aquele bebê era dele. Jerónimo sentia isso, no fundo de sua alma. Renata não tentaria impedi-lo de descobrir que ela era mãe se esse não fosse o caso... Se não acreditasse que tinha um grande segredo para esconder.

Não somente isso, ele não se tomara diretor-geral da companhia têxtil muito bem-sucedida de sua família sendo tolo. Sabia fazer contas. Renata só poderia ter um bebê tão pequeno se tivesse engravidado antes do divórcio ou se o tivesse traído com outro homem. E apesar das diferenças que os tinham separado, infidelidade nunca fora uma delas... De nenhuma das partes. 

-- Quer me contar o que está acontecendo aqui? - demandoua Jerónimo, enfiando as mãos nos bolsos da calça. 

Pelo canto de olho, ele viu um movimento, antes que tia Helen se inclinasse para jogar um cobertor sobre o seio exposto de Renata e sobre a cabeça do bebê. Jerónimo 
não sabia o que era mais decepcionante... Perder a visão da pele sedosa de sua ex- esposa... Ou da criança que ele não soubera existir até trinta segundos atrás.

- Estarei lá embaixo - murmurou Helen para a sobrinha, antes de lançar um olhar crítico para ele ao passar por ele. - Grite se precisar de mim. 

Por que tia Helen estava irritada, ele não tinha idéia. Ele era a vítima ali.
Aquele que nunca soubera que era pai, que tivera seu filho mantido longe dele por tanto tempo. Não sabia quantos meses o bebê tinha exatamente, mas considerando o tempo que eles estavam divorciados e os nove meses de uma gravidez, estimou de quatro a seis meses.
Depois de olhar para trás a fim de garantir que eles estavam a sós,Jerónimo deu um passo à frente e perguntou:

- Então?

Renata ajeitou a manta leve, de modo que cobrisse sua pele exposta, mas não o rosto do bebê, enquanto parecia ganhar tempo. Então, com um suspiro, ergueu a cabeça e encontrou-lhe o olhar.

- O que quer que eu diga?

A aparente indiferença dela o fez cerrar os dentes.



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