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História Meu chefe é um monstro - Mudanças


Escrita por: MoniOliv

Notas do Autor


Oi...
(Olha minha carinha de Coringa arrependido para vocês)
A Moni sumiu e deve ter gente querendo minha cabeça! Já me ameaçaram até de impeachment! Kkkkkkkkkk
Mas gente, inspiração é uma coisa complicada! A gente sabe o que vai acontecer, mas o processo é complicado! É que nem quando você está na faculdade, pensa só em formar, e não vive o presente, esquece que vai ter uma prova filha da puta para te atrapalhar! Hehehehe
Viram como eu sou profunda?
Enfim, esse capítulo saiu na força, no parto normal mesmo! Eu não queria deixar vocês esperando ainda mais e por isso resolvi postar assim mesmo.
Espero que gostem! =**
Boa leitura!

Capítulo 32 - Mudanças


Fanfic / Fanfiction Meu chefe é um monstro - Mudanças

                - Byakuya maldito! O que faz aqui?! – Eu me levantei, irado. Ali estava um dos capangas de Naraku e Rin estava no mesmo prédio que ele. Kagura não estava mais no prédio, assim como Jaken. Eu só teria Sara para deixar a menina segura enquanto eu tomasse conta de Byakuya, mas eu sabia bem que a hanyou não gosta nem um pouco da humana.

            - Calma! – Byakuya levantou as mãos, mostrando rendição. Tinha também um sorriso debochado no rosto. – Calminha, Sesshoumaru-sama! Não vim causar problemas a você. Estou em minha forma humana e eu ficaria mais aliviado se você também mantivesse a sua.

            - Eu não preciso da minha forma youkai para acabar com você, Byakuya. – Voltei a me sentar, observando cada movimento do homem. – Anda, desembucha! O que quer?

            - Naraku pediu que eu viesse lhe dar as boas vindas à causa! – Byakuya se sentou na cadeira a minha frente, exibindo os dentes brancos em um sorriso largo. - Ficamos extremamente aliviados quando soubemos da sua posição ao nosso favor. O senhor é um aliado e tanto!

            - Nunca serei aliado de uma aranha medrosa! Não pense que eu sou idiota, Byakuya. Não foi por isso que veio e eu ainda não entendi o porquê de sua visita. – Peguei uma caneta e comecei a rodá-la por entre os meus dedos. – Achei que estavam se escondendo de mim. – Eu encarei o youkai à minha frente, deixando-o um pouco apreensivo.

                 - Esconder, Sesshoumaru-sama? Não seja bobinho. – Ele deu um breve sorriso, disfarçando o desconforto. – Só achávamos que não era momento, afinal meu mestre esperava que você o fosse visitar com a bela mulher que você está cortejando. Meu mestre se alegrou que você finalmente se abdicou da solidão.

                 Parei o movimento com a caneta. Eu podia ver o “xeque-mate” nos olhos orgulhosos de Byakuya. Inferno! Eles já sabiam da Rin!

                 - Seu mestre é covarde, isso sim. – Fiquei irritado, mas disfarcei ofendendo Naraku como eu sempre fazia. - Os assuntos que eu tenho que resolver com ele não precisa do envolvimento de ninguém. É um assunto meu e dele.

                 - Ah, Sesshoumaru-sama, fico triste em ouvir isso. – Byakuya fez um bico extremamente teatral, que me deu vontade de ir lá e arrancá-lo a força. - Eu achei aquela garotinha tão agradável, cheia de energia. – Ele apoiou os cotovelos sobre a mesa e sorria abertamente para mim, com os olhos arregalados. – Ela trabalha aqui, não é mesmo? Apresente-me a ela.

                 - Não há garota alguma. Não seja estúpido.

                 - Perdoe-me minha confusão, Sesshoumaru-sama. – Ele voltou a encostar as costas na cadeira, piscando compulsivamente. - É que você parecia tão envolvido.

                 - Não passou de uma diversão. – Eu disse com o máximo de desprezo que consegui juntar. – Nada mais que isso. Se Naraku for me congratular por cada mulher que eu fuder, você pode começar a vir aqui todos os dias.

                 - Meu Deus. Quanta frieza, homem! – Byakuya fez outro biquinho, virando o rosto. – E eu achando que estava apaixonado...

                 - Pff... “apaixonado”, me poupe! – Realmente, o adjetivo apaixonado era um pouco forte demais. O que eu tinha com a Rin era uma forte atração; nada mais que isso. - Vamos, Byakuya. Estou perdendo a paciência. – Realmente, eu estava. Eu não estava em minha forma youkai para me garantir de que Rin ainda estava no prédio. Que estaria segura. - Era só isso que tinha para mim?

                 - Estou decepcionado. Pensei que sua reação seria outra. – Byakuya respondeu, emburrado.

                 - Suma da minha frente então, antes que eu decida matá-lo aqui e agora! – Eu me levantei e Byakuya fez o mesmo, em sobressalto. – Aproveite e diga para aquela aranha sem escrúpulos que eu estou do lado dele apenas pelo meu orgulho youkai, mas assim que os humanos souberem de nossa existência, eu irei atrás dele! E ele não perde por esperar!

                 - Boa noite, Sesshoumaru-sama! – Ele me deu um sorriso, antes de se virar e sair.

                 Esperei alguns segundos, embora parecessem anos, e sai da minha sala. Sara estava ali, com um sorriso no rosto enquanto fitava o vazio. Eu achei aquela expressão dela extremamente atípica.

                 - Do que está rindo, Sara? Por que raios deixou Byakuya entrar em minha sala?

                 Sara fechou o sorriso imediatamente e se endireitou na cadeira.

                 - Eu estava lembrando-me de uma cena engraçada do meu dia, Sesshoumaru-sama. – Ela abriu o sorriso novamente, mas voltou a fechá-lo. - Perdoe-me, mas eu não vi outra maneira de evitar que ele visse a menina. Achei melhor que ele entrasse logo em sua sala enquanto eu me garantia de que ela estava segura na sala dela.

                 - Fez bem, Sara. – Eu me senti aliviado. Realmente Sara fora sagaz dessa vez. – Ela ainda está aqui?

                 - Não sei dizer, senhor, afinal já terminou o expedie...

                 Nem esperei Sara terminar a frase e sai. Mesmo que Byakuya não tivesse a visto, eu precisava me certificar de que ela estava bem. Fui até sua sala e fiquei aliviado ao vê-la ali, desligando o computador. Fechei a porta atrás de mim e a abracei.

                 - O que fo...

                 - Ah, Rin. Por favor, peça para ir embora. – Coloquei meu rosto entre seu pescoço e seus cabelos, onde o cheiro dela era mais forte. – Fale que não me quer e que vai embora. – Aquele era o ponto forte do meu dia, sentir o corpo quente de Rin em meus braços. Como eu poderia colocá-la em perigo daquela forma? Mas como eu poderia deixá-la?

                 - O que você está dizendo? – Rin perguntou, confusa, tentando se soltar. – Ai, você está me apertando!

                 - Desculpe-me, Rin. – Eu ignorei seus protestos, mantendo-a em minha posse, enquanto eu ainda podia. – Eu te coloquei em perigo. Eu deveria te deixar, mas eu não consigo. Sou egoísta demais.

                 - Sesshoumaru, me solte. – A contragosto, eu a soltei. Por mais que eu me repreendesse, covardemente eu não conseguia olhar nos olhos escuros de Rin, olhando para o chão, como se eu pudesse achar ali a coragem para deixá-la... O que era o mais correto a ser feito. – O que foi?

                 - Ele sabe sobre você. Vai usá-la para me afetar. - Voltei meus olhos para o seu rosto e a vi engolir seco.

                 - Quem, Sesshoumaru?

                 - Lembra Rin, que eu lhe disse que eu era um homem poderoso com inimigos perigosos? Agora eles sabem de você. – Rin arregalou os olhos e ficou pálida. Eu não queria que ela tivesse medo, mas talvez tal sentimento a fizesse fugir de mim. – Você está com medo? Deixe-me, Rin. Faça o que eu não consigo fazer.

                 - Eu estou com medo, Sesshoumaru. – Rin confessou, entretanto, tocou meu rosto, me encarando os olhos gentis. – Estou com muito medo, mas eu nunca iria embora sabendo que você ainda me deseja. Eu estou envolvida demais, Sesshoumaru.

                 Eu também.

                 - Eu sou um assassino, Rin. – Eu me livrei de sua mão e apertei seus ombros. Ela precisava... Ela precisava me deixar.

                 - Você matou estupradores, Sesshoumaru. Pessoas ruins. – Mesmo com medo, Rin corajosamente ainda tentava me defender.

                 - Eu já matei milhares de criaturas. – Eu continuei. Rin precisava saber que tipo de assassino frio eu era. Aqueles estupradores não foram os primeiros e nem seriam os últimos.

                 - Você está tentando me assustar, Sesshoumaru? – Rin levantou o queixo, me avaliando.

                 - Sim.

                 - Se te alegra, posso dizer que tenho medo de você, Sesshoumaru. Mas – ela novamente colocou a mão em meu rosto, mas agora o calor daquela pequenina mão me trazia conforto – ainda assim eu não quero me afastar de você. Se você quer terminar algo que nem começamos direito, isso é com você.

                 Mesmo assim, eu não poderia ignorar o fato de que eu estava colocando-a em perigo. Peguei sua mão e comecei a arrastá-la para fora da sala, contra sua vontade.

            - O que está fazendo? Me solte! – Com a outra mão, Rin arranhava meu braço, na tentativa falha de se soltar.

                 Eu precisava... Eu precisava mostrar a ela todas as minhas faces. Rin precisava saber quem era Sesshoumaru Taisho antes de se entregar tão cegamente a mim. Ela me vira assassinar humanos, mas mesmo assim ainda confiava que eu só havia os matado por se tratar de estupradores.

                 Passamos rapidamente pelo corredor do andar, entramos no elevador e apertei o botão para a cobertura. Apenas quando as portas se fecharam, eu soltei Rin. Ela me observava, curiosa, enquanto eu sentia os odores ao meu redor se intensificar. Agora eu escutava o coração da humana bater forte, o cabo de aço tinir com o peso do elevador. Eu sentia o cheiro de mofo do carpete do elevador, o cheiro de medo da garota... Olhei para minha mão e vi minhas marcas youkais ali, bem definidas.

                 - O que foi? – Rin tinha a voz trêmula, que fez com que parte de mim ficasse satisfeita por ela finalmente demonstrar medo. A outra parte desejava abraçá-la, tomá-la ali em meus braços e garantir que tudo ficaria bem.

                 Assim que as portas do elevador se abriram, eu voltei a puxar Rin, que agora oferecia menos resistência. Abri à força uma porta de ferro que nos levava a cobertura. Já estava anoitecendo e o frio fora impiedoso jogava uma ventania contra nossos corpos. Soltei Rin e fui até a mureta do lugar, olhando a confusão de pessoas lá embaixo. Garanti também de que não havia nenhum odor desagradável dos meus inimigos.

                 - Sesshoumaru... – Rin me chamou docemente, abraçando o próprio corpo.

                 - Diga que vai me deixar, Rin. – Eu disse com esforço. Nunca pensei que eu ficaria tão ligado a alguém, e lá eu estava: parte torcendo para que Rin me deixasse, parte desejando que ela ficasse.

                 - Diga você, Sesshoumaru. – Embora Rin demonstrasse um pouco de medo, deu um passo à frente.

                 - Eu não quero dizer. Ou melhor, eu não consigo dizer. – Confessei, me odiando por ser tão fraco e ainda por cima demonstrar isso para ela.

                 - Eu também não. Quero ficar com você. – Rin deu mais um passo. - Eu sei que você não vai deixar nada me acontecer.

                 Virei-me para encará-la, furioso por estar naquela situação.

                 - Você confia tanto assim em mim?

                 - Como eu não confiaria? Você já salvou minha vida duas vezes.

                 - E agora eu a condenei! – Gritei. – Não entende? Estou tentando te salvar pela terceira vez!

                 Rin quebrou a distancia que havia entre nós e colocou suas mãos quentes sobre as minhas. Fechei os olhos, enquanto sentia as mãos de Rin se aventurar pelos meus braços, depois o peito e, por fim, meu rosto. Eu estava estático, sentindo seu simples toque me acalmar.

                 Assim que Rin beijou meus lábios, eu me odiei. Eu estava colocando aquela menina em perigo, mesmo ficando cada vez mais preso a ela. Como ela poderia gostar de uma criatura tão egoísta como eu? Mas ali estava ela, me beijando. Como eu poderia resistir? Abracei-a e a puxei para mais perto do meu corpo. A boca quente de Rin conseguia aplacar qualquer ódio que pudesse existir dentro de mim e por um momento eu fiquei preocupado no que eu me tornaria se aquela garota continuasse a me dominar daquela maneira.

                 - Você não tem jeito. – Parei de beijá-la para sentir o cheiro viciante de sua nuca. Distribui alguns beijos ali, sentindo Rin arrepiar. – Você vai para ruas desertas, se envolve com um demônio como eu. Deve mesmo estar querendo morrer.

                 - Eu não consigo evitar. – Rin sorriu, acariciando meus cabelos. – Você me deixa inconsequente.

                 - Somos dois inconsequentes então. – Olhei nos olhos de Rin, vendo sua felicidade estampada por estar comigo, mas eu ainda não havia terminado. – Suba na mureta.

                 - O que? – Rin arregalou os olhos, confusa com meu pedido.

                 - Você disse que confia em mim. Quero ver o quanto. – Eu sorri ao ver nos olhos de Rin o quando ela estava em conflito interno.

                 Ofereci minha mão a ela, que pegou sem contestar, e a ajudei a subir, escutando seu coração acelerar. Ela revirou os olhos quando olhou para baixo e percebeu a altura do prédio.

                 - Sesshoumaru, eu vou cair! – Rin tremia, cravando as unhas em minha mão.

                 - Não vou permitir isso. – Eu garanti a ela, enquanto subia na mureta a sua frente. – Coloque seus pés sobre os meus.

                 - Eu vou cair. – Rin cerrou os olhos com força. Eu a abracei, trazendo-a para perto de mim.

                 - Eu já disse que não vou deixá-la cair. Vamos, você não disse que confia em mim?

                 Rin deu uma última olhada para baixo, antes de encarar os meus olhos. Ela ainda tinha os olhos arregalados enquanto colocava os pequenos pés sobre os meus. Coloquei minha mão em seu rosto e o trouxe para perto de mim, beijando sua boca com suavidade. Rin era tão delicada que às vezes eu temia quebrá-la. Comecei a voar, com cuidado para que ela não percebesse. Já estávamos longe da cobertura quando eu soltei seus lábios para observá-la.

                 Assim que Rin olhou para baixo, agarrou-se a mim como um gato amedrontado.

                 - Puta que pariu! – Rin gritou. – Sesshoumaru!

                 Não aguentei e comecei a rir. Eu tinha planos com Rin, que no momento, teriam de ser adiados.

                 - Por favor, eu vou desmaiar. – Ela fechou os olhos e me abraçava, tremendo.

                 - Você disse que confiava em mim. E queria saber sobre os meus poderes. Eu estou só te mostrando. – Falei em tom inocente, divertindo-me com o medo dela.

                 - Você não poderia me mostrar com meus pezinhos firmes no chão? – Rin abriu os olhos, mas rapidamente voltou a fechá-los. - Meu Deus!

                 - Que graça isso teria? – Eu realmente estava me divertindo muito com o medo dela. Com tal sentimento, ela estaria mais suscetível às minhas vontades, eu imaginava...

                 - A graça é que eu não estaria morrendo de medo.

                 - Não te disseram que as coisas ficam melhores com um pouco de adrenalina?

                 - Não vejo como isso aqui possa ser melhor do que eu no chão!

                 - Nós vamos chegar lá, mas antes eu preciso combinar uma coisa com você.

                 - Você está indo cada vez mais alto! Sesshoumaru, por favor!

                 - Você vai morar comigo. – Eu concluí. Era o certo a fazer, já que iriamos ficar juntos. Ela estaria sobre a minha proteção por vinte e quatro horas por dia.

                 - O que?! Está maluco?

                 - Como vou te defender quando estiver longe de mim? – Qual seria a outra alternativa? Rin era uma humana indefesa.

                 - Não faço ideia, mas eu não posso simplesmente morar com você! – Rin gritou, encerrando ali a discussão. Eu devia ter imaginado que não seria tão fácil com Rin. – Por favor, me coloque no chão.

                 Olhei para a humana assustada em meus braços e passei meus dedos entre seus cabelos. Ela suspirou.

                 - Você sempre deixa as coisas mais difíceis para mim, não é verdade? – Ela piscava compulsivamente, sem resposta. – Fique calma, eu estou com você. Você não vai cair...

                 Puxei Rin pela nuca, sentindo novamente sua boca quente na minha. Pedi passagem com a língua e, mesmo vacilante por causa do medo, Rin se abriu para mim. A cada beijo que eu dava em Rin, eu sentia um desejo ainda maior. Rin era um mistério para mim – um mistério que eu queria desvendar até o fim. Nós dois estávamos entregues ao beijo voluptuoso e eu percebi que ela não tinha mais medo. Senti meu órgão ficar duro, não resisti e peguei no seio quente de Rin.

                 O que fez a voltar à consciência.

                 - Você não está querendo fazer isso aqui, está? – Ela me dedicou um olhar cheio de censura, o que me fez rir.

                 - Do que está falando, Rin? Eu só queria acalmá-la até chegarmos ao meu apartamento, já que você estava tão nervosa. - Só então que Rin olhou em volta, percebendo que estávamos na parte de fora da minha cobertura. - Você tem pensamentos pervertidos, senhorita Mamiko. – Ri ainda mais ao ver sua boca se contorcer em um bico contrariado. – Vou deixar isso para outro dia. – Sim, ela não escaparia da fantasia sexual, ainda não realizada, que eu tinha. - Vamos entrar, você está gelada.

                 Entramos no apartamento e concordamos em pedir uma pizza. Rin insistiu que deveríamos cozinhar na próxima vez. Achei uma perda de tempo, já que poderíamos fazer coisas mais interessantes enquanto outras pessoas eram pagas para nos agradar com seus dotes culinários, mas aquilo parecia ser importante para ela. Já que eu nunca me envolvi tanto tempo com uma humana, imaginei que aquilo seria normal em um relacionamento.

                 Maldição! Eu estava em um relacionamento e me sentia bem com isso!

                 Alguns minutos depois e Rin estava sentada no chão, próxima à mesa de centro, com um pedaço de pizza nas mãos, enquanto eu admirava seu jeito descontraído, sentado no sofá.

                 - Novecentos e noventa e nove anos devem ter muita história para contar. – Ela deu uma mordida na pizza e, ainda de boca cheia, pediu: - Conte-me.

                 - O que quer saber? Demoraremos muito tempo se eu for contar tudo. – Novecentos e noventa e nove anos tinha muita história. Ela teria de ser mais específica.

                 - Como foi a segunda guerra mundial?

                 Rin poderia ter perguntado sobre qualquer coisa, mas insistiu em um tópico que agora me fazia lembrar Juan. Fazia-me lembrar de que logo eu estaria em uma luta contra sua raça, lutando para subjugá-la. Tentei parecer indiferente ao responder.

                 - Brutal. – Não havia adjetivo mais apropriado. – É incrível como os humanos adoram se matar. Eu estava com Kagura na França quando a guerra terminou e a França estava...

                 - O que?! – Rin me interrompeu. Será se ela teria ciúmes de Kagura? – Kagura?

                 - Sim, qual é o problema?

                 - Kagura é uma youkai?

                 - Sim. – De certa forma, fiquei aliviado por ela ter se interessado na natureza de Kagura. Eu não queria pensar na segunda guerra mundial neste momento.

                 - Ai meu Deus! – Rin olhou para a pizza, amedrontada.

                 Eu ser um youkai? Tudo certo! Já Kagura ser uma youkai parecia o fim do mundo! Rin realmente era uma caixinha de surpresas!

                 - Está com medo? – Tentei não transparecer o quanto eu achava aquela situação engraçada.

                 - Sim, mas não o suficiente para eu te deixar. Não ainda. – Ela deu uma piscadela para mim. - Jaken também é um youkai? – Acenei positivamente com a cabeça, já que eu estava com a boca cheia. – Caramba...

                 - Sara também, mas ela é só meio-youkai. – Eu a provoquei mais um pouco, para ver até onde iria seu medo de meus companheiros – Você está rodeada de demônios, senhorita Mamiko. – Comi o último pedaço da pizza que estava em minhas mãos, observando minha humana.

                 - Esse não é o maior problema. – Rin me deu um olhar provocante, e eu estava começando a gostar da conversa.

                 - Não?

                 Rin deixou o resto do pedaço que estava comendo dentro da embalagem e contornou a mesa, sem perder o contato visual comigo. Ela se aproximou e sentou em meu colo, com as pernas abertas, me prendendo entre elas. Meu companheiro logo deu o sinal de que estava animado e eu sorri para Rin.

                 - Meu maior problema é ter sido enfeitiçada por um deles. – Rin disse, enquanto beijava meu pescoço, me deixando ainda mais animado. – Agora não consigo tirá-lo de minha mente.

                 Tirei Rin do meu colo, jogando-a no sofá e ficando sobre ela.

                 - Está me provocando, Rin? – Fiquei observando seu rosto, que adquiria a cor rubra que eu tanto gostava.

                 - Estou tentando. – Ela admitiu, desviando o olhar.

                 - Hmmm... Você está conseguindo, minha querida. – Eu respondi, beijando a garota. Rin gemia em resposta e me abraçava, apertando ainda mais nossos corpos. Era incrível como eu não me enjoava de Rin e seus toques. Como eu poderia pensar em ficar longe dela?

                 Rin tirou minha camisa e abriu um sorriso malandro. Saiu debaixo de mim com uma rapidez que eu não imaginava ser possível para uma humana. Antes que eu pudesse reclamar, Rin começou a desabotoar a blusa, jogando-a em mim em seguida. Após ela, veio a saia e o sutiã, me deixando extremamente excitado com seu showzinho particular. Puxei a humana para meu domínio, beijando seu colo nu. Realmente, deixar Rin não estaria em meus planos para a noite, e nem nos dias que viriam a seguir.

 

 

                 Eu tinha em mãos um vinho e estava no pequeno elevador do prédio de Rin. Já havia uma semana que Rin havia saído da casa de Sango para voltar a morar sozinha. A garota estava animada com tudo, desde comprar o sofá em uma liquidação de usados a comprar copos com estampas de animes e HQ’s. Eu apenas sorria para a animação da garota ao achar uma caneca de uma criatura gorda que ela dizia ser um “Totoro”, com orelhinhas que com certeza seriam incomodas ao beber qualquer coisa ali. Eu ainda não sabia como ela havia me convencido de cozinhar, já que eu não tinha talento nenhum para isso. Talvez ela fosse mais esperta do que eu pensava, ao usar seus atributos femininos para me convencer. Como eu poderia negar algo a uma Rin nua?

                 Quando eu sai do elevador, vi Rin no portal da porta do seu apartamento, com um sorriso de orelha a orelha. Ela estava com um vestido curto, floral, e um avental de bolinhas vermelhas em um fundo branco. Eu iria gargalhar daquela cena, mas de certa forma eu me sentia culpado.

                 Eu havia acabado de sair de uma reunião com outros youkais, os quais planejavam os detalhes para a “revolução”. Eu ficara calado, em um canto, procurando sentir o cheiro de Naraku ou um de seus servos, em meio a uma multidão de youkais. Para o meu desânimo, nem Naraku, nem suas crias estavam lá. Fiquei observando Juan discursar, durante quase duas horas, incentivando os youkais a ajudar a colocar os youkais no topo da hierarquia. O velho depósito, situado um bairro pobre de Tóquio, vibrava com Juan, me deixando enojado. Eu não entendia porque estava ali, em meio à youkais patéticos. Pegar Naraku nunca me custara tão caro.

                 Entretanto, se fosse só por Naraku, eu estaria tranquilo. Eu não podia negar que grande parte do meu ser desejava ser reconhecida. Eu odiava ter que ficar confinado em uma casca humana apenas para me misturar. Culpa era um sentimento que me era estranho, mas cada vez mais apertava minha garganta, principalmente quando eu via a Rin.

                 A garota correu em minha direção, me tirando de meus devaneios. Abraçou-me em meio a pulinhos animados.

                 - Estou tão animada que vamos fazer o jantar hoje! Juntos! - Eu não estava animado com o jantar, mas sim com o que viria depois. Apenas sorri para Rin, que pegou o vinho, analisando-o. – É seco? Meu Deus, eu fico tonta muito fácil com vinho seco.

                 - É essa a intenção. – Ela me olhou com censura, enquanto eu achava graça. – Quero você suscetível a todos os meus movimentos.

                 - Você é terrível, sabia?

                 - Não acho. – Descontraidamente, entrei no apartamento de Rin e deitei-me em seu sofá. Ela ficou me observando com curiosidade. – Bom, eu trouxe o vinho, você não ia fazer o jantar?

                 Rin fez um biquinho antes de fechar a porta atrás de si. Veio em minha direção e deitou sobre mim.

                 - Oh, não! Nada disso! – Rin me deu um breve selinho. – Vamos cozinhar juntos!

                 - Rin. – Bufei seu nome, com desânimo.

                 - Vamos lá, Sesshoumaru! – Ela sorriu, se levantando. - Garanto que vai ser divertido! Venha! – Rin começou a puxar meus braços, tentando, sem sucesso, fazer com que eu me levantasse. – Argh! Que youkai preguiçoso! – Ela soltou meus braços, irritada. Eu apenas sorri em resposta. – Assim você não vai ganhar sobremesa!

                 - Não sou uma criança para você barganhar com doces.

                 - A sobremesa que tenho para você criança nenhuma pode comer. – Rin me dedicou um olhar malicioso. Um olhar que eu adorava.

                 - Ok! Você venceu! – Eu me levantei enquanto Rin dava palminhas e pulinhos animados. – O que quer que eu faça?

                 Rin foi até a bancada da cozinha e eu a segui. Já havia ingredientes selecionados sobre a bancada, alguns deles já picados. Uma panela com água borbulhava, contendo macarrão.

                 - Vamos fazer um macarrão. Gosta de bacon?

                 Eu me posicionei atrás da humana e beijei seu pescoço.

                 - Eu adoro bacon. – Sussurrei, fazendo a garota arrepiar.

                 - Ótimo! – Rin saiu dos meus braços, determinada a colocar o plano “cozinhar” em prática. – Enquanto eu frito o bacon, você pode ir abrindo essa lata. – Ela apontou para uma lata que estava próxima a mim.

                 - Antes, eu vou abrir o vinho. Talvez ele deixe essa coisa de cozinhar menos maçante.

                 - Deixe de ser ranzinza, Sesshoumaru. – Rin disse, sorrindo, sem se afetar. Pegou duas taças no armário e me entregou para que eu servisse. Entreguei-lhe a taça com o vinho e ela me entregou a lata de creme de leite.

                 - Tsc. – Peguei a lata, derrotado. Rin sorriu, deu um gole no vinho e logo se virou para fazer sua tarefa.

                 A porcaria da lata não tinha tampa ou nada que me ajudasse a abri-la. Na lata não havia nenhuma instrução de como abrir, apenas algumas receitas. Imaginei que fosse na força mesmo, mas quando forcei a latinha, ela estourou, sujando-me de creme de leite.

                 - Que merda!

                 - O que aconte... – Rin se virou e assim que me viu, começou a gargalhar. Olhei para o meu cabelo, que estava cheio de creme. - Eu não acredito! – Ela gargalhava.

                 - Não sabia que isso era tão frágil! – Olhei para minha camisa e fiz careta ao ver que ela também estava suja. Era isso que eu ganhava por ter aceitado cozinhar.

                 - Você tentou abrir a lata à força? Você sempre me surpreende, Sesshoumaru. – Rin sorria enquanto se aproximava. Deu-me um beijo casto, com cuidado para não se sujar também. – Tire a camisa, eu vou colocar para lavar.

                 - Já me quer nu, senhorita? – Sorri ao ver como Rin ainda corava só de pensar no sexo. Tirei a camisa devagar, observando seus olhares.

                 - Não seja idiota! – Rin me deu um leve empurrão. – Tire logo e vai tomar banho, você está todo sujo! Tem creme de leite até no seu cabelo!

                 Eu fui sim ao banheiro, mas não antes de beijar a garota. O chuveiro de Rin era um pouco baixo, e eu tive de me abaixar a fim de lavar meus cabelos. Fiquei imaginando o que me pai diria se me visse ali, escolhendo entre o shampoo para cabelos lisos e o antiqueda.

                 - Você está ficando muito mole, Sesshoumaru. – Falei para mim mesmo. Nunca na vida eu tinha tomado banho na casa de uma mulher, e lá estava eu: escolhendo o shampoo que tivesse o cheiro menos doce. Realmente, Rin estava me deixando extremamente mole.

                 Assim que eu saí do chuveiro, escutei vozes vindas da sala. Achei estranho, pois Rin queria ter um jantar romântico comigo, logo, quem estaria ali? Enxuguei meus cabelos com pressa e fui ver se estava tudo bem com a humana, já que a voz dela parecia um pouco alterada.

                 Rin estava bem, irritada, mas bem. No entanto, quem não ficaria nada bem era o loirinho branquelo que estava com a garota nos braços – a minha garota.


Notas Finais


Para vocês que gostam da visão do Sesshoumaru, saibam que estamos chegando ao final dela, e que não vai voltar mais! Aproveitem enquanto dura, hehehe

Não fiquem bravos com a Moni sem inspiração (OLHA ESSE TÍTULO)! Tenho outras fics, vão lá dar uma olhadinha! Deixem essa autora besta feliz =D

Beijos, meus amorecos! =***


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