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História Meu crime é você. - Poderia algo dar certo?


Escrita por: Lissana_Clark

Notas do Autor


Olá gente. Desa vez eu não atrasei. Enfim né?
Espero que gostem e desculpem erros.

Capítulo 14 - Poderia algo dar certo?


Fanfic / Fanfiction Meu crime é você. - Poderia algo dar certo?

Youngji se aproxima cada vez mais de mim, ela leva uma de suas mãos do seu colo até meu rosto me instigando o que fazer. Mas em meio a esse momento eu penso que ela não deve estar em seu estado normal. Que isso seria aproveitar de alguém em um momento frágil e eu já fiz isso antes, não quero fazer de novo. Não quero nunca mais!

- Acho melhor não fazermos isso... – Eu digo num sussurro. Sinto seu hálito fazer cócegas no meu rosto e eu fecho os olhos respirando fundo. Quando os abro ela está me encarando docemente e eu sinto um arrepio. Mas eu não posso. Tiro-a do meu colo e a coloco na cama dela.

- Eu não vou transar com você Youngji, não quando está fora de si dessa forma... – E me afasto pegando uma cadeira e sentado à sua frente. Ela olha para suas mãos em um ato que acho ser envergonhado. Um silêncio desconfortável paira sobre nós e eu tento achar algo que dizer.

- Desculpe... – Diz ela sussurrando, me tirando dos meus devaneios. Franzo meu cenho. Eu é que deveria dizer isso!

- Por que está se desculpando? Eu é quem deveria me desculpar. – Uma lágrima silenciosa desce por seu rosto e eu me seguro muito para não a pôr em meu colo outra vez.

- E vou embora Jackson. – Então ela olha para mim e eu fico sem entender. Vai embora? Como assim?

- O que você quer dizer? – Ela limpa o rosto e solta um suspiro pesado.

- Vou desistir da faculdade, vou embora, não posso mais ficar aqui... – Eu estou surpreso com sua fala.

- Mas por quê? – Ela balança a cabeça negando.

- Não posso te contar! – Vejo-a segurar o choro e não posso me segurar. Me levanto e sento ao seu lado, passando um braço por sua cintura a puxando para perto.

- Youngji olha, eu não vou te obrigar a dizer nada que não queria, mas se houver algo em que eu possa ajudar...qualquer coisa, eu faria! – Então ela se afasta um pouco apenas para me olhar. E permanecemos assim durante um bom tempo, apenas nos olhando. Em um certo ponto ela abaixa seu olhar para meu peito e engole em seco.

- E-eu tenho um... tem alguém que quer me matar... – Ela diz tão baixo que penso ter imaginado aquilo, mas então ela prossegue com sua fala. – Ele é um psicopata maníaco que procura por vingança, Jackson, não posso envolver você nisso...

- Mas...

- Ele já sabe onde me encontrar, por isso não posso mais ficar aqui, seria perigoso para todos nós. Eu só não quero ver mais ninguém sofrer, já basta disto para mim...

- Youngji eu...

- E mesmo que eu fuja, um dia ele vai me encontrar, ele não vai desistir e tudo por causa de uma ação insensata, mas o que eu poderia fazer? Ele estava maltratando uma pessoa, fazendo-a de escrava sexual, eu não podia ficar parada! – Ela está começando a ficar histérica e eu tento acalma-la com um abraço terno.

- Youngji calma, está tudo bem. – Ela me afasta devagar.

- Não, não está Jackson...nada ficará bem se Leeteuk ainda viver, por isso eu...eu... – Ela engasga em sua própria fala e mesmo hesitante eu a completo.

- Você...precisa mata-lo? – Ela põe o rosto entre as mãos.

- Você deve achar que eu sou louca... – Bem, apenas um pouco, mas não é como se eu não acreditasse nela. Eu sei bem o quanto alguém pode ser mau.

- Você só está em estado de choque, não quer tentar dormir um pouco? – Ela olha para mim por entre os dedos.

- Pode ficar comigo? – Arregalo meus olhos por um instante, mas volto ao normal dando um leve sorriso para ela. Parece até uma criança assustada.

- Posso sim, vamos deite. – Eu a faço deitar e muito carinhoso me aconchego perto dela afagando seus cabelos. E mesmo eu já percebendo o obvio, que seria dizer que Youngji é uma garota problema, não me vejo negando ajuda a ela. É como se algo totalmente novo e embriagante impedisse de me afastar dela.

E minutos depois eu já estou sonhando coisas nada puras em relação a ela...

POV- Bambam – ON

Quando eu acordo percebo que dormi a tarde toda, pois o único brilho que penetra por entre as janelas de meu quarto é o da lua. Me sento devagar na cama sentindo o familiar enjoo e logo solto um longo suspiro.

- Só mais um dia no paraíso! – Digo sarcástico me levantando. Vou até minha mesinha e capturo a chave do quarto. É melhor eu tomar um ar. E então só agora percebo que Youngjae hyung não está aqui.

- Será que ele está com o Jaebum hyung? Ou então com o Yugyeom? – Balanço a cabeça ao pensar na confusão que meu amigo se meteu. Não posso simplesmente culpa-lo. Jaebum hyung também não foi um exemplo perfeito de namorado, parte disso é culpa do ciúme ridículo dele!

Levo meu celular, o casaco e minha baixa estima para fora do quarto e me guio até o jardim na esperança de que um pouco de ar fresco me faça “melhorar”. Normalmente, não é permitido sairmos a está hora da noite, mas eu não me importo nem um pouco. Me deito na grama que faz cócegas em mim.

- Eu estou fodido. – Digo encarando o céu e posso até ouvir o riso em minha voz. Não deveria rir da minha situação, mas é tudo tão inacreditável que chega a ser irônico. Tive que sair de minha terra natal para conseguir um bom estudo, deixar minha reconfortante e acolhedora família, me apaixonei pelo meu melhor amigo, que no caso, gosta de outra pessoa, estou recebendo ameaças da noiva doida dele e ainda por cima estou...grávido!

É, é isso mesmo, eu estou grávido. Descobri há alguns dias atrás quando comecei a passar mal e fui a um médico. O que eu poderia fazer? Não vou abortar esta criança, não poderia, ela é um fruto meu e do Jackson...mesmo que, nas atuais circunstâncias, eu não vá contar que ele é o pai. Na verdade, não pretendo nem contar que estou grávido!

- Na verdade, isso está errado! Não estou só fodido, mas sim muito, exponencialmente fodido. – Digo me espreguiçando. Fecho os olhos e tento conter a histeria e aproveitar a brisa leve que beija meu rosto. Penso em como seria se eu não tivesse vindo para a Coreia e solto outro suspiro. Do que adianta pensar nisso agora? Deito de lado em posição fetal.

- Pensei que este lugar tivesse toque de recolher. – Me sento de imediato para encarar o dono daquela voz familiar, o que causa uma leve tontura em mim. Pisco várias vezes tentando me controlar.

- E tem mesmo, eu deveria voltar, com licença policial Park! – Me levanto meio irritado. Não se pode mais nem ter privacidade? Argh!

- Não! Está tudo bem, fique. Não é como se eu fosse contar a alguém... – Ele diz meio sem jeito passando a mão pelo cabelo. Semicerro meus olhos para ele.

- Quer alguma coisa? – Digo cruzando os braços. Não quero ser rude, talvez sejam meus hormônios. Mas desde que ele me “salvou” de Jackson eu me sinto, meio...incomodado.

- Companhia, talvez? – Ergo uma sobrancelha.

- Tudo bem então. – Volto a me sentar e faço o máximo de esforço para não me encolher todo quando ele se senta ao meu lado. Se controla, segura a onda Bambam!

- Então, como vão indo as investigações? – Pergunto e ele parece surpreso.

- Como sabe disso? – Dou um sorriso.

- Acho que agora praticamente a faculdade toda sabe. Mas que coisa estranha, o diretor Siwon nunca fez nada ruim para nós, na verdade ele foi um ótimo diretor. – Digo começando a sentir tristeza. Eu gostava do velho.

- Não se preocupe com isso, vou resolver esse assunto. Então...sei que vou parecer intrometido o que é algo natural da profissão, mas por qual razão você e aquele garoto estavam discutindo. – Sinto meu rosto esquentar. Não vou contar para um estranho fatos da minha vida! Mas que audácia a dele!

- Com todo respeito policial Park...

- Jinyeong está bem para mim. – Ele me interrompe e semicerro os olhos. Ele parece estar se divertindo. Grr!

- Jinyeong hyung, mas eu acho que isso não faz parte de sua investigação. – Olho para o outro lado revirando os olhos. Parece que finalmente o policial Park... Jinyeong, percebe meu incomodo e logo se apressa em se desculpar.

- Tem toda razão Bambam, foi indelicado da minha parte, me desculpe! – Ok! Talvez eu esteja exagerando um pouco. Franzo meu cenho.

- Está tudo bem, não foi nada demais, eu acho que só estou um pouco estressado, desculpe! – Ele me lança um sorriso radiante e eu tento muito não ficar o encarando feito um idiota.

- Você é um rapaz tão educado e bonito! – Ele me elogia e eu deixo transparecer minha surpresa. Faço um perfeito O com a boca até lembrar que eu preciso manter as aparências.

- O-obrigado. – Por que estou ficado tímido? Coço a minha nuca me sentindo desconfortável, mas não como antes. Percebo só agora que eu estou sozinho a noite com um cara muito bonito. E sinto uma vontade gritante de beijar alguém. Mas o que está acontecendo comigo? Devem ser os hormônios.

O observo pelo canto do olho enquanto ele encara o céu. Puta que pariu! Ele é muito bonito mesmo! E então eu permaneço olhando-o.

- Eu acho que devo ir. – Ele diz me tirando do meu transe.

- Ah! Claro! Tenha uma boa noite Jinyeong hyung. – Ele levanta e eu o sigo.

- Você também, garoto bonito. – Então ele me dá um sorriso de tirar o fôlego e sai andando. Olho para minha barriga e ponho uma mão terna em cima dela.

- Seria ótimo se o papai fosse alguém como ele, não é meu amor? – Abro um sorriso largo e sigo de volta para o meu quarto.

Talvez não sejam só os hormônios afinal...

POV – Bambam – OFF

POV- Youngjae – ON

Acordo com o barulho de um bipi irritante do meu lado esquerdo. Por um momento de total idiotice eu penso ter morrido e ido parar no céu. Tudo é tão branco e limpo. Mas então eu reconheço o som dos aparelhos que se ligam a mim. Eu, obviamente, estou no hospital! Provavelmente desmaiei. Grr! Essa gravidez só está atrapalhando minha vida!

- Jae! Graças a Deus você acordou! – Olho para a porta do meu quarto e vejo meu namorado. Abro um largo sorriso ao vê-lo, mas então mais alguém surgi as suas costas.

- Yugyeom... – Digo seu nome tão baixo que duvido alguém além de mim ter escutado. Ah! Agora eu lembro, eu estava com o Yugy na faculdade e depois...depois uma tontura e mais nada. Meu namorado meio que corre o resto de distância entre nós. Olho para seu rosto e seguro um riso. Ele está péssimo!

- Você está bem? – Pergunto segurando sua mão enquanto ele se senta ao meu lado na maca. Jaebum franze o cenho.

- Se EU estou bem? E quanto a você? Me dando um susto desses! Eu quase morri de aflição quando o Yugy me ligou...eu pensei que você fosse morrer! Eu...eu... – E Jaebum começa a ofegar. Sinto pena do meu namorado.

- Ei! Não precisa ficar assim, eu estou bem. – Digo e observo Yugy vir até o meu outro lado. Suspiro mentalmente. Com certeza não terá uma hora melhor que essa.

- Você nos assustou hyung, não faça mais isso!

- Yugy, você diz como se eu tivesse feito de propósito... – Reviro os olhos. Mas até que é legal ter a atenção deles assim! Reprimo um sorriso. Ok! Está na hora de jogar a bomba.

- E-eu tenho uma coisa a declarar... – Digo olhado Yugyeom pelo canto do olho e este parece segurar a respiração.

- O que é amor? – Jaebum envolve minhas mãos com as suas. Droga! É mais difícil do que eu pensei. Mas, bem, a culpa não foi inteiramente minha!

- Hum... é que... Ai! Tá bom! Chega desse rodeio chato! Jaebum hyung eu dormi com o Yugyeom na noite em que nós brigamos e há possibilidade desse filho ser dele e não seu! – Digo já histérico. Quer saber? Foda-se! Eu já estou grávido mesmo! Não me importo mais...

Um minuto de silêncio se estende e durante este eu tento seriamente não vomitar no colo de Jaebum. Essa agitação toda me deixou enjoado! Olho para Yugyeom que está estático no lugar. Acho que ele não esperava que eu fosse realmente contar. Argh! Maldito enjoo.

- Você está dizendo que me trai... – E eu não consigo mais me segurar. Despejo aquela gosma nojenta e fedida em cima do meu (possivelmente) ex-namorado agora. Argh! Droga!

- Ai meu Deus! – Yugyeom vem até mim com um balde de lixo e me faz terminar nela e não no coitado do Jaebum.

- Quer saber? Acho melhor não discutirmos isso agora, mas saiba Youngjae...você me decepcionou muito. – Jaebum diz se levantando e acho ter visto uma lágrima em seu rosto.

Nada melhor para curar enjoo do que arrasar o coração do seu namorado e para melhorar o resultado, por que não vomitar em cima dele? Grrr! Inferno essa gravidez!

Fecho meus olhos e me deixo ser cuidado pelos enfermeiros e Yugy. Ele não saiu do meu lado um minuto sequer. Sempre acariciando de leve alguma parte do meu corpo, principalmente minha barriga, ou então falando coisas muito doces ao meu ouvido. Será que se o filho for dele o Yugy vai trata-lo da mesma forma que me trata? Com todo essa...esse amor?

- Se for menina, que nome você quer dar a ela, Jae? – Yugyeom me surpreende com essa pergunta. Nomes? Eu nem quero ter esse filho! Como poderia se quer pensar em nomes? Mas...então me pego pensando na possibilidade.

- Eu...não sei Yugy. Não tinha pensado nisso ainda. – Ele segura minha mão e leva até seus lábios beijando-a. Tão cavalheiro!

- Então...que tal Choi Sarang? Você acha bonito? – Olho para ele e penso a respeito. Na verdade, é um lindo nome! Abro um sorriso.

- É lindo Yugy, eu amei esse nome! – Ele olha para o chão e percebo um rubor em seu rosto. Que garoto adorável, meigo, gentil e até posso dizer que um pouco inocente! Ninguém pode negar que Yugyeom é um cara maravilhoso. Por que eu não o conheci antes do hyung? Choramingo internamente.

- Vocês vão continuar a se paquerar na minha frente até quando? Não sentem vergonha? – Reviro meus olhos. Eu estou começando a ficar puto com Jaebum. Ele se põe a frente de onde estou deitado. Pelo visto ele tomou um banho. Seu cabelo ainda pinga um pouco na camisa fazendo-a quase transparente. Hum...eu não deveria estar prestando atenção nessas coisas!

- Jaebum sério, você está sendo tão ridículo! Não pode ficar se metendo na minha vida assim, até porque quando eu transei com o Yugy não era mais seu namorado! Ou você esqueceu o que me disse naquela noite? – Vejo o rosto dele tomar um tom avermelhado. Que se exploda! Cara mais hipócrita!

- Eu já pedi desculpas... – Ele diz calmo, mas posso dizer só de olha-lo que ele quer muito gritar comigo. Ainda bem que Yugyeom está aqui!

- Não muda o fato que você me expulsou de sua casa por motivos ilógicos e ainda por cima me xingou de puta! – Eu quase grito para ele.

- Por favor se acalmem! Jaebum hyung, ele não pode ficar se estressando! – E pela primeira vez desde que entrou no quarto Jaebum olha para Yugyeom. Parece que ele está pronto para uma batalha e eu sei que não vou conseguir segurar os dois se eles começarem a se estapear aqui.

Discretamente aperto o botão que há ao lado de minha cama e em alguns minutinhos uma enfermeira entra no quarto e meu namorado e amante são obrigados a se comportar. Graças aos céus!

- Essa conversa ainda não acabou, estão me ouvindo, não é? – Jaebum esbraveja para mim e Yugy depois vem se sentar ao meu lado. Isso é complicado. Ainda estamos namorando ou não? Que hyung mais confuso!

- Por que você não vai embora? – Pergunto o mais suave que posso, mas mesmo assim Jaebum franze seu cenho.

- Está me expulsando? – Argh!

- Claro que não! Só achei que depois do que contei você não iria mais me querer... – Olho para o outro lado escondendo minha expressão de dor. Mesmo depois de tudo, pensar em deixar Jaebum é algo triste para mim. Escuto ele rir. Eu aqui sofrendo e esse infeliz rindo?!?

- O que é tão engraçado, posso saber? – Então Jaebum se aproxima bruscamente e me dá um beijo. Fico tão surpreso com isso que não consigo nem o corresponder.

- Eu ainda sou seu namorado, você não vai se livrar de mim tão fácil! Mas isso não significa que você está livre de um belo sermão mais tarde! – Ele tenta se mostrar bravo o que, obviamente, não consegue.

- Está bem. – Digo sentindo um certo desconforto de ter beijado Jaebum na frente de Yugyeom. Olho para ele que me encara de volta com seus olhos vermelhos. Não! Eu não quero ver meu dongsaeng sofrer assim!

O que eu vou fazer? Como posso resolver essa história?

E se por acaso...eu ficasse com os dois?

POV – Yongjae – OFF

POV- Jinyeong –ON

Aquele garoto parece ser muito simpático. Como alguém deixa uma pessoa desconhecida sentar ao seu lado sem mais nem menos? Ainda mais à noite sem ninguém por perto! Ou isso é ser muito simpático ou muito burro! Mas, bem, foi até legal conversar com ele.

- Agora vamos ver se eu consigo algumas informações para meu caso. Acho que não há mais ninguém nos corredores e se tiver...bem espero que não tenha. – Esboço um sorriso nada meigo.

Me dirijo para o escritório do falecido diretor. O assassino deve ter deixado alguma coisa para trás, eles sempre deixam! Por mais que meus colegas digam que o caso já foi resolvido eu não posso aceitar isso. Só porque aquele pobre coitado tinha uma planta Cicuta com ele não quer dizer que ele cometeu o crime. Alguém pode muito bem ter armado para cima do professor.

Procuro por algo que não tenha percebido antes. Procuro por cima da mesa intocada do diretor Siwon. Nada foi removido do lugar ainda e isso que estou fazendo é até ilegal, mas eu estou pouco me fodendo para isso!

- Vamos, deve ter mais alguma coisa aqui! – Digo já exasperado.

Então eu percebo uma luzinha piscando no computador caríssimo do diretor. Aquilo é a luz da câmera? Isso estava gravando? Desde quando? Será que gravou o assassinato? O diretor Siwon sabia que iria morrer e quis nos dar uma pista?

Várias perguntas se formam em minha mente, mas eu as ignoro no momento. Tenho que desbloquear esse computador e verificar os arquivos. Talvez aqui tenha a solução para meu caso, mas eu não sou um hacker...Hum acho que vou ter que levar isto.

- Claro que os outros vão perceber quando vierem pela manhã e eu posso perder meu emprego por isso, mas...o diretor não teria só desistido, não é? Será que ele queria que alguém percebesse essa bendita luz? Talvez...

Não me deixo pensar muito sobre isso. Levo minha mão até o bolso de meu sobretudo e tiro um lenço. Com cuidado seguro o computador com ele.

- Melhor não deixar minhas impressões aqui! – Digo guardando o computador na minha bolsa e começando a apagar minhas impressões do local.

Saio da sala o mais rápido possível. Vou levar isso para um hacker hoje mesmo! Meio que corro entres os corredores, mas paro bruscamente quando vejo a filha do diretor falando com alguém perto do jardim. Eu voltaria meu percurso se meu instinto não estivesse gritando para que eu ficasse ali observando.

Não consigo ouvir a conversa dos dois e me aproximar significaria risco de ser descoberto, então me contento em só os observa de longe. Nada demais acontece e penso logo em parar de me preocupar tanto, mas então vejo algo bem familiar...

- Por que a filha do diretor estaria recebendo uma arma de um estranho? – Digo e me afasto dali voltando para meu caminho original. Algo nessa garota não está me agradando!

Quando eu voltar pela manhã talvez tenha uma conversa com ela...

POV- Jinyeong – OFF

POV- Goo Hara – ON

Aquele homem era realmente um estranho. Mas eu não me importo se isso vai fazer com que certas pessoas não se metam entre mim e o meu pudim Jackson!

Será que o meu amorzinho ainda está acordado? Mas bem mesmo que não esteja eu posso ligar para ele, não é? Com certeza meu pudim vai ficar feliz com uma ligação minha! Decidida eu capturo meu celular e disco seu número.

- Alô? Pudim sou eu! – Digo radiante. Mas então...

- Jackson está dormindo no momento... – Uma voz de mulher diz. M-mas o que é isso?

- Quem está falando?!?

- Por favor não grite assim...é a colega de quarto dele, Youngji, eu só atendi porque não queria que Jackson acordasse, ele parece estar cansado... – Ela diz calma. Cansado?

- Por que meu pudim estaria cansado? Você por acaso estava assediando ele? O que te faz pensar que ele está cansado? Passe para o Jackson!

- Por favor ele está dormindo agora... – Ela continua com sua calmaria, enquanto tudo que quero fazer é explodir a cabeça de alguém!

- Passe para o Jackson agora! – Eu grito para ela que solta um suspiro.

- Sinto muito, mas não vou fazer isso. Tenha uma ótima noite! – E a ligação é finalizada. Não posso acreditar no que aconteceu! Eu vou...Bambam?

Era só o que me faltava! Encontrar com esta peste! Outra pessoa que acha que ama o meu pudim...

- Se acalme Goo Hara... – Digo para mim mesma. Olho por entre as colunas da faculdade me escondendo entre elas. Não quero esbarra com esse infeliz!

Ele passa por mim e não me percebesse. Isso! Começo a seguir o caminho para casa, mas uma coisa me chama atenção...

- Mas e se por acaso eu contasse para o Jackson que estou grávido, o que será que diria? Pensando bem, é melhor eu não contar!

Congelo no lugar. O que esse idiota está dizendo? Ele está grávido? Do meu Jackson? Não, não, não! Isso só pode ser brincadeira.

- Quem esse filho da puta pensa que é para fazer uma coisa dessas? – Ponho a mão no objeto metálico em minhas vestes, mas...é melhor não fazer isso. Por enquanto!

Há sempre um amanhã, mas talvez não para certas pessoas...

POV- Goo Hara – OFF

Acordo meio atordoado. Que horas são? O que aconteceu ontem?

Olho para o lado e imaginem o tamanho de mina surpresa quando vi a Youngji deitada ao meu lado. O que é que tá acontecendo?

- Droga! Por favor que nós não tenhamos transado! – Digo baixinho e começa a me desvencilhar dela. Youngji se remexe na cama, porém, não acorda.

Ok! Me deixe ver se lembro de algo...

- Nós conversamos, isso, e depois...dormimos? – Franzo meu cenho. É isso mesmo! Solto um suspiro aliviado. Não sabia que eu poderia ter tanto alto controle!

Olho para Youngji. Ela parece tão serena. Tão doce. Me arrependo de não ter me dado bem com ela desde o início. E agora...ela vai embora.

- Será que eu não posso fazer nada para ajudar? – Isso é triste. Talvez eu possa ajudar com pouca coisa. Talvez possa trazer o café da manhã para ela. Melhor me esforçar em ser legal já que ela vai embora.

- Melhor do que não fazer nada... – Tento me motivar.

Me arrasto pelos corredores frios da faculdade na esperança de ser o primeiro a chegar no refeitório. Não estou no clima para falar com ninguém.

- Ei você! – Porra! Será que eu não tenho um dia de sorte? Me viro já fazendo uma careta para quem quer que seja.

- O que? – O homem que parenta ser mais velho se aproxima. Sua expressão não é nada acolhedora. Foda-se ele! Eu também não estou a fim de papo.

- Então você é o Jackson, mais insignificante do que eu pensei. – O que?

- Ok! Você pode começar a se explicar antes que eu fique realmente puto. – Digo tentando manter a calma.

- Claro, que indelicadeza a minha. Eu sou Leeteuk, pai da Youngji e vim aqui te fazer uma proposta. – E ele me lança um sorriso de lobo.

Seria pedir muito ter um dia normal Deus? Mas que inferno!


Notas Finais


Obrigada aos que leram e até o próximo cap.
Acho que estamos chegando na reta final meu lindjus.
Bjs de chantilly.


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