História Meu delírio - Min Yoongi (Suga) - BTS - 15

- (S/N), eu... – Jungkook segurava um copo de bebida. Ele estava na porta recebendo seus convidados, sua namorada, Isabella estava bem ao seu lado.

A última vez que tínhamos nos visto foi em uma festa que ele tinha dado há algumas semanas atrás, quando V acabou descobrindo a relação “incestuosa” que eu tinha com Yoongi.

- Está tudo bem, Jungkook. – Bati em suas costas. – Isabella, não é? – Me direcionei para ir beijar a bochecha da sua namorada.

A levei dali para pegarmos alguma bebida para mim.

(...)

- Vira! Vira! Vira! – Uma multidão se fazia presente ao meu redor. Tae segurava minha mão. Eu estava em uma espécie de competição improvisada bem ao redor do imenso balcão da cozinha de Jeon, mais duas pessoas disputavam comigo para saber quem conseguia beber mais doses de tequila em um minuto.

- Seis? – Jungkook estendeu a mão para que eu tocasse.

- Ok, mas agora já chega, não é, (S/N)?

- Não, Tae. Quero mais! – Falava arrastado, estava embriagada. Soltei sua mão e fui em direção a pista de dança.

Tocava alguma música animada do David Guetta. Dancei alegremente, com direito a muitos pulos e batidas de cabelo, que me faziam pensar que iria cair ali no chão a qualquer momento. Mas, consegui me manter firme para uma segunda música.

“I've been drinking, I've been drinking
I get filthy when that liquor get into me
I've been thinking, I've been thinking
Why can't I keep my fingers off you, baby?”

Muito diferente da segunda, essa exigia toda minha sensualidade. Mexia meu corpo com a calma mais precisa do mundo, levantei meus cabelos com minhas mãos, sorria ao sentir olhares sobre mim. Ou estava cômico, ou sensual, como eu queria. Fechei os olhos e me deixei levar.

Mãos agarraram minha cintura e, abri os olhos. Notei de longe o olhar de Tae preocupado. Ele ameaçou levantar-se para vir me salvar, mas através de um sinal com a mão, ele continuou sentado, me fitando de longe. Virei-me para frente e vi um cara que nunca havia visto na vida.

- Você é audacioso... – Falei colado em seu ouvido. Depois pus meu dedo indicador sobre seus lábios carnudos. Sorria facilmente com tudo.

- Você está provocando a todos aqui.

Olhei ao redor e só conseguia perceber pessoas dançando sem notar nossa presença bem ali.

- Ninguém está olhando pra cá, seu mentiroso. – Encostei minha testa em seu peitoral e gargalhei.

Ele pôs suas mãos, que eram pequenininhas, em meu queixo e levantou meu rosto, me fazendo lhe encarar. Pôs uma mão sobre minha bunda e a outra em minha nuca. Nós dançamos colados conforme a música. A cada batida, sentia seu membro mais próximo de meu sexo. A iluminação escura, a música, a bebida... Tudo engrandecia o clima delicioso que estava se formando.

Beijei seus lábios macios, e logo, estávamos sedentos por mais. O homem, o qual, eu ainda não sabia o nome, conseguiu me deixar excitada com tão pouco. Queria montar em cima dele ali mesmo, mas ainda me restava um pouco de consciência, apesar de estar com o raciocínio lento.

Paramos o beijo apenas pela falta de ar, e ele me virou. Agora seu sexo roçava em minha bunda, ele depositava beijos em minha orelha, fazendo-me arrebitar cada vez mais meu quadril para cima.

Sua risada sapeca ecoava tão próximo de mim.

- E o seu nome é?

- Jimin. – Virou-me novamente para frente e beijou-me a boca.

O rapaz de corpo definido, coxas grossas e uma bunda de fazer inveja a qualquer um puxou-me pela mão e chegamos no jardim, próximo a piscina, onde muitos tomavam banho. Ele encostou-me com força, em uma parede, arrancando um riso de mim. Pressionou suas mãos em minha coxa. Roçava cada vez mais sedento, seu sexo no meu.

- Jimin! – O tentei afastá-lo.

- O que? – Falava entre os beijos.

- Eu tenho que ir.

- Não. Ainda está cedo.

- Jimin! Saia! – O empurrei com o pouco de força que ainda possuía. – Desculpe!

- Eu que peço desculpa. – Passou os dedos sobre os lábios. – Tudo bem.

- Espera! – O chamei antes que fosse embora. – Eu me chamo (S/N). – Ele acenou com a cabeça e desapareceu.

Respirei fundo. Ah, (S/N), o que está querendo da vida? Ainda pensando em Yoongi mesmo depois de todo esse fogo. Eu precisava de amor próprio, afinal, não dava para continuar gostando de um cara que está com outra pessoa. Ele sequer teve a gentileza de me avisar que estava com ela, aquilo doía em meu peito.

Sentei-me na borda da piscina, apenas molhando os pés.

- Te achei! – Tae sentou-se ao meu lado, me entregando um copo de água. – Beba tudo! – Botei minha cabeça no ombro de Tae e pus minha mão sobre seu joelho, lhe deixando um carinho ali. – Então ... Você conheceu o Jimin.

- Não acredito que o conhece. – Levei uma mão ao rosto, fingindo vergonha.

- Ele estudava lá na escola. Não lembra? – Neguei com a cabeça e bebi a água que ele havia me entregado. – Está tudo bem com você e Yoongi?

- Não.

- Pode me contar se quiser.

- Ele está comendo uma mulherzinha do trabalho.

Tae segurou a mão que repousava sobre seu joelho e brincou com meus dedos.

- Vai passar. – Me encarou. – Sempre passa.

- Oh Tae! – O chorou que eu estava segurando durante toda a noite escapou. – Eu o amo tanto. Droga! Que inferno! Eu me odeio. Estou pagando os meus pecados por me deitar com meu irmão.

- Não, (S/N). Você nem é de fato irmã dele.

- Você sabe que fomos criados como irmãos.

Ele suspirou derrotado.

- Eu sinto muito.

- Você é o melhor amigo de todos. – Beijei sua bochecha.

- (S/N)! – Eu e V olhamos para trás ao ouvir a voz autoritária de Yoongi. Ele ainda estava com sua roupa social, e Yewon estava ao seu lado. Seu rosto mostrava cansaço, já que era tão tarde e ele esteve trabalhando durante todos os dias. Não era mais costume Suga estar acordado até aquele horário.

- É ela, Tae. – Cochichei antes de me levantar. – O que é, Yoongi? Veio ver o que a vadia da sua irmã estava fazendo?

- Vamos pra casa, sua idiota. – Revirou os olhos.

Olhei para a loira em pé perto dele, segurando o casaco.

- Eu vim com Tae e é com ele que eu vou embora.

- Nossos pais querem você em casa agora!

- Mentiroso! – Virei-me para ir sentar na beira da piscina novamente.

- (S/N), não me faça ir aí te buscar.

- Você sabia que ele é um mentiroso, Yewon? Deveria tomar cuidado.

- Já chega! – Suga caminhou até onde eu estava e pôs o braço sobre meu ombro.

Taehyung tirou a mão de Yoongi de cima de mim com força.

- O que pensa que está fazendo? – Suga o indagou, com certeza, se segurava para não começar uma briga.

- Eu levo ela pra casa.

- Vamos, Suga! Ela está com o namorado. – Yewon o chamava. Suga olhou-me deixando um suspiro escapar. Eu fitava a piscina.

Ele finalmente foi embora, passando por Yewon, Jungkook e Isabella sem falar nada, mas sim, bufando de raiva. A loira o seguiu.

Meu coração apertou. Pensei em sair dessa festa satisfeita com minha noite, mas não era isso que iria acontecer. Já conseguia enxergar o que iria acontecer: eu iria chegar em casa e choraria pelo resto da noite.

- Não quero ir embora agora, Tae.

- Tudo bem.

- Não quero ir embora enquanto ainda esteja escuro.

- Quer sair daqui de manhã? – Riu. – Sua mãe vai acabar me matando.

- Por favor. – Ele bateu em minha perna e concordou.

As noites eram o período em que eu mais precisava de Yoongi, e ir para casa naquele estado apenas me faria mal. Era como se pela manhã, me sentisse um pouco mais segura.

Ficamos ali sentados observando o que os convidados de Jungkook faziam, e riamos quando algum bêbado fazia alguma palhaçada.

Taehyung mais uma vez, se mostrou o espírito mais amável que eu poderia conhecer.