História Meu delírio - Min Yoongi (Suga) - BTS - 2

- Espero que assim ele pare de chegar bêbado em casa. – Seohyun estava um pouco mais alegre ao saber do término de Yoongi com Yangmi.

- Ele vai parar.

- Isso é uma ótima notícia para começar o dia. – Papai falou.

Yoongi desceu e beijou minha bochecha, mas não deu bom dia para ninguém. Estava com um semblante de raiva. Não trocou nenhuma palavra com nós três durante todo o café. Assim que terminou, subiu até seu quarto voltando com uma jaqueta de couro e as chaves de seu carro balançando entre os dedos.

Foi estranho, mas por um segundo perguntei aonde ele guardava seu membro, já que era tão grande e não podia perceber pela calça jeans. Que pensamentos são esses? Credo.

(...)

Alguns dias passaram e em vez de melhorar, Suga piorou e muito. Chegava a cada noite mais embriagado ainda, me fazendo sempre o ajudar. Outras vezes, meu pai que lhe ajudava a chegar até seu quarto e lhe dava um sermão, coisa que Yoongi respondia com palavras terríveis:

- Você nem é meu pai.

Aquilo o deixava triste. Eu sei que deixava.

(...)

- Quer ir ao cinema comigo e Tae? – Pus a cabeça dentro de seu quarto. Yoongi estava deitado sobre sua cama sem camisa, apenas usando uma calça jeans, ele folheava uma revista de carros. Assim que me viu, bateu no colchão para que eu me sentasse junto dele.

- Está toda produzida assim para V?

- N-não. – Menti. Ou não menti. Na verdade, não sabia ao certo ainda se queria algo com V, talvez alguns beijos, já que ele era tão lindo.

- Está mentindo para o seu oppa? – Sentou-se na cama.

- Não, oppa.

- E pra que esse vestido tão curto? – Yoongi passou a mão sobre minhas coxas. Revirei os olhos, nem era curto.

- Me poupe, Yoongi. Eu sou uma mulher.

- Não. Você ainda é uma pirralha. – Segurou-me com força e me puxou para cima dele, me pondo em seu colo e encostando novamente suas costas na cama macia. Ele fazia cócegas em minha cintura, o que me fazia mexer em cima de Yoongi. Logo senti seu volume roçar junto a meu sexo e tentei sair de cima dele, mas ele não deixava, continuava a me fazer cócegas, porém, àquela altura já estava tão tensa que não conseguia mais sentir vontade de rir.

- (S/N), o Tae chegou! – Mamãe gritou da sala.

- Até mais, Yoongi. Não saia. Não quero que chegue bêbado em casa. – Falei da porta.

- Se você demorar muito, eu vou sair. E cuidado nesse cinema, (S/N).

- Não saia de casa! – E assim desapareci das vistas dele.

(...)

- Quero fazer uma coisa. – Tae falou tímido no escuro do cinema, perto de meu ouvido.

- Xixi? – Ele riu.

- Não. Eu quero beijar você. – Respirei fundo e esperei em silêncio que ele o fizesse. Quando Tae tocou seus lábios nos meus aprofundamos o beijo com rapidez, eu estava cheia de desejo guardado. Sua mão foi para meu rosto, mas minha mão, inesperadamente, foi para suas coxas. O que estou fazendo? É nosso primeiro beijo e já estou querendo sentir o que ele guarda debaixo desse pano.

- Desculpa, Tae. – Separei nosso beijo assustada com aquilo, principalmente com a minha imensa vontade de pegar em seu pênis.

- Tudo bem. – Me deu um selinho e voltou a assistir ao filme, apenas o imitei. Após o filme acabar, andamos em silêncio até o estacionamento. – Você gostou?  – Perguntou quando chegamos em frente à minha casa.

- Gostei. Tinha uma história legal.

- Estou perguntando da noite no geral. – Pegou minha mão e a beijou. Taehyung era tão carinhoso e gentil. Tão fofo e lindo, eu não deveria ter cessado nosso beijo no cinema. Ainda lhe encarando me aproximei de sua boca e o beijei, desta vez, de forma totalmente delicada.

- Eu adorei tudo. – Abri a porta. – Agora se me dá licença, vou indo antes que meu vizinho chato me veja chegando a esta hora. – Ele riu de minha brincadeira.

- Te vejo amanhã? – Perguntou e eu fui entrando em casa sem responde-lo.

Fechei a porta e encostei nela. Suspirei pensando no que tinha feito. Será que finalmente iria ter o romance da minha vida? Seria perfeito ter Taehyung como um pretendente, nossos pais iriam ficar enlouquecidos quando descobrirem que os sonhos deles iriam se realizar: eu e Kim Taehyung juntos. Sempre comentavam que nós dois viraríamos um casal, devido ao carinho que Tae tinha por mim.

- Tae beija bem, maninha? – Yoongi estava muito próximo de mim, pude sentir sua respiração quente e então, abri meus olhos tomando um susto.

- Que roupa é essa? – Lhe fitei.

- Vou sair. Você demorou demais. – Me puxou para que eu saísse de frente da porta, mas resisti.

- Não Suga! Você tem que parar com isso e crescer. Chega de dar dor de cabeça pros nossos pais. São onze horas da noite!

- Bla bla bla. Yoongi não faça isso, Yoongi não faça aquilo. Estou cansado, na boa, (S/N), saia da frente.

- Não.

- Tudo bem, vou pelos fundos.

- Eu vou com você! – Agarrei seu braço.

Estava sentada ao lado de Yoongi, escutávamos um rap, o qual, não entendia nada.

- Aonde estamos indo?

- Surpresa!

Demorou muito e então, chegamos em uma casa grande com muitos carros estacionados no jardim danificando toda a grama, uma música alta ecoava pelo lugar. Suga deixou o carro na rua e entramos, eu estava receosa, havia fumaça e uma luz piscando freneticamente, deixando praticamente impossível ver o rosto das pessoas ali. Podia-se notar que muitas pessoas dançavam, deixando o local lotado.

- Toma! Será sua única. – Yoongi me entregou um copo vermelho. Não tinha percebido quando ele tinha conseguido um copo. Cheirei o copo e senti o álcool entrar em minhas narinas. Não quis beber. – Beba, é só uma. Você não vai ficar bêbada e estou aqui para olhar por você.

- E quem vai olhar você? – O perguntei próxima de seu ouvido devido ao som alto. Yoongi segurou minha nuca e nos aproximou mais ainda, ele não tinha entendido o que eu perguntei e então repeti minha interrogação. Quando finalmente ouviu, riu debochado e tomou um grande gole de seu copo.

- Maninha, vamos ficar por pouco tempo, eu prometo. – Puxou-me para a concentração de pessoas que dançavam na sala.

De animada, a música rapidamente passou para lenta. Comecei a provar meu copo para relaxar ao menos um pouco, já que não estava conseguindo curtir a música sóbria daquele jeito.

Boy Meets Evil era uma música tão dark e excitante. Suga dançava perto de mim. Pensei na imagem que tinha dele pelado e tentei afastá-las o mais depressa possível. Ele me abraçou e ficou curtindo a parte de rap da música.

- Too bad, but it's too sweet, it's too sweet, it's evil, it's too evil... – Sussurrou em meu ouvido colando meus seios em seu peitoral. Yoongi me olhou rindo e saiu, provavelmente para pegar outra bebida.

- E aí gatinha... – Um garoto se pôs em minha frente dançando. Apenas me afastei tentando sair dali, mas ele era insistente e me puxou novamente, me dando um beijo forçado.

- Você está bem? – Foi a primeira pergunta de Yoongi após socar aquele cara. Ninguém nos olhava, pareciam não se importar com a música alta rolando.

- Yoongi, quero ir embora.

- Tudo bem, maninha. – Segurou minha mão indo em direção a seu carro. – Desculpe ter feito você vir até aqui. – Estávamos sentados no carro e ele acariciou meu joelho, senti-me extremamente desconfortável. Eu definitivamente o desejava com força, e aquilo me preocupou. Suga percebeu meu incômodo e deu partida.

(...)

- Estou com fome e você? – Trancou a porta e jogou a jaqueta em cima do sofá.

- Também. – O segui até a cozinha.

- Lembra quando tentamos cozinhar o almoço para mamãe? – Me perguntou, talvez por tentar amenizar o clima que ainda era pesado devido ao incômodo no carro.

- Lembro. – Me encostei no balcão, tentando dar um pulo para sentar lá, mas sem sucesso.

- Viu? Continua pequena. – Suga agarrou firme minha cintura e num impulso me pôs no balcão, ficando entre minhas pernas ainda segurando em mim. – A minha pequena.

O meu coração batia acelerado até demais, acho que Yoongi até conseguiu escutá-lo.

- Yoongi... – Pus a mão em seus ombros o tentando afastar. – O que você vai cozinhar para nós dois? – Perguntei buscando desesperadamente acabar com aquele clima.

- O que você acha de sanduíche? – Ele finalmente se afastou e se virou de costas para mim coçando a cabeça.

- Acho ótimo.

Ficamos juntos até comermos, o que eu fiz depressa, queria logo sair dali e tomar um banho gelado para espantar aquele desejo crescente.