(N/P) POVS ON
FLASHBACK ON
- Suga?
- Ham...
- Deixa eu ver. – O puxei pelo braço lhe virando para mim, e então, abaixei-me para ficar na sua altura. – Por que está chorando de novo?
- P-por nada, (N/P).
- Tudo bem. Preste atenção, sim? – O pequeno garoto de sete anos assentiu com a cabeça, contendo um bico involuntário em seus lábios, ele estava prestes a recomeçar seu choro. – Eu vou lhe falar mais uma vez e quero que guarde aqui dentro. – Toquei sua testa com meu indicador repetidas vezes e ele finalmente deixou um breve sorriso escapar. – Seu pai não foi embora porque te odiava. Ele foi embora porque... Porque precisou ir. Não tem nada a ver com você.
- Como você sabe?
- Ele nunca iria embora por ter um filho tão doce como você.
- Eu não sou doce.
- É sim. Por que acha que te chamamos de açúcar?
- Mas, eu aprendi na escola que açúcar em inglês é sugar e não suga.
- Foi? E o que mais você aprendeu na escola? – O tomei em meus braços e lhe levei para a sala, onde Seohyun estava com (S/N).
FLASHBACK OFF
Aquele menino que ainda não conseguia me chamar de pai chorava em vários momentos por ter uma ideia tola fixa na cabeça: achava que seu pai biológico tivera lhe abandonado por causa dele. Veja só! Uma criança pensando essas asneiras. Não consigo imaginar um homem que abandone uma criança tão pequena e indefesa por não gostar, não consigo. O pai de Suga era apenas mais um irresponsável que não suportou ter um comprometimento tão importante na vida, que era criar e dar amor a um ser humano que era carne de sua própria carne e sangue de seu sangue.
Depois daquele dia em definitivo, algo aconteceu e nunca mais o vi chorar. Suga também começou a me chamar de pai naquela noite e foi um dos melhores momentos da minha vida.
A partir de então, nós crescemos e criamos uma boa relação, que a princípio pareceu ser forte e duradoura, mas, por uma triste infelicidade do destino, a adolescência do meu filho veio junto com uma nova faceta dele: o alcoolismo.
Tinha voltado à estaca zero, ou não, eu diria pior que a estaca zero. Quando ele era uma criança, ao menos falava comigo, se divertia comigo, só não me chamava de pai. Porém, agora, ele mal dirigia uma palavra a mim. Era difícil suportar vê-lo me tratando daquela forma tão cruel, mas procurei aguentar calado imaginando que aquilo era só uma fase passageira.
Eu e Seohyun não sabíamos o que fazer para mudar o jeito que ele vivia. Não conseguíamos pensar em nada eficaz para lhe tirar daquele caminho autodestrutivo. Ele estava começando a destruir sua vida e simplesmente não conseguia enxergar aquilo.
Até que Suga parou de beber e foi tudo graças a (S/N)! E assim, mais uma etapa tortuosa em sua vida se passou e ele alcançou a vitória, a qual, eu senti como se fosse minha.
Acho que tudo poderá voltar aos trilhos agora.
(N/P) POVS OFF
MIN YOONGI POVS ON
- Ham... Você acordou.
- Aonde (S/N) está?
- Elas foram ver a...
- Vovó acordou? – Gritei ansioso me pondo de pé.
- Sim. Ela está fora de perigo e...
- Não acredito! Em qual quarto?
- Ham... Eu acho que...
- Rápido pai! Em qual quarto?
- Trin-trinta e dois.
- Obrigada! – Saí dali correndo, deixando (N/P) sozinho na sala de espera.
Enquanto dava longas passadas pelos corredores, sentia meu corpo quente e revitalizado. O sol entrava pelas janelas de vidro e me fazia acreditar que minha vida não podia estar melhor. Min Chohee estava a salvo e tudo em que eu pensava era em vê-la e abraça-la. Todos os problemas pelos quais eu estava enfrentando não importavam mais, pois vovó estava bem.
Abri a porta sem prender mais meu sorriso.
- Vovó!
- Suga! – Ela abriu os braços e seus olhinhos cerraram-se.
- Como está?
- Muito melhor agora que estou te vendo. – Apertou minhas bochechas. – Você está tão magro quanto sua irmã. Não estão comendo? – Era assim que vovó funcionava no seu dia a dia: tirando risos de todos que estivessem ao seu redor. Fiquei sentado em sua cama fazendo carinho em suas mãos enquanto Seohyun e (S/N) estavam abraçadas em pé.
- A senhora está bem mesmo?
- Sim, meu querido. Não se preocupe mais.
Assenti para ela e baixei meus olhos.
- Quando terá alta?
- Bem... Eu não sei querido. Você sabe, minha filha? – Vovó perguntou à Seohyun.
- Eu posso ir perguntar agora mesmo... – Mamãe virou as costas e saiu do quarto.
- Bem, chega de falar de mim. Quero saber o que andam fazendo.
- Bem, eu estou trabalhando e...
- Trabalhando Suga? Oh! Estou tão feliz em saber disso, querido.
- Sim, vovó... Obrigada, mas... Eu não passei no vestibular.
- Não se preocupe. Você ainda vai passar, se é isto que deseja com todo o seu coração. – Chohee pôs a mão sobre meu coração.
Após Seohyun sair do quarto, vovó sorriu para mim e alisou novamente uma de minhas bochechas.
- E como anda o seu coração?
Olhei para (S/N).
- Será que a senhora aguenta fortes emoções?
- Suga! – Era a voz de (S/N) preocupada.
- Você sabe que eu sou forte. Só estou aqui nesse hospital porque quero. – Vovó riu.
- Eu quero me casar com (S/N).
- Olha só, (S/N), o seu irmão conheceu alguém com o mesmo nome que o seu.
- Vovó... – Continuei engolindo seco. – A senhora sabe que nunca lhe escondi nada, não é?
- Só aquelas notas baixas quando tinha 16 anos. – Chohee pendeu a cabeça para trás, rindo sozinha das lembranças. – Tentou esconder de seus pais e de mim. Logo de mim, danado!
- Mas foi só aquilo.
- É... Se eu lembrar de outra coisa, te entrego na frente dos seus pais e da (S/N). – Tirou meus cabelos da frente de meus olhos, sempre com um sorriso amigo no rosto.
- Eu estou apaixonado por essa (S/N). – Fitei o chão, sentindo meu coração bater mais rápido.
Nem quando (N/P) e Seohyun descobriram eu estive com tanto medo como estou agora. A opinião de minha avó era de máxima importância e por isso, eu precisava que fosse positiva, precisava que ela me aceitasse.
- E quando irão casar?
- O que disse?
- Eu imagino como seus pais tenham reagido a isso. – Ela meneou a cabeça negativamente. – Não quero que sofram...
- (N/P) não nos aceita e Seohyun...
- Eu sabia. – Vovó segurou uma de minhas mãos e com a outra livre, chamou (S/N) para perto de nós, então, segurou também uma de suas mãos. – Escutem aqui vocês dois. Os dois são os meus netinhos e sempre serão, sim? – Nós assentimos para vovó. – Mas eu sei que esse amor seria inevitável.
- Sabe?
- Ahh Yoongi... Eu sei que quer casar com (S/N) desde quando você era desse tamanho. – Ela pôs a mão para fora da cama, a pondo no espaço vazio, simulando o tamanho de alguém. – Pus meu olhar de encontro ao seu e uma calma se estendeu por cada extremidade do meu corpo. Vovó mantinha seu semblante sereno no rosto.
- Mas, o sangue que corre nessas suas veias é diferente do que corre nas veias dessa moça aqui. E vamos agradecer por isso, se não, estaríamos com um grande problema para resolver. Não é?
Gargalhamos de alegria! Ah, como esperava por isso! Abracei vovó e ela me retribuiu. (S/N) também veio para abraçá-la e ficamos os três ali envolvidos.
- Por que está chorando? – Chohee limpava as lágrimas do rosto de (S/N), e eu passava minha mão sobre seu cabelo.
Beijei a bochecha de (S/N) e ela sorriu me dando um selinho.
- Com licença. – Olhamos para o lado e vimos (N/P) segurando a mão de mamãe. Os dois estavam parados na porta do quarto.
MIN YOONGI POVS OFF
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