História Meu delírio - Min Yoongi (Suga) - BTS - 5

“Você vai continuar achando isso se eu disser que terminei por não parar de pensar em você?”

Yoongi também me deseja. Também me quer junto dele. O que devo fazer a respeito disso? Já não basta o tanto de problemas pelos quais minha família está passando por causa de seu comportamento, ainda há isso para completar.

Após minha primeira relação sexual, quando retornei à meu quarto fiquei a noite inteira pensando que iria acordar renovada e outra pessoa por completo: não haveria mais desejo algum por Suga. Engano meu já que a primeira coisa que me veio à mente quando acordei – muito cedo por sinal – foi o meu doce irmão, suas carícias e seus beijos. Só queria ficar deitada o dia inteiro relembrando cada parte de ontem à noite...

FLASHBACK ON

- Amor, acredita que Suga bateu no Taehyung? – Mamãe nos trazia para dentro de casa após Yoongi ter empurrado Tae na lama.

- Yoongi! – Papai o repreendeu.

- Desculpa, papai.

- Bateu no menino na frente da mãe dele só porque Tae disse que ia casar com (S/N). – Seohyun explicou à papai, que estava lendo um jornal na poltrona da sala numa ensolarada tarde de domingo.

- Muito bem, tem que cuidar da sua irmã mesmo. Está muito cedo pra ela pensar em casamento, não é Yoongi?

- Amor!

- Yoongi isso foi errado, não faça mais isso. – Papai tentou falar grosso, mas só fez isso para agradar Seohyun, pois assim que ela virou o rosto, ele piscou para Yoongi nos fazendo rir.

- Vem, vamos brincar... – Segurei sua mão e lhe puxei.

FLASHBACK OFF

Às vezes, me pegava tendo pequenos lapsos de memórias da minha infância. Era impossível não ficar feito uma boba com o carinho extra protetor que Suga tinha por mim. Papai e Yoongi tinham um relacionamento tão bom, diferente de hoje já que Suga sequer o olha na cara, e só fala com sua mãe o básico.

Tantos problemas para resolver e eu preocupada em saciar os desejos da carne com meu próprio irmão.

Já que estava tão cedo, aproveitei para ir logo tomar café da manhã antes de meu irmão, queria evitar constrangimentos.

- Bom dia! – Me enganei quando pensei que ele ainda estaria dormindo quando eu descesse.

- Bom dia, Yoongi. – O cheiro forte de café anunciava que tinha acabado de ser feito. Uma mesa toda pronta de café da manhã estava bem a minha frente.

- Dormiu bem?

- Sim, e você?

- Também. Quer sair essa tarde?

- Melhor não. Fiquei de ir visitar umas amigas.

- Que amigas? – Ele me conhecia bem o bastante para saber que eu não tinha amizades duradouras a não ser ele e Taehyung.

- Você não conhece. – Peguei uma fruta. – Yoongi, queria conversar com você. – Ele assentiu bastante animado. – Quero que pare com a bebedeira. – Revirou os olhos.

- Era isso?

- Sim. O que mais poderia ser? Você está deixando mamãe e papai preocupados.

- Ela não é sua mãe e ele não é meu pai.

- Pare!

- É a verdade. – Levantou-se e começou a ir em direção a pia levar seu copo. – Ontem, depois que nós fizemos amor eu fiquei pensando a respeito disso e... Eu quero de novo.

- Não vai acontecer de novo. Pare de falar essas besteiras e pare de beber.

- Eu sei que você gostou tanto quanto eu.

- Yoongi, eu gosto de Taehyung! – Me senti obrigada a mentir em frente aos delírios de meu irmão. Tudo que me vinha a cabeça era o rosto de nossos pais cheios de decepção se descobrissem que algo acontecia entre mim e Yoongi. – Só transei com você para ter experiência.

- O que? – Ria cínico. – Por favor, (S/N)...

- É isso mesmo. Faça o favor de esquecer de uma vez por todas. – Saí o deixando sozinho.

Subi em meu quarto e procurei acalmar meu corpo que estava recebendo descargas fortes de emoção.

Por que tem que ser eu nessa situação?

Deixei que minhas costas caíssem no colchão e fiquei assim por um tempo procurando uma saída daquela situação e achei.

Enviada às 09:38 a.m

Posso ir aí esta tarde, Tae?

Enviada às 09:40 a.m

Claro!

Sabia o que precisava fazer.

- Você não vem comer? – Yoongi falava da porta de meu quarto e por mais fome que eu estivesse, não queria almoçar perto dele.

- Não estou com fome.

- Eu vou deitar, você tem a cozinha só pra você. – Não o respondi. Esperei ouvir a porta de seu quarto fechando para poder sair.

(...)

- Tae, você só consegue pensar em dormir? – Sentei na ponta de sua cama enquanto ele estava com cara de sono.

- Não. Eu também penso em você. – Senti minhas bochechas corarem.

- Eu também penso em você. – Tae sorriu tão fofo para mim, seu jeito era encantador, ele deu um rápido selinho em meus lábios e se levantou animado para ir tomar um banho.

Nós ficamos em sua casa apenas jogando conversa fora durante a tarde, vez ou outra nos beijávamos, sua mãe nos levou um lanche.

Ficar com Taehyung era agradável, apesar de minha cabeça estar focada em Suga e no que ele estaria fazendo sozinho em casa, V conseguia ter um bom sentimento meu.

- Por favor, (S/N)... Vai ser divertido.

- Tudo bem! – Cedi e ele me beijou.

Tinha concordado em ir a uma festa essa noite mesmo sem estar muito à vontade para ir.

- Te vejo jajá. – Beijei sua bochecha na porta de sua casa. Caminhei até a minha e olhei para cima em direção do quarto de Suga, onde o pude ver observando toda a cena apenas com sua calça jeans.

Me arrumei com esforço tentando conseguir animação. Quando saí de meu quarto pronta para a festa, Suga já não estava mais em casa, eu senti o seu perfume pela casa, indicando que havia passado por ali há pouco tempo.

- Linda, linda e linda! – Beijou-me a bochecha e abriu a porta de seu carro para que eu entrasse. Taehyung era um verdadeiro cavalheiro, estou fazendo certo em me entregar a ele.

- De quem é essa festa?

- De um garoto do tempo da escola, não sei se você lembra, mas ele se chama Jungkook. – Neguei a cabeça. Eu realmente não conseguia lembrar de nenhum Jungkook.

Após alguns minutos chegamos e logo entramos. Haviam pessoas dentro da casa até o jardim. Muitas pessoas bebendo e se beijando em todos os lugares.

- Tae!

- Jungkook! – Tae abraçou um rapaz forte, este lhe entregou um copo com bebida. – Como adivinhou? – Os dois riram. – Ah, essa é a (S/N), você lembra dela?

- Claro! Estudamos juntos, lembra (S/N)?

- Não... – Falei baixo e os meninos riram.

Ficamos conversando juntos até Jungkook me fazer lembrar dele, o que eu consegui depois de muita conversa.

Estava até me divertindo, quando ouvi aquela voz grossa.

- Que mundo pequeno, não é irmãzinha? – Suga pôs seu braço sobre meu ombro. Jungkook levantou o copo em aprovação pela chegada dele, Tae sorriu como um cumprimento. Pelo visto os dois também não tinham mantido uma amizade desde que eu fui embora. – Você está linda. – Yoongi sussurrou em meu ouvido quando depositou um beijo em minha bochecha, podia sentir o cheiro de álcool. Meu corpo automaticamente estremeceu. Adorava o seu perfume e sua voz.

(...)

Já estou no meu terceiro copo e fitava de longe com muito ódio no coração, Yoongi e alguma garota. Ele estava em uma rodinha de pessoas com essa garota agarrada em sua cintura, com certeza estava fazendo aquilo para me provocar já que costumava lançar seu olhar sobre mim e sorria.

- Hey, tá tudo bem?

- Vamos dançar, Tae. – Puxei sua mão e começamos. Envolvi minhas mãos em seu pescoço e o beijei. Abri os olhos por um instante e pude ver Yoongi assistindo a tudo, ele bebia longos goles de sua bebida.

Estava bêbada e rindo de tudo, até de meu joguinho sujo de fazer ciúme em meu irmão, justo quem eu tinha dito que não queria nada esta manhã. Pelo visto enganei não só a ele, como a mim também. Eu o desejava e estava morrendo de ciúmes daquela garota com quem ele estava.

Após algumas músicas, fui ao banheiro passar uma água no rosto.

- O que está fazendo aqui? – Yoongi entrou junto comigo no banheiro, ele ainda segurava um copo. – Você é mesmo um alcóolatra, Yoongi!

- O que pensa que está fazendo? – Me fiz de desentendida. Apesar de bêbada, sabia muito bem do que ele falava. – Você não me engana, (S/N). Diga. Diga e eu dispenso aquela garota...

- Não quero que a dispense. Faça o que você quiser com ela. – Mais uma vez mentia diante dele.

Yoongi segurou minha cintura por trás e colou seu corpo ao meu, pôs sua cabeça em meu cabelo os quais enlaçava em seus dedos. Beijava-me os ombros e eu sentia seu membro animado roçar em meu bumbum.

- Yoongi! – Segurei uma de suas mãos, mas não querendo as tirar e sim apertá-las, senti-las.

- É só você pedir que iremos embora agora pra casa.

- (S/N), você está bem? – A voz de Taehyung atrás da porta fez Yoongi revirar os olhos.

- Que saco! Esse garoto não desgruda um segundo. – Sussurou em meu ouvido.

- Já estou saindo, Tae.

- Ok. Vamos pra casa, me encontre lá! – Selei seus lábios úmidos pelo álcool muito rápido, o que eu não queria fazer.

Yoongi se escondeu dentro do box preto do banheiro e eu abri a porta. Disse a Taehyung que estava com muita dor de cabeça e ele concordou em irmos embora.

(...)

- Espero que melhore logo. – Beijou meus lábios e eu saí de seu carro, caminhando pela grama em frente à minha casa.

- Suga? – O procurava por todos os cômodos, mas não conseguia achá-lo.

- Não quero que o beije mais. – Agarrou-me pela cintura me levantando.

- Você me assustou.

Ele me baixou até a altura de sua boca e me beijou cheio de volúpia. Era tão forte a atração que nossos corpos tinham. Baixou suas mãos até meus ombros e alisou meus braços, caminhando comigo até seu quarto sem desgrudar de minha boca.

Me deitou na sua cama e se jogou ao meu lado.

Apoiei minha cabeça em um braço e lhe encarei. Yoongi era gracioso, deslumbrante, estonteante e muito mais, não existiam adjetivos suficientes no mundo para lhe descrever. Seu cabelo sempre bagunçado, sua voz elevada e imponente, o jeito com que me tratava sempre tentando ser carinhoso me deixava hipnotizada.

- Vamos continuar com esse pecado?

- Não é pecado se tem amor. – Gargalhei irônica deixando minha cabeça cair no colchão. – Qual a graça?

- Amor.

- Não é amor?

- É só um desejo carnal, de provar o novo, de saber que gosto tem o proibido.

- E que gosto tem?

- De fel.

- Esperava que dissesse algo doce.

- Yoongi, nós temos que parar.

- Se tem tanto certeza de que isso é só um desejo carnal, então ele irá passar. – Entrelaçou seus dedos nos meus. – Mas, enquanto não passar, nós devemos saciá-lo.

Yoongi segurou meu queixo e analisou cada pedaço de meu rosto por longos segundos. Beijou-me os lábios e eu sabia o que iríamos fazer agora...