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História Meu doce anjo - Eight


Escrita por: Lady-Writer

Notas do Autor


Sim, já se passou mais de um mês desde a ultima vez que estive aqui e eu sinto muito por isso. Tiveram alguns motivos por isso:

. Estive de atestado por alguns dias
. Minhas aulas da faculdade voltaram a todo vapor
. Meu coração entristecido com o fim de Teen Wolf e a possibilidade imensa de nunca mais ver o Derek, Isaac, Kira, Ethan e todos esses personagens maravilhosos que saíram sem uma explicação razoável.
.Chuva de ideias pras fics na minha mente e eu não conseguindo organizar elas com clareza, acabou que o lado meio terror se instalou por aqui e talvez fique por um tempo
.O blog que eu comecei a ajudar, fazendo sinopses, fechou por tempo indeterminado e isso também me deixou na bad demais

Enfim, mamãe ainda está na bad, filhotinhos. Mas espero que tenham paciência e gostem mesmo assim, pois eu ainda escrevo com todo meu carinho para vocês!

Muito obrigada pelo carinho imenso no meu aniversario, me senti presenteada com tanto amor <333

Boa leitura!

Capítulo 8 - Eight


Fanfic / Fanfiction Meu doce anjo - Eight

“Era uma vez, alguns erros atrás

Eu estava na sua mira, você me pegou de jeito

Você me encontrou, me encontrou, me encontrou

Acho que você não ligava, e acho que gostei disso

Quando eu me apaixonei intensamente, deu um passo atrás

Sem mim, sem mim, sem mim

 

Eu sabia que você era problema quando apareceu

Bem feito para mim, agora

Me levou a lugares que nunca tinha visitado

Até me pôr no chão

 

Oh, eu sabia que você era problema quando apareceu

Bem feito para mim, agora

Me levou a lugares que nunca tinha visitado

Agora estou deitada no chão duro e frio

 

Eu sabia que você era problema quando apareceu

Problema, problema, problema ”

 

(I Knew You Were Trouble - Taylor Swift)

 

Malia permanecia deitada na cama da enfermaria, observando a notícia do pub da noite anterior destruído. Claro que o governo deu um jeito de mascarar tudo e noticiou que foi um ataque terrorista qualquer. Bufando, desligou a tv e jogou o controle remoto no sofá com a telecinese, fechando os olhos, exausta.

-Estressada? Perguntou Lydia, parada na porta do quarto

-Odeio essas mentiras que o governo tenta fazer a população engolir.

-Irônico você falar isso. Comentou Lydia, com um sorriso contido

-Por que?

-Odeia as mentiras que inventam e continua deitada nessa cama, fingindo ainda estar fraca. Respondeu, se sentando na beirada da cama, com um grande sorriso esperto

-Cala a boca, Banshee. Mandou, bufando

-Não pode se esconder do humano para sempre. Alertou, procurando os olhos da amiga

-Eu não sei o que você pensa que está acontecendo aqui, mas pode dizer que está bem equivocada. Afirmou, a encarando de braços cruzados

-Eu ainda não sei o que existe entre você e o humano, mas eu vi o que houve enquanto você estava apagada e conheço você o suficiente para saber quando está fugindo de algo. Então, uma hora ou outra eu vou descobrir e ai teremos que conversar. Avisou, colocando um tablet no colo da mulher, que olhou o objeto curiosa

-Por que está me dando acesso as câmeras de segurança da casa do Scott? Perguntou, mudando as imagens no aparelho

-Kira pediu. Ela queria que você visse o quarto dele. Explicou, se escorando na beirada da cama, esperando a morena assistir

-Isso não é invasão de privacidade? Perguntou, observando a tela, esperando algo acontecer

-Não fica ligada 24 horas. Kira apenas queria que você visse. Respondeu, indicando a tela

-Ver o que? Perguntou, impaciente, paralisando ao achar o homem observando a parede coberta de desenhos

Malia aproximou a imagem e então pôde ver o que eram os desenhos. Sentiu um calor estranho tomar seu coração ao se reconhecer em cada um deles, em diversas formas e ações. Alguns refletindo as lembranças, não totalmente apagadas, outros ilustrando os pensamentos mais surpreendentes que seu ex pequeno protegido poderia ter, e o que foi mais assustador, foi se sentir envaidecida com toda aquela atenção. Já Lydia a observava até os mínimos detalhes, com aquele grande sorriso esperto ainda em seus lábios, feliz em ver os olhos de Malia assumirem um brilho diferente, depois de tantos anos apagado.

-O dever me chama. Anunciou a ruiva, fazendo Malia se sobressaltar e largar o aparelho rapidamente

-Pode levar se quiser. Não tenho nada para ver ai não. Afirmou, estendendo o aparelho

-Entendo. Guarde para mim, quando eu voltar do treinamento com o John pego de volta. Respondeu, se levantando

-Tudo bem. Concordou, deixando o aparelho do lado de seu corpo

-Ou pode levar para seu quarto, já que agora que ele voltou para casa, não precisa mais se fingir de doente. Sugeriu, contendo a gargalhada enquanto desviava da almofada jogada pela amiga

-Some daqui, ruiva. Ou eu mesma vou tirar você daqui. Ameaçou, erguendo a mão no ar, fazendo mais almofadas começarem a flutuar

-Okay! Estou indo. Prometeu, deixando escapar uma risadinha, antes de se retirar do quarto

 

 

*A Irmandade

-Você enlouqueceu, Deucalion? Sabe muito bem o que acontece quando se envolve com bruxas! Exclamou Medusa, horrorizada

-Eu esperei onze anos por esse garoto e agora que o encontrei, não vou deixa-lo escapar por entre meus dedos. Rebateu, lhe apontando o dedo, irado

-Deucalion, você precisa nos dar outra chance. Implorou a mulher, o seguindo pela sala

-Para sofrermos um fracasso maior? Pelo o que vimos, a mutante devolveu as lembranças dele e agora temos isso contra também. Lembrou, enquanto acendia um de seus charutos

-Tem que ter outra opção. Insistiu, esfregando o rosto nervosa

-Regina é nossa melhor opção. Reafirmou, soltando a fumaça lentamente

-Quando se arrepender disso, pode ser tarde demais. Avisou, antes de sair a passos duros da sala

-Eu não vou perder esse garoto de vista novamente. Prometeu em um sussurro, concentrado, não notando uma sombra negra rastejando pelo chão, antes de subir para a mesa de seu escritório

A sombra logo tomou a forma da bruxa, que com um sorriso cruel, estudava a expressão desesperada do mutante escondida sob a máscara de segurança

-Você finge muito mal. Admitiu, fazendo o homem saltar do sofá e logo tomar a posição defensiva

-Regina! Exclamou, suspirando aliviado, enquanto relaxava os ombros

-Você finge estar confiante, mas eu consigo enxergar o medo fluindo de seus poros. Murmurou, cruzando as pernas sobre a mesa

-E foi exatamente por isso que te chamei aqui. Disse, pegando seu charuto do chão, antes de apaga-lo no cinzeiro

-Sabe que a magia tem seu preço. Lembrou, o observando andar pela sala

-Tudo tem seu preço. Rebateu, se aproximando da mesa

-Mas as vezes o preço da magia, é maior do que se pode pagar. Avisou, com um sorriso perverso

-Vou correr o risco. Afirmou, convicto

-Então o motivo vale mesmo a pena. Afirmou, curiosa, estendendo a mão lentamente na direção do homem para que ele a pegasse

-Você não faz ideia. Confirmou, tocando a mão da mulher para que assim ela começasse a absorver suas lembranças

Os olhos de Regina perderam o foco e logo todas as lembranças de Deucalion começaram a ser vistas por ela, desde seu passado com John Stilinski até a última briga com a intervenção de outros mutantes, então ela sabia exatamente o que fazer e quão o alto seria o preço que o mutante teria que pagar.

-Sabe que uma vez que for feito não terá volta, não sabe? Perguntou, soltando as mãos do homem

-É exatamente o que preciso. Afirmou, desconfortável, se afastando

-Muito bem. Vou providenciar o necessário. Disse, descendo da mesa

-E o garoto? Perguntou, a acompanhando com o olhar

-Logo, não será mais um problema. Prometeu, sombria, antes de estalar os dedos e sumir em meio a uma fumaça negra

 

A escuridão era densa e o ar pesava. Stiles não via um palmo diante de seu nariz, mas conseguia ouvir os próprios pés amassarem folhas secas, então julgou estar em alguma floresta. O único problema era não se lembrar como tinha ido parar naquele lugar, se lembrava perfeitamente de estar em seu quarto e então tudo mudou. O frio e a sensação de estar sendo observado eram as únicas companhias que o rapaz tinha naquele lugar, e isso o aterrorizava mais do que poderia admitir em voz alta. O barulho de algo correndo ao seu lado o fez cair sentado e abraçar os próprios joelhos, apavorado e enquanto procurava o causador do som, sentiu uma mão gelada lhe tocar a nuca, antes de sussurrar:

-Logo esse será seu lar, jovem prodígio.

-Não! Gritou, apavorado, pulando de sua cama

-Stiles! Chamou Melissa, invadindo o quarto do rapaz

-O que houve? Perguntou Scott, entrando ofegante no quarto

-Tinha alguém aqui. Afirmou Stiles, vasculhando o cômodo com os olhos

-Como assim? Você viu alguém? Perguntou a loba, tentando farejar algo

-Eu não conseguia enxergar nada. Mas eu a ouvi e senti a mão dela em mim. Garantiu, apertando os olhos fechados, enquanto respirava com dificuldade

-O que a voz disse? Perguntou Scott, segurando o rapaz pelo ombro, carinhosamente

-Eu não entendi o que ela quis dizer. Afirmou, abrindo os olhos para encarar Scott

-Scott, acha que pode ficar um pouco com ele enquanto eu dou uma olhada? Perguntou Melissa, olhando significativamente para o filho

-Vou esperar aqui. Concordou, abraçando Stiles pelos ombros

Melissa abriu a janela e colocando a cabeça para fora do quarto, olhou ao redor procurando algum cheiro ou algum barulho nas proximidades. Após alguns segundos apenas observando, pulou pela janela, fazendo Stiles se levantar assustado com a cena.

-Ela vai ficar bem. Garantiu Scott, sorrindo amigável

-Isso é tudo loucura! Gritou Stiles, nervoso, esfregando o rosto

-Stiles. Chamou, se levantando da cama

-Não, Scott. Eu não pedi nada disso, eu tinha uma vida normal. Era eu, você e nossa mãe, não isso. Acusou, se afastando do irmão

-Ainda é assim. Afirmou, se aproximando novamente

-Não. Agora sou eu e dois lobisomens que eu achava conhecer. Respondeu, amargo, fazendo o moreno se afastar magoado

Stiles deu as costas para o lobo e caminhando até a escrivaninha, pegou sua mochila e a chave do jeep, e saiu do quarto após pegar seu tênis encostado perto da porta. Já Scott, se permitiu cair na cama, totalmente derrotado e magoado, começando a se questionar se realmente tinha sido uma boa ideia fazer Malia devolver as lembranças do irmão

Stiles descia as escadas de dois em dois degraus e com essa mesma pressa de fugir, passou pela porta da sala e após abrir seu carro, jogou a mochila la dentro, entrando em seguida. O rapaz não sabia bem para onde estava indo, apenas seguia o desejo ardente dentro de si que lhe guiava para um lugar desconhecido por ele. Eram três horas da madrugada quando o rapaz estacionou o jeep em frente uma casa a muito esquecida por ele, sua antiga casa, lugar onde deixou sua mãe ser assassinada por aqueles malditos mutantes da Irmandade. O lugar abandonado e agora caindo aos pedaços pelo incêndio ocorrido naquele fatídico dia, permanecia no mesmo lugar, tão imponente quanto há anos atrás, e agora que Malia havia lhe devolvido suas lembranças, sentia como se nada tivesse mudado, era como se fosse encontrar sua verdadeira mãe naquela imensa cozinha, fazendo sua torta de morango favorita, enquanto se balançava brincalhona ao som de My girl dos The Temptations. Agora que sabia que nada que havia vivido até ali não era real e se lembrou o que tinha, começou a preferir não ter se lembrado de nada e assim nunca saber o quanto foi amado por aquela mulher que deu sua vida em troca de sua segurança.

Algo em seu interior gritava por aquele lugar, era como se um imã o puxasse e por mais que não parece muito sábio entrar ali, decidiu ouvir e após calçar seus tênis surrados, pegou sua mochila e desceu do Jeep, caminhando a passos hesitantes até a casa. Um matagal começou a cercar o lugar e quase já não dava para passar pela porta, então a rapaz deu a volta e cuidadosamente passou por uma das janelas com o vidro quebrado, tropeçando na cortina antiga e caindo de joelhos.

-Maldita cortina! Rosnou Stiles, batendo nos próprios joelhos para tirar o pó

O homem tirou o celular do bolso da mochila e acendeu a lanterna e então começou a iluminar o lugar, olhando ao redor lentamente, enquanto absorvia todas aquelas sensações de ter voltado ali. Algumas cenas ainda pareciam borrões para ele, era difícil conseguir se lembrar de algo que passou anos apagado em sua mente, mas algumas coisas mesmo não muito claras, ainda estavam presentes. Stiles viu na parede um desenho quase apagado, feito claramente por uma criança, então se aproximou com o foco de luz apoiado e com a ponta dos dedos acariciou lentamente, sujando seus dedos de poeira e cinzas

-Mamãe, mamãe! Olha o que eu fiz para a senhora! Gritava a criança, saltitando, totalmente sujo de tinta

-Stiles, você pintou a parede. Exclamou Claudia, olhando o menino com leve repreensão

-Mas eu queria te dar uma coisa de presente, mamãe. Argumentou o menino, fazendo bico

-E o que significa? Perguntou, observando o desenho com atenção

-Esse sou eu e a senhora no jardim encantado. Respondeu, sábio até demais para uma criança de quatro anos

-Jardim encantado? Perguntou Claudia, sorrindo, enquanto se ajoelhava ao lado da criança

-É mamãe. Aquele lugar onde a senhora me levou na semana passada, quando eu fingi que estava dormindo. Comentou o menino, fazendo a mãe gelar

-Você fingiu? Perguntou, preocupada

-Eu disse para a senhora que ia ficar bom nisso. Lembrou, rindo feliz pela conquista

-Stiles, o que você viu nesse jardim encantado? Perguntou, séria, segurando o filho pelos ombros, o fazendo estranhar

-Nada demais, mamãe. Garantiu, assustado

-Tem certeza? Perguntou, o olhando nos olhos, buscando qualquer sinal de mentira

-Tenho. Respondeu, com a voz ficando embargada de medo

-Ok. Me desculpe por te assustar. Pediu, puxando o menino para um abraço apertado

-O que está acontecendo, mamãe? Perguntou, com os olhos se enchendo de lagrimas, enquanto deitava no ombro da mãe

-Nada, meu filho. Nem vai acontecer. Mamãe está aqui. Garantiu, lhe dando um beijo casto na testa

 

Stiles abaixou os dedos lentamente os passando pela parede, enquanto uma lagrima solitária descia por seu rosto. O desenho feito com tintas vermelhas mostrava uma criança de mãos dadas com uma mulher que deveria ser sua mãe, conversando com um homem enquanto um ser, parecido com uma mulher de asas voava acima de suas cabeças, assim como um anjo, seu anjo. E apenas depois de tantos anos, Stiles entendeu, que desde bem pequeno, antes mesmo de sonhar conhece-la uma certa mutante já rondava sua vida.


Notas Finais




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