Eu sempre achei que se caso isso acontecesse não iria me ferir. Mas, agora eu vejo que estou totalmente ferida ( não é drama). Mas o que posso fazer? Esconder os ferimentos e apenas fazer tudo para agradar os meus pais. Decidi sair do quarto e tentar enfrentar o mundo real ( é claro que os ferimentos iriam aumentar, afinal, não é isso que o mundo faz com a gente?) Mas eu estava disposta a agradar os meus pais. Afinal, os meus sentimentos não importavam, apenas o interessante era viver uma vida robótica. Estudo, estudo e estudo... porque para todos o que intressava era apenas o meu "Diploma".
Então, me olhei no espelho e disse para mim mesma que talvez um dia, se eu desse sorte, eu seria feliz de verdade, mas agora eu precisava mentir.
A cada dia que passava eu ficava mais deprimida ( Ok! Confessei! Eu estava deprimida) e eu escondia tudo isso, a não ser da para minha melhor amiga, Bruna.
Bruna e eu éramos inseparáveis. Ela sabia de tudo sobre mim e eu dela. Eu sempre desabafava com ela, contava o que eu estava sentindo, mas os conselhos dela nao me alegravam ou me davam esperanças. Porque mais nada me dava esperanças.
Eu estava me sentindo muito só. Então, liguei para Bruna:
-- Amiga?-- Bruna atende com a voz super animada de sempre.
-- Oi, amiga. Está ocupada? Preciso conversar com você.
-- Não. Estou disponível para você sempre. Mas o que houve?-- diz ela abaixando a voz animada.
-- Não estou aguentando mais, amiga. Isso tudo, meus pais, eu mentindo sobre o que estou sentindo... quero sumir! -- digo com a voz embargada.
-- Se acalme, amiga. Eu tenho certeza que vai ficar tudo bem. Estarei sempre aqui. -- diz Bruna seguindo o mesmo ritmo que eu.
Cai no choro.
Eu queria ficar sozinha e pensar, por isso, desliguei o telefone e fui para o meu quarto. Pelo menos ali era o meu espaço.
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