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História Meu gatinho - Quinto


Escrita por: Buccellati

Notas do Autor


Tô feliz cacete <3
estou de recesso da faculdade, tenho 15 dias pra usufruir com o que eu quiser -cofcofyaoicofcof.
Tive uns sonhos aí e acabei por acordar de madrugada, isso me fez ter umas inspirações.
Ou seja, vou mexer novamente na fanfic e acrescentar mais umas coisas, para poder aumentar um pouco o número de capítulos, já que as leitoras estão amando :3
Pode ser que eu demore uns dias para atualizar o próximo capítulo, mas é para organizar a fic de novo e postar nas outras.
Era só. Boa leitura.

Capítulo 5 - Quinto


Félix havia voltado de sua viagem com várias lembrancinhas para as irmãs e Adrien. Durante o tempo que esteve fora, os três se divertiram muito, o gato estava admirado de poder conhecer mais da cidade em que nasceu. Foram ao cinema, ao parque, ao museu, andaram pelo Louvre, e à biblioteca. Neste último, Adrien acabou despertando seu interesse por aprender um idioma estrangeiro. Bridgette acabou por comprar um guia com lições básicas de, pelos menos, trinta tipos de idiomas; era um guia para viajantes. Também havia várias fotos de lugares, pontos turísticos de países assim como informações gerais básicas.

— Mari. — chamou-a assim que chegou à cozinha com o guia nas mãos. A morena estava comendo torradas com geleia.

— Diga.

— Tu tens vontade de viajar para estes lugares? — apontou para as fotos de pontos turísticos.

— Lógico, deve ser maravilhoso poder conhecer países, pessoas, culturas e comidas novas. — sorriu, servia-se de suco de morango — Quer também?

— Sim.

A conversa se desenrolou mais ali na cozinha. Bridgette passou pelo corredor com uma cara amassada de sono, a alça de sua camisola branca caía pelo ombro e ela sequer ligava para isso. Nesse momento a campainha soa, por estar mais perto da porta ela atendeu. Félix estava ali todo lindo e maravilhoso, de alguma forma seu rosto estava mais radiante e corado que geralmente nos outros dias.

Havia um sorriso ali.

Um sorriso. Algo estava errado.

— Quem és tu e o que fez com o Félix? — arqueou uma sobrancelha, duvidava muito que aquele olhar fosse ser algo bom, no máximo deveria ser sarcástico.

— Tirarei alguns dias de folga e… se não se incomodarem, eu poderia ficar aqui durante esse tempo?

Bridgette não disse nada, apenas partiu para cima do loiro com tanta alegria que acabou por derruba-lo. O barulho acabou atraindo os outros dois na cozinha que logo apareceram correndo.

— Que? — disse a irmã, confusa.

.x.

Adrien, no começo, preferia ficar dormindo no sofá em sua forma de gato, ou mesmo na estante de livros. Mas como ele vinha se aproximando de Marinette, e agora eles estudavam juntos pelas noites, o gato preferia dormir no quarto mesmo, enrolado no tapete vermelho felpudo e macio dela, despreocupado. Agora com Félix na mesma casa, Adrien estava mais arisco, mesmo que pouco. Ainda não ia muito com a cara do modelo, e vice versa. Passou então a ficar ainda mais apegado a Marinette, dormia até mesmo na mesma cama; sem ser como humano, já que ela tinha mania de ficar chutando o nada enquanto dorme. Da primeira vez, em sua forma humana, ele acordou com manchas roxas nas pernas e todo dolorido.

Pela noite, várias estrelas brilhavam intensamente no céu. Não havia nuvens e a brisa fresca bagunçava suas mechas loiras. Sentia vontade de miar para a grande lua que parecia visitar a janela.

— Adrien? — chamou a garota assim que esta entrou no quarto de pijama, os cabelos agora bagunçados e desfeitos das marias-chiquinhas. Estava caindo de sono.

— O que achas da lua my lady? — disse sem se virar.

— Acho-a romântica e poética. — sorriu e andou até ficar ao seu lado — E tu?

— Linda e encantadora. Parece uma enorme pérola.

Um pequeno silêncio permaneceu entre eles.

— Hoje uma garotinha pegou nas minhas orelhas enquanto me distraí no parque. — disse vagamente — Ela sorriu e disse que são bonitas. Chamava-se Rose. — suspirou e deixou seu queixo descansar no parapeito da janela. Mari escutava atentamente — Disse que são lindas e que gostaria de poder vê-las.

Marinette entendeu o que ele quis dizer, só não entendia o porquê de aquela história estar sendo contada naquele momento.

— Agora fico aqui me perguntando, por que será que pessoas tão boas nascem assim? Eu nunca pude conversar ou interagir com uma pessoa assim, eu não entendo como elas podem ser felizes sem poder ver. Viver em um mundo escuro, sem cores.

— Pessoas verdadeiramente lindas são aquelas que têm caráter e não beleza. Não importa o seu tipo de deficiência.

— E se uma pessoa se apaixonar pela beleza?

— Geralmente é o que acontece. Eu acho que se apaixonar pela beleza é algo muito superficial, tu não sabes nada da pessoa, só podes ver uma casca bonita por fora. E ela pessoa pode ser boa ou má por dentro. Uma pessoa é formada por muitas coisas que estão muito além do que a biologia ou a medicina podem explicar. O mais importante é algo que venha daqui e que seja verdadeiro, sem máscaras. — disse apontando para o peito do loiro.

— Mas e se uma pessoa se apaixonar pela beleza e pelo caráter?

— Aí teremos um combo. — riu-se — É o que as pessoas chamam de amor perfeito.  Pode ser linda e ser um doce de pessoa. Acho que é isso…

— Entendo.

Ela o fitou demoradamente, captando cada detalhe de seu rosto, cabelos, as curvas delicadas de seu rosto que parecia brilhar palidamente com a luz do luar.

— Estás apaixonado? — sorriu ela.

— Acho que sim. — respondeu acanhado, é como se ela pudesse lê-lo abertamente como um livro e isso lhe deixava nervoso.

— Como achas?

— Para alguém que sequer havia provado sorvete há uns dias, a paixão e o amor são coisas bem novas para mim.

Ela refletiu, fazia sentido. Esticou seus braços os alongando e foi até sua cama, deitando-se preguiçosamente.

— Vamos dormir.

Adrien saltou. Ainda no ar a luz verde lhe cobriu, e assim que pousou na cama já era um gato. As patas macias foram até o rosto dela, ronronou quando se deitou no encaixe do pescoço dela, sentindo um aroma suave de sabonete de lavanda e rosas.

.x.

Marinette jogou-se no sofá assim que chegou de mais um dia cansativo de aulas, choramingava querendo férias o quanto antes, não suportava mais ter que lidar com aquela loirinha mimadinha da Chloe lhe enchendo a paciência. Estava tão entretida em tentar arranjar um tipo de milagre para a sua situação que nem percebeu o modelo se aproximar.

Félix estava com cara de poucos amigos, a sua cara normal, enquanto segurava um garfo que usava para mexer o macarrão. Foi obrigado a vestir um avental vermelho com bolinhas pretas e algumas joaninhas; já que Bridgette não admitiria que pusesse as mãos em comida sem antes estar de avental e luvas de silicone. Ainda disse que só não o mandou por uma touca na cabeça, pois a quantidade de gel que ele usava era mais que suficiente para manter até mesmo um animal preso na cabeleira loura dele.

E Félix? Nem resmungou. Sabia muito bem como era o comportamento da garota quando o assunto era a sua preciosa cozinha. Em seu local de trabalho, rodeada de facas de todos os tipos e tamanhos, já se sabe muito bem o porquê de ele nem sequer pensa em questionar.

— Ahn… Mari? — tentou chama-la. Esfregou sua mão direita, bem em cima de um curativo. Havia se cortado sem querer ao picar uma cebola — Bridgette ligou dizendo que foi às compras e vai demorar um pouco… e que também vai lhe trazer seu presente.

— Sabia que essa maluca não ia deixar passar batido. — resmungou sofridamente, não gostava muito de festejar seu aniversário, mas sempre o fazia para deixar a irmã alegre em poder preparar-lhe uma surpresa — Nem quero imaginar o que ela vai me dar desta vez. — sorriu — Aliás,  sentido cheiro de comida boa, o que temos para hoje?

— Macarronada.

— Sério?

— É só o que eu sei fazer, garota, não reclama. — resmungou entredentes enquanto voltava para a cozinha.

— Tudo bem. — riu-se.

Mari sabia do esforço do modelo para poder ajudar no que fosse preciso na casa quando a irmã não estava. Geralmente ele estava limpando algo ou sentado no sofá lendo um livro. Bridgette tinha conhecimento do seu  TOC para com limpeza, então não tinha porque se preocupar muito com isso quando este cozinhava. O problema era que tudo na cozinha era seu xodó, então mesmo com todo o cuidado e limpeza de Félix não seria suficiente perto dela.

Marinette resmungava que ambos eram bobos. Bobos apaixonados e com manias estranhas. Fitava o outro mexendo em uma panela com molho, para logo em seguida passar o conteúdo para uma tigela. Sem dizer nada e prontamente, Mari foi preparando a mesa com os pratos e talheres.

Era admirável ver que o loiro se empenhava de cabeça quando resolvia fazer algo, queria que fosse bonito; perfeito. Sempre achou que ele não soubesse sequer fazer um macarrão instantâneo, já que tinha empregados o suficiente que pudessem cuidar de sua alimentação. Não tinha com o que se preocupar. Mas diante da observação minuciosa da jovem, ela percebeu que poderia ser uma maneira de poder impressionar sua irmã. Bridgette sempre abria um sorriso imenso quando Félix se oferecia para ajuda-la a preparar as refeições; estaria lidando com dois amores de sua vida: cozinhar e Félix.

— Oi amores! — berrou a dita cuja ao entrar em casa cheia de sacolas — Cadê o povo daqui?

— Bibi, aqui na cozinha. — ouviu a voz da irmã seguida de um miado.

Adrien havia entrado na cozinha sorrateiramente alguns minutos antes. Estava faminto e não via a hora de poder comer. Estava aconchegado no colo de Marinette recebendo carinho nas orelhas.

Félix continuava a cuidar da comida enquanto resmungava algo, devia estar nervoso pela chegada da namorada.

Bridgette entrou ali e largou as compras todas no chão, correu até o modelo e o abraçou de surpresa. Estava animada, e quando ficava assim ele que se cuidasse, era um grude tremendo.

— Que acham de fazermos um jantar especial para nossa mais nova velhinha? — sorriu Bibi — Afinal, se completa dezesseis anos uma vez na vida.

— Estava demorando. — resmungou a irmã, já derrotada. Todo o ano Bridgette inventava algo novo para comemorar o aniversário, tanto da irmã quanto do seu próprio. Gostava mesmo era de inovar no cardápio, e se tudo sair como em seus conformes, eles teriam um delicioso jantar. Sim senhor!

Ela sabia que Marinette não era muito fã de comemorar aniversário sendo rodeada por pessoas, preferia ficar em casa mesmo com a irmã e o modelo, ou sugerirem sair para um cinema, um parque. Mari sempre foi de curtir mais sua família.

— Já sei que não tem como escapar, de novo… — sorriu — Então? Que teremos hoje a noite?


Notas Finais


Algumas pessoas, no Spirit e no Nyah, me perguntaram "qual a idade deles, afinal?"
Respondendo aqui: Adrien e Mari possuem 16, quanto a Bibi e Félix entre 19 à 20.
pronto gente.
:3 Agora vou comer uva


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