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História Meu gigante favorito - Sterek - Amor Maior Que Esse


Escrita por: deryoarashi

Notas do Autor


Lá vou eu, lá vou eu... Com mais uma fic. Espero que gostem.

Capítulo 1 - Amor Maior Que Esse


Fanfic / Fanfiction Meu gigante favorito - Sterek - Amor Maior Que Esse

Amor Maior Que Esse

Desde o jardim de infância eu via como as outras crianças o tratavam. Inventavam apelidos idiotas que o machucavam, isso eu sei muito bem. Porque também vivi na pele o que ele passava.

Antes eu era o magricelo, nariz de princesa e indefeso garoto com o nome mais feio do que bater na mãe. Mas deixei de ser o alvo das brincadeiras maldosas de todos quando Derek entrou no jardim de infância.

O mais engraçado é que ele não tinha nenhum defeito físico, aspecto estranho ou qualquer característica que o fizesse ser um alvo óbvio. A única coisa que o tornava diferente era sua altura.

Ele era gigante pruma criança de oito anos. Tipo, muito alto mesmo. Tanto que de inicio todos acharam que ele tivesse entrado atrasado, ou era retardado – como Jackson adorava ficar provocando.

E o pior de tudo. Ele era tímido. Ao extremo. Se encolhia por tudo e não revidava nenhuma das brincadeiras de mal gosto que o pelotão da morte – formado por Jordan, Vernon, Theo e Jackson, como líder – fazia com ele.

Só ficava retraído e às vezes chorando pelos cantos da escola, quando fugia do assédio do pelotão.

Aquilo me deixava furioso. E a Scott também.

Scott é meu amigo desde sempre. Nascemos praticamente no mesmo dia, com diferença de horas. Nossas mães sempre foram amigas, então nada mais normal do que sermos também. E se tem outra coisa em que sou bom, além de fazer amizades duradouras, é convencer as pessoas a fazerem o que quero – quando me disponho a querer – e foi o que fiz quando o animei a me acompanhar na missão de ser amigo de Derek.

Afinal de contas ninguém merece passar a infância toda num inferno como esse sozinho. E eu sentia que ele ia precisar da gente  – ou poderia até se tornar um assassino futuramente.

Scott achava que eu estava exagerando, mas confio no meu taco. E já tinha colocado na cabeça que minha missão era proteger aquele menino gigante, já que até as professoras se faziam de cegas com tudo à volta delas. Com certeza todas compraram os diplomas, porque não era possível serem tão relapsas.

Enfim, o foco é Derek e sua timidez extrema, que o fazia correr de mim e Scott como o diabo foge da cruz.

E foi uma maratona conseguir cercar ele. No banheiro. Aquele que fica no último corredor à esquerda do último andar do segundo prédio da escola.

Scott entrou depois de mim e ficou vigiando a porta. Derek parecia um bichinho – eufemismo mode on – assustado e logo fez uma carranca que, se eu não soubesse o quanto ele é medroso, teria me borrado todo.

–O que vocês querem comigo. Eu não fiz nada. – ele diz. Com uma voz tentando parecer ameaçadora, mas que saiu fofa no final das contas.

Eu me aproximei dele e ele foi se afastando até encontrar a parede nas suas costas. A cena seria engraçada, se não fosse triste. Ele deslizando as costas pela parede e se encolhendo, abraçando os joelhos. Juro ele tremia mais do que uma vara verde.

–Eu não quero te machucar. Quero ser seu amigo. – eu disse, baixo, pra não assustar ele ainda mais.

Ele levantou a cabeça, que estava enfiada entre as pernas, e tinha lágrimas nos olhos. –Por quê?

–Por quê...? – olhei pro Scott, fazendo cara de: –O que eu digo?

O puto só deu de ombros, era outro tchongo.

–Porque sim, ué... Você não quer ser nosso amigo?

Ele ficou me encarando por um tempão, como se engrenagens estivessem rolando em sua cabeça e eu – como sou muito paciente – já fui logo pegando seus braços e puxando pra cima.

–Vem, vamos brincar. Ainda tem mó tempão pra acabar o recreio. E eu trouxe os meus famosos lanches de pasta de amendoim com geléia de morango.

–Famosos porque sua mãe que faz. – Scott dispara e ri.

–Scott, shiu. Calaboquinha que você nem sabe do que tá falando.

–Sei sim. Eu tava na cozinha quando ela fez.

–Olha Derek, você não escuta esse aí não, tá. Ele é recalcado, porque a mãe dele só faz pão com ovo de lanche pra ele...

–Nada a ver isso que você tá falando. – ele responde, fazendo bico.

–Você sabe meu nome. – ele diz. E eu sabia que não tinha sido uma pergunta.

–Derek Hale, ué. – respondi, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

–Eu não sei seu nome. – ele fala e fica com o rosto vermelho.

Todo fofo.

–O nome dele é...

–Scott! Fica na sua. – eu grito. –Pode me chamar de Stiles.

Derek me dá a mão e se levanta. E sim, ele era ainda maior de perto.

.:MGF:.

Não vou mentir pra ninguém e falar que depois que eu e Scott começamos a andar com Derek que as coisas melhoraram mil por cento. Jackson e os comparsas dele não deixaram de ser idiotas só porque viramos amigos. E acho que nunca vão deixar de ser babacas, mesmo depois de sair da escola. Mas para Derek, garanto que ficou mais fácil de aguentar. Dava pra ver no rosto dele a felicidade, quando chegávamos na escola e ele não precisava mais ficar fugindo ou se escondendo pelos cantos.

Derek era grande. Sim, muito mesmo. E conforme passava o tempo ele só ficava mais alto. Mas pensa numa pessoa carinhosa e amorosa. Pensou? Então, não chega nem aos pés.

Derek era todo amorzinho. Dava os melhores abraços. Os melhores sorrisos. Era impossível não se apaixonar por ele.

E aquele povo zoado da escola sempre o magoando, como se o fato de ele ser alto o transformasse num mutante, ou algo do tipo.

Azar o deles, sorte minha e de Scott. Na verdade mais minha, porque eu monopolizava ele descaradamente. Tá, eu fazia isso com Scott também, mas era bem diferente. Aquele queixo torto era mais independente – outra hora eu conto a história de como ele ficou com o queixo torto, é triste, mas hilária. Sorry, not sorry – e Derek, por outro lado, mais parecia um cachorrinho que caiu da mudança. Precisava de atenção. E eu nem gosto de dar, né?

Certo. Ele se tornou meu melhor amigo. Pra todas as horas. Às vezes ficávamos ele, Scott e eu em conversas por facetime durante horas – isso porque tínhamos acabado de nos ver na escola – e quando Scott, por qualquer motivo não podia, ficava só ele e eu. E como aproveitávamos pra descer a lenha no coitado do queixo torto. Tudo na maior brodagem, claro.

Scott já era de casa e sempre aparecia pra assaltar minha geladeira – ou pegar minhas coisas – sem aviso prévio, que fique registrado. Porque ele é meu vizinho de parede.

Derek foi aos poucos se costumando a vir em casa. No começo ele ficava todo vergonhudo e duro no lugar que eu deixasse ele. Meu bibelô tamanho Itu* – desculpa, eu rio toda vez que penso nisso.

Mas o objetivo disso tudo é o de falar como acabei me apaixonando pelo gigante mais fofo que existe no mundo.

As coisas foram acontecendo gradativamente. Tanto é que nem o Scott sabia disso. Desse meu sentimento por Derek porque, oras, ele era nosso amigo e o amava tanto quanto amo Scott. Bem, talvez um pouquinho mais, mas isso é um detalhe.

Acontece que ele sempre se mostrou mais atencioso comigo. Aprendeu rápido os meus gostos, principalmente por comida e sempre me trazia um doce de minha preferência quando aparecia em casa. Aliás, ele começou a aparecer com mais frequência em casa depois que fizemos quinze anos. Não que isso fosse algo de outro planeta. E não é como se eu não gostasse.

E como eu gostava.

Derek sempre foi bonito. Tá, quando ele era criança era um pouco feinho. Não é porque gosto dele que vou mentir. E mesmo porque nunca foi por ser lindo que me apaixonei por ele. Essa nunca foi a questão. A beleza que ele tinha dentro dele superava, e muito, qualquer outro motivo pra me apaixonar.

Mas aí ele teve que crescer gato. E, porra, quando eu digo gato é gato mesmo.

E foi quando minha vontade de voar no pescoço das piranhas cheerleaders começou.

Pois é, eu não mencionei que, além de ficar gato, ele entrou pro time de basquete da escola. Vocês nem adivinham o motivo, né?

Foi por causa do talento dele, ele era muito bom no basquete, claro. Ou vocês acharam que eu ia dizer que foi por causa da altura?

Como vocês são maus. Podem se candidatar a uma vaga no pelotão do Jackson.

Eu que incentivei ele a entrar no time. E se arrependimento matasse, eu já estaria enterrado.

Mas não tinha como não sentir orgulho dele. Ele era realmente bom. E eu ficava feliz por ele finalmente estar se descobrindo em algo que ele gostava. E se pra isso eu tinha que engolir meus ciúmes, tudo bem.

.:MGF:.

–...A Alana que organizou a festa. – Derek fala, normalmente.

Estreitei meus olhos antes de responder. –E claro, você vai.

Se tivesse como aparecer graficamente, uma fumacinha estaria saindo do topo da minha cabeça de tanta raiva.

–Eu tenho que ir. Todos do time vão.

–Humn... – devolvo, me levantando do lado dele da cama e indo até meu armário. Pra fazer um monte de nadas.

–E você... Vai né? – ele pergunta, parecendo ansioso.

–Não...

–Não? Como assim não? – ele insiste, frustrado.

–Não, do advérbio de negação não.

–Mas por que não? – ele pareceu desesperado.

–Você quer por ordem de afinidades? Porque tipo, seria mais precisamente pela falta delas.

–Mas e eu?

–O que tem você?

–Você não vai por mim?

Me digam se ele não é fofo?

–Você sabe que nenhum dos seus amiguinhos de time vai com a minha cara, né?

–Mas...

–Não tem mas, Derek. Vai você... Se diverte. Aproveita a comemoração, já que a maior parte dela é por mérito seu. Eu não vou me sentir bem no meio de tantos atletas e periguetes de pompom.

Não vou dizer que fiquei feliz quando o brilho no olhar dele, pela empolgação da festa, se apagou. Mas também não fiquei triste.

Alana era uma das que ficava se esfregando nele, como se ele fosse um pau de pole dance. Sem contar a Braeden, Jéssica, Allison e minha nêmesis... Lydia Martin.

Se vocês soubessem o quanto sinto vontade de arrancar aquela peruca ruiva encaracola, fio por fio com uma pinça torta.

Ela sempre fez parte da elite dos bulinadores da escola e uma das primeiras a colocar apelidos ofensivos em Scott, Derek e em mim em particular. Mas foi só Derek começar a brilhar no time... Pronto. O pau dele virou ouro pra ela querer agarrar.

Com isso não to dizendo que ele saiu distribuindo rolada pra todo mundo, não. Disso eu tenho certeza absoluta. Ele é tão virgem quanto eu. Glória a Deus. Vantagens de melhores amigos que confessam tudo – ou quase – um pro outro.

E se eu encontrar essa garota fora da escola... Bebendo? Não me responsabilizo.

–Mas eu não quero ir sem você... Eu nunca to em qualquer lugar sem você, Sti.

–Ta na hora de começar, né big guy? – eu falei, mas minha língua quase queimou por ter de dizer aquilo.

–Você... Você não me quer mais por perto. Né? Porque eu entrei pro time de basquete e vou ficar igual aos outros jogadores, é isso Stiles?”

Senti meu coração falhar algumas batidas quando o rosto dele se entristeceu e seus olhos tinham o brilho que vinham antes das lágrimas. Eu não ia fazer ele chorar. Não o meu grandão.

Então o abracei. Forte como ele sempre gostou.

–Nunca mais fale uma besteira dessas. Ta ouvindo? O dia em que eu não quiser mais você por perto, pode ter certeza de que é porque eu não tô respirando.

–Mas você não quer ir comigo nessa festa.

–Ai, céus... Você quer mesmo ser visto perto de mim numa festa cheia dos populares da escola...? Os quais eu não faço parte e nem quero?

–Você sempre esteve do meu lado quando eu precisei. Você e o Scott foram os únicos que me fizeram sentir bem por ser quem eu sou e me fizeram não me sentir estranho. Qual motivo eu teria pra não querer ter você do meu lado... Principalmente num momento de comemoração?

É, ele tinha um ponto forte. Eu o ensinei bem a argumentar... E acabei criando um monstro tão convincente quanto eu.

–Uma hora a gente vai ter que cortar esse cordão umbilical. – brinquei, beijando o rosto dele e acariciando seus cabelos.

–E se eu não quiser? Como a gente faz? – ele fala, apertando o abraço em mim e enfiando seu rosto no vão do meu pescoço.

–Não tenho como te responder isso. Talvez quando você começar a namorar? Sabe, duvido que uma namorada vai querer dividir a atenção comigo. E também acho que você vai querer passar tempo com ela e tal. E não sou um bom candelabro. – eu ri. Mas de nervoso.

–Stiles... – ele diz, me encarando. –Eu não gosto de meninas. Na verdade nunca gostei.

Ouvi sinos de aleluia?

–Bem... Um namorado também não vai gostar... Sério, muito menos um namorado.

–Eu... Meio que já tenho alguém...

Quando ele fala isso, aí sim meu coração para de vez. Como assim ele meio que já tinha alguém?

–E... Tipo... Como? Quando? Eu conheço. – pergunto, tentando parecer tranquilo.

Mas vocês devem estar imaginando as flores caindo no túmulo do meu coração.

–Aconteceu naturalmente. Faz algum tempo já e no começo eu achei que era bobagem da minha cabeça. Mas não era. Só foi crescendo com o tempo...

Quanto mais ele falava, mais vontade eu tinha de esganar o viado que roubou meu grandão.

–E sim... Você conhece. E muito bem. – ele diz, sorrindo no final.

Obviamente engoli seco. Mil nomes me passaram pela cabeça, mas o único que eu sei que ele conhecia de longa data – fora eu – era Scott.

–E... E ele? Sabe...? Sente o mesmo por você?

–Não sei se ele sabe com certeza. Mas tenho certeza de que tem um sentimento tão grande por mim quanto tenho por ele.

Meu Deus. Eu queria me jogar pela janela. Me enterrar. Levar um tiro, sei lá. Mas não queria ouvir o nome Scott McCall sair daquela boca. Sério, preferia que ele não me dissesse.

–E por que você não diz isso tudo pra ele, já que ele não sabe?

–É que eu não sei como dizer. E se ele só gostar de mim como amigo... E não quiser mais minha amizade quando eu me declarar?

Facada numero um.

–É um risco que você corre...

Tomara que você corra esse risco e que ele só queira sua amizade. Era tudo o que minha cabeça conseguia pensar. O quê? Eu não sou a Madre Teresa. Sou humano e muito do egoísta sim.

–Mas como eu faço? O que eu digo?

–O que você espera dele?

–Eu quero que ele seja meu namorado.

Facada numero dois.

–Ah, sei lá. Você tem que ser você. Dizer o que sente.

–Mas eu já demonstro o que sinto, todos os dias praticamente.

Facada numero três e já estou morto.

–E como esse lerdo ainda não se tocou?

–Sei lá. Talvez porque é lerdo?

Eu ri... Mas queria socar ele.

–Então se você quer ser bem direto, diga ‘eu to apaixonado por você, quero ser seu namorado. – brinquei.

–Eu to apaixonado por você, quero ser seu namorado. – ele repetiu, sorrindo bobo.

–Isso, bem assim. – sorri, triste.

–E qual a resposta?

–Como assim?

–Da pergunta que acabei de fazer?

–Como que eu vou saber, Derek? Eu nem sei quem é o fulano por quem você está apaixonado. – respondi, fazendo bico.

–Stiles... Seu lerdo. Eu to apaixonado por você... Quero ser seu namorado. Qual a sua resposta? – ele volta a perguntar, me encarando e segurando minhas mãos entre as tremulas dele.

Fiquei encarando o rosto dele pra ter certeza de que ele não tava tirando uma com a minha cara. Mas ele só sorria em expectativa.

–Se você estiver me zoando, saiba que agora não pode voltar atrás nesse pedido... Tá feito, tá feito e não pode ser desfeito. – eu praticamente gritei.

–Isso é um sim? – ele sorriu maior ainda. Como tudo nele.

–Mas é claro que é um sim... Cê tá loco que eu não ia aceitar. – disse e dei um selinho nele.

Finalmente eu podia provar daquela boca que tanto sonhei.

–Você não imagina o tanto que eu sonhei com esse momento, big guy.

–E por que não me falou?

Estreitei meus olhos e o encarei.

–Dãmn... Da mesma maneira que você me falou?

Ele ri. Touché pra mim.

–Foda-se isso agora. Vem cá, meu grandão, eu quero tirar o atraso de todos os beijos que sempre quis te dar.

E foi o que fiz. Empurrei ele na minha cama, deitei ao lado dele, abraçando bem forte e iniciamos uma sessão de beijos pra ninguém botar defeito.

Até um certo ser intrometido de queixo torto entrar sem ser convidado no meu quarto.

–Stiles... Derek! What the fuck?

this is the end


Notas Finais


Tadãmn, mais uma fic... Espero que gostem. Me deixem saber o que acharam.
*Itu é um município no interior do estado de São Paulo cujos pontos turísticos marcantes são objetos de tamanho exageradamente grandes. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Itu)


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