História Meu irmão adotivo (Hiatus) - Jantar(Meo)

É o primeiro final-de-semana que iria passar na minha nova casa depois de ter sido adotado. Estou muito feliz, irei passá-lo com a pessoa que mais adoro.

  Mio me colocou no seus patins e apesar de estarem um tanto largos, me levou pela casa neles. Foi bem divertido, joguei um pouco com ele em uma coisa chamada... como era mesmo? Xchis-boquis?Equis-bokis?X-box? É, acho que era esse.

 Primeira vez que mexi em algo desse tipo, toda hora fazia algo errado e o Mio sempre acabava tendo que me ajudar, falando que estava indo muito bem, precisando somente de prática.

  Na hora do almoço nós fizemos um lanche. Tinha alface, tomate, peito de peru, mussarela e o pão, era um integral com frutas. Me senti um chefe.

  Ficamos um pouco sentados mas, logo brincamos de cobra-cega e gato-mia.

  Comemos uma maçã  e assistimos um pouco de televisão. 

  Ouvi o barulho de um carro e avisei o Mio. A mãe do Mio entrou falando que iriamos comer comida japonesa de jantar.

  Começou a preparar, nós ajudamos arrumando a mesa. Ela falou para mim ir chamar o marido dela, não queria ir de jeito nenhum.

  O Mio falou que iria no meu lugar e aceitei, como me senti desconfortável de ter deixado ele ir, resolvi seguir para lá também. 

  Chegando, ouvi eles combinando de se encontrar na porta da frente depois que todos estivessem  dormindo.

  Voltei para a cozinha e fingi que tudo estava normal. Nem prestei muita atenção ao fato de antes odiar comida japonesa.

  Me arrumei com um pijama de carrinhos, escovei os dentes e fui para minha cama. É uma cama com outra embaixo que arrasta e costuma ficar escondida. A minha é a de cima.

  Tentei parecer como se estivesse dormindo então relaxei meu corpo, quase dormi porém percebi o Mio saindo e fui atrás. 

  O padrasto começou a sussurrar coisas como porque estava andando comigo, pouco me importei com o resto, só queria saber o que irmãozão responderia.  

  Declarou que só estava comigo para agradar a senhora, a deixando feliz e que eu era sem graça, a opinião do mano é a única que me importa e ele acha essas coisas.  Isso fez com que começasse a chorar, fiquei um pouco cego por isso, tudo que aconteceu em seguida foi nebuloso.

  Esperei o senhor sair e fui correndo para o banheiro do quarto, tentando lavar as lágrimas.

  Quando voltei, Mio estava  deitado e o fato dele ter passado, me ignorado e nem ter se importado me fez voltar a chorar até adormecer.