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História Meu Jardim é Todo Seu - Terminar um relacionamento é sempre tão ruim assim?


Escrita por: Assia

Notas do Autor


Oiiii pessoas, seres humanos, coisas e afins, tudo bem?
Então, essa é minha primeira fanfic e eu não faço a menor ideia do que dizer aqui... mas né, vamos tentar (no caso, só eu).
Não sei muito bem como tive a ideia pra escrever isso, mas acho que foi depois de assistir um filme da barbie (??) kkjhhdshd. Porem, não tem nada a ver com ela... eu acho.
Enfim, to em semana de provas e nem devia tá aqui pra ser sincera, muito menos falando sobre Barbie, mas quem liga né? Fuck the police ~dedo do meio.
Já tenho esse primeiro capitulo escrito há milhões de décadas e revisei ele mais do que já respirei ate hoje, porem, ainda assim podem haver erros (isso pra mim é quase uma certeza, mas ne... Pensamentos positivos)
Não to com tempo (nem com saco) pra revisar mais uma vez, então vai assim msm hihi
Espero que gostem e boa leitura <3.

Capítulo 1 - Terminar um relacionamento é sempre tão ruim assim?


Ele estava sem chão.

Estava desolado.

Estava acabado.

Estava infeliz.

O mundo tinha desmoronado para ele.

E quem teria que aguentar tudo aquilo junto de si era Luhan, seu melhor amigo, que por acaso namorava seu primo, Oh Sehun. Ambos formavam um belo casal juntos, aliás... Enfim. Mas era dever dele como melhor amigo apoia-lo naquele momento triste de sua vida, certo? Certo.

Foi por isso mesmo que Baekhyun pegou seu iPhone  – o aparelho era superior demais para ser meramente chamado de “celular”, segundo ele – e ligou para o chinês. Byun sabia muito bem o que o amigo estaria fazendo a essa hora; provavelmente alguma gracinha com Sehun no quarto, mas ele estava devastado e deprimido demais para se importar em atrapalhar o casal.

Demorou em torno de 5 toques até Luhan atender.

Sim, ele atendeu.

Luhan era um bom amigo, e mesmo estando em um momento intimo como aquele junto do namorado, não deixaria de atender a uma chamada de Baekhyun, mesmo que seja apenas para falar sobre um assunto banal.

Porem dessa vez, não era.

– A-alô? – a voz do chinês saiu ofegante e falha por conta das gracinhas que fazia no momento. Ao fundo, também se pôde ouvir um “Aish, para Sehun!” da parte do mesmo, tentando parar o namorado desesperado e necessitado.

– Luge, eu preciso de você aqui e agora! Não demore, estou esperando!

– Mas Baekhyun eu n... – o rapaz tentou protestar, mas logo foi cortado pelo outro.

– Tchau! – encerrou a ligação, guardou o iPhone no bolso e se sentou no batente mais próximo, sentindo os olhos marejarem novamente.

Ele iria chorar e iria surtar, com toda certeza iria, mas para isso, precisava de um ombro amigo e apoio, ou então alguém forte o suficiente para controlá-lo quando saísse quebrando tudo novamente. Não que Luhan fosse esse tal alguém forte, mas pelo menos ele se encaixava na parte do ‘um ombro amigo e apoio’, ou seja, já estava de bom tamanho. Não podia exigir mais dele, ate porque já fazia isso demais...

Estava se sentindo um lixo, um mal amado, por mais que sua reputação dissesse o contrário.

Byun Baekhyun basicamente tinha a vida perfeita ao ver dos outros; era jovem, bonito, rico, possuía um belo corpo – e bem desejado também –, sua família era rica e bem sucedida. Tinha o fato de que também era gay, e do mesmo jeito que muitas pessoas o aceitavam numa boa, outras o desprezavam apenas por isso. Mas ele não estava nem ai pra esse tipo de gente! Não pagavam suas contas – nem ele pagava as próprias contas, quem fazia isso eram seus pais, mas enfim –, então não tinham nada com que se meter em sua vida, muito menos opinar sobre sua orientação sexual. Não podiam o impedir de dar o quanto quisesse e quando quisesse!

Enfim, voltando... Sua família era bem reconhecida pelas pessoas. Seu pai era um advogado renomado em toda Seul, já sua mãe não tinha um cargo tão grande e importante quanto ele, mas possuía uma floricultura bem famosa pelas redondezas, e com ela, obtinha boa renda considerável para a família e para si mesma – normalmente para si mesma –, e o seu irmão mais velho... Bem, ele trabalhava com alguma coisa relacionada a jogos de vídeo game qual o loiro não sabia muito bem o que era, mas sabia que aquilo dava dinheiro.

De qualquer jeito, o que aquele traste fazia ou deixava de fazer em seu emprego não lhe interessava, desde que ele não o importunasse já estava de bom tamanho.

Então, consequentemente ele (apenas ele, porque Baekbeom, seu irmão, não) por conta das influencias da mãe e do convívio com ela na floricultura, acabou pegando certo amor pelas flores também. Sua – na verdade, não completamente sua, pois seus pais também moravam nela – mansão era repleta delas, sejam em vasos, pinturas na parede, quadros, tapetes, enfeites e afins.

Esse era o toque especial seu e de sua mãe na decoração, que segundo os mesmos, apenas deixava o ambiente luxuoso ainda mais bonito e elegante, literalmente o charme a mais que a casa precisava para ficar ‘completa’. Mas isso era apenas no ponto de vista deles, porque para seu pai e seu irmão mais velho, aquilo não de passava de "frescura e viadagem". Tsc...

Outro lugar que logicamente possuía bastantes flores e outras plantas em geral era o jardim, lugar esse qual Baekhyun adorava visitar. Depois de seu quarto e a cozinha, o jardim vinha logo em seguida na lista de “ambientes qual Byun Baekhyun passava a maior parte do seu tempo”.

E era lá onde ele estava no momento, mais precisamente dentro de uma estufa que havia ali, lamentando o dia que teve e aguardando a chegada de Luhan para desabafar com o amigo, reclamar da “vida boa” qual todos dizem que ele tem e quem sabe chorar um pouquinho também.

Alguns minutos após a ligação, Luhan chegou a casa de Baekhyun, sendo recebido e informado pelo mordomo Siwon que o mesmo se encontrava na parte de trás, no jardim. Caminhou até lá e o procurou ao redor do espaço.

– Baek? – chamou pelo outro, obtendo um “aqui” vindo da estufa como resposta.

Adentrou o local, percebendo a bagunça que estava lá, e Baekhyun no meio de tudo aquilo. Vasos de flores quebrados no chão, cadeiras e mesas que haviam ali dentro derrubadas e reviradas, terra para todos os lados e sementes pisoteadas... Um verdadeiro caos.

Era de certo modo estranho tal ambiente – considerando o fato de que ele estava na mansão dos Byun – naquele estado. E era ainda mais estranho observar Baekhyun encolhido e sentado no chão, com a cabeça baixa. 

Ele não era de chorar por qualquer coisinha, pois dizia que era cabra macho mesmo, por mais que sua aparência delicada e deveras frágil provasse o contrario.

Foi até o lado do loiro e sentou-se lá, colocando levemente a mão nas costas dele. Byun logo ergueu o rosto de feições tristes para encarar o amigo chinês, permaneceu em silêncio por alguns segundos e logo começou a chorar de forma compulsiva e alta, assustando brevemente Luhan com aquilo.

O baixinho foi acolhido no abraço do outro e se agarrou na blusa do mesmo, passando a molhá-la com algumas de suas lágrimas sofridas.

– Baekkie, o que aconteceu? – o chinês questionou com a voz mansa, afagando os fios loiros de Baekhyun em seus braços.

Luhan muitas das vezes (se não todas) era quem ajudava Byun a lidar com os problemas de sua vida, querendo ele ou não. Nunca negou – por muito tempo – um pedido do rapaz, sempre cedeu a suas insistências e o acolhia quando estava triste. Realmente um ótimo amigo, na medida do possível.

– O Jongin... Ele... E-ele... – sua voz foi morrendo gradativamente até aquele momento, dando a entender que não conseguiria completar a frase. – AQUELE IDIOTA! EU ODEIO ELE! – gritou de repente, se soltando dos braços de Luhan, assuntando o mesmo mais uma vez, e se retirando da estufa em passos apressados e raivosos, entrando na mansão.

– O que? – Luhan perguntou, mesmo sabendo que o outro não o ouviria, pois não estava mais ali. Ué... O que era aquilo? Baek disse que odiava Jongin? É isso mesmo? Se levantou imediatamente e passou a seguir o amigo, tendo que correr para alcançá-lo. – Pelo amor de Deus criatura, mas o que foi que aconteceu?? – exigiu explicações novamente quando conseguiu chegar próximo a Baekhyun, que caminhava para o próprio quarto.

– Ah, calma ai! Eu vou te dizer o que aconteceu sim! – o loiro proferiu, entrando no cômodo e sendo acompanhado por Luhan que entrou atrás de si – Mas antes... MINHOO!! – vociferou, chamando o outro mordomo.

– Sim, senhor Baekhyun? – o homem alto e forte perguntou, aparecendo calmamente no fim do corredor.

– Trás bolinhos pra mim! Quero muitos! – ordenou, secando as bochechas violentamente com a manga do moletom divo que usava.

– Claro senhor, com licença... – se retirou para cumprir o que lhe foi ordenado, fechando a porta do quarto e indo em direção à cozinha.

Byun se virou, ficando de frente para o chinês, que o encarava confuso sentado em sua cama.

– Então... Pode me dizer o que esta acontecendo aqui? Qual o motivo de você parar minha transa e me chamar pra cá? – Luhan perguntou, cruzando e braços e encarando de cima a baixo a figura de Baekhyun parada em frente a si.

– Posso sim, só espera a comida chegar. – respondeu, se jogando na própria cama ao lado do castanho e se sentando logo em seguida, colocando um de seus travesseiros estampados com o Nyan Cat sobre o colo.

O outro bufou com a resposta que recebeu e apoiou os cotovelos sobre os joelhos, repousado o rosto sobre as mãos e olhando de forma entediada para o nada, aguardando a chegada da tal "comida" para poder finalmente saber o que estava acontecendo ali, ate porque precisava saber no que estaria se metendo dessa vez.

Cerca de dois minutos se passaram naquele silêncio constrangedor entre os dois e logo alguém bate na porta do quarto.

– Entra! – falou o loiro, já se animando ao ver a empregada pedir licença e entrar segurando uma bandeja repleta de bolinhos e biscoitos. Basicamente um manjar dos deuses para ele.

A bandeja foi depositada na mesinha de cabeceira e a empregada se retirou do quarto de Byun. Este não perdeu tempo e já foi correndo para os bolinhos, enfiando o máximo que conseguia na boca e tentando mastigar todos ao mesmo tempo, não tendo muito sucesso naquilo.

Luhan apenas observava a “falta de modos” do outro com a cara mais tediosa que conseguiu fazer, não era novidade para ele o jeito desesperado do amigo na hora de comer, era uma coisa até que normal, mas no momento ele queria explicações.

– Agora que a bendita comida já chegou, pode começar a falar sabe... – sugeriu.

– Hmn, o que? – o loiro perguntou, com a boca ainda cheia de comida, insistindo em colocar ainda mais bolinhos dentro dela.

Luhan bufou alto e revirou os olhos mais uma vez, já não aguentando mais aquilo. Mesmo estando impaciente com o outro, ele sabia bem como Byun ficava quando estava na frente de comida, era como se ela o livrasse de todos os problemas e o desligasse do mundo, e essa última era até uma coisa boa às vezes, assim não teria que aturar as chatices e implicâncias dele.

– Sobre o motivo de você me chamar aqui... – o relembrou, gesticulando com as mãos. – Eu tava transando, fique você sabendo, então é melhor ser coisa séria... – alertou, levantando as pernas para cima do colchão e sentando na posição de borboleta.

Ah, era uma coisa séria sim... E se era...

Baekhyun parou tudo o que fazia naquele exato momento (que no caso era empanturrar a boca com comida) e fitou o prato de bolinhos, com um semblante vazio – a famigerada cara de cu. Pegou dois dos bolinhos em cada mão e começou a amassa-los, fitando o que fazia com ódio e depois se virando para Luhan, que olhava para aquela cena com a cara mais confusa do que nunca. O que aquele psicopata tava fazendo? Deu pra estragar comida agora?!

– O motivo de eu te chamar aqui, meu caro Luge, foi por causa do desgraçado do meu namorado... Ou devo dizer, do meu ex-namorado... – ditou, apertando ainda mais os bolinhos em suas mãos com mais raiva do que tristeza presente em si.

Luhan arregalou os olhos diante da fala do outro, aquilo era uma coisa chocante de se ouvir. Para ele, o relacionamento de Baekhyun e Jongin era quase que perfeito. Sério, eles eram muito bonitinhos juntos...

– Como assim EX-NAMORADO? Você e o Jongin terminaram? – praticamente gritou por tamanha surpresa.

– Sim homem, nós terminamos! Por isso mesmo que eu disse 'ex' – Baekhyun revirou os olhos e abaixou as mãos em seu colo, não soltando os bolinhos amassados em momento algum.

– E por que terminaram?

Ah... A pergunta... A bendita da pergunta... Byun sabia bem que mais cedo ou mais tarde teria que responder a ela, ainda mais se tratando de Luhan ali. O chinês era deveras curioso, e o loiro apenas se perguntava ate hoje o porquê de a curiosidade ainda não ter o matado... Aquela bicha amava uma fofoca, não importava sobre quem fosse.

– Porque ele estava fodendo com o meu jardineiro, o Kyungsoo, lá na estufa hoje mais cedo... Simples. – disse, com o tom de voz calmo e um sorriso falso no rosto. A essa altura do campeonato, os bolinhos já viraram suco em suas mãos, por tamanha a força que ele os apertava, desejando que ambos fossem os pescoços de Jongin e Kyungsoo ali.

O outro apenas arregalou ainda mais os olhos e abriu a boca num "O" (maiúsculo mesmo).

Era quase que inacreditável ouvir aquilo, parecia ate piada, e se tivesse ouvido tal frase em qualquer outro momento fora aquele, certamente diria que o amigo estava tentando trollá-lo com mais uma de suas brincadeiras sem graça, mas ele viu bem o caos em que a estufa da casa estava, e para aquele lugar em especifico ficar de tal maneira, só podia se tratar de coisa seria. Ele só não imaginava que fosse tão serio assim.

– Como. Assim. Byun. Baek. Hyun? Explica essa historia direito. – se interessou em saber mais daquilo. E aqui vemos claramente um exemplo da versão "sedenta por informação circulável" (aka fofoqueira) de Luhan entrando em ação.

Baek respirou fundo umas boas vezes antes de começar. E também largou os bolinhos amassados das mãos, ate porque elas já estavam todas melecadas e cheias de farelo. Eca. A empregada precisa resolver isso depois...

– Certo... Foi mais ou menos assim...

 

(◡﹏◡✿)

 

Depois de uma tarde inteira fazendo compras, apenas agregando valor a seu closet, que poderia explodir a qualquer momento pelo tanto de roupas que tinha lá, voltou para casa, exausto e satisfeito.

Essa era outra paixão que também aderiu e herdou da mãe: o prazer de gastar dinheiro com roupas e acessórios. Para a sorte e alivio do bolso de senhor Byun, apenas seu filho mais novo gostava de fazer aquilo junto de sua esposa. Imagina que catástrofe não seria se seus dois filhos fossem como ela... Ele iria falir, na certa!

Havia colocado sua coleção em dia, comprando todos os modelos mais novos possíveis das roupas de marca que tanto gostava.

Mais uma tarde normal para ele.

No caminho de volta enquanto estava relaxando e olhando a paisagem pela janela da limusine, decidiu ligar para o namorado e o chamar para sua casa para, sabe,... 'passarem o tempo juntos' (lê-se 'transando loucamente em algum lugar da mansão').

Estranhou o fato de o moreno não o atender... Afinal, ele sempre o atendia, a não ser que estivesse em reunião de trabalho, mas caso isso acontecesse, o outro lhe avisaria. Mas ele não o fez, então por que não estava atendendo suas ligações? O que ele estava fazendo naquele momento que era tão importante ao ponto de fazê-lo ignorar "o melhor e mais lindo namorado do mundo" – modo qual ele mesmo se autointitulou – quando ele o ligava?

Aquilo era estranho... Muito estranho...

Kim Jongin, ou então "o homem mais gostoso e perfeito de sua vida", trabalhava como CEO numa empresa de automóveis. Era um homem bem ocupado, mas sempre dava um jeito de arrumar tempo para passar com seu pequeno.

Sempre...!!

Byun achou melhor não se importar muito naquele momento, tentaria ligar novamente para o moreno quando chegasse em casa. Coisa que não demorou muito para acontecer.

O loiro desceu do carro e ordenou para o mordomo e o motorista retirar suas compras e levá-las para seu quarto. Enquanto caminhava em direção a sala, mandou algumas mensagens para o contato "Nini Mozão".

 

Baekkie Diva: Jonginnie, cadê você amor? To com saudades (carinha triste)

Visualizada às 18h15

 

Bem... Ele havia visualizado ao menos, agora só faltava responder...

A qualquer momento...

Uma resposta...

Poderia...

Chegar...

...

Tava demorando demais! E ele sequer começou a digitar!

Que tipo de brincadeira era aquela?! Kai estava lhe ignorando, é isso?

Ah, mas não mesmo...

 

Baekkie Diva: Já pode me responder viu?!?

Visualizada às 18h16

 

Baekkie Diva: Kim Jongin!! Não me dê vácuo!

Visualizada às 18h17

 

Não obteve nenhuma resposta do mesmo jeito, o outro sequer se importou em começar a digitar. Aquilo já estava estranho ate demais, Jongin não era de dar vácuo, muito mens para o namorado. Era um viciado no celular e não o largava por um minuto sequer. Apenas o deixava de lado quando ia ao trabalho, e fazia aquilo a muito contra gosto, pois se dependesse dele, continuaria usando ate lá. E também, de vez em quando, o usava escondido enquanto trabalhava, mas isso é um fato que seu chefe não precisa saber...

Outro momento qual abandonava o aparelho era apenas quando ia transar consigo... Às vezes nem nesses momentos deixava de usar o celular, porque Jongin gostava de tirar fotos sensuais de Byun e mantê-las apenas para si...  Sim, ele era desses...

Levantou-se do sofá com raiva e seguiu caminho com passos fundos ate o banheiro, não deixando de tentar ligar para o namorado mais uma vez e mandar algumas mensagens para ele antes do banho, e elas se resumiam em ameaças nem um pouco ameaçadoras e pedidos para que o namorado parasse de o ignorar.

Depois que acabou de se banhar, apenas vestiu um moletom largo e confortável, que tinha a estampa do Nyan Cat – por algum motivo desconhecido, Baekhyun amava aquele gato. –, junto de uma legging bem justa, que valorizava suas pernas fartas, porem, apesar disso, a peça era igualmente confortável como o moletom. Já que não era bobo nem nada, aproveitou e tirou umas boas fotos com aquelas roupas, pois adorou o ‘look’. Com certeza o usaria mais vezes, pois havia ficado uma delícia nele. Se bem que, seu corpinho gostoso ficava bem em qualquer roupa... e, segundo Kai e todos seus outros namorados, ele ficava ainda melhor sem...

Jongin ainda não havia dado sinal de vida, nem enquanto o loiro tomava banho e nem enquanto ele se vestia, e aquela demora toda já estava o irritando demais da conta.

Ele lhe devia boas explicações...

Saiu de dentro da mansão e foi até o jardim enquanto discava o numero do namorado pela milésima vez em seu iPhone e colocava para chamar. Se escorou num dos bancos que tinha lá e levou o aparelho ate o ouvido, esperando que pelo menos dessa vez o outro finalmente atendesse uma de suas chamadas.

Um barulho familiar se fez presente próximo a ele – mais precisamente de dentro da estufa –, e o barulho era idêntico ao toque do celular de Jongin. Ou melhor, era o toque do celular de Jongin.

Ué... Ele já estava em sua casa? Então, como não estava ocupado, por que não havia o atendido das outras vezes?

Baekhyun se afastou do banco e seguiu com passos cautelosos em direção ao barulho, ainda com o iPhone colado em seu ouvido e curioso para saber o que estava acontecendo. Queria esclarecer as próprias duvidas. Ao chegar mais próximo da estufa, pôde ouvir algumas vozes e suspiros vindos La de dentro.

– Jonginnie, mhn... Ele e-está ligando d-de novo... – uma voz falou de forma manhosa e arrastada, voz essa qual Baekhyun não conseguiu identificar, mas sabia que era uma voz masculina, e ela ainda assim soava bem conhecida para si...

– Deixa tocar Soo... – outra voz falou de forma ofegante e cortada. No caso dessa voz, o loiro a reconheceu na hora, pois já ouviu ela em momentos íntimos inúmeras vezes. Era, sem sombra de duvidas, a voz de Jongin. – É só você gemer um pouco mais alto pra abafar esse barulho chato, que tal?

E depois disso, alguns gemidos consideravelmente altos começaram a ser ouvidos, e iam aumentando conforme Baekhyun se aproximava da estufa.

Adentrou o local com cuidado e fechou a porta. Já do lado de dentro, os gemidos e mais alguns sons estranhos já podiam ser ouvidos nitidamente, praticamente ao lado dele. A essa altura, Byun já sabia exatamente o que estava acontecendo ali dentro, mas ainda assim, queria ter certeza e ao mesmo tempo não queria. Era uma coisa confusa, mas não precisava fazer sentido para ele.

Caminhou por pelo menos duas prateleiras de flores e quando chegou à seguinte, presenciou uma coisa qual nunca queria ter visto na vida toda. Seu namorado, Jongin, e seu jardineiro, Do Kyungsoo, transando ali mesmo, no meio das flores.

O mais baixo dos dois estava com as costas apoiadas numa prateleira – e alguns vasos de flores quais deveriam estar lá encima se encontravam caídos e despedaçados no chão –, com os braços ao redor do pescoço de Jongin, sem calças e com as pernas rodeadas na cintura dele enquanto esse estava apenas com as calças abaixadas até metade das coxas, arremetendo com vontade dentro de Kyungsoo.

Uma cena tão absurda que, literalmente, travou Byun ali mesmo por uns longos segundos... Quem sabe minutos. Permaneceu lá, comicamente chocado e com os olhos arregalados, encarando os dois transarem despreocupadamente, como se não estivessem fazendo nada de errado. Só pareceu despertar um pouco para vida quando Kyungsoo começou a pedir para Jongin ir mais rápido, com aquela voz deleitosa e repleta de prazer novamente. De fato, era uma voz familiar, só não a reconheceu na hora porque não estava acostumado a ouvi-la daquela forma...

A única reação civilizada que Baekhyun conseguiu esboçar foi desligar a chamada, guardar o iPhone de volta no bolso da calça e abrir a boca na mais pura surpresa, que praticamente quase fez seu queixo tocar o chão.

Ele simplesmente não conseguia acreditar no que aqueles lindos olhinhos que lhe pertenciam estavam vendo.

Não se sentiu triste na hora, na verdade, se sentiu estranhamente irritado. Era indignante saber que o que eles faziam estava tão bom que eles nem se importaram em trancar a estufa e partiram logo para a ação.

Visto que os outros dois não haviam notado sua presença ali, pois estavam muito ocupados fazendo indecências no meio de sua estufa, o loiro propositalmente derrubou um vaso de flores da prateleira mais próxima. Quando este se espatifou no chão, Kai e Kyungsoo olharam diretamente na direção qual o barulho tinha vindo, e se surpreenderam também...

Quando perceberam que não estavam sozinhos, se separaram na hora. O jardineiro se encontrava mais vermelho do que nunca e foi correndo em direção a suas roupas jogadas numa mesa qualquer de lá.

Jongin subiu as próprias calças o mais rápido que pode e reabotoou a camisa social.

Byun encarava o moreno com uma mistura de nojo e ódio, se controlando o máximo possível para não voar encima do outro e o estapear com todas as forças, seu professor de yoga disse que aquilo não era bom para a tal da sua "paz interior".

O safado realmente estava no trabalho, mas teve que pará-lo para ir até sua casa e foder o jardineiro. Que absurdo! A única pessoa quem o moreno deveria foder era ele!

– Jongin... Pelo amor que você tem a sua vida... Me diz o que significa isso, e faça rápido... – exigiu em um tom assustadoramente calmo.

O moreno estremeceu da cabeça aos pés ao ouvir a vozinha suave e forçadamente doce de seu – provavelmente, ao que tudo indica – ex-namorado. Engoliu o seco que se formou em sua garganta e tentou controlar as próprias emoções, não podia se demonstrar um medroso naquele momento, por mais  aquilo fosse a verdade. Definitivamente, sair correndo dali para as colinas, naquela situação, não adiantaria muita coisa. Byun o acharia de qualquer jeito mesmo...

– Olha Baekkie, eu...

– Não me chama assim! – cortou a fala do outro, de modo irritadiço, praticamente gritando ao falar aquilo. É serio que aquele desgraçado ainda achava que tinha moral para se dirigir a si com apelidos carinhosos depois do que ele fez?! O couro de Baekhyun só esquentou ainda mais... – Agora, prossiga... – deu um sorriso nervoso, e nele estava claramente estampada toda a vontade de cometer um crime qual o loiro sentia no momento, e Jongin percebeu aquilo, não deixando de ficar ainda mais tenso.

Pigarreou para disfarçar o medo antes de continuar.

– E-então, como eu ia dizendo...

– Por que você estava fodendo o jardineiro aqui na estufa, Kai? – interrompeu a explicação do mais alto novamente, já impaciente e cruzando os braços em frente ao corpo para demonstrar aquilo.

Realmente queria saber o porquê daquilo, pois pra ele não tinha uma explicação cientifica lógica.

– Ãn... É que.. eu... – coçou a nuca, não conseguindo pensar numa justificativa boa para o que tinha feito. – Me... Me desculpa...? – tentou se redimir. De uma forma bem errada.

Baekhyun respirou fundo e fechou os olhos, já sentindo o ódio tomar conta totalmente de si. Suas mãos tremiam tanto que parecia que estava tendo algum tipo de troço, ou que estava passando mal, mas era só revolta contida mesmo. Como estava difícil de se segurar, ele decidiu colocar aquilo para fora de uma vez por todas.

– SEU DESGRAÇADO DE MERDA! – gritou, pegando um pacote de sementes que estava próximo na prateleira e arremessando na direção de Jongin. – IDIOTA! TRAIDOR! VAGABUNDO! – a cada novo xingamento, uma arremessada de pacote nova.

Kai conseguiu desviar de alguns deles, mas não todos. Foi atingido por dois dos ataques do loiro, mas mesmo assim tentou acalmá-lo.

– Calma Baek! Não joga semente em mim!

– NAO ME CHAMA DE BAEK, SEU IMUNDO! – atirou dois pacotes na direção dele com cada mão, errando ambos. – E SE RECLAMAR, EU JOGO UM VASO LOGO! E BEM NO MEIO DESSA SUA CARA LINDA! – agarrou o mais próximo de si, o erguendo sobre a cabeça e se preparando para jogá-lo.

Estava devastado e só pararia quando visse Kim Jongin mortinho da Silva dentro de uma lixeira. De preferência, a sua. Podia ser a da cozinha mesmo.

– Ah não... Você não faria isso comigo... Não é mesmo Baekhyun? – comentou, desacreditado e debochado, porem ainda assim muito assustado.

– Duvida??!! – lançou um olhar psicótico para o outro, sorrindo da mesma forma. Parecia um médio louco atrás de sua cobaia.

– NÃO! – e mesmo dando uma resposta negativa, Jongin ainda teve que se abaixar, pois o loiro realmente arremessou o vaso em direção a sua cara linda. – Ta ficando doido Byun?! Quase que isso pega em mim!

– Não acertei? Que droga! Então deixa eu tentar de novo... – pegou outro vaso e ameaçou mais uma vez atirá-lo.

O moreno se desesperou na mesma hora e saiu correndo em direção a outra porta, antes que aquele baixinho doente realmente jogasse aquilo em si.

– Soo, corre! Vamos sair daqui, ele é louco! – avisou ao jardineiro barra amante quando o encontrou do lado de fora da estufa, esperando por si.

– FIQUE VOCÊ SABENDO, KIM JONGIN, QUE NÓS OFICIALMENTE TERMINAMOS! – apareceu gritando perto dos dois, apontando para o ex-namorado com sua mão livre (pois na outra segurava um rastelo) quando falou aquilo. – QUANTO A VOCÊ, DO KYUNGSOO, ESTÁ DEMITIDO! – apontou para o baixinho olhudo parado próximo do moreno, fitando o chefe com os olhos ainda mais arregalados. Ele, daquele jeito bravo e segurando o rastelo, parecia um satanás, só faltava o rabinho e os chifres para ficar completo, pois já tinha o "tridente". Tal pensamento teria feito Do sorrir, mas não era uma coisa muito recomendada para se fazer naquele momento.

– Byun, pera ai, vamos conversar civilizadamente... Abaixa esse negocio... – Kai tentou mais uma vez, colocando as mãos em sinal de defesa na frente do próprio corpo.

Sua fala foi ignorada com sucesso pelo loiro, ele estava com tanta raiva, mais tanta raiva, que acabou perdendo os sentidos básicos. Era bizarro mesmo.

– Deixa Jongin, nem adianta você falar, até porque ele não vai te ouvir... – o baixinho ao seu lado avisou, tocando de leve o ombro do moreno e o puxando para trás, indicando para ele se afastar.

– Mas... – foi interrompido pelo grito de ódio vindo do loiro.

– SUMAM DA MINHA FRENTE, OS DOIS! ANDEM LOGO! – Baek deu uma de samurai e manuseou o rastelo nas mãos como se fosse uma espada.

E com essa os dois saíram mesmo, pois Baekhyun ameaçou enfiar aquilo na garganta de ambos, mas antes que ele realmente o fizesse, eles já haviam saído.

 

(◡﹏◡✿)

 

–... E foi mais ou menos aí que eu decidi ligar pra você... – finalizou, colocando o ultimo bolinho do prato na boca e o engolindo quase que de uma vez só.

Luhan ficou por alguns segundos encarando o amigo sentado a sua frente enquanto o mesmo se deliciava com o bolinho, não disse sequer uma palavra durante  narração dele e quando chegou ao 'ápice da historia', tudo o que ele fez foi arregalar os olhos, incapaz de esboçar outra reação . Esses poucos segundos foram o suficiente para ele absorver a historia e se lembrar daquilo que sempre falava para Baekhyun sobre os olhares que Jongin lançava para Kyungsoo e vice versa.

De uns tempos para cá acabou notando aquilo, e chegava ate a ser irônico o fato de quem suspeitou  primeiro foi ele, sendo que nem se tratava de seu relacionamento. Mas também, Jongin nem sequer fazia questão em ser discreto ao olhar de cima a baixo o corpo do jardineiro, praticamente o comendo ali mesmo, e Byun era um tapado otário por nunca ter reparado naquilo.

Visto que já estava ha um bom tempo em silêncio, decidiu então se pronunciar sobre isso.

– Baek, cara... Você é um idiota...

Ao ouvir aquilo, Baekhyun quase se engasgou com o bolinho que mastigava.

– Como é que é? –  indagou, tossindo um pouco. 

– É. Você é um idiota. – repetiu, e fez aquilo mais para se reafirmar do que para responder o amigo.

– O que? Mas, por quê? –  não entendia o motivo de ter sido atacado ao invés de apoiado pelo amigo. Que tipo de amigo era aquele que lhe chamava de idiota num momento tão ruim de sua vida?!

– Bom, pra começo de conversa, só digo uma coisa: Eu te avisei! Falei pra você ficar de olho naqueles dois! Eu falei... Mas você não me ouviu né... – deu de ombros, com um sorrisinho presunçoso nos lábios, satisfeito por ter esfregado aquilo na cara de Byun.

Não que estivesse se divertindo com o sofrimento alheio, a verdade era que sempre quis que Baek notasse aquilo, mas quando ele o fez, já era tarde demais.

O outro apenas fitou o amigo chinês com fúria e quase chegou ao ponto de pegar seu travesseiro do Nyan Cat que repousava sobre suas pernas e o asfixiar ali mesmo, mas apenas se contentou em fazer cara feia e bufar alto. E também não conseguiria sujar a honra de seu travesseirinho querido o usando como arma para matar aquele falso.

– Tá bom Luhan, tá bom... Agora acho melhor você ir embora, voltar pra casa e transar com o Sehun. – declarou enquanto puxava o amigo para fora do próprio quarto. – Você esta dispensado por hoje, obrigado por vir...

– Espera Baekhyun eu aind...

– Tchauzinho, e diga ao Sehun que eu mandei beijos pra ele... E todos na bochecha tá? Não fique com ciúmes haha. Beijos pra você também! – deu uma risada falsa enquanto empurrava o castanho porta a fora e a fechou assim que se viu livre dele.

– Eu não tenho ciúmes do Sehun... Só um pouco... – o rapaz murmurou para si mesmo ao lado de fora do quarto, com um leve bico nos lábios. Visto que havia sido expulso pelo amigo, decidiu se retirar da mansão e voltar para os braços de seu querido Sehunnie, para terminar o que havia começado mais cedo...

Quanto a Baekhyun, este apenas respirou aliviado quando Luhan deixou seu quarto e em seguida, sua casa. Por mais que quisesse e precisasse mais do que nunca da presença do chinês ali, não admitiria, pois era orgulhoso e cabeça-dura demais para aquilo.

Como já estava sozinho ali, apenas jogou-se na cama e enterrou o rosto nas cobertas, se permitindo – ao menos daquela vez – chorar de uma maneira ridícula; feito uma criancinha boba com medo do escuro.

Aquele final de tarde foi péssimo para si, com toda certeza.

Na verdade, depois do lamentável termino de namoro, o dia todo passou a ficar ruim, por mais que não tivesse sido. Incrivelmente, aquele evento foi capaz de tirar todo o seu “bom humor”. 

Byun já teve dias melhores... E a maioria deles tinha a presença de Jongin...

Céus, ele precisava tirar aquele homem da cabeça! Não valia a pena chorar, afinal, quem saiu perdendo nessa historia toda foi ele. Onde já se viu trocar um delicia de um Byun Baekhyun por um simples Do Kyungsoo jardineiro bizarro e mal encarado?!

Jongin era realmente um idiota, e Baekhyun torcia com todas as  forças negativas para que o celular do outro caísse dentro do vaso sanitário quando ele fosse ao banheiro fazer suas necessidades. Sim, o moreno não largava o aparelho nem nesses momentos...

Já que, para si, chorar por ele não era mais uma opção, o loiro se levantou e foi lavar o rostinho lindo que Deus o deu no assoalho, pois o mesmo estava encharcado e manchado por seu delineador.

Alem de lhe trair, o desgraçado ainda o fez borrar a maquiagem... Pessoas assim merecem a morte. Kyungsoo e Jongin merecem a morte...

Enfim, seria melhor não pensar muito naquilo. Era hora de tentar esquecer!

Secou o rosto com a toalha mais próxima e se olhou no espelho. Estava acabado. O stress acabou com sua linda pele de bebê e o choro o deixou com os olhos inchados e vermelhos, completamente deselegantes.

E agora, mais do que nunca, ele detestava aquele ser chamado Kim Jongin, por acabar com sua aparência linda e angelical.

Mas não se deixaria abalar tão fácil! Não mesmo! Por sorte, dentro de si, ainda existia autoestima e coragem o suficiente para lhe fazer tomar um banho, pegar uma roupa colada e provocante, – que lhe valorizasse todas as curvas não muito másculas que possuía –, fizesse uma correção na tragédia qual se encontrava seu rosto e seguir caminho – com seu próprio carro – para a boate mais cara e famosa que conhecia.

Se a bebida de lá não o fizesse esquecer Jongin, então uma boa transa com algum cara gostoso certamente faria!


Notas Finais


E foi isso aí galero...
E novamente, eu não sei o que falar... Acho que um 'tchau' e 'ate logo' já ta de bom tamanho né, então... Tchau e ate logo.
Beijos de... Beijos (?)


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