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História Meu Jardim é Todo Seu - 'Bom dia' pra quem?!


Escrita por: Assia

Notas do Autor


MÁ ÔE!
Olar!
Hi!
Yo!
Ta, já chega né
Tenho uma coisinha p falar,.,.. pra começar: odeio semana de prova
Pra continuar: elas (provas) são uma merda, e pra acabar: espero que morram as provas todas, TODAS :)
Então, já que demonstrei toda a minha revolta sobre isso, me sinto bem ("bem" dentro do possível né, tipo, ainda tô viva, porque essa porra de semana infeliz do meu ódio ainda não acabou... AaAAaaa)
Enfim, espero ainda sobreviver
E boa leitura <3 jfhkdjdgj

Capítulo 2 - 'Bom dia' pra quem?!


‘Bom dia!’ é uma das frases matinais que mais irritam Baekhyun, pois segundo o mesmo, essa frase não tem outra finalidade no mundo a não ser essa: irritar. Quem tem educação de verdade não chega numa pessoa e fala “bom dia” pra ela, na verdade isso é uma das coisas mais estúpidas que um ser humano podia fazer.

Primeiramente: O dia apenas começa “bom” quando você acorda de manhã e sabe onde está, ou seja, muito provavelmente no conforto da sua cama e no seu quarto... Resumindo, na sua própria casa.

Mas aquele não era o caso de Baekhyun. Não mesmo.

O loiro acordou completamente desnorteado, não lembrando sequer do próprio nome por alguns poucos segundos, e muito menos onde estava, porque aquele lugar, com toda certeza, não era o seu quarto e nem o de Jongin...

Ah... Jongin... O tal do Kim Jongin, seu namorado – no caso, ex – traidor e babaca.

Esse ser humano desprezível era o culpado por ele ter ficado tão mal antes, disso Baekhyun lembra bem. Sendo assim, a possibilidade de aquele quarto ser dele foi descartada, o que preocupou um pouco o loiro. Ele, com toda certeza, preferiria estar num ambiente conhecido por si do que aquele, mesmo que o ambiente fosse o quarto do idiota do Jongin.

Onde diabos ele estava?! De quem era aquele quarto?

Tentou se remexer sobre a cama do desconhecido e acabou desistindo no processo, pois seu corpo todo estava dolorido, e boa parte dessa dor estava concentrada naquele lugar, especificamente...

Aquele lá qual o sol não bate... Sim, isso mesmo.

Porem, isso não era nada comparado a grande pontada na cabeça que sentiu assim que tentou usá-la para pensar sobre onde poderia estar. Certamente havia bebido mais do que aguentava na noite anterior para ficar nesse estado crítico, pois não era uma pessoa tão fraca com bebida alcoólica.

– Ugh, minha cabeça... – resmungou com si mesmo enquanto se virava para o outro lado com dificuldade, pois as dores estavam incomodando muito.

Teve que colocar as duas mãos na boca para conter o grito que quase saiu assim que se deparou com um homem deitado lá, de costas para si e sem blusa. Havia vários arranhões, aparentemente feito por unhas, nas costas dele.

Mesmo o loiro tomando cuidado para não chamar atenção, falhou miseravelmente, pois o ruído de seu grito contido ainda assim fez barulho, e o rapaz deitado, de costas largas e arranhadas, acabou virando para sua direção. Por sorte, ele ainda continuou dormindo, o que fez Baekhyun respirar aliviado e escorregar as mãos da boca em direção ao próprio peito, sentindo o coração bater contra sua caixa torácica com velocidade por tamanho susto.

Aquilo podia ter o matado!

Imagina que perda irreparável para a humanidade seria se tivesse batido as botas ali mesmo, na cama de um estranho gostoso qualquer. Não seria nem um pouco legal a imprensa – ou até mesmo a policia e seus familiares – chegarem ali e o flagrar naquele estado deplorável! Cruzes, pelo menos uma maquiagem de leve para amenizar sua provável cara de morte pós noite de bebedeira né...

Passou a observar o desconhecido com atenção e percebeu o quanto ele era bonito.

Quem era esse homem tão belo a sua frente? Realmente ele passou a noite com esse deus grego? Porque se for, tirou a sorte grande... E fez um grande estrago nas costas dele também. De qualquer forma, estavam quites, pois Byun ainda sentia algumas dores incômodas de seu quadril para baixo.

Enfim, de qualquer jeito é melhor deixá-lo dormindo e pedir desculpas depois.

Mesmo com as dores horríveis em locais que nem imaginava que poderiam doer, Byun se levantou da cama. Não se surpreendeu ao ver que estava sem roupas, só estranhou o fato de ter uma ‘coleira’ (sim, literalmente uma coleira, tinha até uma correntinha como guia e tudo) no pescoço e, além disso, estar usando meias longas de cor clara que iam mais ou menos até o meio de suas coxas grossas. Definitivamente aquilo não era o tipo de roupa que ele usaria num dia convencional. 

Como sua cabeça já doía que nem o inferno, achou melhor não forçá-la muito mais tentando lembrar por que caralhos estava usando aquilo. Seria um esforço inútil, pois ele já tinha consciência de que quando bebia demais numa noite, no dia seguinte acordaria no mínimo sem saber quem era.

Mas os efeitos da bebida nele não acabavam por ai, não mesmo, ainda tinha o fato de o quanto o álcool em exagero no seu organismo o mudava completamente, afetando sua noção de conhecimento sobre o que é legalmente autorizado a se fazer em público e o que não é. Byun Baekhyun bêbado, alterado, fora de si e completamente loko nas ideias é capaz de fazer qualquer coisa...

Não que Byun Baekhyun sóbrio também não seja, ele é, só que em níveis menores e mais prudentes, claro. E junto de sua noção de raciocínio lógico, anteriormente tirada pelo álcool, vinha o medo e a curiosidade em saber das proezas que havia feito. E, aparentemente, só de olhar para o estado do rapaz dormindo na cama, já dava pra ter uma ideia... No mínimo, havia se entregado por completo para aquele cara, a ponto de se submeter a usar roupas peculiares como aquelas, alem de deixá-lo usar de seu corpo, o fazendo sentir dores até na alma no dia seguinte.

Bom... Tinha quase certeza de que era aquilo mesmo.

Andou calmamente pelo quarto luxuoso e encontrou sua cueca jogada próximo ao que restava de suas roupas, pois estavam praticamente todas rasgadas. Pelo visto, a noite para ele foi boa, mas infelizmente não lembrava de nada. Ao menos ele esperava que tivesse sido realmente boa, e que tenha feito o possível e o impossível com ‘o deus grego’ na cama, para compensar o incomodo naquele lugar e a fraqueza em suas pernas.

Retirou as meias junto da gargantilha que usava, vestiu a boxer prontamente e pegou uma blusa qualquer que achou jogada ali, já que a sua estava dividida em dois. Chegava a ser ridículo o quanto aquela camisa era grande para si, poderia abrigar facilmente uma família inteira de Baekhyuns lá dentro, mas não era de se espantar, pois o tamanho do rapaz era visivelmente maior que o seu. O próprio rapaz em si era bem maior, e isso ficou perceptível mesmo ele estando deitado.

Avistou seu iPhone queridinho largado no criado mudo e foi correndo – num ritmo desengonçado, pois as dores ainda se faziam presentes – em direção ao mesmo, o agarrando como se fosse o artefato mais precioso de sua vida, o que não era mentira. Arregalou os olhos ao ver que horas eram e quase morreu novamente ao notar o tanto de chamadas não atendidas de sua mãe.

Ele estava fodido, porque se tem uma coisa que a senhora Byun detesta com todas as forças, é que os filhos não atendam a suas ligações. Principalmente ele, por ser o mais novo e o que apronta mais.

Sentiu que precisava voltar pra casa o mais rápido possível antes que sua família – em especial, sua mãe – entrasse em desespero e começasse com um mandato de busca para lhe encontrar, pois não havia avisado a ninguém que ia sair. Ninguém mesmo. Baekhyun simplesmente pegou o carro e sumiu de casa.

Seus pais eram bastante cuidadosos consigo, mesmo ele sendo um adulto – quase – responsável e – quase – maduro. Os senhor e senhora Byun conheciam bem o filho que tinham, e sabiam que, com ele, todo cuidado é pouco.

Só o deixavam sair para festas e coisas do tipo caso ele estivesse acompanhado por alguém confiável, ou pelo namorado, ou pelo irmão ou então por Luhan e Sehun, pois eles não o deixariam passar da conta com a bebida alcoólica e fazer alguma besteira comprometedora e vergonhosa em publico – tanto para si quanto para a família, ou ate mesmo para os demais presentes no local.

Talvez Baekbeom deixasse, pois como o bom irmão mais velho cuzão que era, adorava vê-lo pagar micão em público, mas coisa mais séria do que isso, não. É, por sorte, ele ainda tinha um pouco de bom senso.

E Baekhyun, só de pensar na fera que sua mãe poderia se tornar ao saber que ele havia saído sozinho, e mais, sem avisar a ninguém, nem sequer os funcionários da mansão, já se arrependia amargamente do que havia feito.

Pegou as calças – que por sorte não estavam rasgadas como sua blusa e sua jaqueta – e as vestiu com pressa, pois queria sair dali o mais rápido possível e evitar uma bronca maior de sua mãe. O fato de sua jaqueta, que era de couro (e de marca cara também... mas isso era uma coisa irrelevante no momento), estar toda despedaçada no chão o impressionou um pouco. Aquele cara era o Hulk por acaso?! Meu Deus...

Enfim, Baek não tinha tempo sobrando para pensar sobre aquilo, ate porque precisava vazar dali.

Porém, antes de sair, visto que estava morrendo de fome, já estava tarde e sequer tinha tomado café da manhã, decidiu dar uma passadinha na cozinha do desconhecido e pegar alguma coisa para comer. Vasculhou os armários em busca de alimento e teve que se contentar apenas com um pacote de salgadinho que estava guardado ao fundo, que por sorte não estava vencido.

 Aquela foi a única comida com que se familiarizou, porque as outras eram as famigeradas comidas fitness light integral zero gorduras trans. Na opinião do baixinho, aquilo sequer podia ser chamado de comida! Tinham gosto de nada aquelas porras! Eca...

Como não era um mal educado nem nada, antes de vazar de vez, deu um jeito de avisar ao rapaz que havia pegado de sua comida e uma de suas blusas (deixando claro que talvez não a fosse devolver nunca mais) num post it próximo que achou por lá e o grudou na geladeira. E também aproveitou para se desculpar pelo estrago que havia feito em suas costas.

Seguiu até a porta da frente do apartamento – deveras luxuoso – e saiu, indo em direção à rua para pegar um táxi, pois era o único meio de locomoção que lhe era disponível no momento, até porque não sabia onde estava seu carro... Teria que resolver isso depois.

Baekhyun detestava andar de táxi – por pura frescura –, na verdade, detestava qualquer tipo de transporte publico – novamente, tudo frescura –, e só estava fazendo aquilo porque se encontrava num momento de desespero, sem muitas opções viáveis e precisava muito chegar em casa são e salvo.

O taxista parou o carro próximo a calçada e esperou que o loiro entrasse. Assim que ele o fez, o homem o encarou de modo estranho pelo retrovisor interno, pois o menino tinha inúmeras marcas arroxeadas e vermelhas no pescoço, marcas essas quais foram deixadas la na noite anterior e ele sequer as percebeu, por mais que elas fossem bem visíveis.

– Moço... Tá tudo bem? – questionou, virando o tronco em direção ao passageiro.

– Sim, tudo ótimo – respondeu, estranhando a indagação do taxista. – Por que a pergunta? – franziu o cenho.

– O seu pescoço, ele... Ta com uns hematomas tensos... Aconteceu algo grave? Quer que eu chame a policia?

Byun franziu ainda mais o cenho diante da explicação nem um pouco esclarecedora do outro.

– Hematomas... Como assim? Que hematom... – retirou o iPhone do bolso e abriu na câmera frontal para olhar seu pescoço. Ao ver as inúmeras marcas que havia no local, se assustou. – Puta merda! – foi tudo o que conseguiu dizer. O xingamento saiu de forma baixa, mas ainda assim o motorista do táxi conseguiu ouvir.

O loiro estava chocado com o estado de seu pescoço, como ele não havia visto aquilo antes? E pior, como iria disfarçar o estrago? Depois daquela, estava em serias duvidas de aceitar a sugestão do outro sobre chamar ou não a policia.

– Então, ta tudo bem mesmo? – o homem perguntou mais uma vez, querendo se certificar.

– Ah, sim, tudo bem sim, tudo maravilhoso, não se preocupe... – o tranquilizou, forçando um sorriso retangular típico seu.

O da frente apenas assentiu, desistindo em continuar com aquele assunto que tinha a plena certeza de que não era da sua conta. Sendo assim, apenas pediu o endereço a ele, para que pudesse levá-lo a seu destino.

Byun estava sem nenhum tostão no bolso naquele momento, muito provavelmente havia gastado tudo na farra da noite passada, sendo assim, tudo o que lhe restou foi garantir ao taxista que o pagaria assim que chegasse onde queria. Este apenas aceitou a proposta pois viu que o endereço que havia recebido era em um dos bairros ricos da cidade.

Durante todo o caminho, Baekhyun tentava incansavelmente esconder aquelas marcas em seu pescoço. Maquiagem seria bem útil numa hora dessas...

Por sorte, a blusa qual pegou do rapaz que passou a noite tinha gola alta, e levantando-a ajudava a disfarçar boa parte dos roxos, não todos, mas pelo menos já era alguma coisa.

Quando finalmente chegou em casa, correu em direção ao portão da frente, encontrando seu porteiro lá e o abordando de uma vez.

– Bom dia senhor Baekhyun. – o mais velho o saudou, com um leve aceno.

– Nada de bom dia pra mim, já deixei isso bem claro, Shin. – resmungou, fazendo cara feia.

O baixinho, certa vez, fez questão de separar um dia inteiro de sua vida apenas para esclarecer a todos os funcionários daquela mansão que não o cumprimentassem com "bom dia" nas manhãs, pois pra ele, acordar cedo não tinha nada de bom.

– Perdão... – falou, rindo discretamente do mau humor do chefe. O porteiro sempre fazia aquilo de propósito apenas para vê-lo se irritar daquele jeito, era cômico, mesmo que aquilo pudesse lhe custar o emprego. Rir um pouco não fazia mal a ninguém... – Olha, a senhora Byun estava há pouco tempo aqui surtando por causa do seu sumiço, e ela não tava nem um pouco feliz...

O menino suspirou de leve e fez sinal de desdém com a mão, mudando de assunto, até porque não estava afim de falar sobre aquilo no momento.

– Eu cuido disso depois, mas agora tudo que eu preciso é que você me empreste uns trocados. Pode ser?

– Pode... – concordou, retirando a carteira do bolso à contra gosto. Só estava fazendo aquilo por obrigação, porque sabia que se negasse o pedido do loiro, não teria sua tão queria e amada paz pelo resto do dia. Quem sabe da vida. E também, quando fosse receber seu pagamento, aquela mísera quantia não faria falta. – Mas pra que?

– Pra pagar o táxi.

– Táxi? Mas você não saiu de carro?

– Pois é, foi... – coçou a nuca e olhou para os próprios pés, um pouco desconcertado – Só que eu não sei onde ele esta... – falou a última parte baixo demais, consequentemente impossibilitando o porteiro de ouvi-la claramente.

– O que disse?

– Ah... Er... Nada não.  – sorriu forçadamente, estreitando os olhinhos e ficando ainda mais adorável daquele jeito. – Agora anda logo com isso, e chega de perguntas! – ordenou, mudando a expressão facial drasticamente para uma autoritária, ou pelo menos a tentativa de uma. Ainda assim, continuava adorável.

– Ok chefinho – o porteiro respondeu, usando um tom zombeteiro ao se referir a ele como "chefinho" e estendendo a mão com as cédulas de dinheiro.

Baekhyun odiava ser chamado daquela maneira pelos seus funcionários, pois muitas das vezes eles usavam aquele apelido no diminutivo apenas para irritá-lo. Ele era uma pessoa que se ofendia muito fácil, ainda mais se tratando de sua altura ou de sua autoridade, e aquele apelido afetava à ambas, de alguma forma.

– Abre teu olho, Shin! – alertou, estreitando os olhos novamente ao encarar o homem, em mais outra tentativa de ser ameaçador (acho que não é necessário falar que ele ficou adorável do mesmo jeito, né?). Arrancou o dinheiro da mão do outro e voltou correndo – ainda com um pouco de dificuldade – para pagar o taxista.

O motorista o agradeceu com uma piscadela de olho e um leve sorrisinho de canto. Esses atos foram extremamente mal interpretados por Baekhyun, pois o loiro pensou que o homem estava flertando consigo. Ele e essa ideia de achar que todo mundo não conseguia resistir a si e que deviam sucumbir de vez por todas ao ser maravilhoso que era... Tsc.

Com essa ideia em mente, apenas para provocar o taxista, se afastou do veiculo, rebolando os quadris de maneira exagerada ao andar, sorrindo de forma convencida enquanto se aproximava da mansão, pois sabia que toda a atenção do outro estava voltada para seu belo traseiro. Ele podia sentir... E só Deus sabe como...

Deu uma rápida olhada para trás antes de entrar em casa e viu que o outro o encarava totalmente hipnotizado, e aparentemente só pareceu acordar para a vida quando o loiro – e sua raba abençoada – já não estava mais ali. Deu partida no carro e se afastou do local, ainda um pouco atordoado e materializando a comissão traseira de Baekhyun na mente. Seria tão bom se pudesse tocar...

O menino, assim que entrou em casa, foi recebido por Siwon, o seu mordomo favorito da casa.

E Byun o considerava de tal forma apenas porque já teve um "caso" com ele.

Na verdade, o loiro já teve um caso com quase todos os empregados dali, e não se arrepende ou se envergonha nem um pouco disso. Porem, pelo menos, os casos que ele teve foram todos antes de começar a namorar, pois Byun não se via capaz de trair Jongin – ou qualquer outro namorado antigo seu – com nenhum funcionário, por mais gostoso que ele fosse – no caso de Siwon e MinHo, aqueles dois eram uma perdição só ao ver do loiro.

Mas, aparentemente Jongin não partilhava do mesmo pensamento...

– Senhor Baekhyun, sua mãe estava a sua procura. – o homem informou, de forma educada.

– É, isso eu já sei... – desdenhou pesaroso – Mas onde é que ela ta?

– Da última vez que a vi, ela estava indo para o jardim...

E com essa fala, Baekhyun arregalou os olhos e saiu em disparada para os fundos da casa, deixando o mordomo para trás. Ele não havia avisado a mãe que ia sair noite passada, assim como não avisou que boa parte de suas queridas flores da prateleira do fundo – assim como algumas sementes – da estufa estavam completamente destruídas.

Se tem outra coisa que a senhora Byun detesta com todas as forças, alem de não ser atendida pelos filhos (em especial ele) quando os liga, é ter algum vaso de flor quebrado. E naquele caso, não era só um, e sim vários.

Ele estava de fato fodidamente fodido.

Desde que era criança, sua mãe sempre punia severamente a si ou a seu irmão quando derrubavam algum vaso em sua floricultura ou na estufa, mesmo que por acidente. Ela não queria saber das desculpas, e quando os meninos tentavam se explicar, eram ignorados com sucesso e de sobra ainda levavam um longo sermão. E alem da bela bronca, em seguida vinha o pior: ela os privava de algo que ambos gostavam muito, ou seja, os doces.

Aquilo era um golpe baixo que sua mãe usava para fazê-los aprender na marra de que não deviam sair por ai quebrando todos os seus vasos de flores. Afinal, ela estava criando filhos, não animais selvagens e sem modos!

Mesmo depois de adulto, apenas no caso de Baekhyun, a punição continuava a mesma, e se tem uma coisa que ultimamente o loiro não consegue viver sem, são os seus amados doces, principalmente agora que não tinha mais namorado.

Tudo o que ele mais queria era se empanturrar de chocolate ate não poder mais, ou então ate superar a perda do moreno, e por mais que odiasse admitir, sabia que seria uma tarefa difícil e que o chocolate talvez não o ajudasse em muita coisa.

É chocolate... Não foi dessa vez amiguinho...

Quando chegou ao jardim, já era tarde demais; sua mãe já estava lá. A senhora Byun se encontrava sentada debaixo de um guarda sol, sendo servida de um refresco pela empregada e bebericando o mesmo.

Ela estava assustadoramente numa boa demais. Aquilo era terrível, e Baekhyun que o diga, pois ele conhecia bem a mãe explosiva que tinha, e quando ela estava relaxada demais em relação a algum problema, significava que alguém morreria naquele dia.

E, infelizmente, a vítima da vez seria ele.

– Ahn...  Mãe? – chamou pela mais velha, se aproximando cautelosamente da mesa.

– Está dispensada, Seunghye. – falou em direção a empregada. A mesma se retirou na hora, deixando os dois a sós. – Sente-se, Baek...

O tom parcial que sua mãe usou consigo era o mesmo tom que se fazia presente quando a mais velha ia atender os clientes na floricultura, talvez ate um pouco mais frio.

Isso fez com que todos os pelinhos do corpo pequeno do loiro se arrepiassem e ele realizasse o que lhe havia sido pedido com muito pesar, pois suas pernas tremiam de uma forma inexplicável e ridícula. Se antes elas estavam bambas por dores, agora estavam bambas de medo.

Sua mãe brava era de meter medo em qualquer um.

Bom dia, flor do dia. – usou de seu tom brincalhão e alegre, sorrindo da forma única, adorável e retangular que conseguia, tentando de alguma maneira descontrair um pouco.

Coisa que não deu muito certo, e a cara de morte da senhora Byun comprovava aquilo.

– É melhor você nem tentar me fazer rir garoto, porque eu não estou nem um pouco afim... – respondeu, usando um tom desagradável.

– Desculpa... – abaixou a cabeça como um animalzinho indefeso, que só não estava tremendo tanto na base por estar sentado.

– Vou pensar no seu caso... Agora, mocinho, você, tem algumas coisas que precisa me esclarecer. – ditou, cruzando as pernas e bebendo mais um gole de sua limonada antes de começar pra valer. – A primeira: Por que você saiu ontem sem avisar a ninguém? 

– Ah, é que...

– VOCÊ TEM NOÇÃO DE QUÃO PREOCUPADA EU FIQUEI, BAEKHYUN?! – interrompeu o loiro, se levantando e começando a andar de um lado para o outro próximo à mesa. – EU SEI QUE VOCÊ É UM ADULTO E QUE JÁ PODE FAZER O QUE BEM ENTENDER DA PRÓPRIA VIDA... – forçou uma voz fina, no intuito de imitar e também de debochar da fala padrão que sempre ouvia por parte do filho quando o avisava que ele não podia sair sozinho. Pff, o rei das argumentações... – MAS AINDA ASSIM! PELO MENOS QUE AVISASSE AO SIWON!

O mordomo Siwon era visto pelos patrões como um dos funcionários mais empenhados, exemplares e confiáveis da mansão, os Byuns mais velhos sempre acreditavam em sua palavra e concordavam com o que quer que ele diga a respeito de alguma coisa, afinal, em todos aqueles anos que o homem trabalhou ali, nunca mentiu uma vez sequer. Sinceramente, os senhor e senhora Byun acreditavam mais nele do que nos próprios filhos.

Siwon era um dos empregados mais bem pagos de lá, e isso se dava por suas multi funções – e uma delas incluía ser "babá" algumas vezes dos filhos do casal –, até porque seria injusto se não recebesse um pouco a mais pelos favores a mais que exercia lá vez ou outra.

– Me desculpa mãe... Ei, e eu não falo fino desse jeito! – Baek indignou-se com a imitação nem um pouco digna de si mesmo que presenciou. De fato, não falava tão fino... Não mais...

– Não interrompa sua mãe enquanto ela estiver brigando! Apenas fique calado e ouça! – a mulher avisou, olhando raivosa para o rapaz. – Enfim, continuando... – respirou fundo, como se estivesse buscando concentração para voltar a "personagem". – E DA PRÓXIMA VEZ QUE ISSO ACONTECER, VOCÊ NÃO VAI COMER DOCE NUNCA MAIS NA SUA VIDA!! – gritou novamente, apontando para o filho.

– Mãe, pelo amor de Deus, se acalma! Isso não vai se repetir! Eu juro! – tentou se redimir, praticamente em desespero. Os doces não... Qualquer coisa menos eles...

– Tá... – torceu o lábio em desgosto e encarou a figura desesperada do filho de cima a baixo. – Mas só dessa vez eu vou deixar passar... Pelo menos eu consigo deduzir onde você estava, porque só de olhar pra essas marcas bem mal escondidas no seu pescoço e essa camisa exageradamente grande que está usando, é bem obvio que o meu genro Jongin recebeu uma visitinha sua essa noite, né? – sugeriu, sorrindo de forma maliciosa, mudando completamente de humor assim sem mais nem menos, só pelo fato de ter citado Jongin no meio.

– Não foi o Jongin, mãe... – Baekhyun declarou, abaixando a cabeça novamente e fitando a grama de modo desinteressado.

– Como não?! Foi quem então?... – olhou incrédula de cima a baixo novamente para o menino cabisbaixo, sentado de forma acanhada próximo a mesa. – Byun Baekhyun, fruto do meu ventre, não me diga que você estava traindo o seu namorado!

– Na verdade, quem traiu nessa história não fui eu... – deu uma rápida olhada na mais velha, apenas para ter certeza de que ela ainda continuava viva depois do que falou, mas logo desceu seu olhar de volta para a grama.

– Não foi você? Como assim não foi você?! Porque pelo que acabei de ouvir eu... – interrompeu a própria fala abruptamente ao finalmente entender o que o mais novo quis dizer com aquilo, e não pode deixar de se comover. –... Quer dizer que o Jongin... 

– Sim, exatamente. – o garoto confirmou de forma irritadiça, mas apesar disso, possuía um semblante triste presente no rosto.

Senhora Byun, ao ver o belo rostinho de seu filho – que, modéstia a parte, só era daquele jeito porque tinha parte de sua genética – levemente contorcido em tristeza, não aguentou e se derreteu por inteira, deixando a raiva de lado por um momento.

– Então você e ele... – aliviou aos poucos sua expressão raivosa para uma preocupada.

– Sim, nós terminamos... – falou com a voz embargada.

Toda mãe odeia ver seu filho triste, por qualquer que seja o motivo, afinal, era de partir o coração. Mas aquele não era um mero motivo, e o outro tinha todo o direito de se sentir arrasado. O relacionamento que possuía com o moreno não era considerado 'perfeito' apenas por Luhan, mas também por seus pais, que sempre o apoiaram durante aqueles 9 longos meses qual o namoro durou.

Em 9 meses, uma fêmea consegue dar luz a uma vida! Como o relacionamento perfeito de seu filhinho pode acabar assim, de uma hora pra outra?!

Tanto que os membros da família Byun até já consideravam Jongin como o genro e o cunhado, pois os dois se davam muito bem.

Realmente, aquele término era chocante.

– Oh, meu bebê, não fica assim... – correu em direção à cadeira do loiro e o abraçou. – Fala pra mamãe o que aconteceu. – pediu, com uma voz melosa, a mesma que usava para se comunicar com o filho quando este era realmente um bebê.

Na verdade, ele continuava sendo um bebê, só que um pouquinho mais alto e de 22 anos de idade.

– Ele é um imbecil por ter feito isso comigo, mãe! – choramingou, correspondendo ao abraço da mais velha e sentindo a mesma começar um carinho em seus cabelos.

– Sim, ele é. – não concordava totalmente com a fala do menino, mas estava falando aquilo apenas para fazê-lo se sentir menos mal do que já estava. Se xingar Jongin o ajudaria naquele momento, porque não colaborar né?

– Um merda, idiota e nojento! – continuava com as ofensas, apertando o tecido da blusa de sua mãe e afundando o rosto na mesma.

– Isso também. – passou um dos braços com mais força pelos ombros dele ao notar o quanto puxava sua camisa.

– Quero socá-lo com todas as minhas forças! Ele e aquele coruja sem sal dele!

– Então quer dizer que ele te traiu com 'um coruja sem sal'? – a senhora Byun questionou confusa, afinal não sabia nem da metade daquela historia.

– Foi! E eu odeio os dois!

– E quem seria esse coruja sem sal? Por acaso é algum conhecido?

– Sim, a senhora o conhece, é um funcionário daqui. – respondeu, sentindo o seu nível de raiva aumentar e quase se igualar com o de tristeza ao lembrar-se do amante de seu ex-namorado sendo fodido pelo moreno, e exatamente do mesmo jeitinho bruto que ele costumava o foder. Quem sabe, até mais gostoso.

E era isso que o irritava mais.

– O QUE?! UM FUNCIONÁRIO DAQUI?! – repetiu a frase dita pelo filho, só que em forma de pergunta, se impressionando e se irritando ao mesmo tempo com a descoberta. – E QUEM É O INFELIZ? VOU DEMITI-LO AGORA MESMO! ELE ESTA ACABADO! – afastou-se levemente de Baekhyun para o encarar.

– É o jardineiro, um tal de Do Kyungsoo... Urgh – fez cara de jogo ao mencionar o nome do rapaz. – Mas ta tudo bem, eu já o demiti. – avisou.

E naquele exato momento, depois de ter dito o que já havia feito, sua mãe travou ali mesmo, deu pra notar. As mãos da mesma que ainda o seguravam nos ombros apertaram a área um pouco e logo em seguida se soltaram. Ela olhava para si confusão e uma pitada de raiva misturada com indignação.

Sua mãe tinha essa incrível habilidade de conseguir transparecer inúmeros sentimentos apenas com o olhar, e aquilo o assustava muito, desde pequeno.

– Espera ai... Você demitiu o Do? Ouvi bem?

– É claro né mãe! Ele era o amante do Kai, eu tive que fazer isso! – respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e para ele era mesmo. Mas, aparentemente, para a mais velha, não – A senhora não ouviu quando eu disse isso?

– Baekhyun, mas o que você tem na sua cabeça, hein garoto? Por que demitiu o jardineiro?! – a mulher já estava sentindo sua raiva de antes voltar com tudo.

O que aquele projeto de gente estava pensando ao demitir a única pessoa – fora ela – em toda aquela mansão que cuidava de suas plantas devidamente? Que coisa hedionda...

– Porque Jongin me traiu com ele, mulher! Mas minha nossa senhora! 

– Não quero saber! – desdenhou, num grito agudo. E após o mesmo, o loiro podia jurar que havia visto o copo de vidro, qual sua mãe usava para beber limonada e que estava largado a mesa, rachar levemente – Ele era o jardineiro, Baekhyun, o meu único jardineiro aqui! Se fosse para mandá-lo embora, que você pelo menos tivesse falado comigo antes! – repreendeu, usando seu típico tom autoritário, do mesmo modo que fazia quando os filhos não se comportavam devidamente quando crianças.

– Mas mãe... – tentou contestá-la com sua voz manhosa e mimada.

– Nada de "mais mãe" nem "menos mãe"! – o cortou, impedindo que ele prosseguisse com a birra. – Eu não gostei nem um pouco do que você fez rapazinho... – ameaçou, fazendo Baekhyun lamentar internamente por ter comigo de forma tão desesperada sua última barra de chocolate e não ter a saboreado devidamente, pois aparentemente ficaria um bom tempo sem provar da mesma. – E, dessa vez, sua punição será diferente...

– Huh, diferente como? – o loiro indagou, com o cenho franzido.

– Não vou te privar dos doces se é isso que esta pensando. Esse castigo seria pouco demais para a magnitude da sua merda...

– E vai fazer o que então? – questionou ansioso e ao mesmo tempo com medo da resposta.

– Vou te fazer arrumar um jardineiro novo pra mim. Simples... – falou na maior tranquilidade do mundo, fazendo o loiro arregalar os olhos. – Alem de, é claro, limpar todo aquele caos lá da estufa. – continuou – Pensa que eu não vi é?! – deu um sorrisinho convencido de canto, estreitando os olhos sutilmente. – E fará ambas as tarefas tudo sozinho, nem adianta chiar! – determinou convicta. – E acho bom você providenciar isso o mais rápido possível. – e dito isso, senhora Byun se retirou do jardim sem sequer deixar Baekhyun protestar.

Aquilo estava realmente acontecendo? Quer dizer... Sua mãe tinha, de fato, ignorando sua dor de perda e reclamado por ele ter despedido o único jardineiro da mansão por motivos de força maior?! Quem merecia ouvir todo aquele sermão era Jongin, por ter o traído, não ele!

Era para sua mãe ter o apoiado e amparado, não aquilo! Que tipo de mãe ela era?! O que estava acontecendo com as pessoas ao seu redor, afinal de contas? Primeiro Luhan, depois sua própria mãe... Aish!

Byun não conseguiu esboçar reação alguma enquanto assistia sua mãe lhe ordenar aquilo e se retirar do recinto em seguida, o deixando com cara de merda para o vento. O baixinho detestava ser ignorado, principalmente por seus pais, e o ato da mais venha teria o irritado mil vezes mais se ele estivesse capacitado de raciocinar naquele instante.

Só despertou para a vida quando ouviu o baque altíssimo da porta dos fundos da casa, coisa que havia sido feita propositalmente por sua mãe, indicando que já havia saído dali.

O loiro apoiou suas costas no encosto da cadeira e escorregou pela mesma, ficando praticamente deitado la. Levou a mão ate os cabelos e bagunçou os mesmos, por puro desespero de não saber o que fazer. Desceu a mão pelo rosto, o esfregando com força, e a repousou encima do abdômen, suspirando pesado após isso.

Perguntava-se mentalmente inúmeras vezes o que fazer, e aquilo era uma ação inútil, pois daquele jeito não conseguiria resposta alguma.

Levantou-se da cadeira de uma vez e seguiu caminho ate a estufa, lugar onde ele presenciou a pior coisa de sua vida inteira (vale ressaltar), pois os vasos quebrados não se limpariam sozinhos.

Entrou no pequeno cômodo e viu de longe a bagunça que teria de arrumar. Ninguém merecia aquilo. Ele não merecia aquilo. Esse era serviço de empregado, não dele!

– Aish, mas que caralho... – praguejou, adentrando ainda mais ali, indo em direção ao pequeno armário onde as ferramentas simples do trabalho de jardineiro eram guardadas. Pegou uma luva e colocou o avental, para que não se sujasse tanto.

– Odeio aqueles idiotas! Odeio aquele traidor! Odeio aquele jardineiro! Odeio tudo e todos! – resmungava enquanto recolhia os cacos dos vasos e jogava dentro da lixeira.

– Vou pegar aqueles dois filhos da puta, amarrar com uma corda, jogar gasolina e tocar fogo, ai eu vou ficar lá assistindo eles queimando enquanto como uma pipoquinha e imagino aquele ser o fogo do inferno, que é o que eles merec....

– Tendo pensamentos psicopatas sozinho e em voz alta de novo, Baek? – A voz zombeteira de seu irmão, Baekbeom, se fez presente ali, assustando o loiro.

O mais velho só estava ali há pouco tempo, observando com atenção e implicância o garoto fazer aquele trabalho manual, coisa qual o mesmo detestava. Na verdade, Baekhyun detestava qualquer tipo de trabalho, principalmente o manual, mas uma ordem de sua mãe é uma ordem de sua mãe, não é mesmo? E caso ele não fizesse o que ela havia pedido, com certeza não viveria mais um dia de vida.

– Não enche o meu saco porque eu não to afim de aturar suas gracinhas hoje, porra... – retrucou, fazendo cara de cu bravo para o irmão.

– Tudo bem, tudo bem, já entendi... – levantou as mãos em sinal de rendimento. Entrou de vez na estufa e parou próximo ao irmão, numa das poucas mesinhas que havia ali dentro que não estava revirada.

Baek suspirou pesarosamente mais uma vez ao perceber que a presença desagradável e desnecessária do outro se arrastaria por uns minutos a mais.

– O que você tá querendo aqui hein? – ralhou, tendo que parar totalmente com o que fazia para se virar e fitar a figura de Beom com a raiva que sentia no momento.

– É que... Eu fiquei sabendo desse negocio do Jongin pela mamãe e vim aqui saber como você esta... – confessou um pouco envergonhado. Mesmo Baekbeom sendo um irmão pé no saco, ao ver de Baekhyun, ele ainda se importava com o outro, afinal, era seu irmão mais velho.

Ah, mas é claro que sua mãe, faladeira do jeito que é, no mínimo já contou a novidade para, pelo menos, metade da mansão. E tudo isso nesse curto período de tempo. Ele não duvidava nada...

Byun estreitou os olhos enquanto ainda olhava para o irmão, totalmente desconfiado.

– Eu estou ótimo, obrigado. Não preciso de nenhum Jongin pra ficar bem. – claro, alem de mentir para si mesmo, tinha que fazer isso para os outros.

Byun sabia que ainda sentia falta do ex, mas achava melhor não admitir aquilo pra ninguém.

– Mas eu preciso! Ele foi o único dentre todos os seus namorados, que cá entre nós, você já teve vários, inúmeros, incontáveis... Enfim... Foi o único, de todos, que era um competidor decente no vídeo game! – o outro se exaltou, demonstrando que também estava frustrado com o termino do namoro de seu irmão, mas por seus próprios motivos. – A única pessoa a altura que eu encontrei pra isso, alem dele, foi o nosso primo Sehun, porem quando ele nos visita, trás aquele namoradinho meio macho e meio fêmea dele, e prefere ficar se agarrando com ele no sofá ao invés de jogar comigo. – fez mais outra birra, com cara de bebe chorão.

Desse jeito, nem parece que é o mais velho. Pensou Byun.

O loiro apenas revirou os olhos diante das reclamações do outro e voltou a jogar fora os restos mortais do vaso, já impaciente com a presença do irmão o atrapalhando na hora errada.

– Pelo amor de Deus Baekbeom, te põe no teu lugar! Cruz credo, parece ate criança! Nem eu sou tão birrento assim! – insinuou. Querendo ou não, ele atiçou o outro para iniciar mais uma briguinha idiota e infantil consigo ali mesmo.

– Você chega a ser pior! – provocou, não perdendo a chance de resposta que recebeu propositalmente (ou não).

– Não chego não! – retrucou, parando novamente seu serviço pra fazer cara de indignado na direção de Baekbeom.

– Chega sim e ponto final! Agora, volte ao trabalho, porque esses cacos não vão se jogar no lixo sozinhos. – Beom era o rei das provocações quando se tratava de irritar Baekhyun. O mais velho conseguia tirar o loiro do serio em níveis inimagináveis pelo ser humano apenas com um sorriso de deboche. E acredite, isso era ate pouco comparado ao que ele ainda podia fazer... – Ah... E acho bom você arrumar pra mim um cunhado descente e que sabia jogar, ouviu?! Nada de macho idiota, porque desse tipo, no quesito vídeo game, você já teve muitos!

Não teve sequer tempo de retrucar o absurdo de Baekbeom, porque assim que acabou de falar, este se retirou na mesma hora, deixando o garoto para trás com a maior cara de incrédulo.

Por que diabos as pessoas da sua família estavam exigindo de si coisas para o querer delas mesmas?! Byun estava abalado e indisposto para fazer qualquer coisa, principalmente limpar a bagunça feita por outros e atender a vontade dos outros.

Realmente, ter saído noite passada para transar com um estranho gostoso qualquer, ao contrario do que pensou, não ajudou nem um pouco em sua situação. Tudo o que ele havia conseguido de "bom e proveitoso" com aquilo foi uma blusa grande de gola alta e salgadinhos de queijo como café da manhã. Nem do prazer do sexo ele se recordava... Que decadência...

E por falar em café da manhã, ele se encontrava faminto, porque aquela porcaria não foi o suficiente para saciar sua fome.

Faminto, frustrado, irritado, triste e acabado. Esse era o estado dele no momento. E ainda teria que limpar e varrer a estufa, trabalho esse que devia ser do jardineiro...

Mas, não havia nenhum, e o pior: ele quem tinha que arrumar um, e sequer sabia como iria fazer tal coisa.

É... Aquilo não era, nem de longe, um 'bom dia' para Byun Baekhyun.


Notas Finais


Uhuuu
Foi isso.... Pois é né....
Beijos e até mais <3


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