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História Meu Melhor Amigo - 4


Escrita por: youbelong2me

Notas do Autor


A história vai ter alguns pulos de tempo ok?
Espero que vocês gostem.
Espero vocês lá embaixo.

Capítulo 4 - 4


Fanfic / Fanfiction Meu Melhor Amigo - 4

Big Sandy, Dezembro de 1988

 

POV Montana

E eu estava de volta a Big Sandy e desde que fui embora três anos atrás, só vinha para o Natal. Eu estava cursando Administração na Washigton University, e mesmo que Jeff morasse na mesma cidade que eu, nós não tínhamos mais contato.

A verdade é que depois daquele selinho que roubei, nossa amizade nunca mais foi a mesma, e não havia nada do que eu me arrependia mais. Ele demorou seis meses para entrar em contato comigo, mandando um cartão na minha formatura da escola. Sem endereço para receber uma resposta, e o número do telefone dele já não era o mesmo, segundo Barry ele havia mudado de casa, mas não me deu muitas explicações também. E eu entendi aquilo como um grande: “Você estragou tudo, mantenha-se longe” e foi o que eu fiz.

Até que no meu primeiro Natal de volta da faculdade, eu o vi na casa dos pais dele e antes que eu pudesse chegar para cumprimenta-lo, uma moça saiu lá de dentro e se dependurou nele, e ali eu entendi tudo. Ele havia achado melhores companhias do que a amiga de infância. E eu devia fazer o mesmo. E eu segui em frente sem ele.

Seattle é uma cidade grande, e a banda atual dele é bem famosa por lá, mas eu evito todo e qualquer lugar que tenha relação com a cena musical. Mesmo que morra de saudades e queira vê-lo de longe, as vezes. Mas eu resisto e sigo com minha vida dentro da universidade e com alguns namorados ocasionais.

Clara divide o apartamento comigo e ela, mesmo que eu reclame, adora a cena musical, e vai ao máximo de apresentações que consegue. Inclusive é próxima de alguns músicos, o que me fez conhecer alguns brevemente. Mas eu mantinha minha distância. E ela evitava falar dele para mim.

Mesmo que eu nunca tivesse falado nada dos meus sentimentos ela sabia, afinal minha melhor amiga me conhecia como ninguém.

Mas aqui estava eu, mais uma vez, em frente da minha casa. Pronta para mais um Natal em família e para comer as panquecas da minha mãe até onde não aguentasse mais.

Entrei em casa e minha mãe já me esperava na cozinha com as minhas amadas panquecas prontas.

-Minha filha! –ela me abraça apertado – que bom te ter em casa!

-Já fez as panquecas? É um truque para me fazer desistir de voltar para faculdade?

Ela olha carinhosa para mim e me senta a mesa. E começa todas as suas perguntas de praxe. Até que não resiste:

-E Jeff? Você não o vê por lá?

-Não mãe, a cidade é grande sabia? – falo tentando esconder minha chateação com o assunto- além do mais ele tem a vida dele por lá e eu a minha.

-Vocês eram tão próximos, não entendo.

-A vida é assim mãe - corto o assunto não querendo lembrar o beijo que fez tudo acabar - e eu preciso de banho e dormir um pouco. – levanto fugindo dela, e subindo para o meu quarto.

....

   Em uma das minhas idas ao supermercado para buscar mais algum ingrediente da ceia esquecido pela minha mãe, eu ouvi alguém me chamar.

- Montana? – parei e procurei por quem me chamava, mas preferia não ter feito. Era Jeff

-Oi. – respondo tentando disfarçar o frio na barriga que estava sentindo.

-Ei, nossa faz tempo que não te vejo. Como você está?

-Eu estou bem. – falo continuando o caminho de volta para casa.

-Bem, nem parece que moramos na mesma cidade. – ele fala meio sem graça – Eu vejo Clara as vezes, mas nunca te vi.

-Eu não vou aos mesmos locais que ela – falo começando a sentir um pouco de frustração no lugar do frio na barriga. Então ele acha que pode brotar ao meu lado e fingir que nada aconteceu.

-Você chegou faz tempo?

-Olha Jeff, desculpa. Mas você não pode fazer isso. Fingir que nada aconteceu, que continua sendo meu amigo e tal. Você me deixou no meio do caminho, e tá tudo bem. Eu entendo. Você tem sua nova vida e não me cabe nela. Eu também tenho a minha, e é isso. Fica bem – e saio em disparada, deixando um Jeff mudo e eu sigo segurando as lágrimas. Coração idiota, fica quieto aí.

Mais tarde estava no quintal de casa, sentada no meu canto preferido, embaixo da árvore que muitas vezes testemunhou minhas conversas com Jeff. Quando ele chegou quieto.

-Sabe, você sempre vai ter espaço na minha vida.

-Jeff...

-Espera, agora me escuta. Talvez eu não tenha sido o amigo que você merece, mas você sempre vai ser a minha Tampinha. E tudo o que faço lá no fundo é para te fazer um dia ter orgulho de mim. E me desculpa ok? –e ele ameaça ir embora

-Eu sento muito a sua falta – falo baixo. Ele volta me abraçando e me derrubando no chão.

-Não mais do que eu. Agora me conta como anda a vida em Seattle e o que você faz de tão especial por lá que não sobra tempo para me ver tocar.

E assim, aos poucos, eu sinto que vou ter meu amigo de volta. É amigo, porque mesmo com toda a conversa o beijo roubado não é nem comentado e eu acho melhor aceitar que esse era o meu papel na vida dele.


Notas Finais


E aí? Ela perdoou o Jeff muito fácil?
Esses dois são uma novela, já fica avisado!
Deixa um comentário para mim?
Beijos


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