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História Meu namorado é um gato! - VII - Olhares


Escrita por: nedefinit

Notas do Autor


AAAA DEMOREI MUITO EU SEI, ME DESCULPEEM!!
Mas...para compensar, trouxe-lhes um capítulo cheio de surpresas para vocês, espero que gostem ♥

Capítulo 7 - VII - Olhares


Fanfic / Fanfiction Meu namorado é um gato! - VII - Olhares

VII - Olhares





Um dia conturbado na moradia da Srta. Gray; Ao som de Closer em seu IPod portátil localizado em seu bolso do short jeans amarrotado, visivelmente folgado na região das coxas. A amiga ruiva observava o esforço de Natasha, que empurrava o sofá grande para os lados da sala, a fim de dar um novo "ar" para o cômodo, e Lisa sabia muito bem o real motivo daquilo tudo.

De ombros dados, Lisa moveu-se rapidamente, se posiciando atrás de Natasha, que recuou de imediato com a aproximação da ruiva, que apenas riu em resposta.

- Pode parar, deixe esse móvel bem ali, ó! - Lisa apontou para a parede onde se localizava a janela, tão grande que as persianas não cobriam tudo. - Vai ficar legal.

- Falou a designer de interiores. - Debochou; enfim, a morena acatou à dica e colocou o móvel no local desejado. E não é que ficou bom? - Pronto, que horas são?

A ruiva retirou do bolso de sua calça, seu inseparável Smartphone da Alcatel, pelo qual se gaba apenas por este ter durado uns dez anos consigo; Deu uma olhada na tela do aparelho, e logo o guardou.

- São meio dia para as quatro. - Gesticulou, rindo em seguida, mas Natasha apenas murmurou, não vendo graça na provocação da amiga. - São cinco horas em ponto.

- Hm... - Murmurou, olhando para o teto e logo para a lâmpada; A amiga, percebendo o quanto a morena estava inquieta, aproximou-se desta e pousou suas mãos sob os ombros da mesma, que surpreendeu-se com o ato. - O que foi?

- Não venha com esse maldito "O que foi?", odeio isso. - Resmungou, dando leves tapas no ombro da morena, que ainda desentendida, franziu a testa. - Você está caidinha pelo orelhudo!

Ao ouvir as palavras da ruiva, não conseguiu conter a vergonha e suas bochechas tomaram um tom avermelhado - por ser extremamente branca, desviando o olhar da jovem à sua frente. Percebendo sua vitória, Lisa riu e apertou as bochechas da amiga, que gemeu de dor e reprovação.

- Eu sabia! - Numa calma descomunal, pronunciou cada palavra dando pulinhos de alegria. - Amiga, eu sabia!

- Cala a boca... - Praguejou, xingando-se mentalmente por não saber esconder seus sentimentos e emoções.

Lisa já saberá do segredo de Aaron, e apoiou-o muito no quesito de morar com a morena, tanto na tentativa de junta-los, quanto na de abrigar o moreno; E após aquele pós-beijo que Natasha hesitou em contar para a ruiva, Lisa empenhou-se mais em fazê-los um casal.

Porém, mesmo depois de um mês e meio ter se passado rapidamente, a morena se mantinha presa numa guerra interna. E sem poder buscar ajuda para outra pessoa, chamou Lisa, que agora sempre vêm visitá-la quando esta falta no trabalho.

- Natasha! - Esbravejou, Lisa. Tendo uma idéia que em sua mente, era mais que aceitável. - Que tal nós seis irmos para um restaurante mexicano das redondezas?

- Nós seis? - Natasha sentou-se no sofá, e pôs-se a ouvi-la.

- Sim, Kurt e Melissa, eu e Robert, você e Aaron! - Natasha engoliu em seco, sentindo seu orgulho passar goela abaixo; Seus olhos esmeraldinos arregalaram-se após processar tudo. - Que foi?

- Pra quê?!

- Oras, conhecer cada um, cada um dos casais, e olha que já se passou quase dois meses e nada de progresso da sua parte, não enche Natasha! - Lisa fez uma breve reverência, tomando para si sua bolsa, apertando a alça de couro com força, mostrando um olhar determinado e autoritário para Natasha. - Eu te busco às oito, e voltaremos às onze ou mais tarde.

- Ah, agora você manda em mim? - Retrucou, irritada.

- Shh, só vai na onda, se Aaron não aparecer como ontem, eu o puxo pelas orelhas até aqui, ouviu? - Por incrível que seja, Natasha riu, e ambas amigas se abraçaram. A morena deu um aceno para a ruiva, que não tardou em sair da moradia da jovem.

Novamente estava só, há espera de Lucas e Aaron, mas logo ouvirá o som da porta se abrindo novamente, e então seu irmão apareceu com um ar cansado.

Ao vê-la, jogou a mochila no sofá menor e fora de encontro com Natasha, dando-lhe um abraço rápido.

- Chegou tarde. - Ressaltou, Natasha. Rendido, Lucas moveu seus braços de maneira frenética, suspirando em seguida.

- Ser transferido do nada é cansativo, tenho que sair tarde para completar as atividades perdidas e não feitas. - Respondeu. Coçou brevemente a região da nuca e bocejou. - Irá sair hoje?

- S-Sim, como sabe? - Os olhos do jovem percorreram por todo o cômodo, até voltarem à encarar o par esmeralda de Natasha.

- A ruiva me contou. - Sorriu docemente, e debruçou-se sob o sofá, retirando os óculos costumeiros e os colocando sob a mesinha de centro. - Deveria parar de faltar no trabalho, sabia?

Natasha baixou o olhar, incomodada com o assunto no qual Lucas acabará por tocar, o qual ela poderia simplesmente deixar; Lucas, percebendo o silêncio que se alojou entre ambos, iniciou batidas na mesa com as mãos, deixando a morena incomodada.

- Eu sei... - Sussurrou, olhando fixamente para seus pés descalços.

Aquele homem de antes, nunca sairá de lá, sempre pedindo o mesmo, e não era isto que a incomodava, mas sim sua aura medonha, o que lhe deixava familiarizada com os momentos que sentirá sendo observada. Isto lhe dá calafrios.

- Bom, se divirta. - Buscou cortar o assunto, e assim conseguiu ao ver um sorriso tímido surgir nos lábios da jovem, que levantou-se bruscamente.



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O jantar ocorreu normalmente, retirando o fato de que Aaron ainda não aparecerá. Natasha já se sentia inquieta.

Não tardou para tomar banho e se vestir, porém, as roupas à se escolher eram o maior desafio; Vestidos, calças, saias, moletons, suéteres, shorts, etc. Não sabia o que escolher.


Por Deus!


Estará se incomodando com o que vestir, apenas por acreditar que Aaron virá, será que virá?

Suspirou brevemente, massageando as têmporas, buscando paciência para lidar com a situação.

Enfim, encontrou um look perfeito para a tal ocasião: Calça jeans azulada e desbotada, moleton com listras em degradê, e tênis cano alto all star preto. Perfeito, ao ver de Natasha.

Antes de vestir as peças escolhidas, fuçou a gaveta de calcinhas e sutiãs, por quê?

Simples, Natasha estava mais que disposta em render-se a tentação e hormônios à flor da pele, afinal, não poderia resistir para sempre com um Deus Grego vivendo consigo. Por fim, encontrou uma lingerie rendada vermelha, tão bela que poderia come-la com os olhos.

Assim, vestiu cada peça escolhida, traçando os cabelos em seguida, e colorindo os lábios com um batom de longa duração nude.

Triunfante, saiu pululante do quarto, indo até a sala de estar, vendo ao longe seu irmão estirado sob o sofá maior, com o controle em mãos, e o pijama folgado em si.

O olhar deste logo fora voltado para Natasha, que rodopiou e sorriu lascinante, fazendo com que Lucas ruborizasse facilmente.

- Uau, hein. - Sussurrou, sem tirar o olhar por cima de Natasha.

- Obrigada! - Sem sequer ouvi-lo elogiar, agradeceu e acenou com as mãos, saindo em disparada até a porta de entrada, há espera de Lisa. - Não vá dormir tarde!

Lucas resmungou em resposta, e logo Lisa chegou numa picape prateada enorme; Natasha, abriu receosa a porta, e deu de cara com Kurt e Lisa, ambos muito bem vestidos.

Lisa usava um vestido escuro florido e rodado, com gladiadoras pretas nos pés, batom vermelho nos lábios, e rímel destacando o olhar impactador da jovem.

- Você está deslumbrante! - Esbravejou a ruiva, tomando para si as mãos da amiga, que sorriu torto com o entusiasmo desta. - O orelhudo nunca chegou?

- Não... - Seu olhar logo se voltou em Kurt, que não ficava para trás.

Com sua costumeira jaqueta de couro preta, por debaixo uma camisa branca longa, um cinto com pregas prateadas, e por fim, uma calça skinny marrom, com botas surradas ao estilo caubói. Se sentirá uma estranha por se vestir de maneira tão diferente dos outros.

- Cadê a Mel? - Perguntou, não vendo a jovem em nenhum lugar próximo aos dois; Mas logo lembrou-se que poderá estar na picape.

- Vamos procurar pelo Aaron, ele ainda trabalha lá na nossa universidade, né? - Kurt assentiu, andando de volta para a picape, e este fora seguido por Lisa e Natasha, que vinham logo atrás. - Pois bem, Ro irá nos levar, não é?

A ruiva abriu a porta traseira, dando espaço para que a morena entrasse, e assim ela o fez em silêncio, se aconchegando entre Kurt e Melissa, Lisa sentou-se ao lado do marido, tomando para si a mão direita do mesmo.

- Todos prontos? - Assim todos assentiram em concordância.

Não demorou para que este desse partida. E sem mais atrasos, já estavam em frente à faculdade, observaram alguns estudantes saírem de lá, e enfim, puderam ver Aaron com uma pasta em mãos.


Ao vê-los acenando pelas janelas do carro, o moreno parou desprevenido, enquanto seus olhos corriam por todos os passageiros - com exceção de Natasha, pois não a encontrará.

- Podem ir se explicando. - Aaron aproximou-se lentamente, escondendo a pasta atrás de si.

- Vamos à um restaurante! - Lisa afirmou, tirando um riso nervoso do mesmo. - E nem diga que não virá, você vai e "cabou-se" a história!

Um silêncio curto se alastrou entre Lisa e Aaron, porém, este o quebrou, se vendo rendido pela oferta.

- Tenho escolha? - Resmungou, procurando algum vestígio de Natasha.

- Ela está ali, ó! - Lisa apontou para o meio do casal, que conversavam algo. Aaron sentiu-se brevemente incomodado, mas não protestou e entrou no veículo, sentando-se ao lado de Kurt. - Perfeito, pé na tábua!



Nota: Posso estar no inferno, no céu, ou em qualquer outro lugar. Mas sempre irei te amar com todas as minhas forças!



Todos se localizavam numa mesa próxima do salão de dança, a música estava agradável, e o local pouco movimentado. Kurt propôs um desafio, de quem irá aguentar virar whisky sem parar, e sem ficar bêbado. Robert "deixou passar", fazendo com que Aaron optasse por aceitar, e assim foi.

O azulado sentia o líquido rasgar sua goela abaixo, por outro lado, Aaron se mantinha sóbrio, com um sorriso ladino de vitória nos lábios.

Vendo-se nessa situação, Kurt ofereceu a bebida para Natasha, que não hesitou, e pediu litros de vodka e os revirou em murmuros. Lisa e Melissa observavam atentamente, com copos contendo suco de limão em mãos; a situação devidamente era engraçada, pois vez em outra Natasha esbravejava coisas desconexas para Kurt, que não tinha noção de mais nada.

Os tacos estavam distribuídos em pratos com desenhos de pimentas no centro, e apenas Robert e Lisa se atreviam à prova-los, pois estes tacos eram os mais apimentados do restaurante. Num instante, os tacos foram devorados por Lisa, fazendo com que o marido bufasse pela fome em excesso de sua companheira.

- Acho melhor mandarmos eles pararem. - Sugeriu, Robert. E ambos os sóbrios assentiram. - Amor, leve Natasha para o banheiro antes que ela suje o piso de porcelanato do restaurante.

- Certo, peçam mais uma porção de tacos apimentados, por favorzinho! - O marido, visivelmente tentado, revirou os olhos castanhos esverdeados e levantou-se, rumando até a bancada de granito e chamando um atendente.

Lisa puxou Natasha pelo braço, levando-a até o banheiro feminino sem demora. A morena olhou-a desentendida, com as sobrancelhas franzidas e um rubor sob as maçãs do rosto, indicando que acabará por passar dos limites, assim como Kurt.

- Você tá louca ou o quê?! Não lhe permiti se embreagar! - Gesticulou a ruiva, gritando enquanto se aproximava da amiga.

- Você não manda em mim! - Lisa riu, pois a palavra "você" soou desta maneira: Voxê não manda em mim! - Além "dixo", eu quero voltar e brincar com Aaron.

- "Dixo", pelo amor de Deus! - Natasha arqueou uma de suas sobrancelhas, sem cogitar que estará descabelada. - Pedirei para que Aaron te leve pra casa.

- Não "prexisoo"! Ele é um traidor! - Natasha tombou e cambaleou, mas se manteve firme. - Comprou um apartamento e me largou, o que ele "penxa" que eu "xou"?!

Enfurecida e impaciente, Lisa massageou as têmporas buscando calma, por fim suspirando.

- Vou pedir para ele te levar pra casa, e se Kurt ficar igual você ele também virá. Ponto final!

- Não "extrague" a festa dos outros! - Bradou, visivelmente alterada pelo álcool em excesso.

- Calada, queridinha.


***


Aos tropeços e recaídas, a ruiva dirigiu Natasha até a picape, Aaron já estava esperando a morena e se continha para não rir da situação de sua "dona". Enfim, se renderá à tentação e ria pelas narinas.

- Para de rir, idiota. - Bufou a ruiva, enquanto ajudava a amiga a entrar no veículo; Então a mesma se distanciou e voltou para o restaurante, acenando para ambos.

Não demorou muito para que Aaron desse partida, e o mesmo não perceberá, mas o efeito do álcool sob Natasha acabará por passar. Inquieta, ela batia freneticamente a cabeça contra o parabrisa. Estava com vontade de se abrir e matar o maldito silêncio entre ambos.


- Desculpe por te deixar assim do nada. - O moreno pronunciou-se. A voz compadecida e cheia de culpa. - Deve estar com raiva de mim e tudo mais, mas você sabe que também sou um pouco humano e posso trabalhar e ter vida própria.

- Se for se defender, nem comece. - Dera de ombros, fitando o céu nublado. Muito belo, ao ver da morena. - Eu sei que você tem deveres como professor, e que recebe seu salário, sei que tem vontade de se libertar e tal...

Um silêncio pairou por instantes entre eles. Aaron dobrou em uma esquina pouco movimentada, e Natasha fez menção em reclamar, mas manteve-se calada.

- Não quero ser um incômodo. - Após passar por ruas, quadras, e encostamentos, ambos avistaram a moradia de Natasha, que pelo visto não terá nenhuma luz ligada. - Bom, estamos quase chegando.

A morena baixou o olhar, não cogitou na possibilidade de Aaron sentir-se assim, e enfim, a picape parou bem em frente de sua casa.

Não tardou em sair do veículo, e Aaron foi educado o suficiente para levá-la até a porta de sua casa.

- Fique aqui um pouco, por favor... - Natasha sentou-se na calçada que tinha em frente da porta e deu espaço para o moreno se sentar, e sem reclamar o fez. - Sabe, eu não pensei que se sentia assim, me desculpe ser egoísta.

- Que nada, você acha que não pensei em mim? No meu bem? - Aaron retirou sua touca, e Natasha pôde ver suas orelhas fofas se moverem de forma desesperada. - Eu até queria permanecer aqui - mas agora que recebo salário, que é muito bom por sinal, posso ir de encontro com meus pais e minha irmã!

A felicidade que as palavras do mais velho carregavam deixou Natasha apreensiva, pois poderia ficar sem vê-lo por um tempo considerável.

- Quando...irá? - Perguntou de maneira falha e buscou puxar as palavras de maneira arrastada e embargada, imitando seu estado de antes.

- Nas férias, e no passeio para professores!

- Por quanto tempo? - Agradeceu a Deus por Aaron não desconfiar que estava sóbria e sã de suas ações.

- Seis meses ou menos. - Suspirou, ansioso.

Um aperto incômodo se alojou em seu coração, como uma facada profunda.

Seis meses? Por Deus, não iria aguentar nem uma semana sequer!

Borboletas voavam em seu interior, deixando-a nervosa e apreensiva. Gostaria de chorar e clamar para que este não fosse embora, mas era escolha dele, não?

Relutante em suas ações, aproximou-se mais um pouco, sentindo uma pontada de dor atingir sua cabeça - efeito do álcool. E jogando a cintura para perto de Aaron, pôs-se ao lado dele, quase colada a ele.

Seus olhos esmeraldinos começaram a marejar, e sem hesitar, virou-se na direção do moreno. Confuso, arqueou sua sobrancelha esquerda e sentiu as mãos quentes da jovem envolverem seu rosto, e num sussurro desesperado sussurrou:

- Não vá... Eu te amo, Aaron! - E, lentamente, Natasha selou os lábios esguios e rosados nos dele, num beijo apaixonante que, mesmo confuso, o moreno correspondeu.

Ambos não queriam se separar, mas após alguns minutos o ar se fez necessário.

O rosto ruborizado da jovem encantou o moreno, e suas orelhas se moveram de maneira entusiasmada e alegre. E num solavanco, Aaron puxou-a para mais um beijo, enquanto seus braços a envolviam num abraço caloroso e carinhoso.

Seria isto um começo de um relacionamento?




Continua...


Notas Finais


Espero que tenham gostado e até a próxima ♥


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