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História Meu namorado é um gato! - VIII - Revelações...


Escrita por: nedefinit

Notas do Autor


Desculpem-me a demora!!! Estava bem ocupada ;-;

Capítulo 8 - VIII - Revelações...


Fanfic / Fanfiction Meu namorado é um gato! - VIII - Revelações...

VIII - Revelação... 

 

 
 

Tinha sido imprudente, fez com que suas ações fossem tomadas pelo árduo desejo que possuía por ele; viu-se sem chão, e estava entocada em seu quarto, assim como toda a noite passada após o moreno ter saído. 

Natasha rebobinava seus sentimentos mútuos, que a sufocavam de maneira interminável, como se estivesse caindo em um poço sem fundo. 

Portanto, deduzia a si mesma que isto seria passageiro, já que ao amanhecer do dia, estava melhor, bom, isto era o que sua mente lhe dizia. 

Saiu enfim do seu "abrigo", as pernas estavam bambas e não aguentavam seu próprio peso. Num supetão, seu corpo fora de encontro com o assoalho frio; A ressaca estava lhe atacando com tudo!  

Lucas havia preparado o café, e estava sentado no sofá enquanto tomava uma xícara de chá, contudo ele ouvirá um estrondo e rapidamente foi em sua direção, vendo Natasha estirada sob o chão. 

- I-Irmã? - Gaguejou brevemente, indo ao seu encontro, oferecendo-lhe ajuda. Natasha de prontidão aceitou. - Está tudo bem? 

- Sim, estou bem. - Murmurou, sentindo sua cabeça latejar e sua visão ficava turva. - Que horas são? Irei trabalhar hoje... 

- Nem venha com essa! - Esbravejou Lucas, segurando a irmã pelos ombros, o braço esquerdo se enlaçava à cintura da morena, tomando uma posição mais ereta e firme. - Deve ficar de cama, irei ligar para o seu trabalho e para a sua universidade. Tenho certeza que irão entender. 

Natasha esboçou um sorriso trêmulo nos lábios rosados, e assentiu em silêncio, rendendo-se aos mimos do irmão mais novo. 

O jovem a carregou até a sala, colocando-a sentada sob o sofá. Natasha repetia que não era preciso tanta atenção para si, porém Lucas discordava com pé firme. 

- Me sinto envergonhada. - Natasha balbuciou, tomando em mãos uma xícara de chá de camomila.  

- Não se sinta assim, estou fazendo isso porque quero. - Lucas sentou-se ao seu lado, sorrindo de canto. Sua mão ajeitava de maneira delicada seus óculos. - Bom, se melhorar... talvez possa ir trabalhar. 

- Seu talvez me mata. - Lucas riu, se debruçando sob as pernas da irmã.  

A jovem ingeriu todo o chá, e repousou a xícara sob a mesa de centro. Sua mão destra pôs-se a acariciar os cabelos sedosos do irmão, lembrando dos de Aaron. 

Sua mente foi pega de surpresa, sendo voltada totalmente entorno de Aaron Oliver; O coração falhava batidas, e um suor frio predominava por baixo de sua franja. Gostaria de sair correndo e gritar, gritar e retirar esse peso da saudade precoce. 

 

Natasha já se sentia bem e revigorada, suas dores de cabeça haviam passado rapidamente, porém já era hora de ir ao trabalho, engoliu em seco e tomou um banho rápido, a fim de limpar-se das incertezas. 

Gostaria de encontrar-se com Aaron na metade do caminho, para pelo menos levá-lo até seu trabalho, não iria gostar de ficar só, ainda mais com um homem que vive lhe observando. 

Vez em outra pensou em denunciá-lo, contudo, lembrou que este não fizera nada a ela, pelo menos, ainda... 

Suspirou enquanto revirava o guarda-roupas, em busca de uma roupa qualquer que lhe cobrisse o suficiente. 

 
 

* * * 

 
 

O jovem professor dava sua aula calmamente - este por si, era professor em todas as matérias -, porém não encontrará com seus olhos algum vestígio límpido de Natasha; com o livro de Biologia em mãos, andava pelo espaço proporcionado para gesticular, explicar, e falar sobre o assunto. 

Suas explicações eram tão precisas, que deixavam os estudantes vidrados e presos na aula, que para Aaron era curta, sendo ela de no máximo meia hora. 

Por fim, o alarme para a troca de horário fora ouvido por toda a universidade. O moreno suspirou um pouco aliviado e rapidamente fechou o livro, o colocando dentro de sua mochila; Sorria um tanto constrangido ao ouvir seus alunos lhe implorarem para ficar. 

- Galera, tenho que sair agora, na próxima vez que vier eu lhes darei outra aula diferente desta, mas verei vocês semana que vem. - Todos suspiraram em reprovação, Aaron acenou timidamente para a classe, colocou a mochila sob as costas e saiu antes que a turma se revoltasse com suas saídas repentinas. 

Seguirá em frente apressado, cortou o caminho em corredores, escadas, e por fim chegou no seu destino. A sala de professores. 

O mesmo adentrou sorridente e seu colega de trabalho Dan, tomou para si sua mochila e a jogou numa poltrona retrátil. 

- Saiu do sufoco? - Dan perguntou num tom brincalhão, e Aaron somente revirou seus olhos. - Pelo menos, já tem sua mini folga. 

- Não seja dramático, Dan. - Aaron se debruçou sob um sofá pequeno, e suspirou pesadamente. - Hoje receberei o pagamento mensal, né? 

- Sim, apenas espere um pouco. - O louro sentou-se do lado do colega, e lhe cutucou o ombro. - E aí, tem novidades? 

Receoso e desconfiado, o jovem mais novo franziu a testa, cruzando os braços com um semblante indeciso. 

- Que tipo de "novidades"? - Aaron simulou aspas, e inclinou brevemente seu rosto. 

- Todo tipo. - Um sorriso largo se alastrou pela face do mais velho, levantou-se rapidamente, rumando em direção ao bebedouro. Pegou um copinho de plástico e ali colocou água, sem demoras voltou ao encontro do colega. - Estou entediado em demasia... 

- Oras, acho que não possuo nenhuma. - O moreno não queria se abrir, pois não tinha total confiança para com Dan. - Você não tem? 

- Claro que não! - Dan respirou fundo e desceu goela abaixo o líquido, umedecendo a garganta. - Se eu te perguntei é porque não tenho, ora bolas! 

- Certo, certo. - O jovem revirou os olhos, entediado. Por fim levantou. - Não tenho mais horários... 

- Então voe, pequeno pombo! - Aaron sorriu sacana, se divertindo com a animação do colega. 

- Eu irei voar, Dan. - Debochou e tomou para si sua mochila, segurando a alça da mesma com firmeza, seguiu lentamente até a porta de correr e deu uma última olhada em Dan. - Até mais. 

- Até! 

Assim o jovem rumou até a saída após longos cinco minutos, cortando caminho por corredores, escadas, etc. Já fora da universidade, parou em frente à rua e enfiou lentamente as mãos nos bolsos, observando os carros irem e virem. 

Sua atenção foi voltada para uma jovem que corria até ele, ofegante. A jovem trajava um moletom branco e uma saia preta, junta de uma meia-calça da mesma tonalidade, terminando com uma mochila sendo segurada pela alça. 

Devagar, ela ergueu o olhar e fez com que o capuz caísse, revelando o rosto belo e angelical de Natasha, as madeixas teimosas que escapavam do capuz e se moviam conforme a brisa os atingia. 

O jovem híbrido sentiu borboletas voarem pelo seu interior ao ver um sorriso aliviado nascer nos lábios tentadores da jovem. 

Expirava e inspirava de maneira desconexa, em busca do ar perdido, ela então segurou com força as mãos do jovem; quando ambos sentiram o toque um do outro, uma descarga elétrica passou por todo o corpo dos dois, resultando em que Natasha o soltasse de imediato. 

- P-Por que faltou à aula? - O jovem tentava não gaguejar, mas ao lembrar-se de ontem, não conseguia processar tudo. 

- Ressaca, eu estou indo ao trabalho, quer ir comigo? - Um sorriso alegre dançava nos lábios da jovem, e por instantes a mesma fechará os olhos, deixando-a com um aspecto fofo ao ver do mais velho. 

- Eu... a-adoraria. - Devolveu ao sorriso timidamente, e afrouxou o aperto com a alça da mochila. 

Natasha seguiu em frente, andava pululante pela calçada, e era seguida por Aaron, que a observava atentamente de maneira cautelosa. 

Os cabelos escuros da mesma eram jogados para os lados conforme seus saltos aumentavam, o sorriso da jovem contagiou Aaron, e em um curto período de tempo, ele estava sorrindo feito um babaca junto a ela. 

Seus passos se arrastavam pela calçada, vez em outra ambos desviavam das pessoas que passavam por eles, carregadas de sacolas de compras, bolsas, etc. Isto era a maior tentação para um ladrão. 

O olhar curioso de Aaron parou nas vidraças enormes de um restaurante modesto – este é o local onde a moça trabalha. Natasha fez menção em pegar na mão do jovem, mas não o fez, somente fez um breve gesto para que adentrasse o local, e assim ele o fez. 

Todos presentes no alojamento voltaram suas atenções no "casal", porém a jovem não se incomodou com os cochichos e olhadelas dirigidos à eles. 

O jovem "gato" não percebera a inquietação da jovem para com aquele homem, que para seu azar, estaria no local de sempre. 

Os dedos finos e robustos se chocavam contra a mesa de madeira, e o rosto estava posto sobre a palma da mão, fitando o exterior; este por si mesmo não perceberá que Natasha havia chegado, está se sentia apreensiva, e deduzia se iria atendê-lo hoje. 

- Aaron, sente-se! - Pediu para o jovem, que voltou os olhos perolados na direção da jovem, crispando os lábios e fazendo o que a mesma havia lhe pedido. Sentou-se numa mesa vazia próxima do balcão de atendimento. - Irei me trocar, já volto! 

- Certo! - Ele sorriu, retirando as mãos dos bolsos e pousando os cotovelos sobre a mesa, entrelaçando os dedos uns nos outros, observava a jovem moça sumir de sua vista. 

Aquele homem, cujo qual observava o exterior, ponderou em observar o ambiente no qual se localizava. Surpreendeu-se ao avistar uma figura conhecida, com uma touca costumeira, inclinado levemente contra a mesa, com o olhar preso no vaso de porcelana que continha uma margarida em si. 

Este engoliu em seco, levantando-se de seu acento, segurando sua maleta de couro com firmeza, rumando na direção de Aaron, estralando os dedos da mão destra em busca de atenção. 

Os olhos perolados de Aaron se voltaram na direção daquele homem, e por instantes silenciosos ambos ficaram se encarando, até que o homem à sua frente proferiu suas palavras: 

- Olá. - Falara quase num sussurro, tombando o rosto para o lado. - Posso me sentar aqui? 

- Claro... - Para não ser indelicado, o jovem indeciso concedeu ao pedido do homem misterioso. - Quem é você? 

O jovem franziu a testa ao perceber que o homem aparentava refletir, fitando e contando as pétalas da margarida, seus lábios se moviam freneticamente, porém nenhuma palavra sairá deles. 

Os olhos escuros do homem encararam os de Aaron com certa repulsa, e um sussurro inaudivel para o jovem fora pronunciado por este. 

- Ah, meu nome? - Fingiu estar perdido na conversa, e como uma presa inocente, Aaron assentiu lentamente. - Nathan Harris, presumo que você é o famoso Aaron? 

A saliva secou, o ar se fez inexistente para Aaron, e um suor teimoso descia por sua testa; vendo aquilo, um sorriso mínimo de canto nascera nos lábios do homem, que somente repousou as costas na cadeira. 

- S-Sim. - Praguejou-se mentalmente por gaguejar, sabia bem que isto indicaria sua insegurança e repulsa quanto àquele homem. - Como assim famoso? 

Harris suspirou de maneira arrastada cruzando as pernas por baixo da mesa, movendo a ponta do pé esquerdo freneticamente, o homem se continha para não rir; num movimento cauteloso, Harris aproximou-se da orelha de Aaron – que estaria coberta pela touca – e sussurrou com um tom de voz embargado. 

- Você acha que não sei quem é você? - Deu de ombros, desviando seu olhar para o resto de pessoas presentes no local. - Desde o começo observava sua "amada", mas agora te pergunto: Mais uma? 

Aaron sentiu uma enorme vontade de agarrar aquele homem, lhe socar e tortura-lo até não ver o brilho que se fazia presente nos olhos do mesmo. 

Sua respiração emanava ódio, estava lenta e profunda. 

Até que este curto momento de tensão fora quebrado por ninguém mais, ninguém menos que Natasha Gray. 

Trajava seu uniforme, com o cardápio em mãos, Aaron percebeu algo estranho na jovem, os dedos da mesma apertavam o objeto em mãos com certa força, revezando entre tremidas e apertos.  

Os olhos esmeraldinos focaram nos de Aaron, e ela somente suspirou. 

- O que desejam? - A jovem estendeu o cardápio na direção de Aaron, que fez menção em pega-lo, mas Harris havia o pego mais antes. 

- Eu vou querer o...de sempre... - O jovem se estremeceu em ciúmes ao perceber que Harris lançara um olhar lascivo para Natasha, que não compreendeu o gesto. 

- Um sanduba... - Fizera uma pausa desesperada. - E um refrigerante... Somente. 

- Irei trazer! - Ela então sorriu docemente, tomando para si o cardápio e voltando ao estabelecimento. 

Novamente, ambos a sós, Aaron não gostava de modo algum da aura que Harris emanava, o deixava inquieto e inseguro. 

- Que pena... - O homem deu uma risada cínica em baixo tom, e aproximou a mão destra da margarida singela que estaria no vaso, retirando-a de lá e levando-a até suas narinas, sentindo o doce perfume da mesma. - Ela é como esta margarida, mas, que pena que ela irá murchar... 

Aaron estremeceu mais ainda, observando Harris arrancar ferozmente cada pétala da flor, jogando-as sobre a mesa, deixando-o pasmo com o gesto de guerra. 

 

 

 

Continua... 


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3 se ficou pequeno, me desculpem!! Criatividade tá zero...


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