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História Meu Namorado Mafioso - Meu Namorado Traidor


Escrita por: xAphrodite

Notas do Autor


Hello!
Depois de um longo tempo parada, volto com a primeira fluffy postada e do seventeen. Meus mais recentes amores... ( Aqui é quilates rapa).
Essa é com o lindo Han, que eu tenho aquela queda(despenco) e a trindade mais linda deste universo: Boosoonseok.
Mabel é original! E é isso!
Ha queria pedir as minhas antigas leitoras paciência! Eu ja já volto com a outra lindeza, ela não está em hiatus. Meu notebook que está em coma!
Pinkisses e até as notas!!

Capítulo 1 - Meu Namorado Traidor


Sem drama. Sem drama. Sem drama!

Droga, como eu não poderia fazer drama numa situação dessas?

— Kwan, — resmunguei, deitando minha cabeça na mesa — presta atenção em mim, por favor! Meu namorado está me escondendo algo e você está preocupado com seu Pou! — Falei com a voz abafada e chorosa.

— O.K, você venceu. — Jogou o celular na mesa — O que está havendo com o senhor franja longa?

Há verdade é que, havia começado um relacionamento fazia um ano e três meses, e já teríamos nosso segundo aniversário de cem dias.

Consegui esse feito, depois de conversar com o menino por quase três meses. Onde quase tive que fazer um implante de bochechas por tanto sorri e fazer metade dos tutoriais de revistas Teen, onde saía que ele e eu estávamos 120% apaixonados. E só assim, ter a certeza que aquele garoto, era o homem da minha vida... é, e literalmente, eu estava caidaça na dele.

O problema de tudo, é que estar apaixonada me tornava cega, surda, muda e trouxa, a perder de vista. Além de tudo, o amor me deixava com olhos de gavião, ouvindo mais que morcego, falando mais que papagaio e o pior de todos: Pos-se-ssi-va.

Eu poderia ser facilmente chamada de louca. O que já havia sido feito, quando fui trocada pelos meus dois ex namorados, que usaram basicamente a mesma frase, com uma entonação e um conceito diferente, talvez: " você é louca!". Jeonghan não me dava motivos para acionar meu lado louca, e escrever ele no blank Space da minha mente. Até aquela maldita semana.

Tudo começou na quinta-feira, quando ele saiu pela manhã sem dizer onde iria. Jeonghan não me escondia nada. E naquele dia, simplesmente me deu um beijo e saiu, dizendo que voltaria mais tarde. Aquela atitude me deixou com a pulga, e todos os familiares dela, atrás da orelha.

Ele sempre me dizia onde iria, quando passava a noite na minha casa. Porque raios agora, ele não me deu nenhuma informação de onde estaria? E também, ele nunca voltava para minha casa. Porque nesse dia voltaria? Seria a culpa por algo errado? Seria o peso na consciência, de me deixar ir para o prédio do estúdio sozinha? Aquela quinta feira, errei mais arquivos de lugar que o normal.

Eu era a secretaria de uma academia de dança e canto. Estava longe de ser a melhor secretaria do mundo, mas a dona era conhecida da minha mãe, e sabia que eu juntava dinheiro, para financiar minha faculdade de ciências. Jeonghan era aluno naquela academia, fazia aulas de dança e canto e mais para frente, pretendia se tornar professor no mesmo local. Haviam oferecido uma vaga, e a oportunidade era boa demais.

Na sexta feira, eu levantei mais cedo que ele. Não vi a hora que o senhor cabelos longos, havia chegado na minha casa naquela noite. Mas queria o prender na mesa de café e fazê-lo desembuchar, sobre tudo que havia feito na noite passada. Porque mesmo com todo a minha desenvoltura para o FBI, não achei um fio negro dele, passar no estúdio naquela quinta feira. E ali na mesa, estava seu café americano favorito e algumas torradas com geleia. A preparação do café-almoço pela manhã, não era lá o meu forte. Naquela sexta feira, Jeonghan me seduziu com elogios e palavras bonitas, por ter feito seu café. Me deu um beijo apaixonado e saiu, antes mesmo que eu conseguisse dizer o começo do meu discurso ensaiado.

Eu merecia o Grammy de trouxa do ano, por ser enganada tão rápido.

Amaldiçoei cada fio de cabelo daquele homem, enquanto enfiava uma torrada na boca, abafando um gemido frustrado.

E lá estava eu, sentada na cafeteria, com três alunos da academia, qual eram meus amigos e integrantes da turma do Han. Seungkwan, Soonyoung e Seokmim: Os garotos mais barulhentos que eu poderia conhecer.

— E se ele for, um agente secreto? — Seok olhou para Soon, como se acabasse de descobrir uma nova fórmula de química.

— Ele com certeza não é um agente — Soon respondeu parecendo intrigado — ele estaria disfarçado de que, com aquele cabelo?

— Isso é verdade. — Seokmim olhou para a frente, perdido em pensamentos. Eu grunhi irritada, ninguém me levava a sério.

— E se ele for da máfia? — Soonyoung estalou os dedos.

— Oh! Ele é da máfia! Caramba como não pensei nisso antes. Explica todo o amor que ele tem por cabelo grande e suspensórios.

Enquanto as duas crianças brincavam de adivinhar, Kwan voltava a se concentrar no seu Pou esfomeado e sua sede por conseguir moedas de ouro. Eu permaneci de cabeça baixa, esperando o momento que alguém se pronunciaria, depois que contei a história. Mas tudo que recebi, foi as suspeitas que meu namorado, era um mafioso.

— Ah — Seungkwan resmungou — essas crianças!

— Ei, ei, somos mais velhos que você. — Soonyoung disse acusador.

— E eu, mais velha que todos vocês juntos. Prestem atenção quando eu falo! — Pedi autoritária. Eles me olharam por um instante, logo depois explodiram em uma gargalhada, sem qualquer fundamento.

— Aí! Minha barriga. Mabel!  Aí.

— Soonyoung tentava dizer algo

— Você não tem moral. Um mês não conta nada!

— Eu vou estapear, a sua cara — avancei em cima dele pelos bancos estofados, sendo impedida por Kwan que estava entre nós.

— Certo, tudo bem — Seungkwan se virou para mim, que ainda trocava olhares mortais com Soonyoung, por tal petulância — você acha que ele pode estar traindo você?

O QUE? Me traindo? Olhei para os três, com um claro terror estampado nos olhos. Yoon Jeonghan não poderia estar me traindo. Eu havia levantado essa questão na sexta feira, mas também descartei ela. Afinal, somos apaixonados. Ou só eu estou apaixonada?

Depois da constatação dos fatos. Comecei um longo quebra cabeça em minha mente, e notei que ele não estava estranho a partir "daquela quinta feira", ele estava estranho faziam dias. Seu celular parecia misterioso demais para mim, já que meu amado namorado, vez ou outra conferia mensagens nele. Até sorria para aquela porcaria eletrônica, algumas vezes. Que raios de pessoa, sorri para um telefone?

Afundei o corpo no banco e cocei a cabeça, sentindo a ponta do meu chifre esquerdo nascendo. Tinha que admitir com todas as letras e fatos, com todas as tristezas universais, havia chegado a uma conclusão que minha história de romance vinha ao fim: era traída!

— Eu não creio que seja isso. — Soonyoung falou, agitando as duas mãos na minha frente.

— Para mim, parece bem evidente. — Kwan ignorou o olhar dos mais velhos, onde dizia claramente para me esconder a verdade, e voltou a olhar seu celular, como se nada tivesse acontecido. 

— Mabel, ignora ele. Jeonghan hyung deve estar fazendo uma surpresa para você. — Seokmim, um amor de pessoa, disse sorrindo.

Agora enfim a verdade caia na mesa. Eu estava sendo traída e a minha pobre Mabel Apaixonada, não queria acreditar. Ela chorava com um vestido de noiva bufante no chão, e entregava a chave do controle da situação a Mabel Louca. Essa com um sorriso maligno, pegava a chave e anotava com gosto Yoon Jeonghan, no meu Blank Space, dando início a uma nova faze da vida: pegar o traidor.

— Eu vou desmascarar ele.

— O que? — Os três me encararam em um uníssono.

— Vou pegar ele com a mão na massa. Vou amassar ele, vocês me entendem? A louca está solta, e agora eu vou escrever ele no meu livro de ex’s namorados.

— O que você está dizendo Bel? Anda vendo filmes de ação demais! — Soonyoung soou preocupado.

— Hoshi, eu vou desvendar essa traição. — Ele me encarou, com os olhos mais apertados que o normal.

— Mas ele não está te traindo bel! — Foi a vezes de Seok tentar fazer o impossível, me convencer.

— Como não? Só o Kwan é sensato nessa mesa? — Apontei para o menino, que esbofeteava o celular com os polegares. — Ou ele está me traindo, ou é um mafioso — apontei para a questão dos dois, enumerando nos dedos.

— Então ele é mafioso, porque não trairia você... — Soonyoung falou baixo.

Naquele sábado, Jeonghan me ligou para que fosse a casa dele. Sem hesitar, peguei um táxi direto da cafeteria e rumei para a casa do meu doce-amor-traidor. Fui o caminho todo pensando em um modo, de fazer ele cuspir as verdades na minha cara de uma vez. Iria doer bem menos, que pegar ele aos beijos com uma magrela de cabelos longos. Eu deveria ter deixado meu cabelo cumprido quando ele pediu. Maldito ego, que me fez cortar pelos ombros.

Ainda, como se não bastasse meu arrependimento vespertino, o taxista resolveu ligar o rádio, e Loser caiu como uma luva sobre medida, deixando todo o meu clima de recém descoberta de galhada melhor. E eu quase podia me ver deitada na pista, com meu cardigã de lã, simbolizando a cena final de G-Dragon e seu sofisticado casaco de onça. Nem o direito de sofrer como GD eu tinha. No máximo, eu ligaria pra Kwan e ele me chamaria de burra, por algumas horas.

— Ah! Eu amo essa música. — O cara sorriu para a janela, como se a música fosse animada, e colocou ela mais uma vez.

Quando o táxi parou, depois de ouvir Loser três vezes, eu estava acabada. Não, isso ainda era pouco! Mabel, era um farrapo humano. Alguém sem eira nem beira. Só conseguia pensar em como faria ele me contar, sem dizer exatamente que queria saber de algo.  Doeria demais perguntar na cara dura e ouvir que "Ah Mabelsabe como éseus atrativos eram os cabelos longos". Malditos cabelos longos. E o cabelo dessazinha, deveria ser maior que da princesa do Enrolados. E quem sabe era loiro. Céus, ele amava cabelos loiros, e eu sempre mantendo o castanho. Nunca peguei os sinais, onde ele via minhas fotos antigas e dizia que eu ficava bem loira. Eu devia estar no salão agora!

Encolhi os ombros e andei para o elevador. Nunca pensei que chifres pudessem pesar, mas eu juro, minha cabeça pesava uns quatrocentos quilos ao andar. Levantei os olhos, como se pudesse olhar para meus novos objetos de enfeites, e vi uma folha imaginária nascer na ponta. Tamanho era o tempo que habitavam minha cabeça.
Ao passar pela recepção e entrar no elevador, tomei cuidado em me abaixar, para não ficar com aquelas coisas enormes presas na porta. Conseguia ver claramente, as pessoas incomodadas ao meu lado. É, parece que eles não incomodam só a mim.

Antes da porta fechar, sai do elevador e preferi a escada. Talvez meu semblante de buldogue velho melhorasse, e eu pudesse ver o traidor-cabelos-mais-longos-que-o-meu com uma áurea menos pesada. E lá fui eu, subir cinco lances de escada, enquanto arrumava uma boa frase de impacto.

Não poderia chegar fazendo drama. Ele não merecia lágrimas. Ah, não merecia mesmo! Eu precisava era chegar chegando, bater duas palmas, pôr a mão na cintura e dizer para aquele garoto lindo, que eu amo muito que... aceito um poli amor. Não, foco! Deveria olhar para ele, sorri de lado e.... Droga, eu me odiava mais do que conseguia odiar ele.

Ao pisar no andar do homem, que eu amo e me traiu, andei devagarinho até a porta dele adiando aquela briga. Meu semblante, havia passado de buldogue, a pinscher raivoso.

Aquele apartamento, deveria ser o local que ele trazia a Barbie Rapunzel, enquanto me dizia que ia dormi. Traidor de cabelos longos!

— Seu traidor! — Entrei no apartamento com um baque, notando o espaço cheio de jornal no chão da sala principal. Jeonghan me encarou com as sobrancelhas arqueadas, logo depois de deixar um balde de tinta no chão.

— Mabel — ele sorriu de lado caminhando na minha direção, com a mão jogando o cabelo para trás — porque eu seria um traidor?

— Você, vo-vo.... — lembra minha cara de pinscher zero convulsionando? Ela se suavizou, quando ele tocou a minha bochecha, para a cara de um labrador babão.

— Eu o que, Bel? — Porque a voz dele parecia tão baixa?

E agora? Eu não conseguiria persuadi-lo, e minha mente mais traíra que minhas ações, já começava a pegar uma borracha e apagar o nome dele, do meu blank Space. Letra a letra. Até desenhar um coração no lugar. Como eu odiava, tentar odiar ele.

— Você não me avisou que era para vir com roupa extra — boa Mabel — ou queria apenas me dar um beijo e me dispensar?

Jeonghan me encarou por alguns instantes, ainda com aquele sorriso meigo no rosto, que no fundo dizia que ele havia aprontado. Aquele ordinário sabia bem do que eu estava falando! E nem precisei pôr a mão na cintura para isso. Mas ao contrário de mim, minha Louca estava amarrando os cabelos curtos em um rabo de cavalo, calçando as luvas de boxe e se preparando para uma boa briga. O que não aconteceu. Aquelezinho, tirou a bolsa da minha mão, me deu um beijo na testa e rumou para o seu quarto. Carregando todas as minhas respostas e indignações, juntamente daquele pedaço de couro falso. Eu e minha mente, ficamos brigando se deveríamos falar mais sobre aquela quinta, como o smigol decidindo entre entregar ou não, o precioso. Mas resolvemos que sem provas, não tinha como falar com ele acusadoramente, e saber se rolava uma associação amorosa com alguma personagem da Disney.

Foi quando tive a brilhante ideia, e precisaria da trindade comigo. E só então, teria a última resposta para o quis da minha vida amorosa: "Quem quer ser uma corna"

Mal desmanchei meu sorriso de maníaca, Han voltou e passou uma blusa sua, preta e velha, por minha cabeça, depois puxou meus braços, passando pelos respectivos buracos e me vestiu como uma boneca. Em partes eu me sentia uma boneca, feia e esquecida, da liquidação que ninguém quer.

Meus pensamentos em bonecas, me faziam lembrar da princesa de enrolados, minha sócia, que deveria ser tão branca quanto a Elsa. Eu amava frozen! Mas lembrar desse fato fazia meu peito doer, enquanto Han, me puxava em silêncio para perto da parede branca.

Ah Jeonghan, como você pode?

— Eu vou te escravizar um pouquinho hoje. Se importa? — Ele me colocou a sua frente, me deu um pincel, me virou de frente para a parede e me abraçou, apoiando seu queixo no meu ombro.

Eu amoleci perto dele. Como poderia amolecer tanto perto dele? E até minha parte louca, ficava três vezes menos esquizofrênica e voltava a aceitar o poli amor. Suspirei derrotada, apertando o pincel na mão.

Jeonghan queria pintar a parede da sala de preto. Cuja a cor, era uma das minhas atuais cores favoritas. E ele sabia disso, pois me presenteava com diversas coisas do tom quando conseguia. Eu sabia que Hannie era sustentando pelos pais. Diferente da minha família, eles tinham uma condição razoável, que não exigia que ele trabalhasse fora, já que fazia a academia e se dedicava nela. Só que Jeonghan odiava pedir dinheiro aos pais, inclusive quando se tratava de agrados para mim. Sempre discursava a mesma coisa: "Bel, é a minha garota, não a sua mãe".

E lá estava eu, frisando mais questões importantes. Quantos presentes ele deveria ter dado a Elsa? Porque havia um tempo, em que não saíamos da minha casa ou da dele. E as idas ao Parque, haviam se reduzido apenas a andar. Não que fosse uma usurpadora. Jeonghan que tinha um certo orgulho em pagar as coisas, já que ele não trabalhava e sabia que eu juntava todo o meu salário, praticamente.

Em algum momento, Hannie parou com o rolo e olhou para baixo, onde eu estava sentada de pernas cruzadas, pintando o rodapé. Ou deveria, pois já devia ter feito uns vinte minutos, que eu só observava o meu namorado, que beijava a Rainha branca.

— Bel, porque está me olhando tanto hoje? Uh? — Ele largou o rolo e se sentou à minha frente

— Eu devo ficar realmente bonito pintando está parede. — Ele sorriu cheio de si, e eu fechei a boca, engolindo qualquer resto de dignidade que me restava.

Como um traíra poderia ser tão bonito? Olhei para a parede, ignorando o alto elogio que o Judas soltou.

— Porque está pintando de preto? — Minha frase saiu misturada ao som do celular dele tocando. Aquele maldito celular!

— Um minuto. — Ele retirou o telefone do bolso, e olhou a tela.

Em segundos, a minha parte louca aparecia para mim, trajada de roupa e bota de cano alto, ambos pretas e de couro, enquanto vestia uma touca ninja e empunhava um papel e uma caneta, pronta para anotar a senha do celular de Jeonghan. E sem pensar, começava a maratona, onde Jeonghan começou pelo meio, jogou o dedo polegar para a direita, esquerda e desceu pela esquerda.

Bingo! O telefone havia destravado.

Minha louca já havia descoberto o padrão e fazia uma dancinha estranha. Quando Jeonghan terminou de digitar, voltei a movimentar minha mão, como se estivesse interessada em pintar aquela área do rodapé, que estava bem mais caprichada que o resto. Até borrada um pouco no piso. Han deixou o celular no chão, e se arrastou até estar do meu lado. Jogou sua perna direita por cima das minhas e se aproximou, colocando sua cabeça apoiada na minha, me abraçando de um jeito estranho, porém fofo.

Se não fosse a situação em que me encontrava, onde meus galhos arranhavam seu teto, eu até poderia achar romântico pintar uma parede com ele. E era na verdade. Tinha eu, ele e pincéis. Deixei minha cabeça cair por cima de seu braço, que estava apoiado em meu ombro, e pousei a boca ali. Levada pelo meu lado apaixonado, que não resistia a um momento romântico, enfiei meu dedo na tinta.

— Hannie, quer uma tattoo? — Chamei ele, que estava carinhosamente esfregando seu nariz gelado no meu pescoço, e levantou rapidamente o rosto, quando sentiu meu dedo deslizar por seu antebraço. 
E que bela arte eu estava fazendo!

— Sua...ei! — Ele disse, tentando uma cara brava — Mabel!

Continuei deslizando meus dedos pelo seu braço, até chegar a sua bochecha e deixar a pontinha ali. Jeonghan tinha o sorriso mais bonito do mundo. E eu até conseguia entender a Rapunzel-Elsa. Quem não se encantaria com aquele ser? Por um único momento, Han encostou nossos lábios e eu corei. Caramba, como eu conseguia ser patética perto dele! Me afastei, ouvindo a Louca espernear que ele era um traidor, e descansei a boca em seu braço novamente.

— Eu vou ao banheiro me limpar e depois pedir algo para comermos. Prefere o que?

Levantei meus olhos e por alguns segundos, pensei em tudo que poderia dizer naquele momento.

— Pode ser o que quiser. Na verdade, não estou com fome. — Dei de ombros.

— Tudo bem. — Han beijou minha bochecha, depois levantou me deixando o vazio que o corpo dele me fazia sentir.

Droga, eu estava muito apaixonada, e muito possessa também. Porque quando meu sonar, detectou seu celular no mesmo local em que ele havia deixado, prontamente lá estava eu, com os dedos coçando mais que a ponta do meu chifre. 

Quando o telefone destravou, eu literalmente me senti como um agente da CIA, mexendo seus pauzinhos por baixo dos panos. Ouvia uma voz alta gritando,
"...pare Bel, isso não é certo..." e reconhecia Seok e Soon. O que confesso, me fez hesitar por dois míseros segundos. Porém ao chegar no seu adorado CHAT, no topo das conversas, estava a última que havia enviado uma mensagem. E enfim, meu mundo desabou.

Quem raios era Cheolie? E porque no nome havia uma coroação?

Haviam duas pessoas na foto: um menino que abraçava uma menina de lado. Nada muito amoroso ou íntimo. Pareciam amigos ou até irmãos. Como se eu pudesse ouvir Seungkwan na minha cabeça dizendo "eu te avisei", eu abri a conversa. Havia apenas uma foto de um convite de uma festa. Droga! O que seria aquilo?

Enviei a foto para o meu chat, e depois exclui a mensagem do celular dele, que acabava de mandar para mim, sabendo que no meu permaneceria o envio. Não satisfeita, abri a foto e me deparei com a menina que estava mais para Elsa-Pocahontas. Ela tinha a pele clara, e incríveis, brilhantes longos, cabelos negros.

Meu cabelo jamais chegaria até o meio das minhas costas e o dela, poderia ser doado para umas cem crianças de tão grande. E ainda sobraria muito. E aquilo brilhava. Como brilhava! Fechei tudo com pressa e joguei no chão novamente, voltando a pintar o rodapé, sentindo bem na ponta grossa do meu galho ser entalhado Cheolie e Jeonghan, com um coração.

Quando o traidor voltou, eu não consegui olhar para ele. Aquele, danado! Como pode me enganar na minha frente? O meu livro, voltava a ser assinado internamente. Desta vez a ferro e fogo, as letras eram marcadas com total consciência que eu tomaria uma atitude. E os corações que antes rondavam meus pensamentos, estavam todos sendo queimados numa fogueira que exalava fumaça de traição.

— Acho que esse lado está ótimo, não é? — Ele perguntou, e eu me limitei a um pequeno resmungo, colocando todo o meu ego na jogada. — Nossa Bel, você está tão sem sal hoje. Vou por uma música.

E como se não bastasse ser chamada de sem sal, assim que o rádio foi ligado, as primeiras batidas de Loser passaram por mim, basicamente, carregando com ela toda a minha moral.

Naquele sábado, eu me conformei que era uma perdedora!

Mais tarde, quando botei os pés no meu apartamento, fui direto para a sala jogando minha bolsa lá e as sacolas do mercado. No caminho já havia mandando mensagem para os meninos, dizendo que precisaria deles o mais rápido possível, ou me mataria com drogas fortes que havia comprado. Em menos de uma hora, onde eu tomei coragem para um banho, meu interfone tocou e eu dei permissão para eles subirem. Voltei a me sentar no chão da sala, com as luzes todas apagadas, o terceiro pote de sorvete na mão e o filme Frozen, passando como o terror mais pesado. E era, porque até mesmo a Louca, havia me largado ali sozinha, fazendo meu sorvete render com as lágrimas e cupins se apossarem de meus chifres - que se tornaram galhos secos, já que eu estava desidratando de tanto chorar.

Os meninos pararam de pé ao meu lado, ambos trazendo mais sorvete na mão e eu sorri olhando de volta para a TV. Logo depois solucei, como se um ente querido tivesse partido, ao assistir a Elsa sair do quarto e todos ficarem maravilhados com a nova rainha.

Céus, porque a Cheolie tinha que ser tão bonita? E ainda havia um coração!

— Credo, — Soon olhou para mim assustado, com o grito esganado que soltei — essa parte nem é tão emocionante.

— Porque — enfiei uma colher enorme de sorvete na boca — ela não ficou no quarto? — E terminei, chorando com a boca aberta.

— Verdade. Depois ela estraga o romance da irmã — Seungkwan olhou para a TV distraído, e eu berrei novamente.

Se não fosse pela Barbie-Elsa, eu não estaria jogada as traças, no chão da sala. E se não fosse o traidor, me encantar com aqueles sorrisos todos, eu não estaria levando tanto peso na cabeça.

Seokmim se abaixou até mim, retirando o sorvete da minha mão, com muita dificuldade e sentando ao meu lado, enquanto o solo de Vejo Uma Porta Abrir começava. Amava aquela música. Principalmente cantar em dueto com Jeonghan, que tinha uma voz maravilhosa, ao contrário da minha - que estava mais para dois gansos morrendo ou brigando. Mas naquele momento, ela me lembrava a um concerto fúnebre, onde meu romance que faria o segundo centésimo, ia por água a baixo.

Os outros dois se sentaram no sofá, cada um com um pote de sorvete. Em dias normais, eu teria lutado mais pelo sorvete que Seokmim estava comendo, que foi arrancado da minha mão sem dó, nem piedade.

Bem no meio do filme, escutei um resmungo vindo do sofá e logo notei Soonyoung, com cara de tédio.

— Porque estamos vendo frozen, mesmo?

— Soon, ele me trocou por uma Elsa. — Falei com a voz chorosa, passando as costas da mão nos olhos. — Ela é linda de verdade. E tem os cabelos tão negros, quantos os da Pocahontas e talvez, maior que o da princesa de enrolados. E a pele? — Fiquei de joelhos encarando ele. Soonyoung chegou para trás com olhos amedrontados — Aquela pele é tão branca quanto a da Elsa. Ah!

— Como sabe de tudo isso, Mabel? - Seokmim olhou para mim, esperando que eu respondesse o contrário do que ele já sabia ser a verdade.

— Eu olhei o telefone dele. E estava lá, a Elsa-Pocahontas.Toda linda! — Sentei novamente

— Quero pegar esses dois juntos.  — Esbravejei, enquanto esperneava. — Agora quero ver com meus próprios olhos, essa garota que fez o meu Jeonghan virar o príncipe Hans. E preciso de vocês!  — Falei decidida.

— Bel, não é melhor perguntar a ele? — Soon ponderou. Mas eu já tinha a decisão, passaria para a segunda fase: investigação.

— Ele irá negar hyung — Foi a vez de Kwan falar, ainda concentrado no filme.

— Amanhã, nós vamos até o endereço do convite que achei no celular dele, e eu vou confrontar ele. — Sentei ereta, e apertei meus olhos para a TV. A Elsa fugia da irmã — Yoon Jeonghan vai ver só.

— Por mim tudo bem. Parece que vai ser muito divertido! — Kwan se animou, largando o sorvete e me encarando cúmplice.

— Você escuta algo que essa garota fala, Seungkwan? — Seok soltou preocupado. Kwan sempre concordava comigo — Como pode concordar com isso?

— Ela quer — deu de ombros — não vejo mal algum. Afinal, aquele menino é muito cheio de si.

— Isso, isso, eu quero! — Pulei virando para Seokmim —E ele e vive se alto elogiando mesmo. Puff! Por favor, né! — Revirei os olhos. — Está na hora de acabar com o senhor perfeito.

— Tudo bem — Soon se pronunciou. — Eu to dentro!

— Você está louca Bel. Totalmente lelé, e Seungkwan ainda dá corda — Seokmim deixou um peteleco na minha testa.

Esfreguei o local e me virei totalmente para o lado dele no chão, o único que eu ainda não havia convencido.

— Você está dentro ou não Dk?

— Eu não vou participar dessa sua insanidade!

Naquele domingo, quando cheguei no ponto do ônibus, esperei os meninos por alguns minutos. Eu estava pronta para a briga naquele dia. Dormi pesado na noite anterior e estava disposta. Até tentei fazer como a Apaixonada queria, e chorar por horas. Mas o que meu corpo queria mesmo, era 14 horas de sono sem intervalos e resolveu que passar a noite em claro, não era a minha praia.

Quando levantei, com meu vizinho de cima tocando o meu mantra da semana, Loser, eu não me deixei abater. Sai com os chifres polidos e muito bem disfarçada. Eu enfim, iria sanar todas as minhas dúvidas.

Os três meninos caminharam até mim. Primeiro sem pressa, porém quando o ônibus apareceu virando a esquina, eles correram desengonçados pela rua. Nenhum de nós havia se aventurado por este lado da cidade, mas nossas condições financeiras e a distância nos fizeram ir de ônibus. A tal festa, havia sido marcada no convite para as duas horas da tarde e com meu afobamento, saímos de casa e pegamos o ônibus, antes mesmo das onze. Eu não queria perder nada! Desde a hora em que ele desse a mão a Elsa-Pocahontas, até a hora em que ele abraçasse ela de lado e desse um beijo carinhoso.

Ah, eu poderia facilmente voar no pescoço deles.

Kwan estava distraído com seu Pou. Ainda queria aquela roupa cara, e só teria se tivesse muitas moedas. Odiava ser interrompido, apesar dos meninos implicarem muito com ele. Encostei a cabeça na janela, observando as ruas totalmente desconhecidas por mim. Porque meu amado Jeonghan estava me traindo. Depois de tanto tempo! Eu queria entender.

— Bel — ouvi Soonyoung me chamar. Ele estava no banco da frente, junto de DK e olhava para mim com expectativa — o que vai fazer quando chegar lá?

— Ah Hoshi. — Olhei para os olhos curiosos, pensando. O que eu faria? Mesmo preparada para a briga, eu não iria conseguir estapear ele, como havia maquinado pela manhã.

— Gente? Onde estamos? — Seungkwan me salvou da questão, ao mesmo tempo em que colocou uma nova.

Aquela área era distante e totalmente no litoral. Minha roupa não era nem um pouco apropriada, quando descemos no ponto do ônibus, próximo ao clube que a festa estava marcada. E já estava uma movimentação enorme ali. Tentando não ligar para o vestido jeans velho e tênis que vestia, procuramos um esconderijo apropriado: um arbusto - que Seungkwan ficou dizendo ser muito clichê - e esperamos o alvo, sentados no chão de areia.

Muitos carros caros e importados, paravam na porta do clube. Soonyoung batia em Seokmim, iniciando uma brincadeira, de que quem visse um carro importado primeiro, daria um tapa no outro.

Quando estava chegando, lá por uma da tarde, e meus joelhos já não aguentavam mais ficar dobrados, um carro preto, alto e caro - bem caro - parou na porta do clube, e um dos passageiros era O alvo

— Olha lá, olha lá. — Estapeie o braço de Soonyoung, enquanto ele se contorcia.

E Han estava lindo. Usava chapéu preto redondo, camisa branca social, calça social e suspensórios pretos. Quando senti a primeira gota de baba bater no meu joelho, eu foquei novamente na cena, esperando o momento certo de agir.

Logo em seguida, um menino desceu sorrindo. E a Elsa não estava lá ainda. Continuei olhando a interação dos dois e apertei bem os olhos reconhecendo aquele menino da foto. Eu estava tremendo de ansiedade, quando uma terceira figura apareceu sorrindo. Era a Elsa. Aquela ordinária estava lá! Com o vestido longo, florido, sereia, que caia bem de todos os lados e me fazia repensar se a odiava ou a amava. Céus, como ela era bonita!

— Ele com toda certeza, é um mafioso — Seokmim disse, reparando o carro tão caro, que deveria ser a renda de nossas quatro famílias inteiras.

Eles deram a volta no carro, e eu não pude mais ver o que eles faziam. E somente quando o veículo saiu para o estacionamento, observei melhor os dois meninos. Eles interagiam com intimidade e a menina tinha os braços cruzados, não conseguindo acompanhar aquela zona. Eu entendia a Elsa. Entendia bem, já que os dois, em meio a investigação, ainda se estampavam, e Kwan reclamava, até xingava os dois de bastardos.

Até que como mágica, todos os meninos pararam por um instante, com os olhos concentrados na cena a nossa frente. Yoon Jeonghan, abraçou o menino pelos ombros e o puxou para dentro do clube, e a Elsa-Deusa-Pocahontas ficou para trás, gritando para o menino agarrado ao meu namorado: — Cheolie!

— Sabia! — Seungkwan bateu a mão na perna — Gay

E lá no clube, onde o CD do Big Bang tocava, eu recolhi todos os cacos de coração que ainda me restava. Alisei aquele chifre que levava o nome e o rosto de alguém, e pedi mentalmente ao DJ para mudar a música para a minha favorita naquela semana, Loser.

E eu acho que ele me ouviu


Notas Finais


Ow! Olá de novo!
E então? Adoro a Bel confesso!
É isso! Deixa seu amor aí nos coments!
XOXO


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