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História Meu novo caos - Capítulo 1


Escrita por: lealvarenga

Notas do Autor


Minha primeira fanfic aqui, tô me adaptando e espero que gostemm.
Já tenho tenho um capítulo postado dela no Nyah!

Capítulo 1 - Capítulo 1


O despertador deve ter tocado há uns dez minutos, o que significa que já são mais de 6:40. O que isso quer dizer? Quer dizer que eu tô bem atrasada e não vai dar pra tomar banho antes de ir pra escola. O chuveiro que me desculpe, mas o meu sono tava muito bom.

Levantei da cama, andei lentamente até o banheiro coçando os olhos e lavei o rosto. Escovei os dentes, segui com a minha rotina matinal diária, tirando o fato de não ter tomado banho, e fui tomar café.

- Bom dia. - cumprimentei meus pais, já sentados na mesa. 

- Bom dia. Foi impressão minha ou você não ligou o chuveiro? - minha mãe pergunta e meu pai dá um sorrisinho. 

- Acordei atrasada, não tem tempo de tomar banho. - respondi e bebi o meu Nescau. Meu pai me lançou um olhar como se dissesse "relaxa, eu sei que você não tá fedendo", e eu sorri pra ele. 

Comi um pedaço de bolo bem rápido, e fui escovar os dentes, já ouvindo o Arthur me gritar do lado de fora.

Peguei a mochila no canto do quarto e saí de casa. 

- Temos hora pra chegar na escola, sabia? 

- Eu atraso 5 minutos e você já reclama. 

- Sua cama devia estar maravilhosa. Essa sua cara amassada de sono tá linda. 

- Sua cara sempre tá amassada e eu não falo nada. 

- Isso porque você é um amor de pessoa.

- Ainda bem que você sabe. 

Já estávamos fora do haras. 

Arthur e eu somos melhores amigos desde sempre. Rodrigo e Ana, seus pais, são os donos do haras e meus pais são os administradores antes mesmo de nós dois nascermos. Fomos criados juntos, aprendemos tudo juntos e apenas alguns meses separam o nosso nascimento. Tenho ele como um irmão. Inclusive, o meu cavalo se chama Thor, que na cabeça da Manuela de 9 anos, é uma homenagem a "Arthur". Hoje em dia penso muito mais no Thor dos Vingadores do que no Arthur, mas nem falo nada e deixo ele se gabar com a homenagem que fiz há 8 anos atrás. 

O Colégio Losango fica bem no centro da cidade. É o maior que tem aqui e a preferência das pessoas que tem uma vida melhor. Como não tem outra opção, as pessoas ricas de verdade também estudam aqui, como é o caso do Arthur. 

Ele chega cumprimentando todo mundo, pra manter sua fama e popularidade, e eu só acenava com a cabeça para aqueles que sorriam pra mim. 

Nos ajeitamos nos nossos lugares na sala, onde entramos praticamente juntos com o professor Marcelo. 

- Melhor aula de todas. - Amanda fala e eu dou um risinho. 

- Com certeza. 

- Esse homem é muito entediante, meu Deus. Eu não aguento. 

- Ninguém aguenta. 

Amanda é o mais próximo de uma amiga. Não é uma pessoa que sabe de tudo da minha vida, que me conta segredos, que vive grudada, nada disso. Só conversamos, damos risada e passamos o intervalo juntas quando o Arthur não vem. 

O dia foi seguindo nornalmente. Eu estava doida pra ir pra casa, mas a hora não passava de jeito nenhum. Ainda tinha aula de matemática. 

Quando o inspetor apareceu na porta da sala dizendo que a professora não viria dar aula por estar doente, eu tive vontade de ir lá dar um abraço nele. Mas só guardei o meu material e me direcionei à saída, já que o meu querido amigo devia estar se agarrando com alguém em algum canto. Porém, um grito de "Ei, Manu", quase me fez chorar. 

- Oi, Edu. - respondi, forçando um sorriso. 

- E aí, tudo bem?

- Sim, e você? 

- Ah, mais ou menos, você me abandonou. 

Claro, né.

- Imagina, impressão sua. 

- A gente podia marcar de sair de novo, tô com saudade de você.

- Vamos ver. - respondi com o mesmo sorriso de segundos atrás, já me virando, pronta pra dar uma desculpa de precisar ir pra casa logo.

- Não vai nem se despedir? 

- Tcha... - fui interrompida pela aproximação súbita dele. Mas antes dele conseguir o que queria, o Arthur gritou o meu nome e eu suspirei aliviada. 

- Eu tava te procurando. Atrapalhei alguma coisa?

- Não, eu já tava me despedindo. - falei meio desesperada. - Tchau, Eduardo. 

Virei e saí andando rápido, com o Arthur me seguindo dando risada.

- Cuitado do cara. 

- Coitada de mim! Ele não me deixa. 

- O que ele te fez? 

- Eu já falei umas trezentas vezes. Fazer ele não fez nada, mas o cara beija mal, me baba toda. - fiz cara de nojo. 

- Só você acha isso, cada hora ele tá com uma. 

- Isso porque ninguém aguenta ficar com ele muito tempo. Fora que ele nem conversa, só quer ficar me agarrando. 

- Você que deve beijar mal.

- Fala como se nunca tivesse experimentado. Fácil cuspir no prato que comeu, né? 

Vamos pular esse episódio da nossa amizade onde ele me beijou, sério. Não que tenha sido ruim, só que foi como beijar uma pessoa que saiu do mesmo útero que eu. 

- Ok, ele é o erro.

- Confio no meu taco, caso contrário nem falava nada. - dei uma piscadinha pra ele, que riu abrindo a porteira. 

- Vamos dar uma volta depois? 

- Depois do almoço eu vou dar banho no Thor, qualquer coisa eu vou lá te chamar. 

- Tá bom. Até depois. - me dá um beijo na bochecha e cada um vai pra um lado.

Fui pra minha casa e já do lado de fora, senti o cheirinho da comida da minha mãe, se destacando em meio o cheiro de mato.

- Cheguei, dona Clara. - avisei. 

- Oi, filha. Como foi o dia? 

- Como todos os outros. - respondi.

- Um dia isso muda.. 

- Acho bem difícil.. e também, isso não foi uma reclamação. Você perguntou e eu respondi. 

- Eu sei disso, mas acredito que uma hora alguma coisa vai acontecer e a sua vida nunca mais vai ser a mesma, entende? 

Eu ri. 

- Ih, mãe, continua cortando sua cenourinha aí que eu vou tomar banho. 

- "Cenourinha". Quem vê pensa que você gosta.

Eu ri de novo e fui pro meu quarto. 

Tomei banho, vesti o primeiro shorts que encontrei com uma blusinha azul e fui almoçar, já que minha barriga ja tava incomodando com o tanto que roncava.

Eu e minha mãe almoçamos tranquilamente, enquanto ela me contava o que tinha acontecido no capítulo de ontem da novela das seis, e eu tentava parecer interessada, só porque a empolgação dela era muito bonitinha. Como ela mesma diz, eu sou uma ótima atriz, então com certeza minha cara estava disfarçando o meu tédio. Eu odeio novela. Só que ela não precisa saber disso. 

- Então foi isso. Não vejo a hora de assistir hoje, espero que seu pai não esteja vendo nenhuma corrida daquela Fórmula não sei o que, que ele tanto assiste. 
Ninguém no mundo me faz rir mais do que a minha mãe. 

- Qualquer coisa, eu arrumo algum trabalho lá fora pra ele, pode deixar. Agora, eu vou dar banho no Thor. 

- Você tomou banho pra dar banho no seu cavalo? Vai se sujar, suar.. só você mesmo. 

- Relaxa, não vou correr a maratona e nem rolar na lama, tá? Beijo. - joguei um beijo no ar e saí de casa. 

Encontrei o Arthur no caminho para a cocheira, e nisso ele me ajudou no banho. 

À noite, dormi com a mesma sensação de todos os dias: de que minha vida é tranquila demais e eu não queria nunca o caos da cidade grande que vejo na TV todos os dias. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado ❤❤


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