História Meu Passado Obscuro - Quem é Você?

*Carolina Kopelioff*

Depois que a Karol tomou o calmante dormiu e eu fui pro meu quarto.

- Ela sempre tem essas crises? - Augustín perguntou me encarando

- Eu vou te contar, mas promete que não vai abrir a boca okay?

- Ta me fala.

- A Karol sofreu um estupro e não consegue tirar isso da cabeça, talvez sejam lembranças...Mas ela mencionou o Rugge enquanto tremia. Deve ser coisas da cabeça dela.

- Espera, o Ruggero ta um pouco estranho desde que ela voltou, mas ele não faria isso.

- Eu confio nele, acho que não. - falei convencida, obvio que ele não faria

- Parece estranho, mas teve um dia que ele saiu furioso da minha casa mencionando o nome da Karol.

- Acho melhor esquecer isso - falei deitando do seu lado.

*Ruggero Pasquarelli*

Era 8:00 da manhã quando a campainha tocou, levantei sonolento e desci para abrir a porta.

- Bom dia senhor Pasquarelli - Valentina estava com o bebê no colo.

- Entra - falei sério

Ela entrou e entregou o bebê

- Ah, antes que eu esqueça. A senhora Sevilla me ligou procurando o filho. - eu engoli seco

- E o que você disse?

- Nada...O senhor mandou lembra? - ela sorriu

- Okay...Obrigado e já sabe né? Nada.

- Sei sim...Tchau. - ela abriu a porta e saiu.

Quando Valentina saiu eu levei o bebê até o quarto e olhei seu rosto.

- Me perdoa filho! - lágrimas caíram

(...)

*Karol Sevilla*

Já se passou um ano e eu estou namorando o Ruggero, aquele mesmo sonho me atormenta, mas acho que é coisa da minha cabeça porque estamos juntos. Ainda não transei com ele, mas disse que esperaria o tempo que fosse por mim. Ele parece saber o que aconteceu comigo.

Estou aqui no meio da noite com esses pensamentos porque novamente acordei com aquele pesadelo, quero saber porque ele sempre aparece, isso ta me fazendo duvidar. Preciso descobrir a verdade.

- Lina eu vou sair - falei entrando no quarto dela

- São 2:00 da manhã

- Eu já volto. - dei um beijo nela e sai

Depois de alguns minutos parei na frente da casa do Ruggero e como eu tinha as chaves entrei. Subi as escadas silenciosamente e entrei no quarto dele.

- Eu não deveria fazer isso - falei baixo levantando o lençol dele, mas ele acordou e segurou minha mão.

- Karol? - ele me olhou assustado.

- Me perdoa, eu só queria ter certeza que não era você. - vi ele engolir seco, pois  já havia contado seus sonhos.

- Eu...- Ele levantou da cama e eu vi uma cicatriz na sua coxa. Não pode ser!

- Foi...V...O...C...Ê.- eu fiquei pálida

- Me perdoa, mas eu tô cansado de esconder isso.

- COMO VOCÊ PODE SER TAO SUJO? - Aquilo me quebrou por dentro

- Eu te amo - ele tentou me abraçar, mas eu empurrei

- Você me estuprou e me enganou esse tempo todo - falei andando pra trás

- Eu te amava e não queria te ver casada com o Michael.

-  Aquela forma de amor eu recuso.- gritei entre lágrimas

- Eu passei um ano preso nesse quarto brigando com minha própria depressão - ele esmurrou a parede

- Isso é pouco...Eu ainda sofro, é por isso que me entendia quando me recusa a transar com você.

- Eu cansei - ele gritou me olhando

- E o meu filho?

- O que? - ele me olhou assustado

- Cadê o meu filho seu desgraçado. - eu pulei em cima dele.

- Papai o que ta acontecendo? - Uma voz doce e assustada ecoou no quarto.