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História Meu pé de amora - Acha mesmo que eu ia pedir pra tu ficar?


Escrita por: Solzinha14014

Notas do Autor


Leia as notas do final <33

Capítulo 1 - Acha mesmo que eu ia pedir pra tu ficar?


Fanfic / Fanfiction Meu pé de amora - Acha mesmo que eu ia pedir pra tu ficar?

Diário da Kitty, 26 de fevereiro em uma terça-feira


     Jam estava usando um vestido bem curto preto, muito gótico típico dela, especialmente para a ocasião, o tempo passou desde que nos separamos quando éramos crianças. Eu sou Kitty uma garota Americana que infelizmente mora na coreia, filha de um multimilionário entrando no mundo da fama.

 

Meus pais eram um casal tradicional americano e decidiram vir para Seul(capital da Coreia do Sul) quando souberam que eu viria ao mundo, infelizmente minha mãe faleceu no meu parto, depois disso meu pai se isolou e me deixou com uma criada da casa até os 6 anos, onde eu era muito mimada por ela e pelo resto dos empregados além de ser proibida de sair de casa e viver isolada de todos a não ser Jam, minha única e melhor amiga, quando completei 6 anos e meio meu pai saiu da cidade e me enfiou em uma escola ótima em um lugar podre, em uma região muito longe e mais simples. Existem mais favelas do que bairros "comuns" aqui, é perigoso e nojento. O real motivo pelo qual meu pai me colocou aqui foi para eu tentar ter uma vida normal com amigos, isso até teria dado certo se eu não atraísse gente babaca ou pobre ou os dois ao mesmo tempo.

Depois que mudamos de casa eu passei a me dedicar aos estudos, isso não me impedia de ser muito popular e bonita, eu era muito vaidosa e orgulhosa, e não achava que alguém merecia minha amizade então eu ficava sozinha a maior tempo lendo livros e fazendo aulas de canto, já que todos diziam que minha voz era maravilhosa. No oitavo ano eu mudei de escola para uma muito mais cara e reforçada, onde fui forçada por Mary, a governanta que sempre cuidava de mim, a se esforçar mais para ter uma boa reputação de filha amorosa, isso envolvia namorar Fran, um jogador de basquete moreno que literalmente estava caído por mim e eu não dava bola, todos faziam muita pressão para ficarmos juntos e assim eu aceitei ficar com ele, não é que eu não goste dele, é uma boa pessoa, mas não faz meu tipo. Rock é uma garota morena com olhos negros, desde que eu entrei eu tentei ser amiga dela, mas por algum motivo que eu desconheço ela me ignora ou trata mal. Porém, eu sou “amiga” do resto da sala, na verdade finjo que gosto e respeito todo mundo apenas sendo educada e assim todos me tratam bem. Desde que eu era pequena a minha única amiga era Jam, aquela cerejinha mexe com meu psicológico desde que eu descobri que não gosto de garotos, meu amor por ela era puro e sincero como o de Fran por mim quando eu lembrava dela meu coração se apertava. Infelizmente nos separamos depois que meu pai abriu várias empresas pelo país e enriqueceu, eu não tive tempo de me despedir da minha cerejinha só de deixar meu telefone e nunca mais nos falamos.O fato de ela nunca ter me ligado depois de todo esse tempo mexia um pouco com a minha autoconfiança.

Agora que tudo mudou e já se passaram anos, eu reencontrei ela e não foi como eu esperei. Exatamente no primeiro dia de aula do ensino médio, ontem, eu decidi chegar mais cedo na escola, bem na catraca conversando com o Porteiro estava ali a própria, Jam não tinha crescido muito, no máximo 15 centímetros e continuava magra, seu rosto estava mais arredondado e estava meio pálida. Sua aparência não era de uma adolescente e ela não me reconheceu quando nos Vimos, me tratando como uma completa estranha. Rock apareceu bem no meio do nosso reencontro com os olhos seus enormes olhos negros me fitando, minha cerejinha abraçou-lhe apertadamente e saíram andando rápido de perto de mim. Depois daquela cena meu coração se apertou e tive certeza que o meu dia seria péssimo, mas quando eu entrei na sala algumas professoras me abraçaram perguntando da minha saúde que normalmente era frágil demais, apesar da minha extraordinária voz.

Eu respondi que estava bem, menti, estou muito cansada de preocupar as pessoas próximas já que desde que nasci era só pegar um resfriado que já tinha de passar dias ou semanas inteiras na cama, eu sei que vou morrer, às vezes à noite eu escutava meu pai chorando com medo de ir embora como minha mãe foi, nunca tivemos uma conversa sobre ela, mas meus tios me contaram que ela morreu no meu parto prematuro, e que papai se culpa por isso. Quando éramos pequenas eu e Jam e eu andávamos o dia todo pela casa atrás de pertences dela, talvez seja por isso que eu me apeguei tanto assim à ela, minha mãe era linda, tinha uma voz incrível e tinha enorme sucesso na mídia. Nós éramos apaixonadas por flores e decidimos plantar um pé de amora e enquanto aquela árvore crescesse e desse frutos nós estaríamos juntas, exatamente 9 anos atrás. Depois da cena com Rock e Jam eu me dirigi a sala e esperei a sala se encher e todos se sentarem, como o do habitual eu sentei na primeira carteira junto a Margot e Leila. Muitos alunos novos entraram e agora menos da metade é da turma passada, isso significa mais um ano tentando gostar de pessoas que sinceramente eu cago para elas. Menos Rock, ela era diferente das outras garotas e eu percebia isso, ela olhava pras garotas como eu olho, e ela parecia mudar completamente perto de Jam. O que eu sinto por Jam é especial, é algo que eu não sinto por mais ninguém, não é o mesmo sentimento que sinto por meu pai e mãe, e eu não vou deixar ela nem ninguém tirar minha cereja de mim. A minha professora preferida de literatura pediu uma redação em dupla, eu tinha decidido fazer com Margot mas parece que Leila pensou nisso antes.

Eu olhei para os lados procurando alguém sem par e uma linda garota ruiva se aproximou de mim se sentando ao meu lado. Seu sorriso era encantador e ela parecia estar feliz quanto à volta das aulas. Ela disse baixo de um jeito tímido “Posso me sentar aqui? Eu to sem dupla e você também…” eu assenti com a cabeça e ela pegou sua bolsa. Assim que ela pegou uma caneta decorativa do Bts, pude perceber que ela era Kpopper como eu. Apesar de morarmos em uma região próxima da Coréia e saber a língua fluente, a maioria da população daqui não se identifica com a cultura Coreana e foi bem complicado eu me acostumar com o local. Soltei um berro e gritei “Fireeeee” e todos os olhares se direcionaram para mim, nesse momento Jam berrou depois “Oeoooooo”. Os alunos riram da cena e Jam sorriu pra mim e sentou de volta. Eu sabia! Ela não poderia esquecer de mim assim, será que ela se lembra?

O que aquele sorriso de canto significava? Ela sabe que meus olhos não são pequenos e meu cabelo é loiro natural, eu era um pontinho branco num céu azul, uma loira americana em meio a vários Coreanos. No final da aula minha cerejinha segurou minha saia do uniforme e me abraçou, e pela primeira vez em anos eu me senti segura e feliz, quando me soltou saiu de perto como se nada daquilo tinha acontecido antes. Por enquanto apenas isso aconteceu

 

 Com muita loucura,

sua Kitty.


Notas Finais




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