1. Spirit Fanfics >
  2. Meu pecado >
  3. Primeiro.

História Meu pecado - Primeiro.


Escrita por: Smookie_-

Capítulo 1 - Primeiro.


Luan me empurrou na parede e me beijou descompassadamente. Puxei seus cabelos, aprofundando o beijo. Suas mãos caminharam até o zíper do meu vestido longo e vermelho, que comprara para a festa da família. 
- Estamos ficando loucos. Todos estão lá fora! – ele falou, rindo, ao meu ouvido. - Tenho certeza que estão se divertindo nas bodas de prata dos nossos tios – falei, rindo e tirando o seu paletó. 
- Não mais que nós! – Ele me virou e desceu o zíper, descendo meu vestido. Então virei, olhando para ele, e desabotoei sua blusa. 
- Você não tem medo mesmo, não é, katherina? 
- Medo de quê? – Tirei sua blusa e ele me prensou na parede. 
- De que eu tire sua pureza. 
Soltei uma sonora gargalhada. 
- Ela já foi tirada. - Desci minhas mãos para o botão de sua calça. 
- Mesmo? – Ele riu ao meu ouvido e depois o lambeu. – E por que fez isso? 
- Eu não precisava dela. – Me livrei de sua calça e olhei para baixo e depois para ele com uma cara de pervertida. – Ora, ora, o que temos aqui? 
Passei minha mão por sua barriga e desci minhas mãos até a barra da sua boxer. Coloquei a mão dentro da mesma e peguei o seu conteúdo. 
- Opa! Achei! – Sorri, mordendo o lábio inferior. Ele riu, mas agora estava mais tenso. – Vejamos como cuidar disto... 
Cobri seu membro com minha mão e fiz um movimento bem leve. 
- Pelo que vejo, você não é nem um pouco virgem, como eu pensava. 
- Como você, meus pais e quase todo mundo lá fora. – Ri, aumentando a velocidade enquanto ele arfava. 
- Quase todo mundo? 
- Victor, Júnior e Pedro sabem bem o quanto eu NÃO sou virgem! 
Continuava os movimentos, ele estava cada vez mais louco. 
- Já deu! – Luan puxou minha mão e me prensou mais ainda na parede, desabotoando meu sutiã frontal. Ele enterrou o rosto entre meus seios. Levantei a mão, sentindo todo o prazer que me era devido. Levantei uma de minhas pernas e ele a segurou, pegando em minha coxa e chegando mais perto de mim, fazendo com que seu membro já rígido encostasse em minha pele. Soltei um gemido. Se nos pegassem ali, estaríamos ferrados, porém, eu gostava daquele perigo. 
Desci sua boxer e ele me suspendeu do chão, me levando até um móvel perto de um sofazinho. Ao me sentar nele, ele tirou minha calcinha e eu abri minhas pernas, já pegando em meu clitóris. Foi aí que ele penetrou em mim com força incrível. Segurei o grito e ele começou a se movimentar, entrando e saindo em mim. Com uma mão, eu segurava seu ombro e, com a outra, eu estimulava meu prazer. 
Cheguei ao orgasmo logo depois dele. 
- Será que sentiram nossa falta? – Luan perguntou ao meu ouvido. 
- Vamos sair... – Desci da mesinha e vacilei a perna. Ele me segurou, impedindo que eu caísse. – Obrigada... 

Abri os olhos sentindo a claridade do sol em meu rosto. Bocejei e olhei o relógio que estava na mesinha e marcava meio dia e meia. Levantei da cama passando a mão pelo cabelo e fui ao espelho. A imagem que eu vi me deu medo. O cabelo todo bagunçado, olheiras e o lápis de olho ainda era visível. Fora que estava com um blusão um pouco acima do normal para dormir. 
Escovei os dentes e desci correndo as escadas. De longe senti o cheiro bom que vinha da cozinha e minha barriga começou a reclamar. 
- Hum... Que cheiro bom!– falei, entrando na cozinha e vendo meus pais e um rapaz. 
- Ah, oi, querida... – Minha mãe levantou e veio ao me encontro, me abraçando. – Querida, seu irmão chegou hoje cedo de viagem. Ele veio de surpresa. Não é maravilhoso? 
Irmão? Mas eu não via meu irmão desde... Os quatro anos... Ele tinha dez anos quando havia decidido morar com nossa tia. 
Ele levantou sorrindo e veio me abraçar. 
- Oi, katherina... Nossa... Como você está grande! 
- Ah, é... Eu... Cresci. E vejo que você também – falei, recebendo o abraço. 
- E está bonita... 
- Nem fale – meu pai falou sorrindo. – Sorte que ela é uma boa garota e não se mete em confusões. 
Sorri, imaginando quanto filha boa eu era. Eu não gostava de mentir para meus pais, mas vida sexual não é algo que se converse abertamente. Principalmente com pessoas como meus pais. 
Meu irmão estava grande, e bonito, confesso. A sensação era que eu não o conhecia o bastante para chamá-lo de irmão. 
- E o que te trouxe de volta depois de tanto tempo? 
- Estou tentando fazer minha especialização em medicina – ele respondeu e levantou o cenho. – O que foi? Parece que não está feliz em me ver! 
- Ah, eu estou. Me desculpa parecer que não. Mas é que... Tudo é muito novo para mim. 
- Bom, o filho pródigo sempre retorna ao seu lar. 
Sentei à mesa enquanto ele falava empolgado as novidades. Ele era alto, másculo, sarado, tinha um cabelo pouco grande e muito bonito. Se eu o visse em qualquer outra circunstância, eu não acharia que ele era meu irmão. E com certeza o acharia atraente. 
- E minha namorada chega em alguns dias. Eu pretendo pedi-la em casamento – ele falou sorrindo. 
- Ah, que bom, meu filho! – papai falou sorrindo. 
- Oh, é mesmo? – mamãe falou entusiasmada. – Fico feliz por você! 
- Eu também – falei sorrindo. 
Foi só aí que percebi que estava com o blusão nada convencional. E o pior é que notei isso apenas pelo olhar de Phelipe sobre mim. 
- Er... Eu vou me trocar. Tomar um banho... – Levantei e subi as escadas. Fechei a porta do quarto e fiquei um tempo encostada nela. 
Realmente havia belíssimos homens na família, e meu irmão não ficava para trás. Foi aí que lembrei da noite anterior. Na sala escura, com Luan, meu primo. De primeiro grau. Eu sempre fiquei com primos. E nunca tive peso na consciência. Pelo contrário, não via nada de errado naquilo. 
Fui ao banheiro e tomei um banho rápido, lavando o cabelo. Coloquei um short curto e uma camisetinha branca e básica. Desci as escadas e vi todos à mesa. 
O almoço foi agradável e meus pais estavam realmente felizes com o retorno de Phelipe. Mas eu estava apreensiva com aquela volta. Será que ele pegaria no meu pé? 


- Você ainda usa esse vestido, querida? – Minha mãe me mostrou um vestido que eu não usava há tempos. Neguei com a cabeça e ela o dobrou, colocando-o em uma pilha em cima da cama de roupas que iríamos doar. Todo ano fazíamos a mesma coisa. Era bom porque renovávamos o guarda-roupa e doávamos ao mesmo tempo. – Eu vou ver se o jantar já está pronto. – Ela saiu e deixou a porta entreaberta. Continuei separando as roupas que não usava ou não me serviam mais.
- Oi, oi... – Olhei para a porta e vi Phelipe sorrindo. – Posso entrar?
- Claro... – Sorri e coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Entra.
- Ah... – Ele olhou para as roupas. – Mamãe ainda faz isso?
- Todo ano. Doamos as roupas para algumas instituições.
- E então? Como você vai? Olha só, está tão bonita e crescida.
- Eu nem me lembro da última vez que eu te vi.
- Eu me lembro bem... Você chorou muito quando tive que ir embora.
- Então eu devia gostar muito de você.
- É estranho, né? Depois de tanto tempo...
- É como se eu descobrisse que tenho um irmão só agora.
- Ah... Mas eu sempre lembrei de você. Irmã mais nova, né? Aí já viu... Mas e você? Namorando?
- Não! – falei rindo. – Deus me livre, não!
- O que foi? Não gosta de namorar?
- Tenho pavor a compromissos. Prefiro assim.
- Você vai conhecer Monick, minha namorada, daqui a alguns dias.
- Boa sorte no casório. – Sorri e ele me abraçou. Travei imediatamente quando sua mão abraçou minha cintura. Era completamente estranho ter um irmão. Na verdade, eu não o via como um irmão de fato. Meus primos eram mais meus irmãos do que ele.
- Eu sei que não posso recuperar o tempo perdido, katherina, mas eu quero ser seu amigo.
Não falei nada, apenas continuei abraçada a ele. Que sensação estranha era aquela? 

- Então quer dizer que seu irmão chegou de viagem?
- É, chegou ontem – falei, jogando meus livros em cima da cama de louis, meu melhor amigo. Ele era um tipo de bissexual estranho. Tinha época que só pegava mulheres e outras que só pegava homens. Ultimamente ele havia dado um tempo com Maya, minha prima, e só estava indo para as boates gays.
- Ele é bonito?
- Ele é meu irmão.
- Sim, mas você pode admirar um homem bonito, não pode? E já ouviu falar em incesto?
- Ah, você não pode estar falando isso...
- Meu bem, você vai pra cama com seus primos. O que é isso senão um incesto?
- É diferente. Todo mundo já pegou um primo.
- Primeiro: uma pessoa fica com UM primo. E não com todos!
- Que exagero. Eu não fiquei com todos os primos.
- Ah, é verdade. O Pedro escapou porque tem sete anos. Segundo: você mesma disse que tem seus primos mais como irmãos do que o seu próprio irmão. Então, tecnicamente, você está indo pra cama com seus irmãos.
- Ai, vai começar...
- Terceiro: tá vendo? Eu sempre consigo te pegar. Se você não estivesse perturbada, você não daria corda pra mim. Pra mim e pra Maya você não pode mentir.
- Correção: você induz a minha resposta.
- Nada disso, eu sou a sua segunda consciência.
- Está insinuando que eu quero pegar meu irmão?
- Não, eu estou dizendo que você está com um puta de um tesão por ele só porque ele é gostoso.
- Eu não disse que ele é gostoso.
- Você não respondeu, então ele é. E sua família tem coleção de homens atraentes. E não há nenhum mal em pegar um irmão. Eu mesma já peguei minha irmã.
- Ah, meu filho, se duvidar, você pegou até a minha mãe.
- A Sra. Rock não. Eu acho que ela não concordaria.
- Eu também acho. – Ri e joguei o travesseiro nele. 
A conversa com louis me deixou pensando durante todo o percurso até em casa. Após chegar, falei rapidamente com meu pai, que estava na sala, e subi correndo as escadas. Entrei em meu quarto e fechei a porta. Joguei meus livros na poltrona e deitei de costas na cama. Fechei os olhos tentando não pensar em como louis me irritava às vezes.
Meu celular começou a tocar. Estiquei minhas mãos até a bolsa e o tirei de lá, lendo o nome no visor:
- O que é?
- Oi, katherina, como vai?
- Vai pelo atalho, Luan, o que você quer?
- Você sabe bem.
- Olha, aconteceu naquele dia, tá? Talvez eu tenha te passado uma imagem ruim, mas eu sou mais que aquilo, tá? Agora não ligue mais pra mim.
Desliguei o telefone e o joguei longe. Fechei os olhos, imaginando que a qualquer momento iria enlouquecer.
- Filha? – Minha mãe bateu na porta. – Você tem visita.
- Quem é?
- A Maya. Ela está lá embaixo.
- Pede pra ela subir, por favor?
- Tudo bem...
Segundos depois, Maya bateu a porta na parede:
- Sua vadia! Por que não disse que seu irmão tinha chegado?
- Não quebre a porta, por favor! – falei rindo e ela riu, fechando a porta atrás de si.
- Que tipo de prima você é? Não me avisa que seu irmão gostosão chegou do exterior.
- Ele chegou ontem, tá? Não ia gastar meu tempo te ligando pra te avisar que tinha carne nova.
- Que bela prima você é! – Ela bufou.
- Então, você o viu?
- Claro, eu acabei entrando aqui com ele.
- Maya, você tem namorado.
- Ah, o louis agora não quer mais mulher. Me pediu um tempo. Ele também está se escondendo de mim.
- Eu me esconderia!
- Vadia! – Ela me jogou o travesseiro e eu ri.
- Sim, eu fui hoje lá... Mas enfim, você não pode pegar Phelipe.
- Por quê?
- Porque ele é seu primo.
- É. E Victor, Junior, Pedro, Luan também é seu primo.
- É “são seus primos”, sua burra. Nem parece que faz aula de jornalismo.
- Você entendeu. – Ela deu um riso amarelo. – Então, me tira um dúvida. O que você e Luan foram fazer nas bodas quando sumiram?
- Digamos que fomos nos divertir.
- Você tá tomando o anticoncepcional direitinho, né?
- Não se preocupe, não vou engravidar.
- É bom mesmo... Eu não quero ver você gorda, cheia de estrias, carregando um menino no colo e limpando cocô de neném.
- Cruzes... – falei rindo.
- Então, sábado vai ter uma festa da faculdade. Vamos?
- Pode ser. 
- Pois meu carro vai sair do concerto amanhã e sábado eu venho te buscar.
- E veio a pé?
- Não. Vim de condução. Tenho um curso aqui perto. Mas me responde: seu irmão tá solteiro?
- Parece que vai casar. Eu não sei. A namorada dele chega daqui a alguns dias, eu acho. Espero que ela não seja um saco.
- Ora, estou sentindo uma presença de ciúmes?
- Claro que não! Ai, que droga! – Ouvi meu celular tocando. – Deve ser o Luan.
- Já sei, está correndo atrás de você? Coitado do garoto, katherina, dá uma chance pra ele.
- Não, Maya... Deus me livre.
- Está fugindo dele?
- Sim. 
- E por quê?
- Porque ele é um saco, só por isso.
- Nossa, ou foi muito ruim ou você não tá gostando de homem.
- Não é isso... Eu só não quero vê-lo. Você sabe que enjôo rápido.
- Que seja. Será que o tio pode me dar uma carona? Daí eu janto aqui.
- Claro que pode. 

Phelipe fechou a porta da sala. Ele havia ido deixar Maya em casa e eu não conseguia dormir. Estava tomando um copo d'água quando ele entrou na cozinha.
- Ela também cresceu. – Ele riu.
- Ela é louca, isso sim – falei rindo.
- Como foi o dia?
- Foi bem normal, e o seu?
- Fui na faculdade confirmar. Depois dei uma volta pela cidade. Fazia tempo que não vinha por aqui.
- É, as coisas mudaram muito por aqui. – Coloquei o copo na pia. – Bem, eu vou dormir.
- Espera. Eu tenho uma coisa pra você. – Ele pegou na minha mão e me puxou escada acima. A medida que subíamos, meu coração acelerava.
- O que é? – perguntei quando chegamos em frente ao seu quarto.
- Espera. – Ele soltou minha mão e entrou. Permaneci parada e ele virou, olhando para mim. – Não vai entrar?
- Ah... – Entrei em seu quarto e ele pegou um pacote em cima da cama. – O que é?
- Abre.
Desembrulhei o presente e vi uma caixa. Abri-a e vi um urso de pelúcia.
- Ah, que lindo! – falei tirando o urso da caixa. – Eu amo ursos de pelúcia.
- Eu sei. Mamãe me disse. E eu achei esse hoje...
- Obrigada, Phelipe – agradeci e ele sorriu, me abraçando. Travei novamente, mas relaxei e deixei minhas mãos passarem por sua cintura e costas. Foi quando eu senti o cheiro de sua colônia masculina. Era bom, era cheiroso. Ele beijou o topo da minha cabeça e eu fechei os olhos. Então eu quis que ele tivesse me beijado de verdade. Mas não na testa, e sim um beijo de verdade.
- Er... – Me afastei e olhei para ele. – Eu vou... dormir. Boa noite. – Saí do seu quarto sem esperar uma resposta. Fui para o meu quarto com o coração acelerado e fechei a porta, abraçando o ursinho de pelúcia. Fiquei encostada na porta tentando me acalmar. O que era aquilo? Por que sentia aquilo? Aquele rapaz era meu irmão. Meu irmão. Não podia senti nada por ele!



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...