História Meu porto seguro. - Ficando após a aula

P.O. V de Nana.

Eu havia acabado de chegar à escola e consegui atrair os olhares de algumas pessoas. Soco que meu irmão me deu ontem deixará meu rosto roxo, claro que tentei cobrir com maquiagem, mas não resolveu muito. Ao chegar à sala de aula vi Lysandre, Rosa, Castiel, Alexy e Armin conversando, quando Alexy me viu ele veio correndo falar comigo.

 ― Nana, Nana você não vai acreditar a escola vai fazer um excursão e vai ser um acampamento ― o sorriso que havia em seu rosto logo sumiu quando viu o meu rosto ― O que aconteceu?

― Ah nada de mais, eu só tropecei enquanto descia da escada ― menti e forcei um sorriso ― Sério um acampamento, e vai acontecer quando?

― Você tem certeza de que caiu da escada? ― perguntou Lysandre desconfiado.

Eu assenti com a cabeça.

― Que preocupação com a menina ela já disse que caiu, também do jeito que é estabanada ― disse Castiel.

― Não enche Castiel ― eu disse.

― Mas como brigam, parecem um casal. Até que fariam um par bonitinho ― brincou Armin.

Castiel me olhou de cima a baixo após o comentário do Armin.

― Namorar com ela seria a mesma coisa que namorar uma taboa de passar ― Castiel me provocou.

― E namorar com você seria a mesma coisa que namorar uma mulher em dias de tensão pré-menstrual ― eu retruquei.

Ele revirou os olhos e desceu da carteira em que estava sentado e foi para fora da sala de aula, todos riram da situação e depois começamos a comentar da excursão até que Nathaniel chegou à sala e foi até nós e nos cumprimentou.

― Aqui está o papel sobre a excursão que vai acontecer daqui duas semanas. ― ele nos entregou os papeis ― Vocês tem que pedir para um responsável assinar. Ah sim quase me esqueci, Nana e Lysandre a diretora quer vê-los.

― Lysandre indo para diretoria? Você está levando ele para o mau caminho ― disse Alexy olhando para mim.

― A é verdade por falar nisso o que os dois bonitões estavam fazendo lá no terraço? ― perguntou Rosa com um sorriso malicioso.

― Ei Lysandre vamos indo! ― eu chamei Lysandre e ignorei Rosa.

― Não desconverse Nana ― disse Rosa.

― Desconversar o que? ― perguntou Lysandre que parecia estar bem confuso.

Eu peguei nas mãos dele e o puxei para fora da sala de aula.

― É melhor não deixarmos a diretora esperando. ― eu disse.

― Nana ― ele me chamou ele parecia um pouco ruborizado.

― O que?

― Ainda estamos de mãos dadas.

― Ah ver... Verdade me desculpe ― eu soltei suas mãos ― E sobre o eu a Rosa estava falando não era nada de mais, ela pensa alto de mais.

― Tudo bem então!

Logo nós chegamos à sala da diretora. A senhora Shermansky estava com o totó no colo o acariciando, ela nos pediu para sentar.

― Então ouvi dizer que os dois passaram três aulas no terraço. Bom como punição por cabularem aula ficaram depois das aulas arrumando a sala da biblioteca... Podem ir ― ela girou a cadeira ficando de costas para nós.

Nós saímos da diretoria e eu dei um suspiro de alivio, pelo menos ela não chamou meus pais.

― Sinto muito por isso, você se encrencou por minha causa. ― eu me desculpei ― É como o Alexy disse eu sou uma má influencia.

― Não diga bobagens ― ele bagunçou meus cabelos com um sorriso. ― Olha Nana é impressão minha ou hoje você está um pouco mais triste?

― É só impressão sua ― eu forcei um sorriso ― Vem vamos voltar à sala.

Lysandre não parecia convencido com a minha resposta, porém não fez mais perguntas.

[...]

As aulas terminaram, todos estudantes pegavam seus materiais e iam para casa. Exceto eu e o Lysandre que teríamos de ficar para arrumar a biblioteca.

― Divirta-se arrumando a biblioteca. ― disse Ambre passando por mim e pelo Lysandre jogando seus cabelos para trás esnobemente.

― Ela é um pé no saco. ― eu fechei os olhos e suspirei.

― Não duvido nada que ela tenha nos entregado a diretora ― comentou Lysandre.

― Sabe o Castiel poderia namorar com ela, talvez ela ficasse derretida de amores por ele e não atormentaria mais ninguém.

Ele riu de meu comentário, após isso fomos até a biblioteca, tinham alguns livros espalhados e teríamos de arruma-los. Assim começamos... Tinham alguns livros que ficavam no alto, então usei uma escadinha para subir.

― Você quer uma ajuda? ― perguntou Lysandre.

― Não precisa eu... ― no mesmo momento eu fiquei ruborizada ― Lys... Lysandre feche os olhos.

Ele olhou para mim confuso, é que eu estava de saia e como eu estava no alto bom e ele veria minha calcinha, eu tapei a saia e me desequilibrei e acabei caindo de lá de cima. Eu cai por cima de Lysandre que tentará me pegar, mas foi em vão.

― Me desculpe ― eu disse me levantando de cima dele ― você está bem?

― Acho que machuquei minhas costas ― disse ele fazendo uma cara de dor.

Ai meu Deus, eu o machuquei? Eu sou tão idiota ele nem tinha reparado na minha saia... Ele se levantou e então eu sugeri que fossemos até a enfermaria da escola e ele concordou. Ao chegarmos lá eu comecei a procurar por alguma pomada para aliviar a dor. Não demorou muito e eu encontrei uma e voltei até Lysandre.

― Bem... Você poderia tirar a camisa para eu poder passar a pomada? ― eu perguntei.

― E... Eu posso passar sozinho...

― Não, não pode. Seu machucado está nas costas então como vai passar?

Ele deu um suspiro vendo que não tinha nem uma escapatória, então ele começou a tira-las, já que era o colete vitoriano dele e uma camisa branca que tinha por baixo. Pedi pra que ele se virasse para que eu começasse a passar.

― Sério sinto muito por isso, eu só te causo problemas. ― eu disse em quanto passava a pomada no lugar em que ele havia se machucado.

― Isso não é verdade, e também você fez aquilo por causa da saia.

― Você notou? ― eu perguntei um pouco constrangida.

― Sim... Mas... Mas eu juro que eu não olhei, se... Seria uma falta de respeito, eu tentei focar no seu rosto. ― ele disse aquilo gaguejando e pareceu ficar constrangido também.

Ele é tão fofo e cavalheiro ao mesmo tempo, é difícil de imaginar que existam rapazes assim.

― Você é muito fofo... Pronto terminei!

Quando ele se virou para mim vi que ele estava completamente ruborizado. Não pude deixar de notar seu físico de frente, ele era tão lindo... Pare Nana está ficando louca, pare de pensar coisas assim.

― Posso me vestir?

― Claro! ― eu disse com um sorriso ― Eu vou terminar de arrumar os livros, faltam poucos então pode ir para casa para relaxar as costas. Te vejo amanhã.

Assim eu sai da enfermaria e voltei à biblioteca para arrumar os livros... Terminei, se bem que não estou com muita vontade de ir embora a escola não é pior do que aquele inferno que eu chamo de lar. Eu sai da biblioteca e fui até meu armário pegar minha mochila e vi que Lysandre estava lá de pé me esperando.

― Porque não foi para casa? ― eu perguntei surpresa.

― Está tarde para você ir embora sozinha, e também já me acostumei a ir embora com você... ― ele parou de falar quando viu que eu o abracei ― Na... Nana?

― Obrigada!

Obrigada por se preocupar tanto comigo, por me fazer sentir que ainda vale apena eu continuar existindo. Sei que o que ele fez não foi nada de incrível, mas me fez sentir importante pra ele.